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Fichamento EPI

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EICHENGREEN, Barry. A globalização do capital: uma história do sistema monetário internacional.
O Sistema de Bretton Woods
-Sistema monetário internacional
-Três elementos (mutuamente complementares) do sistema: 
Taxa de câmbio ajustável: para eliminar déficit no balanço de pagamentos.
Controle para limitar o fluxo de capital internacional: evitar os fluxos de capital voláteis que desestabilizaram no entreguerras.
Fundo Monetário Internacional: monitorar as políticas econômicas nacionais e oferecer financiamento para equilibrar os balanços de pagamentos. Podia penalizar governos responsáveis por políticas que desestabilizassem o sistema internacional e oferecer compensações aos países afetados negativamente.
-Os três elementos funcionaram muito pouco. O único com melhor desempenho foi o controle de capital.
-Esses três elementos distanciam o Bretton Woods do anterior padrão ouro.
-Na realidade, não havia realmente um mecanismo de ajuste, de modo que o colapso do sistema Bretton Woods foi inevitável.
O planejamento durante a guerra e suas consequências
-Keynes (britânico) e White (EUA): diferentes visões de como a economia internacional deveria se organizar no pós-guerra. Diferença quanto as obrigações doa países credores.
-Plano White: mundo livre de controles e paridades fixas, sob a supervisão de uma instituição internacional com poder de veto.
-Plano Keynes: permite aos países modificar suas taxas de câmbio e adotar restrições cambiais e comerciais conforme necessário para contabilizar o pleno emprego e o equilíbrio no balanço de pagamentos.
-Estadunidenses alegavam que o plano de Keynes daria obrigações ilimitadas aos credores em potencial.
Acordo feito com concessões mútuas EUA detinha maior poder de barganha.
Proposta pelas paridades fixas foram descartadas – câmbio ajustável.
Permitiu manutenção de controles sobre os movimentos de capital internacionais. Os americanos insistiram pela limitação do volume de financiamento, e foram obrigados a aceitar a flexibilidade cambial e o controle de capital.
Controle inicial sobre as importações (o tempo revelou impossível eliminar o controle sobre as importações).
-Problema: reduzidas quotas e direitos de saque referidos nos Artigos de Acordo foram pequenos diante da escassez de dólar
-Paridades cambiais foi inviável: grande desvalorização da moeda europeia.
Avaliação incorreta da gravidade e dos danos sofridos pela economia europeia e japonesa.
Americanos tinham fé que o livre comércio resolveria tudo os Artigos de Acordo defendiam e davam ênfase ao livre comércio.
A liberalização (remoção dos obstáculos monetários ao comércio) não ocorreu com a velocidade prevista. Problema: causaria deterioração no termos de troca e nos padrões de vida. As barreiras a importação melhoravam os termos de troca em favor da Europa em detrimento do EUA. Para remover barreiras comerciais sem criar défcits ou grandes desvalorizações, era necessário corte nos gastos governamentais e redução da demanda. Para liberalização, era necessário ação simultânea dos países europeus.
A crise da libra esterlina e o realinhamento da moedas europeias
-Impossível a conversibilidade sem a cooperação.
-EUA ofereceram empréstimos à Grã-Bretanha, sob a condição de esta restabelecer a conversibilidade irresponsabilidade.
-Para os EUA, a conversibilidade asseguraria aos exportados norte-americanos condições competitivas justa e significaria um passo para a criação de um sistema aberto de comércio multilateral.
-Impossibilidade da conversão crise da libra em 1947.
-Plano Marshall
-Muitos países desvalorizaram suas moedas efeito positivos, mas não resolveu tudo, Necessidade de medidas monetárias internacionais extraordinárias.
-Grande escassez de dólar.
A União Europeia de pagamentos
-Criação de uma entidade regional para complementar as ações do FMI.
-União Europeia de pagamentos: enfrentar os problemas europeus nas esferas do comércio e de contas externas.
-Membros tinham a intenção de caminhas simultaneamente em direção a conversibilidade nas contas correntes código de liberalização.
-Escassez de dólar: EUA aceitaram discriminação comercial e aceitaram a inadequação das quotas previstas no Artigos de Acordo.
-O FMI foi incapaz de oferecer ajuda na escala necessária para lidar com os desequilíbrios no pós-guerra.
Problemas de pagamentos e controles seletivos
-Pressão dos trabalhadores e crescimentos dos partidos de esquerda. Era necessário acomodação com os partidos trabalhistas para impedir que crises políticas e greves se colocassem como obstáculos no caminho de sua recuperação e crescimento.
-Controle de câmbio para ajustar problemas no balanço de pagamentos.
-Importância da coordenação da desvalorização e da correção fiscal para enfrentar o desequilíbrio interno como externo. Só controle sobre importações não foi suficiente. Era necessário uma ação monetárias e fiscal e uma política de austeridade (rigor no controle de gastos) cimentada por uma consolidação política.
Conversibilidade: problemas e progressos
-Retomada do crescimento na Europa e no Japão, registrou-se melhorias nas balanças comerciais.
-Europa passou a ser um ponto de atração para investimentos de empresas norte-americanas.
-Não foram os outros países industrializados, mas sim os Estados Unidos que passaram a registrar déficits persistentes, ao contrário do que se pensava.
-Debates sobre liquidez internacional que dominou a década de 60.
-Situação foi complicada pelo fato do Bretton Woods, assim como o padrão ouro antes, ter gerado sua própria liquidez. Se os EUA exercessem contenção inadequada, poderiam inundar o sistema internacional com liquidez. O sistema permaneceu dependente dos dólares para atender suas necessidades cada vez maiores de liquidez.
