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Roteiro de estudo para a prova I
1. Quais são as características de cada sistema monetário internacional?
Todo sistema monetário internacional tem, basicamente, três características principais. A forma da divisa chave, que pode ser o dólar-ouro, ouro o dólar fiduciário, que caracteriza o sistema de hoje, etc. é importante ressaltar que essa característica acaba gerando a hierarquia e a assimetria de poder, pois gera hierarquia de moedas. Além disso, há também o grau de mobilidade de capitais, que em BW foi baixo e hoje é livre; e há também o regime cambial dominante, que no SMI atual é de câmbio flutuante.
2. Em que consiste o Dilema de Triffin? Qual a crítica de Serrano a essa proposição?
O dilema de Triffin consiste, basicamente, num dilema entre a moeda e o crescimento. O dilema consiste em: para que o sistema monetário internacional funcione, é necessário eu haja a expansão da liquidez na moeda chave (dólar) e consequente expansão do comércio mundial. Porém, para que haja expansão dessa liquidez, os EUA precisam incorrer em sucessivos déficits, de forma que ele “jogue” dólares no mercado internacional. Porém, como a divisa chave de um SMI é a moeda de um país, portanto uma moeda nacional, ao incorrer em déficits no BP haverá perda de confiança no dólar, gerando desconfiança no próprio SMI. A partir da análise desse “dilema”, Triffin queria mostrar que o padrão ouro-dólar estava fadado a entrar em crise e gostaria que ele fosse substituído por uma moeda de reserva verdadeiramente internacional, e não a moeda nacional de um país.
Porém, Serrano afirma que o dilema de Triffin na realidade não ocorre, a despeito de sucessivos déficits globais na balança de pagamentos do país central e do crescimento contínuo do comércio e das finanças internacionais. Além disso, a conversibilidade da moeda-chave em ouro não é ameaçada, uma vez que, apesar dos déficits na balança de pagamentos, o ouro não se move (nem muda de mãos). O problema com o argumento de Triffin é que apesar de os pagamentos internacionais não serem feitos diretamente em ouro, implicitamente é levantada a hipótese arbitrária e monetarista de que a “velocidade de circulação do ouro” tenha que ser constante. Assim, para que a conversibilidade seja mantida, ainda tem que haver alguma proporcionalidade entre a quantidade de ouro e de ativos de curto prazo denominados na moeda-chave.
3. Qual o significado do ano de 1973 para o sistema monetário internacional? Em que contexto ocorre a transição para o padrão dólar flexível?
O ano de 1973 representou o fim de Bretton Woods, marcando o fim do sistema monetário internacional vigente e a dissolução da ordem pós-guerra. Esse processo já mostra sua face em 1971, quando houve o fim da conversibilidade do dólar em ouro. Essa transição ocorreu num contexto de desaceleração, esgotamento do modelo, aumento da inflação e dos déficits americanos, de especulação contra o dólar e questionamento de sua hegemonia, levando à grande volatilidade das taxas de câmbio e à especulação. O fim de BW foi uma consequência do aumento da mobilidade internacional de capitais, algo que não era permitido pelo sistema.
No entanto, a desvalorização do dólar via aumento do preço do dólar em ouro trazia em si o risco de uma fuga para o ouro e o perigo da reintrodução da restrição de balança de pagamentos para a economia americana, caso os pagamentos internacionais fossem feitos diretamente em ouro. Nesse período também foram feitas pelos aliados americanos diversas propostas de reforma visando à criação de uma moeda verdadeiramente internacional com a introdução dos chamados direitos especiais de saque (SDR). Os Estados Unidos também vetaram todas as propostas. Podemos chamar essa situação de “o dilema de Nixon”: o governo americano queria, ao mesmo tempo, desvalorizar o dólar e não comprometer o papel do dólar como moeda internacional.
Nesse contexto, a solução encontrada pelos Estados Unidos para esse dilema foi decretar unilateralmente a inconversibilidade do dólar em ouro em 1971, como preparação para a iniciativa de desvalorização do dólar, que começaria em 1973.
