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Estética e História da Arte UNIDADE 2

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Estética e História da Arte
Unidade 2
Objetivo da unidade
*Conhecer os fundamentos da estética
*Conhecer o nascimento da estica e da autonomia da arte 
*Conhecer o juízo estético em Kant
*Conhecer a estética na era da indústria cultural
Conhecer os fundamentos da estética
-o principio das teorias da arte: Platão
-a teoria da mimeses: Aristóteles 
Conhecer o nascimento da estica e da autonomia da arte
-Baumgarten e a estética
Conhecer o juízo estético em Kant
-o belo
-o sublime
Conhecer a estética na era da indústria cultural
-Benjamin e a reprodutibilidade técnica
-adorno e a industrial cultural
Você já viu falar de estético antes o que é a final estética uma das primeiras lembranças que deve virar sua mente é a de que ela deve estar de algum modo ligada à ideia de beleza e isso não está de todo errado pois a estética se preocupa com a categoria do Belo mas não se trata aqui de pensar o sentido que a beleza tem hoje para nós envolvendo todas as técnicas de embelezamento procuradas pelas pessoas no salão de beleza e nos tratamentos estéticos a beleza com a qual a estética está preocupada e de outra ordem ela diz respeito ao modo como contemplamos a beleza da natureza a beleza de uma obra de arte ou mesmo a beleza do corpo humano em suas proporções perfeitas 
Mas não é só de beleza que estética trata afinal não é somente beleza que a arte e a natureza nos apresentam muitas vezes quando contemplamos um objeto artístico ou um evento natural sentimos medo horror e muitos outros sentimentos de arrebatamento .Por exemplo o quadro do pintor barroco italiano Caravaggio no qual vemos Holofernes ser assassinado por Judite mostrando o sangue que existem de seu pescoço assim como expressão de horror e medo de holofernes a estética pensa também a categoria de sublime mas tenta compreender esses outros sentimentos que nos causam horror e arrebatamento ao mesmo tempo .
De um modo geral podemos dizer então que a estética é a disciplina que se desenvolve em torno das questões suscitadas pela arte seu enfoque a compreender os modos como a arte se desenvolve enquanto modo de pensamento e enquanto o modo de fazer uma todas as dimensões emocionais sensíveis Racionais e corpóreas estão implicados na criação artística e estética se empenha em pensar as dimensões humanas a arte .
A filósofa Anne Cauquelin 2005 aponta que o termo estética pode ser aplicado tanto como substantivo quanto como adjetivo e explique as diferenças dessas aplicações 
“empregado como adjetivo, por exemplo, estética qualifica comportamentos que parecem ter alguma coisa em comum com outros atributos conferidos a atividade artística Harmonia a gratuidade trazer o desprendimento uma atitude um gesto estético podem ser considerados obras de arte “(Cauquelin 2005)
Por outro lado continua a autora
“ o substantivo estética entretanto remete a um Corpus teórico constituído de textos que define o domínio específico da arte propõe a análise avaliam obras do conjunto estética pode ser considerada uma disciplina ou matéria de estudos “
De certo modo podemos pensar então que quando qualificamos algo como sendo estético inserimos esse objeto no interior de um campo teórico que pensar isso torna o campo da arte em algo maleável cambiável e frágil sempre renovar, mas a própria história da arte e já nos mostra isso com todas as transformações da produção artística ao longo do tempo .A estética é um campo teórico que pensa essas transformações artísticas mas ela não está interessada em pensar essas mudanças e categorizá-las ao longo do tempo como o faz a história da arte o interesse da estética é outro enquanto a história da arte olha para o campo já dado para eventos históricos e as categorias segundo a passagem do tempo e a expressão de certas tendências a estética constrói intervém no campo da arte ela modela e até mesmo transforma o campo da arte os princípios da arte as regras de seu fazer e de se apreciar os modos de visibilidade da arte são produções de pensamento estético .
É claro que a estética também é afetada pela arte afinal não se trata de uma via de mão única mas de forma geral podemos afirmar que a estética e esse Corpus teórico que modela o campo da arte e assim como a arte muda em cada contexto o pensamento de debruçar sobre ela também se transformam podemos afirmar que a estética como a conhecemos hoje como pensamento da arte em sua autonomia só surgiu no século XVIII com o filósofo alemão Alexander Baumgarten mas antes disso desde a Grécia antiga sempre houveram discussões sobre a arte e o belo de modo geral podemos afirmar que esse pensamento anterior pode ser compreendido em um conjunto de teorias da arte apesar de serem anteriores ao surgimento da estética há uma importância em estudar os para que compreendamos as enormes transformações sofridas no campo da arte e de seu pensamento com o surgimento da estética veremos assim as principais teorias desenvolvidas ao longo do tempo desde a Grécia antiga até os dias atuais.