-EUA fixou uma paridade dólar-ouro e demais países fixavam paridade em relação ao dólar.
-O sistema ficou cada vez menos simétrico, à medida que o dólar foi consolidando seu status de principal moeda de reserva.
-Dilema de Triffin sistema dinamicamente instável. Crescimento de saldos em dólares nas contas externas semeava dúvidas quanto a sua conversibilidade (em ouro. Muito dólar podia superar as reservas americanas de ouro).
Direitos especiais de saque
-Adotar outros meios de liquidez no lugar do dólar – grupo dos Dez (G-10).
-Ascensão do Terceiro Mundo: defendia que suas necessidades de financiamento do balanço de pagamentos eram pelo menos tão grandes quanto as dos países industrializados.
Conflito entre países industrializados e em desenvolvimento.
Questão da distribuição das reservas
-Direitos especiais de saque (DES) – elevar todas as quotas em um percentual uniforme. Mas havia o conflito entre países de moedas fracas e moedas fortes. Os de moeda fraca queriam créditos adicionais para compensações dos balanços de pagamentos. Os moeda forte receavam consequências inflacionárias de créditos adicionais.
-Liquidez maior devido políticas expansionistas dos países industrializados, devido alocação de DES.
Redução nos controles e aumento na rigidez
-Restabelecimento da conversibilidade da conta corrente, não era mais possível tornar mais rigorosas as exigências das licenças de importação.
-Corrigir desequilíbrio interno e externo no curto prazo pela manipulação da conta de capital. Os controles sobre os movimentos de capital poderiam ser tornados mais rígidos. Mas o restabelecimento da conversibilidade tornou mais difícil aplicar os controles de capital.
-Por que os países relutavam tanto em desvalorizar suas moedas em resposta desequilíbrios externos? Limitação para evitar perturbações no comércio provocados por frequentes ajustes de paridades; a necessidade de aprovação do FMI desencorajava ajustes nas paridades; faziam desvalorizações e valorizações pequenas e frequentes que podiam ser promovidas sem consultar o FMI.
-Desvalorização da moeda em um diferencial significativo apenas em caso de desequilíbrio fundamental. Desvalorização significava admitir um grande fracasso. Governos faziam de tudo para defendersuas moedas.
-Cooperação internacional entre governos e bancos centrais possibilitou a preservação e sustentação do regime de Bretton Woods. Colapso também foi adiado pelo controle reforçado dos EUA sobre o capital.
-O custo do suporte ao dólar tornou-se claro aos olhos dos bancos centrais colapso do sistema monetário internacional estabelecido em Bretton Woods.
A batalha em defesa da libra
-Libra como segunda mais importante moeda de reserva.
-Desvalorização da libra abalaria a confiança em todo o sistema de reservas monetárias.
-Esforço para preservar o status de moeda de reserva aumentava a vulnerabilidade financeira do país. Grã-Bretanha precisava deixar libra flutuante, mas uma libra flutuante seria instável e uma depreciação repentina provocaria inflação e turbulência na esfera trabalhista. O movimento sindical britânico tornava difícil coordenar negociações, conter salários e fomentar investimentos na linha mais corporativista de outros estados europeus.
-Os EUA insistiram pela não-desvalorização, temendo que o contágio das pressões especulativas pudesse afetar o dólar.
-Não foi suficiente ajuda externa. O valor da libra caiu 17% no exterior em novembro de 1967.
A crise do dólar
-EUA precisava fortalecer conta corrente. Poderia ser necessário promover uma desvalorização. O governo americano procurou conter a pressão adotando controles sobre a movimentação de capitais e aplicando uma sobretaxa às importações.
-Inadequada disciplina monetária e fiscal estadunidense provocou uma corrida contra o dólar.
-Inadequação dos mecanismos de ajustes disponíveis e a enorme dificuldade de operar um sistema de câmbio fixo em face de capitais de extrema mobilidade é a primeira lição de Bretton Woods. Segunda lição é a cooperação internacional que atuava em favor do sistema.
GRIFFITH-JONES, Stephany; SUNKEL, Osvaldo. O fim de uma ilusão: as crises da dívida e o desenvolvimento da América Latina.
A pior crise sócio-econômica na América Latina desde a Grande Depressão
-Anos 80 década perdida.
	Grande depressão atingiu sociedades primitivas e rurais.
	Crise 80 atingiu sociedades relativamente urbanas e modernas.
-Fraca recuperação das economias latino-americanas após crise de 1929.
 Continuação da crise econômica: queda do PIB; aumento do desemprego; inflação; redução dos salários; deterioração condições de nutrição, saúde, moradia; cortes em investimentos básicos e em gastos sociais.
 Tensões e conflitos sociais e políticos.
 Custos sociais, econômicos e políticos atuais e futuros.
-As políticas de desenvolvimento e de dívida externa desses países aumentou/agravou a dependência e vulnerabilidade.
-Resposta à recessão: políticas restritivas drásticas restrições monetárias e financeiras; diminuição dos gastos públicos; diminuição da renda.
	 Entrada em um círculo vicioso recessivo (aumento déficit fiscal, redução gastos públicos, aumento da dívida).
Incapacidade das políticas de se ajustarem ao ambiente interna e externo.
-Dificuldade em avaliar a gravidade da crise + otimismo piorou a situação
	Décadas anteriores: abundância de recursos financeiros, externo e interno, público e privados, gastos e investimentos elevados. 
-Causa da crise = elementos externos + estratégia e políticas de desenvolvimentos dos governos latino-americanos.
