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RELATORIO DE URINALISE

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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
NÚCLEO DE ACOMPANHAMETNO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS
COLEGIADO DO CURSO DE BIOMEDICINA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
SETOR URINÁLISE
PALOMA DO NASCIMENTO BORGES
IPIAÚ
08/05/2019
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
NÚCLEO DE ACOMPANHAMETNO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS COLEGIADO DO CURSO DE BIOMEDICINA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
SETOR DE URINÁLISE
ALUNO: PALOMA DO NASCIMENTO BORGES
ORIENTADOR: DEISY KELLY
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: HOSPITAL E CLINICA SÃO ROQUE
IPIAÚ
08/05/2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
A análise da urina para o diagnóstico de doenças tem sido usada por muitos séculos, sendo um dos procedimentos laboratoriais mais antigos utilizado na prática médica. A amostra de urina pode ser considerada com uma biópsia do trato urinário, obtida sem a necessidade de procedimento invasivo. Seu exame fornece informações importantes, de forma rápida e econômica, seja para o diagnóstico e monitoramento de doenças renais e do trato urinário seja para a detecção de doenças sistêmicas e metabólicas não diretamente relacionadas com o rim.
Como a exatidão da análise da urina é dependente da qualidade da amostra, todos os cuidados devem ser tomados para que a amostra de urina seja colhida, armazenada e transportada adequadamente.
 A amostra de escolha para realização do exame de urina é a primeira urina da manhã, de jato médio, após período não inferior a 4 horas de permanência da urina na bexiga. É recomendado que a coleta seja realizada após 8 horas de repouso, isto é, antes da realização das atividades físicas habituais do indivíduo e, preferencialmente, em jejum.
Na impossibilidade de se colher a primeira urina da manhã, pode-se obter, alternativamente, amostra de urina dita aleatória. Neste caso a coleta pode ser realizada em qualquer momento do dia.
A amostra obtida de colheita aleatória pode ser usada para a análise, porém está mais frequentemente associada com resultados falso negativos e falso positivos. Visando minimizar estes resultados recomenda-se que a amostra de urina seja colhida após período não inferior a 4 horas da última micção.
O EAS é o exame de urina mais simples. Colhe-se 40-50 ml de urina em um pequeno pote de plástico. Normalmente solicitamos que se use a primeira urina da manhã e que se despreze o primeiro jato. Essa pequena quantidade de urina serve para eliminar as impurezas que possam estar no canal urinário. Em seguida enche-se o recipiente com o jato do meio. O EAS é divido em 3 etapas. A primeira, o teste físico é feito a olho nu, a segunda através de reações químicas e a terceira por visualização de gotas da urina pelo microscópio. Um intervalo de mais de 2 horas entre a coleta e a avaliação normalmente invalidam qualquer resultado, principalmente se urina não tiver sido mantida sob refrigeração.
O estágio em bioquímica tem como finalidade ampliar e aprimorar os conhecimentos sobre a área de atuação clínica, sobre como realizar as análises, o correto manuseio das informações e dos reagentes fornecidos pelos kits utilizados nos testes, e inclusive a interpretação dos resultados, que muitas vezes são associados aos sintomas clínicos para a conclusão de um diagnóstico. Este relatório descreve as atividades desenvolvidas no estágio de Análises Clínicas no setor de Urinálise do Laboratório Do Hospital e Clinica são roque, assim como as principais atribuições do profissional Biomédico no setor.
CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO
O estágio de Bioquímica clinica foi realizado no laboratório do Hospital e Clínica São Roque no primeiro andar, localizado na Rua Marechal Floriano Peixoto, 25 – Centro, Ipiaú – BA, 45570-000.
As atividades foram instruídas e supervisionadas pela Professora Deise Kelly. O laboratório onde foram feitas as atividades do estágio é amplo, disposto de bancadas nas quais estão dispostos os microscópios, também: cadeiras, armários com equipamentos e materiais para realização de analises diversas, pia, produtos químicos, equipamentos como centrifuga e capela de fluxo laminar.
As atividades transcorreram entre março á junho de 2019 com inicio ás 13h00h e termino ás 19:00h.
ATIVIDADES REALIZADAS
No primeiro dia foram passadas as instruções sobre a localização de todos os materiais, suas denominações e funções; procedimentos de segurança dentro do laboratório, a importância dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e uma revisão sobre a utilização correta do microscópio óptico, detalhes de seus componentes, nomenclatura, variações, funções.