4. Explique em que consistia o “privilégio exorbitante” dos Estados Unidos no Padrão Dólar-Ouro. Os Estados Unidos mantiveram esse privilégio após o colapso de Bretton Woods? A libra também tinha esse privilégio no padrão libra-ouro?
Os EUA podem financiar seus déficits a partir da emissão de sua própria moeda sem lastro e, tendo uma “senhoriagem” internacional, ou seja, vem do fato de a divisa chave ser a moeda de um país. Para Kindleberger, os Estados Unidos apenas supriam um serviço (liquidez internacional) para a economia mundial e recebiam a remuneração “de mercado” para isso, não haveria privilégio exorbitante). Solomon e os bancos americanos afirmavam que a questão da senhoriagem não era muito importante em si. Para Serrano, o verdadeiro privilégio dos Estados Unidos no padrão ouro-dólar era idêntico ao da Inglaterra no padrão ouro-libra, ou seja, o país não tem restrição global de balança de pagamentos e, além disso, sua autoridade monetária determina unilateralmente a taxa de juros mundial.
Sim, os EUA mantiveram esse privilégio pós BW e até aumentaram-no. Porém, o privilégio que os EUA têm no pós-BW é muito maior que o da Inglaterra, na medida que são hierarquias diferentes de moedas pois são contextos diferentes. No Pós BW, o dólar é fiduciário, o câmbio é flutuante e há livre mobilidade de Ks, gerando maior assimetria.
5. Por que o regime de câmbio flutuante não estabilizou o sistema internacional e corrigiu os desequilíbrios globais, como previam alguns economistas?
No atual contexto, de inflação, sucessivas desvalorizações do dólar e especulação contra o dólar, o quadro era de extrema instabilidade. A adoção da taxa de câmbio flutuante foi um tiro no escuro, que acabou transformando os mercados de câmbio em cassinos com alta volatilidade dessas taxas, e do acirramento dos Estados, que levou a uma instabilidade sistêmica. Nesse contexto, a estabilidade da tx de câmbio passou a ser o objetivo mais importante da política monetária.
6. Os anos 1970 foram marcados também por uma série de mudanças nos indicadores econômicos que levaram à disseminação do termo “estagflação”. Explique o que significa e a origem dos fenômenos.
“Estagflação define-se como uma situação típica de recessão, ou seja, diminuição das atividades econômicas e aumento dos índices de desemprego, além da inflação, também conhecida como “armadilha da liquidez”.
Estagflacao: periodo de recessao + inflacao → especifica → crise do regime de acumulacao fordista. (Golden Age: Mimetização do modo de producao fordista pelos países centrais/parte periferia → EUA passa a sofrer concorrencia – perde a hegemonia produtiva e comercial
Contexto: crise do modo de desenvolvimento fordista, questionamento da hegemonia dos EUA + crise do Welfare State e do “compromisso keynesiano” com o pleno emprego. O encadeamento entre o choque dos preços agrícolas (1973), a desvalorização do dólar, a crise do petróleo e o fim do controle de preços haviam desencadeado fortíssima pressões inflacionárias. O final dos anos 60 já havia apresentado uma desaceleração da acumulação produtiva, o choque do petróleo também teve importância crucial na extensão e profundidade da crise. A grande recessão de 74-75 marcou uma ruptura definitiva do padrão de expansão pós-guerra.
7. Descreva os canais de transmissão do choque do petróleo a) para a inflação e b) para a liquidez internacional.
choque do petróleo = choque de custos → matriz energética, transporte, insumos e matérias primas; A quadruplicação do preços dos barris de petróleo, dada sua enorme dependência pelo resto do mundo, gerou inflação.
mercado de petrodólares: países árabes que ganhavam em cima da venda do petróleo reciclavam esses dólares no euromercado = aumento da capacidade de financiamento. Petrodolares eram divisas orignais da exportação de petróleo. A crise do petróleo afeta diretamente o comercio mundial, reduzindo a liquidez internacional.