	 Fuga de capitais devido: política interna (como supervalorização da taxa cambial); aumento taxa de juros do EUA; atores transnacionais.
OBS.: países asiáticos suportaram melhor a crise de 80 políticas pragmáticas de intervenção estatal e regulamentação do comércio internacional e do fluxo de capital.
	Causa externa: recessão dos países industrializados entre 1980-1982.
Fatores que aumentaram o impacto da recessão
1- Queda do valor das exportações das commodities e queda no volume exportado.
2- Escalada da taxa de juros que elevou o custo da dívida acumulada nesses países. A postura e a combinação dos países industrializados produziram forte impacto nos países em desenvolvimento, por meio da influência sobre as taxas de juros no setor internacional.
3 – Grande declínio dos empréstimos bancários concedidos a esses países, devido a incapacidade dos devedores de atender a dívida. A maioria das economias latino-americanas tinham grande dependência e confiança no aumento constante de recursos externos. Reversão na direção de transferência de recursos entre a América-latina e o resto do mundo.
4 – Alta taxa cambial do dólar que elevou o custo dos pagamentos dos juros a amortizações da dívida.
Ausência de um novo agente para a intermediação financeira
Não surgiu um novo agente dinâmico
Agentes públicos e privados existentes não estavam dispostos a intermediar no mesmo grau que antigamente.
Inadequação dos mecanismos financeiros anticíclicos e compensatórios.
FMI não pode contar com recursos e nem autoridade para promover ajustamentos.
SFC (Serviço de Financiamento Compensatório) – principal instrumento anticíclico – foi enfraquecido.
Consequências: prejuízo a curto prazo do crescimento econômico; a médio prazo, restrição das estratégicas para somente aquelas que impliquem menos dependência do capital exterior.
-O sistema financeiro internacional exige o ajustamento do balanço de pagamentos dos países atingidos, sem financiamento anticíclico temporário!
Causa nacionais das crises latino-americanas
-Estratégias e políticas de desenvolvimento empreendidas + ação dos agentes privados latino-americanos.
	Muitas economias responderam a abundância de fluxos externos das décadas anteriores com a abertura e a abolição de regulamentações de seus sistemas financeiros e comercial.
-Grau de abertura política + políticas macroeconômicas adotadas.
	 Surgimento de um segmento transnacionalizado da economia.
-Finalidade para aumento da dívida externa: empréstimos compensatórios de curto prazo; empréstimo de prazo longo para suavizar o ajustamentos estrutural a choques externos ou internos; créditos para aumentar o consumo doméstico.
	 Consequência: muitos empréstimos foram destinados à fuga de capitais ou ao aumento das importações de bens de consumo não-essenciais/supérfluos. Aumento da dívida não foi usado para financiar déficits comerciais, mas para as saídas de capital privada, aquisição de ativos estrangeiros ou pagamento líquido do serviço da dívida externa acumulada anteriormente.
	 Transnacionalização e abertura das economias acarretou uso inadequado dos aumentos da dívida externa.
OBS.: No Chile, a concorrência das importações com as indústrias domésticas acarretou a desindustrialização. O Brasil empregou nível crescente de poupança externa nos anos 70 para sustentar as altas taxas de investimentos.
-O aumento da dívida externa contribui para o crescimento e desenvolvimento quando: os fluxos de capital são regulados; onde o Estado possui uma boa estratégia de desenvolvimento e possui papel importante no investimento; onde o Estado empreende políticas para orientar as forças de mercado.
-Países latino-americanos confiaram demais em financiamento externo líquido e na expansão dos mercados estrangeiros para sustentar o crescimento.
A administração das crises latino-americanas da dívida
-Onda de crises e reescalonamento da dívida. Como lidar?
-Países latino-americanos foram obrigados a contrair economia para prosseguir com o serviço da dívida.
	Principais características estruturais da administração das crises latino-americanas: da dívida:
Papel determinante dos bancos centrais e governos dos países industrializados e organizações internacionais. Um exemplo é o pacote de resgate do FMI.
Concessão de recursos não-espontâneos por bancos privados. FMI e o s bancos centrais dos países industrializados incentivaram e pressionaram os bancos privados e emprestarem.
Formação de comitês diretivos pelos bancos privados com a finalidade de renegociar com os governos devedores. Condução das negociações sobre reescalonamento e novos empréstimos, firmaram acordos provisórios.
Os credores negociavam em blocos e os devedores individualmente.Lidar separadamente com cada país devedor.
Dificuldade e complexidade das operações de reescalonamento e de créditos. Elevado gasto de tempo, energia e funcionários tanto dos países devedores quanto dos bancos e organizações internacionais.
O reescalonamento da dívida deveria ser feito anualmente, aumentando a complexidade das negociações (processo contínuo).
 A prioridade dada à administração da dívida e às negociações, desviou a atenção da que deveria ser a principal preocupação dos países em desenvolvimento: o crescimento e o desenvolvimento de seu país. Grande gasto de tempo, recurso e energia com os pacotes de reescalonamento, do que com a elaboração de estratégias viáveis de médio prazo voltadas para o desenvolvimento.
-Conseguiu evitar uma grande inadimplência e uma crise bancária internacional.
Avaliação do reescalonamento da dívida
-O resultado foi uma substancial transferência negativa de recursos financeiros desde 1982.
-Política econômica voltada principalmente para a geração de um superávit comercial, independente do custo para a economia doméstica.
-Os acordos com o FMI acarretaram em um custo de perda de autonomia na elaboração da política.
-Os governos latino-americanos contestaram muito pouco aspectos dos acordos de reescalonamentos.