 Logo após, deram-se início aos procedimentos para as análises como, coleta da urina e preparação das amostras.
Os testes realizados durante o período do estágio foram:
Analise dos aspectos físicos da urina:
Cor
Aspecto
Volume
Análise dos componentes da urina com utilização da tira reativa:
Leucócitos
Nitrogênio
Urobilinogênio
Proteínas
PH
Sangue
Densidade
Cetonas
Billirrubina
Glicose
Análise do sedimento Urinário pela Microscopia:
Hemácias
Leucócitos
 Cilindros
Células epiteliais
Muco
Flora bacteriana
Cristais
3.1 ANÁLISES FÍSICAS DA URINA
Aspecto
A urina, normalmente, tem aspecto límpido. Em casos patológicos, onde existe a presença de grandes quantidades de piócitos, hemácias, células epiteliais, cristais e bactérias, a urina deverá apresentar-se turva. Pode haver a contaminação por antissépticos, talcos, material fecal também poderá produzir turvação da urina. O que também pode causar a turvação da urina é a presença de matéria gordurosa (lipúria, quilúria). (MOURAet al ., 2006).
Desta forma, a urina pode ser classificada como: límpida, semi turva e turva. (MOURAet al ., 2006)
Cor
Geralmente a urina apresenta-se de cor amarela variando de tom claro a escuro. Em casos de hematúria, a urina pode se tornar vermelha ou castanha dependendo do estado de conservação dos eritrócitos. A ingestão de alimentos pode variar a cor da urina, por exemplo, a beterraba deixa a urina de cor avermelhada. A medicação também pode provocar mudanças na cor da urina de forma bastante variada como vermelha, verde, laranja, etc. A cor âmbar pode estar relacionada a um estado patológico associado a problemas hepáticos. (MOURAet al ., 2006). 
Para MOURAet al .(2006) é comum a utilização do termo amarelo citrino, para classificar a cor das urinas normais.
Volume
O volume excretado varia com alimentação, com exercícios físicos, com a temperatura ambiente, e particularmente com o volume de líquido ingerido. Em crianças a diurese é proporcionalmente maior do que do adulto.
Nas seguintes condições, o volume urinário é aumentado (poliúria): diabete melito, certas afecções do sistema nervoso, amiloidose renal, rim contraído.
Nota-se diminuição de volume (oligúria): nefrite aguda, febre, diarreia, vômito, choque, desidratação, nefropatia tubular tóxica, enfarte hemorrágico do rim.
Com todas essas características é possível avaliar e entender o volume no exame físico de urina.
3.2 ANÁLISE QUÍMICA DA URINA
Densidade
A medida da densidade é realizada com a finalidade de verificar a capacidade de concentração e diluição do rim,(MOURAet al ., 2006), também, o estado de hidratação do paciente, diabetes insípido e inadequação da amostra por baixa concentração (STRASINGER,2000).
A densidade da urina normal varia de 1015 a 1025, no volume de 24 horas. Em amostras colhidas ao acaso, ela pode variar de 1003 a 1030 (MOURAet al ., 2006).
pH
Normalmente a urina é discretamente ácida (pH 5,0 ou 6,0). A determinação do pH não constitui, isoladamente, índice da capacidade renal de excreção de ácidos, apresentando valor limitado na investigação de disfunções renais. Urina alcalina frequentemente indica que a amostra foi mantida à temperatura ambiente por mais de 2 horas, entretanto, quando colhida e armazenada adequadamente, pode sugerir infecção urinária.(MOURAet al ., 2006)
Proteínas
A determinação de proteínas é a mais indicativa de doenças renal, pois a presença de proteinúria muitas vezes é indicativa de doenças renais incipientes, o que torna essa análise muito importante. A urina considerada normal contém quantidade muito pequena de proteínas, em média menos de 10 mg/dL ou 150 mg (30 a 50 mg) por 24 horas, e a principal proteína encontrada é a albumina, por ter baixo peso molecular(STRASINGER, 2000)
A determinação quantitativa é efetuada por testes químicos ou fitas reativas. A sensibilidade desses ensaios está em torno da concentração de excreção protéica normal; portanto, podemos avaliar as alterações com os resultados positivos.
O resultado qualitativo, geralmente, é expresso por: negativo, traços e positivo. O resultado positivo vem acompanhado pelo número de cruzes respectivo, dado pelo grau de intensidade da reação (MOURAet al ., 2006).
