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FACULDADE PROFESSOR MIGUEL ÂNGELO DA SILVA SANTOS FISÍCA II ENGENHARIA DE PRODUÇÃO LAÍS RODRIGUES PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES 14/06/2019 GRUPO 4 DÉBORA MORAIS LARA ALVES LUCAS RIBEIRO VANESSA ROBETT INTRODUÇÃO Arquimedes descobriu, enquanto tomava banho, que um corpo imerso na água se torna mais leve devido a uma força, exercida pelo líquido sobre o corpo, vertical e para cima, que alivia o peso do corpo. Essa força, do líquido sobre o corpo, é denominada empuxo. Empuxo é a força hidrostática resultante exercida por um fluido (líquido ou gás) em condições hidrostáticas sobre um corpo que nele esteja totalmente ou parcialmente submerso. O Princípio de Arquimedes afirma que: Todo corpo mergulhado num fluido (líquido ou gás) sofre, por parte do fluido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo. Portanto, num corpo que se encontra imerso em um líquido, agem duas forças: a força peso, devida à interação com o campo gravitacional terrestre, e a força de empuxo, devida à sua interação com o líquido. O valor do empuxo não depende da densidade do corpo que é imerso no fluido, mas podemos usá-la para saber se o corpo flutua, afunda ou permanece em equilíbrio com o fluido. Se: • Densidade do corpo > densidade do fluido: o corpo afunda. • Densidade do corpo = densidade do fluido: o corpo fica em equilíbrio com o fluido. • Densidade do corpo < densidade do fluido: o corpo flutua na superfície do fluido. Seja Vf o volume de fluido deslocado pelo corpo. Então a massa do fluido deslocado é dada por: A intensidade do empuxo é igual à do peso dessa massa deslocada: Para corpos totalmente imersos, o volume de fluido deslocado é igual ao próprio volume do corpo. Neste caso, a intensidade do peso do corpo e do empuxo são dadas por: Quando um corpo mais denso que o líquido está totalmente imerso, percebemos que o seu peso é aparentemente menor do que no ar. Este peso aparente é a diferença entre o peso real e o empuxo. Peso aparente = Peso real – Empuxo. OBJETIVOS Observar a presença do empuxo em função da aparente diminuição da força peso de um corpo submerso num líquido. Verificar, experimentalmente, a dependência do empuxo em função do volume do líquido deslocado e da densidade do líquido. Determinar indiretamente a densidade do fluído. Com isso, atestar a veracidade do Princípio de Arquimedes. Além disso, como objetivo principal calcular a força empuxo tanto experimentalmente quanto teoricamente. EQUIPAMENTOS Para a realização do experimento foi necessário um corpo, no qual foi utilizado um pedaço de cera de parafina com um barbante na ponta, um dinamômetro de mola helicoidal para a medição do peso, um suporte para suspender o dinamômetro e nele prender o corpo, água, uma proveta graduada para ser o objeto de medição da água e o local onde o corpo foi imerso. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Para iniciar foi preciso certificar -se de que o dinamômetro estava bem posicionado no suporte, após foi preciso verificar se o mesmo se encontrava na posição "zero", ou seja, se estava calibrado a fim de não causar erro na medição. Depois foi necessário suspender a parafina no gancho do dinamômetro, encher a proveta de água com cuidado para não ultrapassar 100 ml, impedindo a medição do volume e mergulhar totalmente o corpo na proveta de forma que não transborde água, caso transbordasse seria preciso colocar um volume de água menor. Depois do processo de montagem, é preciso realizar a coleta dos dados: a intensidade do peso do corpo (N) antes de ser mergulhado na água e o volume de água (ML) contido na proveta antes do corpo estar mergulhado. Feito isso, foi iniciado o experimento mergulhando totalmente o corpo na proveta, depois retirando e mergulhando novamente, repetimos esse procedimento 5 vezes e no fim de cada um deles anotávamos as novas medidas: de volume U e o peso aparente W lido nas escalas. Dessa forma, ao fazer a leitura das escalas novamente foi possível observar como o peso