-Países latino-americanos não tomaram consciência de seu poder de barganha. O maior poder de barganha está nas mãos do país devedor (fluxo de transferência negativo), que é ele quem decidi reembolsar ou efetuar transferência de fundos. O devedor tem condições de resistir ao credor e impor suas próprias condições.
-Resolver questão de dívida é mais uma questão de política, que de economia.
O’BRIEN, Robert. WILLIAMS, Marc. Global political economy. CAP 5 International Trade
Introdução ao comércio internacional e suas estruturas.
-Conflito político com relação a importância da continuação das fronteiras nacionais. 
-Crescimento da produção transnacional, onde as firmas estão menos restritas as fronteiras que em qualquer época anterior.
Definições
-Comércio é uma característica de todas as civilizações.
-O comércio pode ser doméstico (dentro das bordas nacionais) ou internacional (através das bordas nacionais).
-Duas questões: barreiras ou restrições ao comércio; e o meio de troca em que é conduzido.
-Protecionismo: política para reduzir importação de bens e serviços. Ex.: tarifas, cotas, subsídios, controles monetários, administrações regulatórias, restrição voluntária a exportações, etc.
Tarifas: aplicação de taxa no preço dos importados (bens e serviços), de modo a aumentar o preço para os consumidores.
Quotas: aplicação de restrições quantitativas de importação de bens e serviços de um país ou região. Limites específicos na quantidade ou no valor.
Subsídios: feito para indústrias particulares para ajuda-las a serem competitivas no mercado internacional.
Controles monetários: limita a disponibilidade de moeda estrangeira para a compra de bens e serviços estrangeiros.
Regulações administrativas: procedimentos burocráticos, sistemas de pagamento adiantado, regras mínimas de conteúdo doméstico, normas especiais de comercialização, provisões de saúde e segurança.
Perspectivas teóricas: comércio livre e protecionismo.
-Não há consenso quando aos custos e benefícios para os países no comércio internacional.
O comércio é benéfico ou prejudicial? Os comerciantes devem ser livres para transportarem bens e serviços através das fronteiras nacionais? Se os comércios estiverem sujeitos a restrições, quais tipos de barreiras deveriam ser impostas e por quais razões?
-Economia política liberal enfatiza os benefícios do comércio. Para os liberais, o livre comércio beneficia a todos, aumenta a eficiência e levanta a produtividade. EM CONTRASTE, críticos radicais argumentam que o livre comércio pode minar a economia nacional, criar um desenvolvimento desigual e danificar o meio ambiente.
	Liberalismo econômico (sec. XIX):
Comércio promove uma soma positiva entre os países, ao contrário do senso comum que vê um lado como ganhador e outro como perdedor.
Os liberais se baseiam na teoria da vantagem comparativa: países deveriam se especializar e produzir bens e serviços nos quais eles possuem vantagem comparativa.
Para os mercantilistas, o comércio era um jogo de soma zero (consideravam ganho relativa). Resposta de Adam Smith aos mercantilistas: vantagem absoluta.
Dois países poderiam se beneficiar com o comércio se eles se especializarem em bens que eles melhor produzem e comercializar entre eles. O comércio seria empreendido pelos países de acordo com suas vantagens comparativas.
Maior variedade e preços mais baixos.
-Difusão do conhecimento, tecnologia,
Melhoria do crescimento econômico, maior estabilidade, poder e eficiência, já que estariam se especializando na produção de bens e serviços em que são mais eficientes.
Modelo HO – a vantagem comparativa entre os países não emerge somente do trabalho, mas outros fatores devem ser considerados, como capital, terra e trabalho. Um país será competitivo na produção de bens intensivos no fator abundante que possui.
Protecionismo:
O apoio ao protecionismo vem dos grupos que argumentam que a proteção da produção local aumenta o bem estar econômico nacional.
Dois argumentos principais:
Indústria nascente: governo deve intervir, protegendo aquelas indústrias que possuem potencial produtivo para se desenvolverem, mas que nesse momento seriam destruídas pela competição internacional. Assim, deve-se dar proteção temporária a essas indústrias até que elas se tornem competitivas e possam colher os benefícios da vantagem comparativa.
Segurança nacional: segurança deve ter precedência sobre o comércio. Países devem ser autossuficientes na produção de certas indústrias estratégicas. Comércio com um adversário pode ser prejudicial à segurança nacional. Comércio com um aliado pode servir como apoio à segurança nacional.
Três críticas as vertentes radicais do livre comércio:
Autores possuem herança marxista e fazem crítica de justiça social dos princípios do comércio liberal perspectiva da troca desigual
Importância da relação de poder histórica na criação da vantagem comparativa. (Questão do imperialismo)
Benefícios redistrtibutivos do livre comércio: enfatiza os ganhos desiguais dos atores no comércio, fazendo com que seja mais dicícil para os países pobres se desenvolverem. 
O comércio sofreu uma discriminação sistemática em relação aos países em desenvolvimento devido às taxas de salário mais baixas nesses países.
Outros argumentos a favor do protecionismo: ativistas ambientais, feministas (comércio liberal ignora os custos sociais)
-Distribuição desigual dos custos e benefícios.
Grandes desenvolvimentos: há dois grandes desenvolvimentos no sistema mundial de comércio desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Aumento do volume do comércio mundial, acompanhado por mudanças nas formas de protecionismos.
Transformação nos acordos institucionais que governam o comércio mundial.
CRESCIMENTO E PROTECIONISMO
-Característica da economia mundial pós-guerra: internacionalização e interconectividade aumento do comércio mais que da produção a produção acaba sendo trocada com outros países.
