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CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO REAL ENGENHARIA CIVIL PAULA CAMARGO WITTES Prof. Julio Cabral GERADOR DE VAN DE GRAAFF GUARAPUAVA 2019 GERADOR DE VAN DE GRAAFF INTRODUÇÃO Nesse experimento, observamos o processo de eletrização do gerador, e também sua “perda” de elétrons em 5 experimentos diferentes. Foram eles, elevando tiras de papel, acendendo uma lâmpada fluorescente, simulando um para-raios, fazendo um “chafariz” com bolinhas de isopor, a extensão da centelha no gerador e a rigidez dielétrica. OBJETIVOS ● Reconhecer a influência e reação do campo elétrico; ● Determinar o potencial elétrico fornecido pelo gerador; ● Avaliar visualmente a extensão da centelha produzida pelo gerador; ● Relacionar a extensão da centelha com as condições do meio. REFERÊNCIA TEÓRICO Segundo Teixeira (2018), a eletricidade teve seu início na Grécia antiga quando os gregos perceberam que ao atritar a lã com o âmbar, ele adquire propriedades para atrair pequenos objetos, ou seja, podemos dizer que o âmbar adquiriu uma carga elétrica. Segundo Bertolo (2012), hoje em dia tem-se que os corpos materiais sejam constituídos de agregados de átomos e moléculas, sendo eles formados de elétrons, prótons e nêutrons, as duas primeiras possuem carga elétrica e a última, é neutra. A carga elétrica é uma propriedade das partículas elementares que compõem o átomo. Um princípio fundamental da carga elétrica é a da atração e repulsão, que diz: “há duas variedades de cargas”, chamadas positivas (+) e negativas (-): cargas que possuem o mesmo sinal se repelem e as de sinais contrários se atraem. O outro princípio fundamental é o da conservação das cargas elétricas: “num sistema eletricamente isolado, a soma algébrica das quantidades de cargas positivas e negativas é constante”. Os materiais são classificados como condutores e isolantes. Segundo Bertolo (2012), os materiais identificados como condutoras são aquelas nas quais os elétrons possuem baixa resistência para sua movimentação, pois estão fracamente ligados ao átomo. Assim esses elétrons, por se encontrarem mais distante do núcleo, têm facilidade de locomoção, e ao se afastarem do átomo são chamados de elétrons livres. Já os isolantes, apresentam características opostas, em que seus elétrons possuem uma forte ligação com o núcleo atômico, dificultando sua movimentação. O princípio do funcionamento do Gerador de Van de Graaff é norteado pelos processos de eletrização: Eletrização por atrito; Eletrização por contato; Eletrização por indução. Segundo Júnior (2017) para se obter uma eletrização por atrito eficaz, é necessário a escolha de materiais cujos seus elementos sejam capazes de estabelecer as ligações químicas. Esse fenômeno ocorre devido à existência de átomos que possuem a facilidade de perder elétrons e átomos que têm a facilidade de ganhar elétrons. Na eletrização por atrito são necessários ter dois corpos inicialmente neutros e de materiais diferentes, no processo começa haver uma transferência de elétrons de um corpo para outro onde ocorre o princípio da conservação das cargas. Para facilitar a escolha dos materiais, foi criada uma lista chamada de série triboelétrica (Figura 1), criada para classificar os materiais que se eletrizam por atrito. Figura 1 - Série triboelétrica. Fonte Betas física. No processo de eletrização por contato, se deve ter um corpo carregado negativamente e outro neutro. Quando ocorre o contato do corpo eletrizado com o corpo neutro, há uma transferência de elétrons de um corpo para outro até que atinja o equilíbrio eletrostático. Segundo Teixeira (2018), no processo de indução, considera-se um corpo eletrizado positivamente, que chamaremos de indutor e outro eletricamente neutro, que denominaremos de induzido. Ao aproximar o indutor do induzido, ocorrerá de acordo com o princípio da eletrostática, a separação das cargas e uma redistribuição das mesmas no induzido, ficando as cargas de sinais contrários, umas próximas das outras. Em seguida, na presença do indutor, ligamos o induzido à terra. Com isso, haverá uma transferência de elétrons da terra para o induzido. Por fim, ainda na presença do indutor, cortaremos a ligação do induzido com a terra e, com isso, essas cargas irão se distribuir ao longo da superfície. Essa eletrização também é citada por Bonjorno (2005) o corpo induzido se eletrizam com cargas de sinais contrários às do indutor. Todo corpo carregado, no qual pode-se denominar carga fonte, produz em torno de si uma região de influência chamada de campo elétrico (E) . Esse campo elétrico é uma grandeza vetorial e varia de ponto a ponto nesta região. Segundo