aparentemente diminui e ao mesmo tempo o volume de água aumentou. Além disso, foi possível atestar que a força de empuxo é vertical e para cima. Por fim, regulamos a altura do corpo, mexendo cuidadosamente no parafuso preso no suporte, para deixar uma parte do corpo fora da água, e anotamos novamente a intensidade do peso do objeto antes de estar mergulhado na água e o volume de água antes de colocar o objeto dentro. Depois, fizemos o mesmo procedimento, porém dessa vez com o corpo parcialmente mergulhado, repetimos 5 vezes e anotamos também as novas medidas de peso e volume. Com todos os dados em mãos, é preciso calcular o desvio padrão das medidas e após calcular o empuxo. DADOS EXPERIMENTAIS E ANÁLISE A principio, os seguintes valores foram anotados. O peso da vela (P = (0,6 ± 0,01) N); o volume da água (V= (72 ± 0,5)ml). Feito a medição cinco vezes (como dito anteriormente). E com isso foram achados os seguintes valores: W (N) δW (N) U (ml) δU (ml) 0,40 0 90 0,8 0,40 0 89 0,2 0,40 0 89 0,2 0,40 0 89 0,2 0,40 0 89 0,2 Tabela 1: Verificação dos valores medidos e seus desvios padrões Sendo “W (N)” o peso aparente, “δW (N)” o desvio padrão do peso aparente, “U (ml)” volume da água após o peso ser colocado nela e “δU (ml)” o desvio padrão do volume da água com o peso dentro dela. Para descobrir o resultado do erro aparente, foi necessário verificar com o dinamômetro quanto pesa o corpo de prova dentro da água. Verificado nas cinco medições que seu peso ficou em 0,40N. Para descobrir o resultado do volume da água após o peso ser colocado nela foi utilizado a proveta graduada, constatando que na primeira medição que a água subiu até 90ml após a inserção da vela dentro da proveta e nas outras quatro medições ficou no valor de 89ml. O cálculo do desvio padrão é feito de acordo com a fórmula δ = √∑ି(ത) ିଵ , onde Xn é o número do elemento, 𝑋തé a média dos valores adquiridos e n são quantos elementos existem na amostra. Efetuando então o cálculo para descobrir os valores dos erros padrões dos itens citados anteriormente, verificaram-se algumas questões: primeiramente com relação ao “δW (N)”, como não teve uma variação de valor, o desvio padrão dará 0 (zero); já com o δU (ml) a situação é diferente, pois há uma pequena variação em seu volume e por conta disso foram constatados 0,8ml na primeira medição e 0,2ml nas demais. Após isso foi retirado metade da água e analisado novas medidas. A proveta agora está com (v= (36 ± 0,5)ml): W (N) δW (N) U (ml) δU (ml) 0,25 0,002 67 0,4 0,28 0,002 69 0,1 0,25 0,008 67 0,1 0,25 0,002 67 0,1 0,25 0,002 67 0,1 Tabela 2: Verificação dos valores medidos e seus desvios padrões Novamente, para descobrir o resultado do erro aparente, foi necessário verificar com o dinamômetro quanto pesa o corpo de prova dentro da água. Verificado agora que nas medições o peso aparente é de 0,25N, exceto na terceira medição, que deu o valor de 0,28N E novamente, para descobrir o resultado do volume da água após o peso ser colocado nela, foi utilizado a proveta graduada, constatando que na primeira medição que a água subiu até 69ml após a inserção da vela dentro da proveta e nas outras quatro medições ficou no valor de 67ml. O cálculo do desvio padrão feito na segunda tabela é o mesmo informado na medição inicial (descrito na primeira tabela) CONCLUSÃO A partir do experimento feito, concluímos que sobre um corpo imerso em água age uma força vertical para cima, chamada empuxo, que por sua vez diminui o peso real para um peso aparente, com intensidademenor. Isso ocorre porque o corpo recebe uma força contrária a força da gravidade, portanto há uma diferença entre essas duas forças. Após concluir esse experimento concluímos também que a teoria e a prática podem e devem ser similares, apesar dos erros. BIBLIOGRAFIA - Halliday, D., Resnick R. e Walker, J., Fundamentos de Física, Vol. 1, 7a edição,Ed. LTC. - Young, H. D e Freedman, R. A. – Sears e Zemansky, Física I: Mecânica. 10a edição, Ed. Pearson Addison Wesley.
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