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Fichamento EPI: Gonçalves – Capítulo 1. EPI procura superar essas limitações especificas de cada campo teórico ao apresentar um enfoque analítico eclético ou abrangente para os fenômenos próprios do SI, em que geral, e do sistema econômico internacional. Dando destaque à aplicação da teoria aos problemas do mundo real com ajuda de outras ciências sociais. EP temas: riqueza e poder. EPI é entendida como a área do conhecimento cujo o principal objeto de estudo é, segundo Gilpin, o impacto da economia mundial de mercado sobre as relações dos Estados e as formas pelas quais os Estados procurar influenciar as forças de mercado para sua própria vantagem. Nessa lógica, o Estado = poder e política e Mercado = moeda e riqueza > Gonçalves discorda desse posicionamento. Para o autor, essa é uma definição restrita e insatisfatória, pois limita a EPI em uma relação entre duas instituições e por focar somente na dimensão econômica e, assim, negligenciando outros aspectos como conflitos de classes sociais ou papel de outros atores. Além de diminuir a complexidade das determinações do comportamento dos atores. Gonçalves aponta a visão de Gilpin como reducionista e com mediação exclusiva das rivalidades interestatais. Situação esta agravada com hegemonia estadunidense. Mercado = homo economicus > maximização de benefícios econômicos, objetivo. Estado = homo politicus > objetividade política, maximização do poder (probabilidade de um ator social maximizar sua própria vontade independemente da vontade alheia). Politica e economia > relacionadas e dependentes. As relações humanas ultrapassam as lógicas restritivas das relações econômicas e politicas (sendo estas baseadas em valores, tradições e ideias, além de influenciadas por emoções ou caráter). Para o autor, EPI refere-se a um método de analise de temas relacionados às relações, estruturas e processos internacionais. Ou seja, não se constitui num campo teórico especifico. Campos específicos: Economia Internacional e Politica Internacional fornecem os principais conceitos, aparelhos analíticos e teorias para o método abrangente da EPI. Influências: realismo, liberalismo e marxismo. Gilpin troca essa classificação de perspectivas teóricas por: liberalismo, nacionalismo e marxismo. Possui enorme influência também na tradição anglo-americana da área de Relações Politicas Internacionais. Gonçalves defende em seu livro que a EPI deve superar as limitações próprias de campos teóricos especializados através de um método cujo objetivo é capturar a essência das relações internacionais e utilizando aparelhos analíticos, conceitos e teorias advindos de diferentes campos teóricos. Conceito: EPI é um método de analise que tem como foco a dinâmica do sistema econômico internacional (relações, processos e estruturas) em suas distintas esferas (comercial, monetário-financeira, produtivo-real e tecnológica) e dimensões (bilateral, multilateral e plurilateral), que resulta das decisões e ações de atores nacionais e transnacionais, cuja conduta é determinada por fatores objetivos e subjetivos (baseados em interesses, valores e ideias). Dessa forma, permite associar uma analise econômica e politica profunda a uma apreciação ideológica-cultural fina e procura identificar as motivações da ação dos atores que operam no SI. Apesar de não poder ser utilizada para abranger todo e qualquer tema pertinente ao SI. SI: guerra, paz, harmonia e conflito > meios para alcançar objetivos específicos nos campos: econômico, politico e cultural. Relações e processos provocam mudanças na estrutura. PEDIR EXPLICAÇÃO MELHOR EM RELAÇÃO À SISTEMA, RELAÇÃO E PROCESSOS. Três subsistemas: político, cultural e econômico em que cada um desses sistemas os atores internacionais irão exercer algum tipo de poder. Alguns atores ainda acrescentam ainda mais dois outros polos: ciência e segurança, o que correspondem, respectivamente, a técnica e o militar. Pois os que consideram à parte do sistema político, econômico e cultural. Gonçalves os considera como parte do sistemas econômicos e políticos em razão de acreditar ser difícil compreender a dinâmica dos processos de desenvolvimento científico e inovação tecnológica nos países desenvolvidos sem levar em conta estratégias e as politicas dos Estados-nacionais, tanto no que se refere ao desenvol. econômico quanto à estratégias de defesa nacionais. Todos os grandes temas fazem parte de um dos sistemas e, mais frequentemente, de dois ou mesmo dos três sistemas. E também há as esferas temáticas da EPI que são os temas que estão diretamente vinculados sistema econômico. Esfera comercial: envolve as relações, processos e as estruturas que são próprios ao sistema mundial de comércio de bens e serviços. Há o deslocamento internacional de produtos ou de consumidores de um país para outro. Esfera produtivo-real: refere-se ao deslocamento de produtores de bens e serviços de um país para o outro através de investimento externo direto. Esfera tecnológica: envolve a transferência internacional de ativos intangíveis e conhecimento. Esfera monetário-financeira: refere-se aos fluxos de capitais internacionais, na forma de empréstimos, financiamentos e investimentos. O fluxo internacional de capitais significa para o investidor a aquisição de direitos e para o receptor, a cessão de direitos – DÚVIDA! Vulnerabilidade externa é a probabilidade de resistência a pressões, fatores desestabilizadores e choques externos, bem como o custo dessa resistência e aos problemas referentes às operações e aos custos de contrapor à influência de variáveis externas. Essa resistência acontece, geralmente, por meio do uso de políticas macroeconômicas tradicionais (políticas monetárias, cambial e fiscal), também usar de controles diretos sobre o fluxo de capital e sobre operações das subsidiárias de empresas transnacionais e o uso da política comercial. Menor probabilidade > maior vulnerabilidade externa. Menores opções de políticas e maiores custos de do processo de ajuste > maior VE. Multidimensional. Poder proporcional à vulnerabilidade externa. Primeira dimensão: envolve as opções de resposta com instrumentos de politica disponíveis. Segunda dimensão: incorpora os custos de enfretamento ou de ajuste diante de eventos externos. Processo de globalização > interdependência assimétrica entre economias nacionais (vulnerabilidade unilateral: país muito sensível a eventos externos e sofre, de forma mais significativa, as consequências de mudanças de cenário internacional e seus eventos causam impacto nulo ou quase nulo sobre o sistema econômico mundial). Três formas de poder (político, ideológico e econômico) > sistemas de relações, processos e estruturas. Não se limita ao uso da força > alternativas: ameaça, submissão via consentimento e legitimidade. Arendt: quanto mais poder se tem, menos necessário se faz apelar para a violência. Gramsci: o centro de irradiação do poder político é o Estado, enquanto o centro de irradiação do poder cultural-ideológico é a sociedade civil.
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