O princípio das teorias da arte Platão 
A estética assim como as teorias da arte que a precederam não surge como um campo separado de todos os outros mas sim no interior de uma disciplina mais Ampla a filosofia que foi fundada na Grécia antiga por filósofos como Platão Sócrates e Aristóteles dentre outros 
Platão Sócrates e Aristóteles viveram em Atenas na Grécia antiga entre os séculos V IV a.C o mais velho deles Sócrates recitava o seu pensamento caminhando pela cidade e conversando com as pessoas não deixou nenhum texto escrito e tudo que conhecemos dele hoje e que Lemos como sendo sua obra foi escrito por seu discípulo Platão assim não sabemos ao certo o quanto dessas obras legados a nós possuem do mestre e quantos possuem do discípulo que reproduzem texto surge alguns que tinha com Mestre já Platão deixou uma obra escrita de sua própria autoria assim como Aristóteles que foi aluno de Platão os três filósofos mais famosos da Grécia Antiga marcam a relação entre Três Gerações de mestres e aprendizes 
Para Platão, porém não se tratava de pensar uma teoria da arte como um campo separado aos pais os filósofos deveriam se dedicar suas situações Art aparecem apenas como um breve relato no interior de seu pensamento mais amplo sobre as formas de viver em comunidade em seu livro “A República” o autor Pensa como organizar a vida Comunitária sem que Os destinos de todos Fiquem entregue aos interesses individuais a palavra de ordem que direciona a sua reflexão e a justiça como viver de modo mais justo o que é justiça São algumas das perguntas colocadas pelo filósofo em seu livro. 
No interior de uma preocupação com a justiça Platão cita a arte com o intuito de pensar qual seria a mais propícia a educar o cidadão de Atenas de maneira mais justa qual das Artes dentr a música,o teatro e a poesia expressaria um maior sentido de justiça a justiça para Platão está diretamente ligada a maior capacidade de alcançar e acessar a verdade protegendo-se das Ilusões .
Platão nos fornece no livro VII “A república” uma alegoria de nossas capacidades de conhecimentos da Verdade estamos diz o autor presos em uma caverna cuja abertura se encontra em nossas costas a luz que entra pela abertura reflete sombras daquilo que acontece lá em cima fora da caverna na parede nossa frente dentro da caverna sem podermos ver os objetos e pessoas que geram essas sombras que nos chegam aqui embaixo somos incapazes de perceber que as sombras são apenas um reflexo da realidade que são apenas ilusões mas um de nós que estamos na caverna liberte-se dos grilhões e sai para o mundo onde ver a luz as cores senti o calor vida quando retorna para caverna e relata aos outros o que viu estes não acreditam em suas palavras e tenta matá-lo preferem assim que ficar com as suas ilusões e fantasias .
Assim é a dimensão de verdade para Platão e a partir dela que ele irá pensar e julgar a utilidade ou não das diferentes artes para a criação de uma comunidade mais justa para Platão os poetas nada mais faziam que imitações eles imitam os tipos sociais e como imitam todo tipode pessoas e contam todo tipo de histórias há que se pensar Qual a função dessas histórias e personagens no interior da sociedade serão eles exemplos de bons homens ?de homens justos ?ainda de homens conhecedores da Verdade ou serão apenas homens iludidos pela sombra da caverna? Como não se pode controlar aqueles a que os poetas resolvem imitar em suas histórias os poetas devem ser expulsos da cidade Essa é a decisão aqui chega Platão assim só serve a república aqueles que conhecem a verdade e a poesia só pode ser útil nesse sentido se imitar a vida desses homens sem ilusão 
Para Platão a arte tem um papel muito específico dentro da sociedade ela deve servir como exemplo moral que terá um caráter educativo para a população se podemos assim extrair dessas pequenas situações a arte em seu texto algumas teorias delas podem afirmar para Platão não existe por si só não existe como Instância separada do restante da vida na sociedade ela é julgada não por princípios ou regras próprias a seu campo mas sim no interior de um interesse maior o da comunidade e da Justiça A arte assim como Platão deve representar os valores que se considera como sendo verdadeiros para a sociedade 
Hoje em dia a arte já não é mais pensado assim ela existe como um campo separado está exposta nos museus para que possamos simplesmente passar algum tempo contemplando a e como ela tendo alguma experiência sensível e isso ampliou bastante o campo da arte e de nossa experiência sensível mais algo acontece de maneira diversa em casos como alguns eventos recentes Nos quais algumas Exposições artísticas que tiveram lugar no Brasil foram censuradas os argumentos utilizados pela censura foram bastante próximos desses definidos por Platão há mais de 2.400 anos atrás os valores morais das obras expostas foram questionados como não sendo o melhor para nossa sociedade Mas quem define quais são os melhores valores para nossa vida ?
