Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANATOMIA VEGETAL: Microscopia Microscópio Ferramenta indispensável Função: Tornar visível ao olho humano estruturas invisíveis à vista desarmada 0,1mm = 100µm fotônicos Tipos eletrônicos Microscopia Tipos de microscópios: Ópticos (equipamento usado na disciplina) Aumentam até 1000 vezes Ilumina o objeto de estudo com feixe de luz visível ou UV Eletrônicos Aumentam mais de 300.000 vezes Iluminam o objeto de estudo com feixe de elétrons Microscopia O microscópio tem componentes que podem ser divididos em sistemas, de acordo com as suas funções Mecânico Sistemas Iluminação Magnificação Microscopia Sistema mecânico : Mantem os elementos óticos e a amostra em posição para observação. Constituintes do sistema mecânico: base ou pé; braço; tubo ou canhão; revólver; mesa ou platina; charriot, parafusos macro e micrométrico e parafuso de regulagem do condensador. Sistema de iluminação: direciona o feixe de luz desde a fonte até a ocular; compreende as seguintes partes: fonte luminosa; diafragmas; condensador e filtros. Sistema de magnificação: Amplifica a amostra; é composto por lentes oculares e objetivas. Componentes de um microscópio óptico Microscopia Resolução: capacidade de formar imagens distintas (separadas) de dois pontos situados muito próximos um do outro. Olho humano =100 µm ou 0,1 mm Limite de resolução: menor distância entre dois pontos, de modo que ainda apareçam individualizados na imagem formada pelo sistema óptico utilizado. O aumento total conferido pelo MO é o produto do aumento conferido pela lente objetiva e pela lente ocular (objetiva x ocular). Microscopia Unidades de medida usadas em microscopia UNIDADE DE MEDIDA SÍMBOLO VALOR Micrômetro µm 0,001mm (milésima parte do mm) Nanômetro nm 0,001 µm (milésima parte do µm) Ângstrom Å 0,0000001mm (10-7mm) Microscopia Cálculo do aumento das amostras observadas OCULAR OBJETIVA AUMENTO DIÂMETRO DO CAMPO 10x 10x (pequeno aumento) 100x 1.500 µm 10x 40x (grande aumento a seco) 400x 375 µm 10x 100x (imersão em óleo) 1000x 150µm Microscopia Procedimentos básicos para os cuidados com o microscópio devem ser seguidos, para que o equipamento tenha longa durabilidade e mantenha a maior precisão possível. Manter o microscópio longe de umidade. Evitar transportar de um local a outro; se for necessário, segurar firmemente pelo pé e braço. Manter as lentes objetivas e oculares limpas e o aparelho coberto, quando não for usado. Microscopia Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Conjunto de procedimentos técnicos para obtenção de material anatômico para análise por microscopia. Etapas: coleta e preparo do material Fixação e conservação Técnica de diafanização (arquitetura) Técnicas de dissociação Técnicas de corte e coloração Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Material necessário no laboratório Placas de petri, vidro de relógio Pinça, pincel Suporte (isopor ou medula) Lâmina de barbear ou de bisturi Lâmina, lamínula e placa de vidro Vidro de relógio Placas de petri lâminas pinça Placa de vidro lamínula Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Material necessário no laboratório e onde acondicioná-lo Hipoclorito 20% – 50% Ácido acético 1% Água destilada Corante ou Mistura de Jeffrey (dissociação ou maceração) Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Coleta e preparo do material Todos os órgãos podem ser coletados Preparo imediato após coleta Amostras pequenas fixação direta Amostras grandes fragmentação Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Coleta e preparo do material 1- Fixação paralisa os processos vitais e de autólise; estabiliza os processos celulares. As amostras devem ser fixadas assim que coletadas. Principais fixadores: FAA, CRAFT III, Navaschin, Álcool 70% Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Coleta e preparo do material Fixadores FAA 50 (ou 70 ) formalina (formaldeido 37%) 5ml ácido acético glacial 5ml álcool etílico a 50% (ou 70%) 90ml Álcool etílico a 70% Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Coleta e preparo do material Fixadores Nawaschin ácido crômico a 1% 75mL ácido acético glacial 5mL formalina 20mL Craft III ácido crômico a 1% 30mL ácido acético a 10% 20mL formalina 10mL água destilada 40mL Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Coleta e preparo do material 2- Conservação Mantém as amostras preservadas no estado de fixação por tempo indeterminado Principal conservante: Álcool etílico 70% Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Coleta e preparo do material 3- Amolecimento (apenas para partes duras: raízes, caules) Degradação de substâncias que dão rigidez à amostra. Principal amolecedor: Glicerina: Álcool etílico 70% - 1:1 (v:v) Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal 4- Cortes ou secções anatômicas Características: Ultrafinos (3 a 10 µm) depende da técnica Retos Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal 4- Cortes ou secções anatômicas Técnicas de cortes: À mão livre (menos preciso: 30-90 µm) Mais rápido, simples e barato Material fresco ou fixado Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal 4- Cortes ou secções anatômicas Técnicas de cortes: Microtomia (ultrafino e preciso) Demorado, complexo e caro Material emblocado ou em suporte Cortes de amostras vegetais: FOLHA Tipos de cortes: Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Corte paradérmico Cortes de amostras vegetais: FOLHA Tipos de cortes: Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Corte transversal Corte longitudinal Cortes de amostras vegetais: FOLHA Regiões a serem analisadas anatomicamente: pecíolo, base, ápice, bordo, nervura mediana e região intercostal ou internervuras. Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal ápice Região intercostal bordo Nervura mediana base pecíolo Cortes de amostras vegetais: amostras cilíndricas (caule e raiz) Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Cortes de amostras vegetais: amostras cilíndricas (caule e raiz) Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal 5- Clarificação ou Diafanização Retirada de pigmentos e conteúdos celulares Torna a amostra transparente Preparo para receber corante Hipoclorito de sódio (5 – 50%) até ficar transparente Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal 6- Coloração Evidencia forma e tamanho das células (paredes) Identificação da natureza das paredes Principais corantes Safranina hidroalcoólica (0,5% ou 1,0%) Fucsina Azul de toluidina (0,03%) Azul de astra (10%) Corante duplo: safranina+azul de astra safrablau Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal 7- Técnicas para obtenção de amostras anatômicas Arquitetura foliar Dissociação de epiderme Cortes transversais e longitudinais Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal ARQUITETURA FOLIAR Procedimentos: 1) Clarificação ou Diafanização Técnica usual: Stritmatter (1973) Ebulição em álcool etílico absoluto, ebulição em álcool etílico absoluto + hipoclorito de sódio (1:1), após lavagem, hipoclorito de sódio até ficar transparente. Alternativa: Hipoclorito de sódio Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal ARQUITETURA FOLIAR Procedimentos: 2) Coloração Após ficar transparente, lavar abundantemente com água destilada. Lavar em álcool 50% Corar em safranina hidroalcoólica 0,5% Retirar o excesso de corante em álcool 70% Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal ARQUITETURA FOLIAR Procedimentos: 3) Montagem da lâmina permanente Desidratar em série alcoólica (70 – 100%) Série álcool – xilol (3:1; 1:1; 1:3 – xilol puro) Montagem em bálsamo do Canadá Técnicas cito-histológicas:Microtécnica Vegetal DISSOCIAÇÃO DE EPIDERME Procedimentos: 1) Obtenção da epiderme (fragmentos < 1 cm²) Cortes paradérmicos Mistura de Jeffrey Dissociação química Ácido nítrico 5% - 10% fita adesiva transparente (durex®) Impressão cola transparente (superbonder®) Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal DISSOCIAÇÃO DE EPIDERME 2) Clarificação e Coloração Cortes paradérmicos – clarificar/diafanizar Dissociação química – material já clarificado Lavar em álcool 50% Coloração com safranina hidroalcoólica 0,5% por ±10 minutos Lavar em álcool 70% até parar de sair corante Impressão – fita ou cola diretamente na lâmina Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal DISSOCIAÇÃO DE EPIDERME 3) Montagem da lâmina semi permanente Depositar as amostras em lâmina Pingar água glicerinada sobre as amostras Depositar a lamínula Lutar com esmalte transparente Fotos: J.S. Jesus, 2012 Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal DISSOCIAÇÃO DE EPIDERME 4) Montagem da lâmina permanente Desidratar amostra em série alcoólica (70 – 100%) Série álcool – xilol (3:1; 1:1; 1:3 – xilol puro) Montagem em bálsamo do Canadá Fotos: J.S.Jesus, 2012 Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal CORTES HISTOLÓGICOS 1) Corte à mão livre (30 - 90 µm) Inclusão no suporte (medula ou isopor) Corte com navalha ou lâmina de barbear (afiada) Manter os cortes em recipiente com água (placa de petri ou vidro de relógio) Clarificação dos cortes mais finos (hipoclorito) neutralização (ácido acético 1%) – 2 minutos Enxágue em água - 1 minuto Coloração – 15 a 60 segundos Lavagem em água – 1 minuto Montagem da lâmina e lutagem Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal CORTES HISTOLÓGICOS 1) Corte à mão livre – preparação do suporte Suportes usuais: medula do pecíolo de imbauba; medula do caule de girassol ou sabugueiro; cenoura ou isopor Corte do suporte e colocação da amostra; Posição para o corte Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal CORTES HISTOLÓGICOS 2) Inclusão em parafina para microtomia Desidratação das amostras em série alcoólica Série álcool xilol Infiltração em parafina histológica a 56°C Inclusão em bloco de parafina histológica Conservação dos blocos sob refrigeração Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal CORTES HISTOLÓGICOS 2) Inclusão em parafina para microtomia Cortes em micrótomo (3 – 8 µm) Depósito dos cortes em lâmina Desparafinização e re-hidratação em série xilol-álcool Coloração Montagem da lâmina em bálsamo do Canadá Técnicas cito-histológicas: Microtécnica Vegetal CORTES HISTOLÓGICOS Comparação das técnicas de cortes histológicos: TÉCNICA VANTAGENS DESVANTAGENS Corte à mão livre simples Cortes mais espessos (30-90µm) barato rápido não tóxico inclusão em parafina e microtomia cortes ultrafinos e perfeitos (3-5µm) complexo caro demorado tóxico
Compartilhar