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O QUE FAZ UMA OBRA SER CONSIDERADA ARTE

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O QUE FAZ UMA OBRA SER CONSIDERADA ARTE? 
A estética é a área da filosofia que busca fazer uma reflexão sobre a arte, o que ela nos provoca, a relação obra e espectador, o caráter de universalidade ao mesmo tempo que a subjetividade que cada obra possui, os valores estéticos ou até mesmo os conceitos por trás de cada obra. O fato é que a estética como área do saber, busca a compreensão de questões como o que é arte? Como identificamos uma obra artística? Se a arte visa à beleza, como pode representar o feio, o trágico, a dor? Gosto se discute? Que sentimentos devemos considerar para classificar o que é arte? É preciso educar a apreciação artística?
Tantos questionamentos fazem parte do que chamamos de Estética, a reflexão artística sobre a arte. O filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten, no século XVIII, introduziu o termo e o conceito moderno de estética, definindo-o como o conjunto de teorias da arte. Para Baumgarten que tipo de conhecimento temos acesso pela sensibilidade (faculdade de sentir)?
O fato é que a compreensão do conceito de arte não é unânime. Ele tem sido construído por aproximações e distanciamentos, sendo alvo de polêmicas e controvérsias justamente porque a experiência estética não se exprime por conceitos. O que não significa que não se possa elaborar teorias a respeito ou formar conceitos, mas sim que na história da estética existem inúmeras definições de arte e de beleza, muitas delas conflitantes.
Mas podemos dizer que arte está ligada inerentemente ao juízo de gosto, ou seja, o despertar de uma sensação de prazer ou até mesmo provocar indignação ou o questionamento. Portanto, o belo não é o único valor estético que deve ser considerado para dizer o que é arte.
Por exemplo, a obra de Duchamp (roda de bicicleta) não é uma obra bela, entretanto, ela se propõe a questionar a ideia de belo, técnica/formalidade, representação do real. Para Duchamp a arte não deve se limitar a uma definição e sentido. Ela deve ser unívoca, ou seja, ter autonomia para transcender limites e não ser reduzida a definições ou representações. Para o artista a arte deve provocar e despertar o interesse do espectador. Logo, o importante é a relação entre obra e espectador.
Para Kant a obra de arte não é uma representação de uma coisa bela, mas sim a bela representação de uma coisa. Portanto, a obra pode representar o que for desde que atraia a nossa atenção, desperte em nós uma sensação desconhecida ou adormecida e nos faça perceber de outra maneira, ainda que de um modo chocante.

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