A teoria de mimesis Aristóteles 
Aristóteles como disse foi discípulo de Platão, mas seu pensamento foi muito além da criação de uma teoria da arte o autor chegou a dedicar um livro inteiro para discussão da arte chamado de poética lá autor dedica-se a pensar a poesia e a delimitar aquilo que se compreende por esse nome 
O autor discorre sobre os diversos tipos de escrita que se manifestam em sua época assim ah a epopeia que é um poema trágico mas há também a arte da música na qual se toca flauta a cítara e os cantos que as acompanham ela é aí considerada depois as letras compostas para canções não deixam de ser também poesia ainda diz Aristóteles uma diversidade de exercícios da escrita que não possui nome farsas em prosa os diálogos e a própria poesia que se chama de ética ou elegíaca apenas segundo uma regra métrica 
Mas de todas essas formas de escrita Aristóteles destaca duas a comédia e a tragédia as quais irá analisar segundo suas formas diversas de fazer imitações Pois para o autor a arte também faz imitações 
“a tragédia e comédia esta procura imitar os homens inferiores ao que realmente são e aqueles superiores”( Aristóteles 2004)
 Ele afirma que ambas as formas da poesia tanto a tragédia quanto a comédia podem ser consideradas como drama pois apesar de suas diferenças elas imitam pessoas em ação os dramas nada mais são do que as imitações de homens em ação e o desenrolar da história é o encadeamento das ações dos personagens 
Mas para o autor a mais nobre das Artes imitativa e a tragédia pois ela é a representação de rações elevadas e de homens superiores 
“como a tragédia é a imitação de uma ação realizada pela ação dos personagens os quais se diferenciam pelo caráter segue-se que são duas as causas naturais das Nações ideias e caráter E essas ações se origina a boa ou má a fortuna das pessoas”( Aristóteles 2005) 
se para Platão a arte imitava os tipos sociais para Aristóteles trata-se de imitar as ações do homem é claro que as ações devem estar de acordo com o caráter de cada personagem expressando assim um tipo social mas o enfoque está no encadeamento das ações pois o interesse de Aristóteles é pensar o modo como se constrói uma história partindo de certos tipos sociais para encadear uma série de ações que mostraram uma moral da história 
Aristóteles está interessado em pensar um conjunto de regras para a apreciação da arte da poesia especificamente da tragédia para isso é preciso definir o que é tragédia como ela é feita a partir de que princípio sobre o que trata e assim em diante em suma é preciso pensar os modos da escrita objetos ou conteúdos de que se trata e os meios que usa para chegar a seus resultados importantes é preciso outra forma superior a tragédia 
Há em Aristóteles a ideia de que cada elemento no interior da poesia deve dialogar diretamente com todos os outros há uma ideia de totalidade da obra assim o caráter do personagem deve ser o próprio motivo da revolta da história ações devem exprimir suas ideias e seu caráter em tudo isso deve ser pensado de acordo com o tipo de história e o tipo de escrita comédia ou tragédia o autor fala ainda sobre como tudo na história deve ser necessário e verossímil
 *Verossímil: é aquilo que parece verdadeiro é o que nos parece possível ou provável de acontecer é algo que dizemos ser plausível ou seja digno de se acreditar como sendo real 
A exigência da verossimilhança para a poesia mostra como o autor não consegue nenhum tipo de desvio ou de acontecimento inesperado isso não significa dizer que as histórias que tem em mente não possui em Rivera voltas ele até disse que ela é necessária para uma história mas a virada de jogo deve obedecer às regras internas de coerência entre o personagem seu caráter o tipo de história e os meios de contá-la. 