-Importância do comércio internacional para os Estados:
Proporciona crescimento econômico.
Países com economia aberta crescem mais que países com economia fechada.
Estimula a economia local, pois promove recursos mais baratos. 
Aumento da fronteira de produção, logo, países consomem mais.
Obriga produtores a se adequarem aos padrões internacionais, gerando mais qualidade e produtividade
-Crescimento do comércio desigual:
Comércio cresceu, mas de formar e níveis diferentes de acordo com regiões e países.
Maior parte do comércio é restrita aos países desenvolvidos. Crescimento econômico mais rápido ocorreu nesses países. 
Maiores crescimentos se deram entre 1950 e 1960, em produtos manufaturados.
Pós-1960: crescimento no setor de serviços.
1947-1973: período de maior crescimento comercial já visto.Tendência à liberalização
Mudanças: redução da dependência de exportação de commodities e crescente especialização do trabalho-intensivo, produtos de baixa tecnologia.
Mudanças nos arranjos institucionais
-Pilares do comércio internacional:
Não discriminação: tarifas alfandegárias devem ser iguais para todos os membros da OMC.
Reciprocidade: garantia de redução mútua de tarifas de exportação
Transparência: qualquer discriminação deverá ser visível. Tarifas são a única forma permitida de discriminação.
Multilateralismo: compromisso com a manutenção do regime.
-Organizações para o comércio
ITO (International Trade Organization): criada em 1948 em Havana. Falhou devido à não ratificação dos EUA.
GATT (Acordo geral sobre tarifas e comércio) assume o papel institucional: códigos de regras, mecanismos de solução de controvérsias (falhou porque requeria consenso unânime), fórum para negociações comerciais.
Importante papel na redução de barreiras comerciais de bens manufaturados.
Impulso à liberalização comercial, mas apenas aos produtos manufaturados.
Falhou porque não conseguiu reduzir o protecionismo e o processo de liberalização desigual
Contribui para o desenvolvimento da lei econômica internacional.
GATT (1948-1993) deu lugar à OMC – maior escopo institucional.
OMC: fundação institucional e legal do sistema de comércio mundial.
Especifica os direitos e deveres dos membros.
Centro para resolução de controvérsias.
Contribui para a estabilidade e evolução do sistema de comércio mundial
Nova agenda (inclusão serviços, propriedade intelectual)
Movimento em direção a harmonia.
Questões-chaves (3 grandes questões)
INTERESSES DOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO
-Auto-identificação desses países e limitada influência política nas negociações de comércio internacionais.
-Muitos países são pequenos e possuem limitado poder de barganha nas negociações comerciais. Uma das soluções é a formação de coalizões.
-Duas questões são debatidas no texto:
Os benefícios de uma ordem comercial liberal.
Comércio promove desenvolvimento X industrialização atrás de barreiras protecionistas.
Reforma nos arranjos de comércio internacionais irão beneficiar países em desenvolvimento X sistema de comércio é inerentemente exploratório.
A continuação ou não das forças protecionistas no sistema comercial pós-guerra.
-A Rodada Doha para o Desenvolvimento são negociações da OMC que visam diminuir as barreiras comerciais em todo o mundo, com foco no livre comércio para os países em desenvolvimento falhou, poder de veto da EU e EUA.
-Acordo de arranjo de fibras: tentativa de impedir a interrupção das importações do mercado têxtil. Com o fim deste acordo, as exportações dos países em desenvolvimento ficaram impactadas negativamente, visto que os EUA e a UE aumentaram o apelo protecionista às importações têxteis (principalmente as chinesas). O que levou a um desemprego nesses países, a solução encontrada foi expandir para os países em desenvolvimento, as indústrias têxteis e de vestuário que gerou por fim um Acordo sobre Têxteis e Vestuário com duração de 10 anos.
-Medidas da OMC para incluir os países em desenvolvimento ao Sistema Comercial:
Medidas para aumentar as oportunidades de acesso ao mercado;
Medidas que obriguem os membros da própria OMC a salvaguardarem os interesses dos países em desenvolvimento;
Medidas que permitam uma maior flexibilidade aos países em desenvolvimento;
Medidas que permitam os períodos de transição para o desenvolvimento;
Provisões para assistência técnicas aos países em desenvolvimento.
-No entanto, há constatações de que estas medidas estejam sendo ineficazes.
Acordos regionais de comércio
-“Avalanche” (muitos acordos) na criação de Acordos Regionais de Comércio (ARC) nas últimas décadas.
-A Criação da Organização Mundial do Comércio (OMC) impulsionou a criação dos ARC.
-Os Acordos Regionais competem com acordos multilaterais no ambiente internacional, e são mais facilmente estabelecidos entre os Estados, dados o regionalismo e a proximidade dos membros – em certos níveis.
-Tais acordos, embora observados por todo o mundo, são bastante diferentes em relação a seus objetivos e termos, quando comparados entre as regiões.
-Os ARC têm sido objetos centrais de grandes discussões nos últimos anos, interna e externamente às regiões.
-Os ARC têm diversos objetivos, dentre os quais a promoção do livre comércio é apenas um elemento que se destaca. ARC têm, frequentemente, como demais objetivos a liberalização de investimentos, a administração de conflitos econômicos, a reestruturação da economia doméstica, a integração política, dentre outros.
-Comumente, é entendido que o desenvolvimento dos Acordos Regionais/o regionalismo passou por 2 fases: o início de tais processos, em 1957 – com a criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE); e o grande interesse pela ideia na década de 90.
-Comparações entre NAFTA e União Europeia.
