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Alunas: Tatiane Silva Letícia A. S. Sant´Anna Verônica Santos “Mentes criativas são conhecidas por sobreviverem a qualquer tipo de mau aprendizado.“ 03/12/1895 03/10/1982 Anna Freud nasceu no dia 03 de dezembro de 1895 em Viena, Áustria. Ela morreu em 9 de Outubro de 1982 em Londres, Inglaterra aos 86 anos. Anna Freud, foi a sexta e última filha do famoso Sigmund Freud e Martha Freud. Importante cientista que ajudou a desenvolver a educação a partir de uma perspectiva psicológica. Anna era extraordinariamente próxima de seu pai. Anna não estava perto de sua mãe e foi dito ter relações tensas com seus cinco irmãos. Frequentou uma escola particular, mas disse que aprendeu pouco na escola. A maior parte de sua educação foi a partir dos ensinamentos de amigos e associados de seu pai. Pedagoga de formação, exerceu essa profissão nos anos de 1914 a 1920. Foi, além de professora do primário, pedagoga; ministrou aulas durante o período da 1ª Guerra Mundial. Admiradora entusiasmada: essa é a definição de Anna à respeito de Freud. E por tais sentimentos, ela contribuiu com a obra de Sigmund ao trazer novos conhecimentos e enfatizando explanações sobre os mecanismos de defesa. Pode-se dizer que a psicologia infantil foi praticamente criada por Anna Freud. A Dra. acreditava que a criança em si não poderia ser analisada, por isso o que tem de ser analisado é o contexto e as relações que pudessem marcá-las. A importância das relações no início da vida. Anna Freud defendeu ao longo de sua vida a necessidade de cuidar das relações da infância de uma criança como mecanismo essencial para seu correto desenvolvimento. Seus trabalhos sobre os pequenos que haviam sofrido abandono ou negligência extrema, por exemplo, serviram como base para inúmeras análises posteriores. Outra iniciativa pioneira foi a recomendação de que as crianças não ficassem hospitalizadas mais do que o necessário, nem permanecessem muito tempo em orfanatos caso se tornassem órfãs ou fossem abandonadas. As crianças precisam da proximidade familiar e de uma figura materna. Toda distância do seio familiar (figuras de referência) causa estresse, medo, e tem um impacto na mente da criança e em seu desenvolvimento psíquico. Anna adverte que pais ou professores não devem possuir exclusividade no processo de educar, pois muitas vezes são eles mesmos que deixam as crianças neuróticas devido ao excesso de repressão. Deve-se transcender o princípio do prazer, de modo saudável, pois ele é a primeira realidade na vida de alguém. Ao nascer, todo indivíduo busca satisfazer os impulsos e desejos fisiológicos e biológicos. Mas para evoluir, cada um de nós deve abandonar este princípio inicial e partir para o princípio de realidade, onde é possível equilibrar as frustrações causadas pela não satisfação de certos impulsos. A dra. Freud percebeu que pais e professores deveriam ajudar a criança a se tornar autônoma e criativa. Anna Freud pretendia que o funcionamento de seus centros de acolhida se baseasse nas “unidades de família”. Deste modo, toda criança abandonada ou traumatizada pelos efeitos da guerra encontrava nestas instituições outros companheiros (irmãos) e uma mãe suplente ou psicoterapeuta que tratava os traumas e os pesadelos recorrentes dos pequenos. O “demônio negro”, como seu pai a chamava por sua personalidade forte e um pouco excêntrica, não traiu a herança teórica de Sigmund Freud; na verdade, ela a melhorou. Graças a ela foi possível polir as arestas, os fios soltos e descuidados que seu pai deixou ao não se aprofundar mais na educação infantil. A prática terapêutica de Anna Freud se focou exclusivamente nas crianças, e não só isso. Sua própria vida foi dedicada ao amparo dos pequenos que precisavam de cuidados básicos. Ela criou diversas creches, uma clínica e um centro de formação de psicoterapeutas especializados em psicanálise infantil. Todo trabalho realizado por Anna Freud é visto na comunidade científica como curativo pois proporcionou à muitas pessoas a superação de dores e sofrimentos, além de possibilitar a remodelagem de valores que propiciam a melhor qualidade de vida. A pulsão pode passar por algumas variações, sendo elas: o Retorno em direção ao próprio self do indivíduo, reversão ao oposto, depressão, sublimação. Já a análise do Ego para Anna Freud são métodos de defesas os processos de pulsão que são vistos como vicissitudes: reversão é inversão contra o eu. Para Anna o papel do ego é o de supervisionar, regular e contrapor-se ao ego através dos vários mecanismos de