8. Por que se afirmaque nos anos 1970 a hegemonia do dólar estava sendo questionada?
Até o final dos anos 70 o sistema bancário privado operava totalmente fora de controle dos bancos centrais, em particular o FED, o subsistema de filiais transnacionais operava divisões regionais de trabalho intrafirma, contra os interesses nacionais americanos e conduzia a um acirramento da concorrência intercapitalista que era desfavorável aos EUA.
Durante a década de 1970, os EUA estavam passando por um período de inflação, baixas taxas de juros e desaceleração do crescimento. Aliado à isso, havia a questão das sucessivas desvalorização do dólar e especulação contra o dólar. Entre 1974-75, houve forte recessão no país, com queda na demanda, no investimento e no nível de emprego. EUA parecia estar perdendo sua hegemonia produtiva, e desconfiava-se tbm do dólar, principalmente pelas sucessivas desvalorizações.
9. Relacione o choque dos juros promovido por Volcker a partir de 1979 com todo o quadro descrito nas últimas questões. Explique sua relação com a “retomada da hegemonia americana” descrita por Tavares.
Em 1979 Volcker era o presidente do FED e era claramente contra as propostas do FMI e dos países-membros que tendiam a manter o dólar desvalorizado e a implementar um novo padrão monetário internacional. Volcker declarou que o dólar se manteria como padrão internacional e que a hegemonia iria ser restaurada. No final de 1979 vem o choque dos juros. As taxas de juros atingem níveis sem precedentes e são acompanhadas por uma onda de inovações e desregulações financeiras que, desde então, vem se espalhando por todo o mundo. Essa política restritiva gera uma recessão mundial na qual os preços das commodities caem e a inflação internacional aos poucos se reduz. Os Estados Unidos, a partir de então, retomam progressivamente o controle do sistema monetário-financeiro internacional. De acordo com Tavares, a retomada da hegemonia americana foi baseada na liquidez internacional do sistema financeiro e na retomada do controle sobre o sistema bancário internacional. Com a emissão de títulos públicos americanos que eram caracterizados por terem baixo risco, alta liquidez em várias maturidades e por ser a nova âncora de riqueza internacional junto com o processo de securitização (basicamente processo de criação de títulos), a diplomacia do dólar é restaurada. Para Tavares, a retomada do crescimento se baseia sobretudo em torno de três fatores. O primeiro diz respeito ao financiamento da recuperação da economia norte-americana baseado em créditos de curto prazo, do endividamento externo e de déficit fiscal;. O segundo fator está associado a influência da taxa de juros sobre o investimento; o terceiro fator aborda as relações econômicas internacionais.
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10. Qual o papel da dívida pública americana na consolidação do dólar como moeda-chave do sistema pós-Bretton Woods de acordo com Metri?
No sistema pós BW, o espaço de ação do dólar será mais amplo, num contexto no qual os EUA tem alto grau de liberdade para conduzir seus desequilíbrios macro e gerir o SMI. Uma vez que o sistema é bem desenvolvido, os títulos de dívida pública gerados por ele apresentam como principais características: Risco mínimo, alta liquidez e amplo espectro de maturidades e infraestrutura de mercado bem desenvolvida. O risco mínimo de seus títulos está associado com a capacidade de endividamento do país e a conversibilidade de sua moeda no sistema internacional. A elevada liquidez, por sua vez, está associada com o volume de transações em seus mercados secundários e quanto ao elevado grau de desenvolvimento da infraestrutura de seus mercados, este fato leva a um elevado grau de concorrência entre os agentes econômicos dentro desses mercados. A combinação desses três fatores faz com que os títulos de dívida americana se destaquem no sistema financeiro internacional exercendo outras funções específicas. E tendo como principal característica, os títulos são um importante porto seguro do sistema financeiro internacional, atuam como quase moedas, se apresentam como substitutos próximos das moedas nacionais, funcionam como reserva de valor confiável em função de sua alta liquidez e rentabilidade primária e são importantes meio de trocas nos mercados financeiros.