-No mundo em desenvolvimento, os acordos econômicos regionais tinham por objetivo principal estimular a industrialização. Estando seus membros mais interessados no desvio de comércio que na criação de comércio.
Desvio de Comércio (Trade Diversion) – processo no qual suprimentos de baixo-custo oriundos de fora da união são substituídos por suprimentos de alto-custo oriundos dos países da união.
Criação de Comércio (Trade Creation) – situação na qual, por resultado da retirada de barreiras dentro da região, o comércio é estimulado.
-Alguns economistas temem que a regionalização crescente acabe por minar o sistema de comércio multilateral – uma vez que as regiões podem erguer barreiras a produtos oriundos de fora do bloco, gerando desvios na ideia de livre-comércio e livre-mercado.
-Receio acerca de choques entre as regiões – dadas diferenças nos sistemas de valores.
-Respostas aos Acordos Regionais: NAFTA, MERCOSUL, acordos Afro-Asiáticos.
-Contudo, o autor relata que a ausência de uma economia poderosa nos blocos e integrações regionais gera um baixo desenvolvimento dos acordos, entre os países mais periféricos ou economicamente fracos.
Legitimidade
-Alguns grupos receiam que as instituições globais e regionais acabam isoladas de controles democráticos – uma vez que se considera a influência dos lobbies e interesses das elites políticas e econômicas sobre a estrutura.
-Contudo, o autor ressalta que empresas e companhias não são permitidas na OMC, e que, portanto, tais influências dos setores corporativos ocorrem no nível nacional dos Estados, e não diretamente no trato internacional multilateral.
-Acordos multilaterais têm sido questionados acerca de sua representatividade. (Fator que têm sido questionado na OMC, mas também no âmbito da União Europeia e do NAFTA).
-Na União Europeia, muitos Estados-membros vêm se posicionando de maneira contrária ao aprofundamento da integração, o nacionalismo vem crescendo no continente e têm-se uma grande discussão acerca do “Déficit Democrático” no bloco, desde a década de 90até os dias atuais. 
-Questionamentos acerca da transparência, prestação de contas e da representatividade na OMC.
Alguns grupos questionam também os impactos desses acordos em campos como: políticas sociais; degradação ambiental; e direitos trabalhistas. A oposição aos tratados econômicos internacionais ganhou força no final dos anos 90.
-As organizações multilaterais e regionais enfrentam um problema de legitimidade, porque muitos consideram que elas colocam os valores da liberalização da economia ou da proteção de interesses privados acima de outros valores e interesses.
-OMC é democrática? É larga e diversa; método do consenso da voz a todos os países; tem relativa transparência em termos de acesso aos seus documentos. X a OMC falou em prover acesso suficiente da sociedade civil; participação de movimentos sociais iria prover alta qualidade de informação; contribuição para o equilíbrio na formulação de políticas; educa o público.
Conclusão
-Há uma preocupação crescente geral acerca do futuro das integrações econômicas e dosacordos de comércio, uma vez que se percebe a manutenção do sentimento protecionista como fator proeminente na economia mundial.
-Segundo o autor, o protecionismo é uma política bastante atrativa para os mercados domésticos, uma vez que é comumente entendido que todas as economias necessitam de um grau de protecionismo para se desenvolverem. 
O’BRIEN, Robert. WILLIAMS, Marc. Global political economy. CAP 6 Transnational Production
-O Sistema produtivo global é um processo complexo com milhões de trabalhados e lugares, que integram o local, nacional, regional e global.
-Focar nos principais agentes do processo – corporações transnacionais (agente chave) – para compreender a estrutura de produção global. 
Definições
-Dois tipos de investimentos estrangeiros: a) investimento estrangeiro direto – investimentos feitos por fora do país por uma companhia que controla os recursos transferidos, que permanecem com o investidor; b) investimento estrangeiro indireto – ativos específicos e produtos que são transferidos separadamente entre dois agentes econômicos independentes através da modalidade do mercado. 
Aumento do investimento estrangeiro direto como indicador de crescimento da produção internacional.
-O termo multinacional sugere fusão de capital de mais de um estado-nação, mas a maioria das grandes empresas internacionais são próprias e controladas por nacionais de um país e atividades diretas de produção através das fronteiras nacionais surge o termo corporações transnacionais 
Possui e controla própria produção.
Variam em tamanho, recursos, organização da estrutura e potencial de influência.
Organização vertical, horizontal ou conglomerado.
Perspectiva teórica: explicando o crescimento das corporações transnacionais
-Nacionalistas: importância do comportamento do Estado para criar condições necessárias para a emergência da produção global e sua habilidade para controlar as atividades das TNCs. 
-Liberal: grande relevância ao mercado para explicar o crescimento da produção transnacional e seu impacto no Estado.
-Críticos/radicais: enfatiza a mudança natural das relações capitalista e um cetiscismo quando aos impacto das TNCs nas economias hospedeiras.
Serão estudadas três linhas teóricas
Liberais
Dunning: modelo foca no proprietário, localização e internacionalização. Foco na decisão de investir no exterior com ênfase nas características de propriedade e na conveniência da localização estrangeira
Estruturalistas: mudança das decisões das empresas. São três mudanças estruturais chave: diminuição dos custos de transporte e comunicação; desenvolvimento de novas tecnologias; criação de novos instrumentos financeiros. Assim, mudanças estruturais nessas três questões chaves criaram condições para o crescimento das TNCs.
Marxistas: foca na centralização e concentração do capital que proveram explicações para o crescimento da produção transnacional.