Glicose
A glicose é livremente filtrada pelos glomérulos e reabsorvida pelos túbulos renais. Quando a concentração de glicose no sangue alcança valores entre 180 e 200 mg/dL, a capacidade máxima de reabsorção dos túbulos é ultrapassada e a glicose aparecerá na urina. Este é o mecanismo de glicosúria observada no diabetes mellitus. 
Glicosúria na ausência de hiperglicemia (glicosúria renal) é decorrente de distúrbio na reabsorção tubular renal da glicose e pode ocorrer em diversas condições: desordem tubular renal, síndrome de Cushing, uso de corticosteroides, infecção grave, hipertireoidismo, feocromocitoma, doenças hepáticas e do sistema nervoso central. Glicosúria pode ocorrer, ainda, devido à ingestão de dieta com elevada porcentagem de carboidratos.
Billirrubina
A bilirrubina é um composto amarelo muito pigmentado e produto da degradação da hemoglobina (STRASINGER, 2000). A presença de bilirrubina na urina pode ser a primeira indicação de hepatopatias, e muitas vezes é detectada bem antes do desenvolvimento da icterícia, porque o limiar renal de eliminação de bilirrubina é menor que 2 mg/dL enquanto que os indivíduos aparecem ictéricos, quando a concentração de bilirrubina direta no sangue é maior que 2,5 mg/dL. Além disso, a bilirrubina permite fazer a detecção precoce de outras disfunções como: cirrose, hepatite, doenças da vesícula biliar, obstrução biliar e câncer (STRASINGER, 2000).
Em casos de icterícias hemolíticas, embora os valores de bilirrubina sejam elevados, é possível que a urina não apresente bilirrubina evidente, pois há aumento da bilirrubina livre que não é hidrossolúvel, podendo somente ser encontrada na urina, após ultrapassar o limiar renal para sua reabsorção.
Urobilinogênio
Assim como a bilirrubina, o urobilinogênio é um pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina e derivado da bilirrubina pela ação da flora bacteriana intestinal. Uma parte do urobilinogênio é reabsorvido, retornando ao fígado. Uma pequena parte cai na circulação, sendo excretada pelos rins.
 Normalmente, o adulto excreta menos de 4 mg por dia. Esta excreção poderá estar aumentada nas icterícias hemolíticas. Valores aumentados são também encontrados nas icterícias parenquimatosas, cirrose hepática, constipação crônica. Aumentos menores são encontrados nas icterícias obstrutivas e se a obstrução é completa, as quantidades poderão ser imperceptíveis (MOURAet al ., 2006).Por ação da luz e do ar atmosférico, o urobilinogênio se oxida formando a urobilina. A urobilina também se encontra na urina normal
Sangue
A presença de sangue na urina pode ser confirmada através da detecção na urina de hemácias íntegras - hematúria (5 hemácias/microlitro de urina) ou de hemoglobina-livre hemoglobinúria (0,015mg/dL de urina). A hematúria resulta de sangramento em qualquer ponto do trato urinário desde o glomérulo até a uretra, podendo ser devido doenças renais, infecção, tumor, trauma, cálculo, distúrbios hemorrágicos ou uso de anticoagulantes. A hemoglobinúria pode resultar de hemólise intravascular, no trato urinário ou na amostra de urina após a colheita. A diferenciação entre hematúria e hemoglobinúria é clinicamente importante, porém, como as hemácias na urina são rapidamente lisadas, a ausência de hemácias à microscopia não afasta hematúria ou confirma a hemoglobinúria.
Cetonas
O termo cetonas engloba três produtos intermediários do metabolismo das gorduras: acetona, ácido acetoacético e ácido beta-hidroxibutírico .Geralmente, não aparecem quantidades mensuráveis de cetonas na urina, pois toda a gordura metabolizada é completamente degradada em dióxido de carbono e água. Mas quando o uso de carboidratos fica comprometido e o estoque de gordura precisa ser metabolizado para o suprimento de energia, pode-se detectar cetonas na urina. Desta forma, este exame torna-se importante para a monitoração do diabetes mellitus.
 Além disto, a utilização deste teste abrange a determinação de acido diabética, controle da dosagem de insulina, carência alimentar e perda excessiva de carboidratos (STRASINGER, 2000)
Nitrito
A determinação do nitrito é útil para o diagnóstico precoce das infecções da bexiga (cistite), pois muitas vezes os casos são assintomáticos ou os sintomas são vagos. A pielonefrite, processo inflamatório dos rins e da pelve renal adjacente, é uma complicação frequente da cistite não tratada e pode acarretar lesão dos tecidos renais, comprometimento da função renal, hipertensão e até mesmo septicemia (STRASINGER, 2000).