defesa “Toda e qualquer vicissitude a que as pulsões possam estar sujeitas, tem sua origem em alguma atividade do ego. Não fosse a intervenção do ego ou daquelas forças externas que ele representa, todas as pulsões conheceriam um único destino: o da gratificação”. (p. 56). Freud, Anna. Mecanismos de defesa: 1. Repressão A repressão é o processo pelo qual um impulso ou ideia inaceitável vai para o inconsciente. O indivíduo nega essas ideias, pensamentos e memórias para mantê-los apenas no seu inconsciente. Exemplo: uma criança vive sofre um ato traumático na infância e o reprime de uma maneira na qual, com o passar dos anos, chega a esquecê-lo e assim não precisa mais enfrentá-lo. 2. Regressão Um retorno a formas anteriores do funcionamento psíquico, a regressão pode ser compreendida dentro do marco de uma psicologia evolutiva com um passo atrás ao desenvolvimento. Exemplo: uma pessoa adulta que não quer enfrentar um divórcio e começa a se comportar como um adolescente, indo para festas e baladas que não costumava a ir, tomando álcool em excesso e tendo uma conduta sexual imatura. . 3. Formação reativa A formação reativa se define como o processo pelo qual um impulso ou desejo inaceitável é controlado por uma exageração de tendência oposta. Exemplo: uma pessoa ao invés de contar ao seu parceiro que fez alguma coisa ruim para a relação, decide encher o outro de surpresas e presentes para não enfrentar a realidade e dizer a verdade 4. Anulação A anulação é um mecanismo de defesa que se compreende como o processo pelo qual a pessoa se comporta como se uma ideia ou ação anterior considerada errada não existiu ou pode ser anulada instantaneamente. Exemplo: uma pessoa que acredita que as desculpas que pediu a outra depois de ter cometido um ato destrutivo deveriam anular imediatamente o que foi feito. 5. Introjeção A introjeção é o processo no qual a pessoa coloca dentro de si traços, características ou sentimentos que são atribuídos a outro. Nesse mecanismo de defesa, as ameaças do exterior são internalizadas com o objetivo de tentar controlar seu efeito na nossa estabilidade mental. Exemplo: quando próximo de alguém importante, o indivíduo projeta as características que a fazem importante em si mesmo para tentar ter controle sobre seus atos e reduzir assim a ansiedade que tem na presença da outra. 6. Projeção Nesse mecanismo de defesa, características, sentimentos e traços físicos e da personalidade considerados ruins ou insatisfatórios por nós mesmos são projetados em outros. Com isso, o problema que acreditamos ter são transferidos para outras pessoa fazendo com que não precisemos mudá-lo nós mesmos. Exemplo: uma pessoa se sente insegura sobre seu corpo e projeta essa insegurança em outra. "Você émuito inseguro!" - quando na realidade a pessoa que é insegura é ela mesma. 7. Sublimação A sublimação é o processo pelo qual um instinto, de composição sexual ou agressiva, é derivado a um fim diferente. Quando um indivíduo sublima um instinto, substitui sua motivação e a dirige a uma atividade mais aceita socialmente. Exemplo: uma pessoa que substitui uma pulsão sexual por alguma atividade cultural ou intelectual relacionada ao desejo, mas não considerada pervertida pela sociedade. 8. Isolamento O isolamento é o processo no qual a pessoa isola um pensamento ou sentimento de um evento, rompendo assim suas conexões com o resto das suas vivências e evitando, por tanto, que o ato faça parte da sua experiência significativa. Exemplo: quando uma pessoa tem uma experiência traumática, mas depois, quando vai contá-la, não tem nenhuma emoção aparente. 9. Deslocamento O deslocamento é o mecanismo de defesa do ego pelo qual a mente inconsciente dirige as emoções que foram produzidas devido a uma certa circunstância a uma outra situação, pessoa ou objeto. Exemplo: quando uma criança é agredida no colégio e desloca sua raiva em agressões a outros. 10. Racionalização A racionalização é o processo pelo qual uma pessoa tende a justificar ou racionalizar uma situação de maneira que seja vista como aceitável de um ponto de vista moral. Exemplo: uma pessoa adulta que tenta justificar e explicar com argumentos lógicos porque traiu seu parceiro. “Se algum desejo seu não for atendido não se surpreenda, chamamos isso de vida” ANNA FREUD https://amenteemaravilhosa.com.br/anna-freud-sua- obra-depois-sigmund-freud/ https://demonstre.com/anna-freud/ Freud, A., & Carcamo, C. E. (1961). El yo y los mecanismos de defensa (Vol. 3). Barcelona: Paidós Referências Bibliográficas
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