-Qual o impacto dessa atividade no Estado-nação e nas sociedades nacionais? Há duas grandes posições:
Positiva (liberais): enfatiza os resultados positivos do investimento direto estrangeiro
Cinco principais contribuições diretas: a) FDI (IDE) provê recursos e capacidades adicionais (capital, tecnologia, acesso a mercados, gerenciamento de habilidades); b) provê taxas adicionais de receitas através do aumento da atividade econômica no país hospedeiro; c) FDI aumenta o PIB, aumentando a base de tributação; d) ajuda o avanço e crescimento da economia promovendo uma divisão de trabalho mais eficiente; e) FDI melhora a balança de pagamentos através de substituição de importações, geração de exportações ou investimentos em busca de eficiência.
Três contribuições indiretas: a) injeta empreendedorismo, novos estilos de gerenciamentos, nova cultura de trabalha e práticas mais dinâmicas e competitivas; b) alocação de recurso mais eficiente, estimulo competitivo e efeitos sobre consumidores e forncceddores, melhorar recursos domésticos e capacidades e a produtividade de firmas locais; c) melhora o bem estar nacional ao expor o país hospedeiro aos sitemas políticos e econômicos de outros Estados.
Negativa: o efeito dos investimentos das TNCs nos países hospedeiros são negativos.
Quatro efeitos diretos: a) pode transferir pouco ou errado recursos e ativos, pode cortar mercados estrangeiros, pode falhar em ajusta capacidades necessárias e pode não prover adições no capital em um todo; b) usa preços de transferência e outros dispositivos para baixar os impostos pagos; c) promove uma divisão de trabalho de acordo com os interesses da companhia; d) pioram a balança de pagamento através da limitação de exportações e promovendo importações e tirando a competitividade das firmas locais.
Quatro impactos indiretos: a) TNCs pode trazer empreendedorismo, novos estilos de gerenciamento e práticas de trabalho que não são apropriadas e não se acomodam aos negócios culturais locais; b) TNCs podem limitar a melhora dos recursos e capacidades locais ao restringir a produção local a atividades de baixo valor e importando maior proporção de bens alto valor agregado, podem reduzir as oportunidades para as economias domésticas; c) pode causar problemas ao introduzir valores conflitivos através de propagandas, costumes de negócios, práticas de trabalhos e padrões ambientais; d) TNCs podem interferir diretamente no regime político e no processo eleitoral do país hospedeiro. 
-Aumento e desenvolvimento da TNC é resultado de mudanças no contexto político, econômico, tecnológico e gerencial.
-Os custos e benefícios do FDI varia de caso para caso.
Grandes desenvolvimentos: duas grandes mudanças na estrutura de produção global.
GLOBALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
-Proliferação e alongamento das atividades corporativas e redes de negócios através do globo.
-Mudança na economia global: forma de organização e estratégias das TNCs e das políticas de governos nacionais.
-Expansão do modo de produção capitalista e do comércio livre pós-II Guerra desenvolvimento de uma economia complexa e integrada, na qual o comércio internacional e os fluxos de investimentos ocorrem em uma escala massiva a taxa cada vez mais altas.
-Estruturas internacionais econômicas baseadas em comércio e finanças aumentos a interdependência e proximidade entre os países.
-Aumento da habilidade de firma de localizar parte de sua produção no exterior, enquanto mantém controle direto sobre as atividades de subsídios estrangeiros.
-Mudança na tecnologia: importante para a eficiência da economia e da competitividade internacional. Novos materiais, produtos e processos.
-Comunicação e transporte: redução acelerada dos custos de transporte e comunicação.
-Finanças: criação de mercados financeiros integrados que facilitaram a produção global. Firmas são capazes de financiar suas operações financeiras no exterior, como resultados da internacionalização das finanças. A globalização do mercado financeiro é resultado de três fatores: expansão da disponibilidade de capital em inovação tecnológica, o que produzir reduções nos custos transacionais; remoção de barreiras governamentais; crescimento de inovação em instrumentos financeiros.
-Político: globalização da produção também foi influenciada pelas políticas dos governos nacionais. Três aspectos: a) contribuíram para a construção e manutenção do sistema liberal de comércio e pagamentos; b) a liberalização dos mercados financeiros foi resultado de decisões políticas tomadas pelos Estados; c) políticas de desenvolvimento governamentais para atrais investimento estrangeiro, como a criação de zonas de processamento de exportação, nas quais são aplicadas regulações trabalhista e taxas que normalmente não são aplicadas – TNCs são atraídas pelos baixos salários e custo mínimos. Para alguns, essas zonas contribui para o emprego e geração de renda, enquanto para outros elas são exploratórias e falham em produzir benefícios e aumentam a dependência dos agentes externos.
MUDANDO OS PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS
-Mudanças nos padrões de organizações dentro das firmas.
-Internacionalizaçãodas transações.
-Integração vertical.
-Comércio interno.
-Criação de um sistema de produção integrado transfronteiriço.
-Fordista produção pós-fordista: produção e consumo em massa. Trabalhador semi-especializado usando equipamento especializado para produção de bens padronizados. Mesma tarefa e rotina.
-Pessoas passam a dar mais valor qualidade um produto inovador. Firmas tiveram que flexibilizar a espcialização, diferenciação competitiva e controle de qualidade no processo produtivo. A produção em massa não dava mais vantagem competitiva. 
-Pós-fordista: especializado, trabalho mais barato, produção inteira em uma região, instalações de montagem próximas, considera-se proximidade com fornecedores e mercados.
-Fusões, alianças estratégicas e articulação de empreendimentos
Adaptação da atitudes, estruturas organizacionais e comportamento das corporações às mudanças na economia global e às políticas dos governantes.