Aristóteles assim define e prescreve um conjunto de regras para arte que devem direcionar tanto o fazer artístico quanto à apreciação dela e apesar de dar mais atenção a arte do que Platão havia dado em sua República Aristóteles continua por definir as regras da arte a partir de algo externo a ela a moral e a divisão social dos indivíduos afinal não se pode fazer com a média das Almas superiores e tampouco fazer tragédia com a vida dos pobres tudo se passa como se para Aristóteles a divisão social devesse estar expressa na arte não permitindo nenhum desvio nas representações dos tipos sociais 
A teoria da arte de Aristóteles influenciou todo o pensamento da arte que veio depois fundamentando as discussões criadas ao longo de toda a idade média e ainda o começo da idade moderna Neste período longo praticamente toda a discussão em torno da arte pode ser pensada como teorias preocupadas em criar regras para o fazer artístico e para a apreciação da arte é claro que essas teorias foram ampliadas para cada autor que se dedicou a ela e foi sofrendo modificações mas o modo de pensar a arte em sua dependência hora em relação a moral hora em relação à religião hora em relação à política para faleceu por todo esse período até meados do século XVIII , a arte permaneceu sendo pensada Como estando em função de algo externa a ela própria mas veremos como isso irá mudar operando uma verdadeira revolução no modo de pensar a arte
Conhecer o nascimento da estica e da autonomia da arte
Até meados do século XVIII o que existe de fato não podia ser considerado uma estética mas sim conjunto de teorias da arte interessadas em geral entre a regras e prescrições para o fazer artístico e para apreciação da arte mas isso tudo muda com o nascimento da estética como disciplina e isso aconteceu com o livro chamado estética a lógica da arte e do poema escrito pelo filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten vamos estudá-lo para compreender como nasce a estética e as implicações disso para a arte
Baumgartner e a estética 
Em 1750 Baumgartner publicar seu livro “Estética” e sem saber muda toda a concepção da arte do pensamento da arte da em diante o termo como aparece na figura a capa "Aeshetica" tem como origem a palavra do grego antigo "aisthesis ", O que significa percepção sensibilidade sensação a palavra em grego designava todoo campo perceptivo incluindo nossa sensações e sensibilidade 
Quando Baumgartner nome ou assim seu livro tinha provavelmente o intuito de trazer à tona e significado grego Afinal o livro faz parte de um projeto maior de pensamento do autor que intuir a pensar o modo como nos relacionamos com o mundo e o conhecemos respondendo a uma filosofia racionalista que o procedeu principalmente na figura de René Descartes Baumgartner afirmava que o conhecimento se dava não apenas pela razão mas também pela sensibilidade 
Ele construiu uma teoria na qual modo como nosso corpo habita o mundo e se relaciona com os objetos ao redor Tem uma parte importante no processo de conhecimento. Pode parecer comum hoje para nós que o conhecimento se dê também por aquilo que sentimos até mesmo na escola aprendemos desde cedo que as atividades físicas e artísticas que se utilizam do corpo e das Sensações fazem parte de nosso aprendizado, mas isso nem sempre foi assim o filósofo que marcou o racionalismo e o pensamento no ocidente foi por muito tempo e que ainda hoje determina certo modo de pensar das ciências foi René Descartes esse filósofo criou um pensamento no qual o único conhecimento confiável das coisas do mundo só podia se dar por meio da razão da construção de um percurso argumentativo e questionador do mundo para Descartes aquilo que não chegava pelas sensações corpóreas devia ter colocado a prova pela razão pois as sensações por dia nos enganar e criar ilusões Por exemplo quando sonhamos sentimos cada coisa como se fosse real e acreditamos nela mas quando despertos pensamos sobre aquilo e concluímos que foi apenas um sonho e que os sonhos são diferentes da realidade
 Baumgarten refuta o pensamento de Descartes e mostra como o conhecimento também se dá pela sensibilidade e é no interior desta teoria do conhecimento que ele queria a sua estética com o intuito de pensar o modo com que percebemos o mundo e como podemos pensar uma série de conceitos e categorias para compreender essa relação do sensível com o conhecimento Baumgarten apresenta um modo de pensamento da arte que não tem nada a ver com as teorias da arte que o q precederam o autor não pretende criar ou pensar nenhuma regra para a apreciação da arte ou para o fazer artístico mas sim pensar que estético pode ser um qualitativo do pensamento ou seja que pode ser um pensamento que tem como característica e qualidade ser estético mas o que significa dizer que um pensamento tem a qualidade de ser estético ?
Vamos começar por pensar que é um tipo de pensamento que se volta para o campo das artes e que as afirma como coisas do pensamento sim mas teorias da arte que estudamos era o objeto artístico que tinha qualidades estéticas a serem analisadas o que Baumgarten coloca em jogo agora é a ideia de que não são os objetos que são ou não estéticos mas nosso pensamento ele afirma assim que não há mais uma separação entre arte e pensamento como se aquela restasse apenas seguir as regras prescritivas das teorias da arte a arte agora pensa por si só não precisamos dar a ela um sentido por meio de regras externas a arte passa um significado por si só e o pensamento que se volta para ela para pensar suas implicações é que é o estético
“A estética como teoria das Artes liberais como gnosiologia inferior Como a arte de pensar de modo belo como a arte do análogo da razão é a ciência do conhecimento sensitivo “(Baumgarten 1993)
Mas se ele está interessado em pensar o conhecimento qual a necessidade de se pensar isso a partir da arte é que para o autor a arte e o pensamento tem algo em comum a busca pela perfeição e pela beleza assim se nós vamos para o pensamento da arte podemos daí retirar consequências para nossos formas de pensamento e para o conhecimento do mundo mas essa arte para qual nos voltamos em busca de conhecimento não é mais pensada em uma relação de dependência com a moral a religião ou a política ela é agora autônoma a arte ao se fazer pensa por si só ela dá significado ao mundo ela não precisa que uma moral externa e determine como deve ser ou não fazer não precisa mais de um conjunto de regras que lhe diga qual o melhor jeito de dizer ou mostrar um determinado tema ou assunto o modo como a arte pensa agora diz respeito a ela mesmo as suas próprias formas e reflexões
 A arte nos leva a conhecer melhor o mundo pois em sua autonomia de pensamento ela abriu novas perspectivas de conhecimento do mundo perspectivas que a razão sozinha não é capaz de conhecer a enorme importância do pensamento de Baumgarten para arte para o pensamento da arte é que essa é a primeira vez que a arte é pensada em sua autonomia é a primeira vez que a arte é pensada por si só e não em relação a série de regras morais e políticas ou religiosas alguns dizem que o nascimento da estética como disciplina ou autonomizar a arte teria operado uma revolução sensível que teria alterado toda a produção artística desde então assim como nosso modo de nos relacionarmos com ela.