A prova de nitrito também pode ser empregada para avaliar o sucesso de terapia com antibióticos e para examinar periodicamente as pessoas que têm infecções recorrentes, os diabéticos e as gestantes, todos considerados de alto risco para as infecções do trato urinário(STRASINGER, 2000).
Leucócitos
Os leucócitos são os achados mais frequentes no exame de urina, e este índice pode indicar uma possível infecção do trato urinário. O método bioquímico não tem como objetivo medir a concentração de leucócitos, por isso a quantificação deve ser feita por exame microscópico. Mas, o exame bioquímico possibilita determinar a presença de leucócitos lisados o que não é possível pelo microscópio (STRASINGER, 2000).
OBS: Os resultados do dipstick são qualitativos e não quantitativos. A fita identifica a presença dessas substâncias, mas a quantificação é apenas aproximada. O resultado é normalmente fornecido em uma graduação de cruzes de 0 a 4.
3.3 ANÁLISE MICROSCÓPICA DA URINA
Neste tipo de exame, após o preparo da amostra, faz-se a análise dos sedimentos da urina através do microscópio óptico. Este estudo é muito importante para a avaliação doestado funcional do rim. É importante lembrar que os elementos que compõem o sedimento podem sofrer muitas modificações estruturais devido a mudanças de pH, decomposição bacteriana, baixa densidade, alterações provocadas por medicamentos e pelo tipo de dieta. Muitas vezes, são encontrados artefatos e contaminante de difícil identificação e por isso torna-se necessário um procedimento cuidadoso e meticuloso, para evitar possíveis falhas que, posteriormente, venham comprometer o diagnóstico clínico (MOURAet al ., 2006).
A coleta da urina é essencial, portanto, é importantíssimo ressaltar a necessidade da utilização de frascos bem limpos e devidamente identificados. A amostra de urina deve ser recente e colhida segundo o pedido médico. Caso não haja recomendação especificada, colher a primeira urina da manhã, que é mais concentrada, as urinas hipotônicas podem causar lise celular e dos cilindros. Nos homens, colher o segundo jato; nas mulheres, após higiene íntima. Isto evitará contaminações com a secreção vaginal, uretral ou prostáticas (MOURAet al ., 2006)
Leucócitos e piócitos
Os leucócitos são os glóbulos brancos que permanecem com suas características morfológicas intactas. Já os piócitos constituem leucócitos degenerados resultantes da luta contra infecção microbiana. A presença de piócitos nem sempre significa infecção renal. Eles apresentam granulações em seu interior, constituídas de bactériasfagocitadas.
Hemácias
Num exame realizado em urina recente, colhida há poucos momentos, quando os elementos do sedimento ainda não sofreram alterações, a forma das hemácias permanece inalterada. Notar que, em urinas hipotônicas, ocorrem lises dos elementos celulares.
 Nos vários processos hemorrágicos encontramos hemácias no sedimento. O local das hemorragias, do mesmo modo que o local das infecções (comprovado pela piúria), pode ser verificado, colhendo-se uma primeira porção de urina (primeiro jato) e, em seguida, uma segunda porção (segundo jato). Se, ao examinarmos o sedimento, for encontrado maior número de hemácias na primeira porção, a localização da hemorragia está na uretra e se hematúria verifica-se na segunda porção, provavelmente o local da hemorragia está na bexiga. Se com as hemácias forem encontrados cilindros, a hemorragia está localizada em vias mais altas. 
Em períodos pós-menstruais e pós-gestacionais, a presença de hemácias no sedimento urinário poderá não ter significado clínico algum (MOURAet al ., 2006).
Células Epiteliais
São encontradas em urinas normais, em número variável, principalmente em urina de mulher e mais intensamente durante a gestação. Do ponto de vista de rotina do sedimento urinário, não é feita a classificação quanto à origem do epitélio (MOURAet al ., 2006).
Cilindros
A presença de cilindros no sedimento urinário poderá indicar um grave prognóstico a investigação é obrigatória excetuando-se alguns casos de irritação e congestão renal, como aparecimento acidental de cilindros no sedimento e a ausência de proteinúria (MOURAet al ., 2006).
 Há vários tipos de cilindros podendo ser classificados com sua origem e composição, o mais visualizado é o cilindro Hialino.