Aumento de fusões, alianças estratégicas e articulação de empreendimentos uma única empresa tem falta de: combinação tecnológica, acesso ao financiamento, fundos para pesquisa e desenvolvimento, conhecimento do mercado local.
Emergências de novas atitudes e estratégias em direção aos investimentos estrangeiros. Por exemplo, firmas, ao mesmo tempo que expandem territorialmente ou os investimentos em um setor, contra o outro setor (em investimentos ou território).
Buscam integração com a especificidade dos mercados locais. Ex.: desenvolver produtos com design específico para aquele local.
Questões chaves
REAVALIANDO OS BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO DIRETO ESTRANGEIRO
-Rejeita generalizações das perspectivas que consideram os IDE todo benéfico ou todo maléfico. IDE possui impactos positivos e negativos, depende do caso.
-Há maneiras em que cada governo pode aumentar os benefícios para suas sociedades através do IDE.
-Devem ser avaliados as dimensões: a) econômica – balança de pagamentos, crescimento econômico, receitas; b) política – interferência em políticas domésticas e efeitos na soberania; c) cultural – transferência e proteção da cultura nacional tradicional.
OBS.: avaliação dos benefícios depende de qual das dimensões será dada maior prioridade.
-Importante: políticas do governo do país hospedeiro, contexto econômico e social dos investimentos, tipo de firma e setor no qual o investimento está localizado.
-Estados precisam manter um certo nível de controle e input das atividades dos investidores estrangeiros, assegurando que eles irão maximizar os benefícios para o país hospedeiro.
-Outro ponto relacionada aos benefícios da IDE é a transferência de tecnologia. Entretanto, frequentemente a transferência para países em desenvolvimento é desenhada para manter baixo nível de atividades produtivas. Em países desenvolvidos, a transferência é mais efetiva.
-Governo deve assegurar capacidade das empresas domésticas de continuar participação e produção no mercado mundial, caso as TNCs se retirem.
-Indústrias dos países desenvolvidos tiverem o benefício do protecionismo das políticas governamentais que permitiram se estabelecerem antes da competição. Com o envolvimento das TNCs e a liberalização do comércio internacional, indústrias nascentes dos países em desenvolvimento não tiveram oportunidades similares para se desenvolverem.
RELAÇÃO ESTADO-FIRMA
-Poder relativo dos Estados e firmas: muitos acreditam que a globalização da produção criou situações em que o Estado está perdendo autoridade e poder e que está sendo repassado para TNCs em muitas áreas.
-TNCs aumentaram seu poder para influenciar sistemas políticos.
-Estados estão envolvidos em barganhas com TNCs com o intuito de trazer investimentos estrangeiros. Tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento precisam cooperar com as TNCs para alcançar seus objetivos econômicos, políticos e sociais.
-Controlar atividades das grandes firmas através de políticas regulatórias pode ser difícil e arriscado. 
-Necessário equilíbrio entre atração de investimentos e manutenção dos objetivos sociais e promoção dos interesses nacionais.
-Firmas precisam de permissão para conduzir suas atividades e negócios no território estatal. Estados desfrutam de um degrau de legitimidade.
-4 questões:
Mudança de atitudes em direção às TNCs:
Triunfo da economia neoliberal e, consequentemente, de políticas governamentais neoliberais.
Aumento da globalização da atividade econômica e integração da produção internacional e mercados transfronteiriços pelas TNCs.
Ingredientes chaves, como ativos, tecnologias, capital intelectual, experiencia e competência organizacional, estão cada vez mais alojados em TNCs.
Sucesso de muitos países do leste asiático.
Criação de crenças em muitos governos do que as TNCs podem ou não fazer pelos países hospedeiros, chamando atenção para a promoção mais efetiva de objetivos econômicos e sociais.
Muitos países reavaliaram os custos e benefícios do FDI e das oportunidades providas pelas TNCs, como aumento da participação no comércio internacional e mercado de trabalho.
Tomada de decisão e autonomia nacional
Capacidades das TNCs de transferirem recursos para fora, em resposta a condições nacionais e internacionais, afeta a autonomia do Estado na tomada de decisão.
Grandes desafios para o gerenciamento econômico dos países.
Criação de bancos multilaterais e de instituições financeiras internacionais tornaram mais difícil a regulação econômica. A integração das economias nacionais e sistemas comunicativos criou um sistema global de interação, no qual cada Estado é apenas um jogador entre muitos. Fronteiras perdem significado.
TNCs não estão presas a regulamentações domésticas estatais, não dependendo da política governamental de um Estado. 
Relação desigual entre TNCs e Estados.
Transformação nas políticas estatais
Estados foram compelidos a liberalizar.
Competição entre os Estados por competitividade e investimentos: salário, condições de trabalho e padrões ambientais entram em jogo (são sacrificados).
Trabalho
Qual o papel dos Estados na proteção dos trabalhadores?
Países desenvolvidos = altos salários; países em desenvolvimento = baixos salários.
TNCs movem processos poucos especializado e não qualificado para países em desenvolvimento, pegando vantagens dos salários mais baixos. Não estão atrás apenas de salários baixos, mas também estão sempre tentando contornar os requerimentos mínimos de saúde e segurança. Em busca de forças de trabalhos não sindicalizadas.
Regulação de capital
-Interesses corporativos estão orientados para a promoção de formas de regulação internacional que conduzem a acumulação de lucros.
-Corporações através de associações industriais e contatos individuais com governantes, buscam influencia regulação nacional, regional e global.
Conclusão

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