Júnior (2017), o gerador constitui-se de um motor capaz de movimentar uma correia feita de material isolante. A correia atrita-se na parte inferior com uma escova metálica ligada ao eletrodo negativo ou positivo de uma fonte. Esse movimento eletriza a correia por atrito, que sobe pelo lado esquerdo eletrizada. Ao chegar à parte superior, a correia toca uma segunda escova, que está em contato com a camada esférica do gerador. Cargas elétricas de sinal oposto ao da correia penetram por ela, deixando a esfera do gerador eletricamente carregada e capaz de gerar altas tensões elétricas ao seu redor. MATERIAIS ● 1 Estrutura principal do gerador eletrostático. ● 1 Cabeça esférica com 25 cm de diâmetro. Figura 2 - Gerador. Fonte o autor. ● 1 Lâmpada fluorescente tubular. ● 1 Esfera com cabo. Figura 3 - Materiais utilizados. Fonte o autor ● Fita adesiva. ● 1 copo descartável. ● Bolinhas de isopor. ● 1 Folha de papel. ● Cabo. Figura 4 - Materiais utilizados. Fonte o autor. PROCEDIMENTO Para o primeiro experimento, elevando tiras de papel realizamos o seguinte procedimento: 1. Pegamos a folha de papel e cortamos em tiras. 2. Colamos as tiras com fita adesiva no globo maior. 3. Ligamos o gerador e o regulamos adequadamente. Figura 5 - Procedimento sendo realizado. Fonte o autor. Para o segundo experimento, acendendo uma lâmpada fluorescente, o procedimento é relativamente simples: 1. Ligamos o gerador e o regulamos. 2. Aproximamos a lâmpada do gerador. Figura 6 - Procedimento sendo realizado. Fonte o autor. Para o terceiro experimento, simulando um para-raios, realizamos o seguinte procedimento. 1. Recortamos o papel em tiras. 2. Colamos as tiras de papel com fita no topo do globo menor. 3. Ligamos e regulamos o gerador. 4. Aproximamos o globo menor com as fitas. Figura 7 - Procedimento sendo realizado Para o quarto experimento, fazendo um “chafariz” com bolinhas de isopor, realizamos o seguinte procedimento: 1. Fixamos com fita adesiva o copo em cima do globo maior. 2. Colocamos as bolinha de isopor dentro do copo. 3. Ligamos o gerador e o regulamos. Figura 8 - Procedimento sendo realizado. Fonteo autor. Para o quinto experimento, a extensão da centelha no gerador e a rigidez dielétrica. 1. Conectamos o fio no gerador e na bola menor. 2. Ligamos o gerador e o ajustamos. 3. Aproximamos o globo menor do globo maior. Figura 8 - Procedimento sendo realizado. Fonte o autor RESULTADOS No primeiro experimento, elevando tiras de papel, podemos observar que, o gerador carrega o globo com carga negativa, que carrega as tiras com carga negativa. Ou seja, o globo e as tiras ficam eletrizados negativamente, e como falado anteriormente, cargas iguais se repelem, então o globo repele as tiras. No segundo experimento, acendendo uma lâmpada fluorescente, vimos que como a lâmpada é formada com íons, e o globo estando eletrizado, transfere elétrons para a lâmpada, fazendo com que a mesma acenda. No terceiro experimento, simulando um para-raios, o globo eletrizado ioniza o ar, fazendo com que o globo atraia as fitas. No quarto experimento, fazendo um “chafariz” com bolinhas de isopor, o gerador carrega o globo com carga negativa, o globo carrega as bolinhas que estão embaixo também com carga negativa, uma bolinha com carga negativa empurra outra bolinha que está com carga negativa, fazendo com que “chova” bolinhas de isopor. No quinto experimento, a extensão da centelha no gerador e a rigidez dielétrica, o atrito do gerador está gerando elétrons que são transmitidos para o polímero e do polímero para o globo. Quando encostamos o globo menor, há a necessidade de um equilíbrio elétrico, então rompe-se a rigidez dielétrica, transferindo elétrons do globo maior para o menor. Com o fio conectado, os elétrons retornam ao gerador. CONCLUSÃO Podemos concluir que os experimentos atingiram seu objetivo, que era nos propiciar clareza sobre campo elétrico. Deixando bem elucidado o referencial aqui apresentado, como o princípio fundamental da carga elétrica, de que cargas iguais se repelem e cargas diferentes se atraem. REFERÊNCIAS TEIXEIRA, M. M. O QUE É CARGA ELÉTRICA?. Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-carga-eletrica.htm>. Acesso em 22 de maio de 2019. JÚNIOR, J. S. S. GERADOR DE VAN DE GRAAFF. Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/gerador-van-graaff.htm>. Acesso em 22 de maio de 2019. CARVALHO, D. S. UTILIZAÇÃO DO GERADOR ELETROSTÁTICO DE VAN DE GRAAFF, DE BAIXO CUSTO, NA APRENDIZAGEM DOS CONCEITOS DA ELETROSTÁTICA. Disponível em <http://www1.fisica.org.br/mnpef/sites/default/files/dissertacao_damiao.pdf> Acesso em 22 de maio de 2019.
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