Conhecer o juízo estético em Kant 
Em 1790 o filósofo alemão Immanuel Kant publicar o livro “Crítica da faculdade do juízo” O livro está inserido dentro de um projeto maior do autor que cria como um novo sistema filosófico de pensamento antes de voltar-se para as questões estéticas com a crítica do juízo o autor havia publicado da “Crítica da Razão Pura” e a “Crítica da Razão prática” a primeira dedicada a pensar as bases do pensamento refundando do zero Todo pensamento filosófico vigente até então 
A crítica Immanuel Kant estava inserida no contexto do debate que se desenvolvia na filosofia de então entre os ditos empiristas e os racionalistas estes adeptos do filósofo René Descartes sobre o qual falamos entre os mente acreditavam que todo conhecimento vinha de uso exclusivo da Razão apenas questionando o nosso próprio modo de pensar e especialmente duvidando de nossas percepções e vem pelo sentido e que seríamos capazes de conhecer o mundo para os empiristas por sua vez que desenvolveram um ou sistema de pensamento depois de Descartes só conhecíamos o mundo a partir de nossos sentidos o ser humano assim nascia como uma tábula rasa na prova a experiência sensível na relação com as coisas do mundo e é desenhando os conhecimentos adquiridos 
Um dos filósofos empiristas chamado David Hume afirmava que nosso conhecimento se dava pela experiência daquilo que vivemos assim dizia ele só sabíamos que o sol nasce a todos os dias pois a cada manhã víamos esse fenômeno acontecer mas não havia nada em nossa razão Ou nem nosso conhecimento que poderia nos dar a certeza de que um dia o sol não deixaria de nascer é claro que nessa época não se sabia sobre o funcionamento do Cosmos ao qual hoje temos acesso pela observação dos telescópios de alta tecnologia
 Mas você pode imaginar o impacto de tal filosofia para aquela época um sistema de pensamento que coloca em suspensão todas as certezas que temos da vida afirmando que elas são Ilusões Afinal para ele era só o costume de ver o sol nascer todos os dias que nos fazia crer na certeza de que nascer de novo. 
Immanuel Kant se inseriu nesse debate com o intuito de solucionar o conflito que até então parecia solucionável entre empiristas e racionalistas de maneira próxima aquilo que Baugarten fez Kant afirma que o conhecimento do mundo se dá tanto pela razão quanto pelos sentidos .
A partir dessa ideia o autor cria todo um sistema de pensamento no qual busca a universalidade do pensamento, ou seja, o autor estava interessado não simplesmente em conhecer as coisas do mundo mas principalmente em criar um sistema que pensasse as formas do próprio pensamento de tal modo que pudesse ter certeza de que aquilo que conhecia era verdadeiro isso implicava que dado um determinado problema por exemplo uma conta matemática todo indivíduo que se propusesse a solucioná-lo deveria chegar ao mesmo resultado isso mostraria a certeza e a universalidade do pensamento .