Cristais
A cristalúria, presença de cristais no sedimento urinário, não apresenta, na maioria das vezes, interesse clínico. Sua incidência pode, em determinados casos, estar ligada ao aparecimento de cálculo renal. A presença de cristais na urina dependerá do pH, regime dietético etc.
 Em urinas ácidas, são encontrados os uratos amorfos, oxalatos de cálcio, ácido úrico. 
Em urinas alcalinas, encontramos fosfatos amorfos, fosfato triplo ou amoníaco-magnesiano, carbonato de cálcio, fosfato de cálcio.
Flora Bacteriana
A urina normal, na bexiga, não contém flora bacteriana, mas ao ser emitida sistematicamente se contamina com germes da flora normal da uretra e dos genitais.
A presença de bactérias na urina é o principal sinal de uma infecção urinária, principalmente se o resultado do exame indicar também presença de leucócitos e nitrito.
Pessoas saudáveis e sem sintomas de doenças normalmente não apresentam bactérias na urina. Se estiverem presentes é em pequenas quantidades, já que existe uma flora abundante na região. Nesses casos, pode ser que a amostra de urina foi contaminada e o exame precisa ser repetido.
Muco
A detecção de filamentos de muco na urina não é um problema, mas a presença de excesso de muco indica um problema no intestino ou no sistema urinário assim a presença de muco na urina pode deixa r este líquido turvo. 
Aparentes causas do excesso de muco na urina: infeção bacteriana; DST’s; Gravide z; Período fértil da mulher; Carcinoma uracale; Colite ulcerativa; Pedras nos rins; Candidíase; Geralmente encontramos muco em urinas turvas e amareladas. Onde o material fica mais expeço. 
MÉTODO DE PREPARO DA URINA
Nas amostras disponibilizadas no laboratório foi realizado o POPS (Procedimentos Operacionais Padrão), também chamado de fase pré-analítica, onde identificou a amostra com nome, idade e sexo na etiqueta no corpo e na tampa dos coletores onde anotou todos os dados no livro de urinálise. Em seguida é feita a preparação da amostra onde é transferida para tubos de ensaio de 12 mL identificados, acondionando-as em estante para tubos de ensaio. Em seguida foram feitos o teste físico e químico. Para o teste químico foi utilizado à fita reagente (figura 1)que é colocada no aparelho analisador (figura2). O teste físico foi feito a olho nu, onde se anota o volume e cor no caderno de urinálise.
 
Figura 1(tiras reagente) Figura 2 (analisador)
Obs: Caso o paciente tenha urocultura, é recolhida 4,0 ml da amostra e colocado em um tubo a vácuo em plástico com conservante, transparente, medindo 13 x75mm,rolha de borracha na cor cinza. O tubo é indicado para a coleta e transporte de amostras de urina para cultura e teste de sensibilidade de bactérias, contém aditivo liofilizado que conserva a população bacteriana na amostra por um período de até 48 horas á temperatura ambiente. Logo em seguida a amostra é refrigerada e enviada ao laboratório de apoio Hermes Pardini.
Para a sedimentoscópia 12 ml de amostra de urina é centrifugada por 4 minutos a 2000 rpm (rotações por minuto) e após o descarte do sobrenadante, o centrifugado é ressuspendido e 20 μL da suspenção são colocados entre lâmina e lamínula para analise microscópica em um aumento de 400 vezes.
ACHADOS NA LAMINA DE URINÁLISE
 Filamentos de Muco
Cilindro Hialino
 Levedura
Leucócitos e Bactérias
 Oxalato de Cálcio
Células Epiteliais
CONCLUSÃO
O conhecimento deste tipo de exame é essencial para a vida profissional de um biomédico. Deve-se ter boa infraestrutura de modo a promover uma adequada condição de trabalho, armazenamento e processamento do material além de equipamentos calibrados e matéria-prima específica e de qualidade. A urinálise é simples, rápida e de fácil diagnostico para presença de alterações, porém com muita cautela deve ser realizada. A correta análise da lâmina trará resultados que se analisados em conjunto com outros exames poderão dar informações importantes para que o profissional de saúde possa fazer o diagnostico preciso e garantir o melhor tratamento para o paciente.
REFERÊNCIAS
  
MOURA, Roberto de Almeidaet al .Técnicas de laboratório. 3.ed. São Paulo: Atheneu,2006. 511p.
STRASINGER, Susan King. Urinálise e fluidos biológicos. 3.ed. São Paulo: Premier, 2000.232p.
LIMA, A. Oliveira et al . Métodos de laboratório aplicados à clínica: técnica einterpretação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 231p.

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