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São divididos em antifúngicos naturais: ANFOTERICINA B, GRISEOFULVINA E EQUINOCANDINAS; e sintéticos: Azóis (IMIDAZÓIS E TRIAZÓIS). A maior representante é a FLUCITOSINA. Eles precisam penetrar na membrana celular, e para isso usam o canal citosina permease específica de fungos (ou seja, não entra nas células humanas. Após isso, sofrem desaminação pela citosina-desaminase, gerando um composto (5-FLU) que pode se incorporar ao RNA ou ser convertida em outro composto que vai inibir a Timulato sintetase, atrapalhando a conversão de Uracila (do RNA) em timina (do DNA), inibindo a síntese de DNA e a divisão celular. Contraindicações da Flucitosina: - Gravidez e lactação - IR severa - Hiperssensibilidade a componentes da fórmula - Crianças Observações: - Boa penetração do SNC, TGU e nos olhos - t ½ = 3-5h - Em MONOTERAPIA, geralmente leva a resistência. Em caso de micose sistêmica, utilizar sempre em associação com ANFOTERICINA B, pois como ela age na membrama, vai aumentar a captação de flucitosina. Trata-se da GRISEOFULVINA. Ela se liga a tubulina, a célula não forma microtúbulos e, portanto, não haverá formação do fuso mitótico e a célula não se divide. Ela pode até se duplicar, mas não se divide, e isso é bem evidenciado pela presença de polinúcleos na célula. Ela é muito lipossolúvel, geralmente exige um tratamento prolongado (6/6h) e tem TROPISMO pela queratina, então é utilizada somente para tratamento de dermatófitos (na pele, unhas, etc). Tem atividade fungistática e não é efetiva contra leveduras e fungos dimórficos. Contraindicações: - Gravidez e lactação - Crianças < 2 anos - História de LES - Hepatopatas - Uso de álcool (aumento dos efeitos adversos) São duas classes de medicamentos: Inibidores da esqualeno-epoxidase (Alilaminas e benzilaminas) Inibidores da 14-alfa desmetilase (Os azóis – Imidazóis e Tiazóis) PORQUE O ERGOSTEROL? É um colesterol que está incorporado a membrana plasmática, e dá certa rigidez a ela, já que ela é tão fluida, evitando que ela se ‘’desmonte’’ ou perca estruturas importantes. ANTIFÚNGICOS INIBIDORES DA SÍNTESE DE DNA INIBIDORES DA DIVISÃO CELULAR INIBIDORES DA SÍNTESE DE ERGOSTEROL As alilaminas, como a Terbinafina e Naftifina, inibem a esqualeno-epoxidase e assim não há formação do ergosterol. Elas tem um caráter lipofílico e dependendo da dose pode ter efeito fungicida ou fungistático. Além disso, pode ser adm por VO ou tópico, se liga muito as proteínas plasmáticas e possui um t ½ de 300h. Contraindicações: - Gravidez e lactação - IR - IH - Crianças < 2 anos - Hipersensibilidade Efeitos adversos: hepatotoxicidade e alterações no TGI As benzilaminas tem ação semelhante a terbinafina e um exemplo é a BUTENAFINA; elas possuem uso apenas tópico, com um amplo espectro de atividade e muito usado para tratamento de tinha (micose). São os: MICONAZOL, OXICONAZOL, ECONAZOL, todos esses de uso tópico, e o CETOCONAZOL, de uso tópico e sistêmico. Mecanismos de ação: Inibem a 14-alfa desmetilase, impedindo a síntese dos esteróis, incluindo o ergosterol. CETOCONAZOL - Inibe a P450 (interage com muitos fármacos); - Inibe a síntese de hormônios esteroides e gonadais; - Amplo espectro mas com estreita faixa terapêutica; - Bem absorvido pelo TGI, principalmente em ph ácido (uso de antiácidos e inibidores H2 diminuem a absorção). - Não atravessa BHE. Tem o mesmo mecanismo dos imidazóis, mas eles são mais específicos para a 14-alfa desmetilase fúngica, ou seja, não agem tanto na humana. São representados por: Fluconazol, Itraconazol, Voriconazol e Terconazol, outros estão em fase de testes. FLUCONAZOL - VO e IV - Metabolismo hepático - t ½ = 25h - Penetra bem o LCR: usado para meningite por criptocócica - 90% eliminado inalterado pela urina: usado para infecções fúngicas do TGU - Menos efeito sobre enzimas hepáticas ITRACONAZOL - VO e IV - Metabolismo hepático - Penetra menos o LCR - t ½ = 36h - Mais potente VORICONAZOL - Mais potente com maior espectro, mas é extremamente caro! São os Poliênicos (ANTIFÚNGICOS NATURAIS), como a ANFOTERICINA B, NISTATINA, NATAMICINA E CANDICIDINA - Possui alta afinidade pelo ergosterol, ligando-se a ele, abrindo poros na membrana, permitindo a saída de muitos componentes celulares, como íons e etc. INIBIDORES DA ESTABILIDADE DA MEMBRANA DO FUNGO ANFOTERICINA B - Administrado via parenteral - Insolúvel em água (IV) - Fungicida ou fungistática - Usado no tratamento de Meningite - A aplicação pode causar febre, calafrios, cefaleia e hipotensão - O uso crônico pode causar IR e anemia (por diminuição de eritropoietina) NISTATINA - Uso tópico - Muito usado para Candida. São as equinocandina: elas inibem a síntese de 1,3-b- glicano, composto da parede celular que é necessário para manter a sua estrutura (rigidez, resistência), podendo levar ao estresse osmótico, lisa da célula e consequentemente a morte do fungo. CASPOFUNGINA - Metabolismo hepático; - t 1/2: 9-10h; - Penetra pouco no LCR; - Liga-se as PTN. MICAFUNGINA - Aprovada para o tratamento de candidíase esofágica e para profilaxia antifúngica em receptores de transplantes de células tronco hematopoiéticas. INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR
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