Há muitos problemas e questões na vida que são mais complexos e menos exatos do que é um problema matemático certo a questões para as quais nãoexistem apenas uma única resposta correta ou apenas uma interpretação possível ele tinha que pensar assim um sistema de pensamento no qual poderíamos estar certo de conhecer a verdade e a universalidade do pensamento mesmo que houvesse em divergências de interpretações mas o método que ele utilizou chegou a esse sistema não nos interessa aqui diretamente estamos antes interessados em como o autor se volta para o pensamento estético tentando inseri-lo nesse projeto mais amplo e é no livro crítica da faculdade do juízo que ele fará esse desvio para estética 
O juízo a qual se refere Kant nesta obra é o juízo de gosto Afinal para o autor é disso que se trata quando estamos diante de obra de arte e sentimos isso aquilo outro e em seguida emitimos um juízo do tipo gosto ou não gosto dizemos isso me agrada ou isso me incomoda cinco algum prazer com isso ou sinto algo desagradável enfim diante de uma arte emitimos um juízo de gosto e como ele parece a princípio bastante subjetivo individual Kant se preocupou em pensar a possibilidade da universalidade do juízo de gosto 
Ou seja, seria possível pensar e quando duas pessoas diante de uma mesma pintura tem dois juízos de gosto completamente opostos ainda haveria aí alguma certeza o conhecimento universal determinando paz juízos ou será ao contrário e com gosto estaremos completamente soltos no mundo sem nenhuma certeza o pilar no qual segurar se Essas eram as questões as quais Immanuel Kant se dedicou a pensar no livro no qual pensou as questões estéticas 
Vemos como Kant dar continuidade ao projeto iniciado por Baumgarten pois nele também se tratava de pensar a estética como esse campo de percepção e da experiência sensível e de como conhecemos o mundo a partir da sensibilidade e da arte em Kant assim como em um Baumgarten o estatuto da arte é autônomo ela nos fornece a abertura de novas perspectivas de conhecimento do mundo por que é pensada por si mesma e não em relação a um conjunto de regras prescritivas que são externas. Kant Analisa assim duas categorias principais que compreende como sendo os sentidos causados pelo contato com a arte O Belo e o sublime
O belo 
O autor começa a discussão a partir do pensamento do Belo e se empenha por pensar aquilo que a beleza da arte ou da natureza nos causa como sentimento ele divide assim três tipos de sentimentos parecidos mas que pretende afirmar como diferentes trata-se do agradável do Belo e do bom ,Kant afirma que sentimos um prazer ou complacência com essas três experiências mas o bom e o agradável são duas Sensações bastante influenciadas por nossa razão afinal quando julgamos algo bom estamos analisando e racionalizando sobre o que é a bondade do mesmo modo quando achamos algo agradável estamos interessados de mais um objeto agradável para conseguir fazer dele Um fundamento totalmente livre em relação a razão e é isso que está em jogo para Kant o juízo de gosto ou juízo estético deve ser livre
“ pode-se dizer que entre todos esses móveis de complacência única e exclusivamente o do gosto pelo Belo é uma complacência desinteressada e livre pois nenhum interesse quer o dos Sentidos quer o da Razão arranca aplausos Immanuel”( Kant 2012)
O juiz é sintético ou de gosto para ele deve ser livre e desinteressados isso quer dizer que a sensação ou sentimento devem estar em sua completa autonomia em relação a qualquer interesse há uma diferença por exemplo de quando sentimos prazer com prato de comida nossa frente por estarmos com fome e portanto diretamente interessados em matar nossa fome não conseguimos fazer um julgamento livre do prazer que comida nos causa esse tipo de prazer ou complacência é pois interessado não estando em sua liberdade é a partir dessa ideia que Kant concebe o conceito de livre jogo das faculdades trata-se de entender que dentre as faculdades que possuímos a do entendimento e a da Imaginação deve haver um livro e jogo no qual nenhuma nem outra se sobressai ao ou domínio e a outra a universalidade buscada por Kant nesse pensamento seja garantida pela ideia de que toda a representação que nos aparece está conforme as regras e fins últimos da natureza sendo assim tudo aquilo que tem um jogo livre das faculdades sentimos ou ajuizamos sobre um determinado objeto está também conforme a essas leis mesmo que meu juízo seja diverso do seu.
O Sublime 
Mas ainda a outra categoria a qual Kant se debruça para pensar o juízo estético :sublime 
“o belo da natureza concerne a forma do objeto que consiste na alimentação o Sublime contrariamente pode também ser encontrado em objetos em forma na medida em que seja representada ou Que objeto em 6 de representar nele uma limitação entretanto o belo comporta diretamente um sentimento de promoção da vida e por isso é vincular seus atrativos e a uma faculdade de imaginação lúdica o sentimento do Sublime é um prazer que surge só indiretamente ou seja ele é produzido pelo sentimento de uma momentânea exibição das forças vitais e pela efusão imediatamente consecutiva e tanto mais forte das mesmas”( Kant 2012)
 Kant afirma que o belo é aquilo que vemos da forma de uma obra de arte ou mesmo de uma forma de natureza assim sentimos um belo nas cores de uma pintura no traçado sinuoso de um corpo retratado ou ainda nas formas das pétalas de uma flor o sentimento do está como que contido dentro desses limites do que vemos e sentimos já o Sublime é como uma espécie de arrebatamento é quando vemos algo que por uma fração de segundo nos faz perder o ar se o belo nos causa uma alegria contida limitada mais imediata o sublime no momento nos assusta retira nossa energia como se estivéssemos em uma situação limite mas quando passado o susto nos relembramos da experiência Nossa vitalidade retorna ainda mais forte que antes no sentimos extasiados 
Ao longo do século XIX na Inglaterra diversos artistas se dedicaram ao tema do Sublime em suas pinturas retratando cenas da natureza artistas como Tuner e Friedrich tentavam captar esse sentimento do Sublime que algumas cenas proporcionavam o mar agitado em sua beleza e violência era um tema bastante comum entre esses artistas os quadros passam a impressão de uma captura da imagem feita no exato segundo no qual somos Arrebatados e ficamos sem ar diante da velocidade e beleza da cena 
Para Kant o Sublime é aquilo que é absolutamente grande aquilo que o trapaça os limites de nossa experiência e que não tem comparação com nada mais mas o Sublime diz autor não é a natureza o objeto que me causa a tal sensação o Sublime é a minha própria disposição para sentir e viver Tais experiências ele mostra assim que existe algo em mim que a maior do que toda a medida dos Sentidos que acreditam conhecer e é claro que isso coloca um problema para a busca dessa universalidade do conhecimento que ele procura mas ao qual autor responde da seguinte maneira 
“a qualidade do sentimento Sublime consiste em que ela é relativamente à faculdade de ajuizamento estética um sentimento de desprezo em um objeto com tudo representado ao mesmo tempo como conforme afins o que é possível pelo fato de que a incapacidade própria descobre a consciência de uma faculdade ilimitada do mesmo sujeito e que o ânimo só pode ajuizar esteticamente a última através da primeira”( Kant 2012) 
Ele justifica a universalidade do juízo de gosto diante do ilimitado pelo fato de que ao sermos colocados diante de tal experiência passamos a conhecer uma faculdade limitada que desconhecemos e mesmo que não há compreendamos completamente o fato de conseguirmos avaliar essa faculdade a partir da nossa própria limitação trata-se de um assunto um tanto quanto complicado e aprofundado das discussões filosóficas mas o que nos interessa aqui perceber e como autor consegue um sistema de pensamento no Qual campo da estética é sistematizado de tal forma que é considerado como uma das formas de conhecermos o mundo.
Benjamin e a reprodutibilidade técnica 
Benjamim explica em seu livro “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica “como no teatro o espectador percebe que se trata de uma encenaçãopois a separação entre a plateia e o público Vemos as cortinas que se abrem e fecham ao início e fim do espetáculo podemos ver as entradas e saídas da cena dos atores etc já no cinema o uso da máquina Apesar de sua artificialidade teria dado aos filhos uma maior sensação de ilusão pois a imagem que chega ao espectador não mostra o trabalho da máquina não nos permite ver os bastidores da feitura do filme 
“no teatro a localização do palco nos faz reconhecer o caráter Ilusionista da encenação essa localização não existe no cinema sua natureza Ilusionista é de segunda ordem está no resultado da montagem no estúdio de cinema a máquina penetrou tão profundamente na realidade que o aspecto aparentemente puro dessa última sem o corpo estranho da máquina resulta de um processo especial ou seja a filmagem por meio de uma máquina fotográfica própria e a montagem de como outras tomadas do mesmo tipo aqui a realidade aparentemente despojada de máquinas é a mais artificial das realidades”( Benjamin 2012) 
Mas Benjamin não vê com olhos negativos o surgimento do cinema ao contrário ele o afirma como a primeira arte verdadeiramente coletiva pois ele afirma que mesmo a criação dos museus e galerias e tentaram fazer com que mais pessoas tivessem acesso a pintura não constitui uma mudança nesse sentido a pintura para Benjamim possui um caráter de contemplação que é individual e isso é imutável mas com crescimento das populações urbanas e da classe proletária era preciso que se criasse uma arte verdadeiramente coletiva e foi isso que o cinema fez .
Benjamin aponta que esse novo modo de recepção e apreciação da arte transformou os modos de percepção dos indivíduos em sociedade e mudou principalmente a relação das massas com a arte para o autor os indivíduos e se tornaram mais críticos exatamente por sua reação a obra de arte ser coletiva alguns filósofos criticavam o cinema por acreditar as pessoas só conseguem ter um olhar crítico perante a arte quando estão em que tudo e recolhimento Benjamin afirma exatamente o oposto a obra de arte quando o causa diversão nas pessoas mergulha e penetra no interior delas o autor defende assim contrariando outros pensadores críticos ao cinema que a distração é um meio eficaz de recepção da arte afinal nós nos habituamos a fazer distraídos diversas coisas ao mesmo tempo e isso não significa de maneira alguma que não aprendemos nada enquanto fazemos o mesmo ocorreria segundo o autor como o cinema 
Para além de concordar ou não com o autor a grande mudança introduzida por seu pensamento para o campo estético foi a conexão entre as mudanças na percepção e a teoria da arte a partir das mudanças técnicas sofridas pela arte o autor analisou como a percepção foi afetada e por isso como consequência também a arte.
Adorno e a indústria cultural 
Do livro “A indústria cultural	“ Adorno mostra como sua visão das transformações sofridas pela arte com a introdução da Terra em seus meios de produção não foi tão positiva conta de Benjamin para Adorno o entrelaçamento entre arte e técnica teria dado ensejo ao que denominou a indústria cultural 
A indústria cultural em Adorno apresenta a ideia de que com a introdução dos meios técnicos de produção no fazer artístico a arte teria perdido o seu caráter de contestação as formas de vidas vigentes a arte antes se diferenciavam por sua autonomia por ser pensada enquanto campo separado dos outros da vida assim a lógica que dominava a produção mercadológica de produtos para o comércio nada tinha a ver com as obras de arte produzidas no interior de outra loja diversa e por essa diferenciação Isso é para ação é que a arte era capaz de resistir a lógica da dominação e o poder ideológico do mercado capital mas como um em baralhamento entre esses dois campos a arte teria passado a ser apenas mais um nicho de mercado em capaz de diferenciar da ideologia do mercado esse nicho teria sido chamado por Adorno de indústria cultural 
Esse processo de diferenciação entre arte e mercado teria tornado segundo Adorno tudo equivalente todos aqueles processos de apreciação e crítica que autores como Kant teriam apontado alguns séculos atrás teriam agora se tornando inúteis pois os produtos da indústria cultural já chegaram prontos aos indivíduos que deixaram de ser apreciadores para serem consumidores de arte a indústria agora é quem faz todo o processo de pensar classificar e caracterizar os produtos da arte que chegam até nós nos tornamos assim menos críticos mais alienados e dominados pela ideologia do sistema capitalista
 O que é Adorno quer dizer com isso é que quando nos sentimos livres para irmos ao cinema como se estivéssemos escolhendo o que fazer de nosso tempo livre na verdade estaríamos sendo enganados pelo sistema capitalista que gerencia nosso tempo sem que o percebamos aquilo que parece uma opção pessoal é na verdade uma escolha direcionada pela ideologia que foi introjetada em nosso pensamento pelos produtos da indústria cultural assim o fato de que o cinema seja um meio de expressão que não nos deixa ver se o modo de produção faz com que nos tornemos indivíduos incapazes de realizar a crítica daquilo que vemos cada vez mais alienados pensamos escolher o cinema quando na verdade só nos resta isso a escolher
 Mas o problema para Adorno não está no cinema esse não está na linguagem artística mas sim no modo como as indústrias funciona interessada apenas em vender se estudarmos lá atrás Como a arte se autonomiza em determinados momentos deixamos de servir ao poder do estado da religião ou da moral o que é a dor na ponta na indústria cultural a arte teria perdido sua autonomia para começar a servir ao poder do capital ao poder das grandes empresas envolvidas na produção cinematográfica e essas empresas muitas vezes estariam ainda ligadas à governos interessados também manipular a população como empresas interessadas apenas no valor de vendas de suas obras é claro que aquilo que pauta as criações artísticas e qualquer coisa que dê mais dinheiro em determinado momento da ideia de que tudo se torna equivalente afinal tudo aquilo que pode ser comprado e vendido passa a ter o mesmo valor o valor de mercadoria 
Se para Benjamin o caráter de diversão coletiva do cinema é exatamente aquilo que a tornava política para Adorno a diversão nada mais é do que o apagamento do caráter crítico da arte e de seu público vemos assim como dois autores de gerações bastante próximas e fazendo ainda parte de uma mesma escola tiveram opiniões tão diversas sobre o mesmo assunto mas o pressuposto do qual partem um para criticar o outro para elogiar é o mesmo tanto Adorno quanto Benjamin partem da ideia de que a introdução da técnica na arte alterou não apenas um modo de produção mas principalmente os modos de percepção dos indivíduos
 Benjamin escreveu a maior parte de seu trabalho entre 1920 -1940 e Adorno no entre 1940 -1960 Isso já faz no mínimo 60 anos de lá até aqui houve uma série de outras mudanças no desenvolvimento técnico e tecnológico e estes como sempre transformaram a arte temos por exemplo o surgimento da chamada vídeo arte a introdução dos games no mundo da arte o surgimento dos e-books os celulares com localização em tempo real a criação das redes sociais como Facebook Instagram o surgimento YouTube e das redes de streaming como Netflix e uma infinidade de outras coisas mas dessas novas técnicas foram introduzidas no Mundo da arte.

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