Dessa forma, a capacidade da economia americana de apresentar sucessivos déficits em conta corrente está associada à capacidade de atrair riqueza financeira mundial, na forma de capital de curto prazo. E é essa enorme capacidade de endividamento, como argumenta Metri, que aparece como a manifestação maior do poder financeiro dos EUA.
11. Explique o padrão dólar flexível, financeiro e fiduciário, que caracteriza o Sistema Monetário Internacional após Bretton Woods.
O sistema monetario financeiro internacional na globalizacao financeira se caracteriza por uma divisa chave fiduciaria, flexivel e alta mobilidade de capitais. No contexto da globalizacao financeira, surge e se consolida devido a dois processos: liberalizacao/desregulacao financeira interna e abertura financeira. Definicao: a eliminacao das barreiras internas entre os diferentes segmentos do mercado financeiros nacionais (on shore) e sua integracao aos mercados globalizados (off shore).
- Emergencia e consolidacao diretamente associada à posicao dominante dos EUA no SMI contemporaneo → hegemonia financeira
Globalizacao financeira → predominancia das financas de mercado (mercadi de capitais: titulos de dividas e acoes) Foi se mostrando a importância dos emprestimos bancarios e o papel central dos Bancos
Nao ha desistermediacao financeira e sim mudanca em sua forma.
Conjunto de transformacoes financeiras: Desregulamentacao e/ou liberacao financeira; securitizacao; institucionalizacao das poupanças; inovacoes financeiras. Como não poderia deixar de ser, o papel do dólar no sistema monetário internacional no pós-guerra emergiu das relações de força – políticas, econômicas e militares –, predominantes na Conferência de Bretton Woods. Após o colapso desse acordo, a posição do dólar como moeda-chave ancorou-se no poder financeiro dos Estados Unidos, associado à importância das instituições financeiras americanas e à dimensão do seu mercado financeiro doméstico (Strange, 1986; Helleiner, 1994).
12. Faça uma breve comparação entre a flutuação cambial nos anos 1970 e 1980. Analise o movimento das taxas de câmbio centrais, antes e depois de 1985. Em que contexto se deram os acordos de Plaza e Louvre, quais as suas propostas e seus resultados?
Contexto Histórico do Acordo de Plaza: No início dos anos 80, do presidente Reagan, os Estados Unidos passaram a implementar uma política econômica liberalizante, representada por Volcker a frente do FED. A elevação da taxa básica de juros da economia e o aperto monetário tiveram como principal efeito a apreciação do dólar. Os resultados obtidos foram negativos para o mundo e para os EUA. Enfrentando forte pressão política, somado a problemas de especulação de moedas no mercado financeiro, o segundo mandato de Reagan foi caracterizado por alterações drásticas na política econômica. A solução foi a busca por uma solução multilateral para os desequilíbrios cambiais entre os países do G5, que culminou no Acorde de Plaza, 1985.
O Acordo de Plaza foi, portanto, uma negociação entre os governos do G-5 (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido e França) para estabelecer coordenação multilateral a fim de reduzir as crescentes pressões protecionistas que poderiam levar a uma retaliação mutuamente destrutiva, com graves danos para a economia mundial. Os países propoem comprir com obrigações internacionais, além de compartilharem responsabilidades especiais para garantir a reciprocidade das suas políticas individuais. Crescimento não inflacionário e abertura comercial: os Ministros das Finanças comprometeram-se com políticas que promovessem crescimentos econômicos sem elevações de preços e com a abertura dos mercados, considerados fator-chave para assegurar a expansão contínua e equilibrada do comércio. Reversão dos déficits no orçamento: em paísescom elevados déficits orçamentários, como os EUA, medidas imediatas foram adotadas para sua substancial redução. Resistência ao protecionismo: Ministros e Bancos Centrais dos governos acordaram que era essencial resistir às pressões protecionistas. Foi reconhecida a importância de fornecer acesso aos seus mercados para as exportações dos países menos desenvolvidos, como uma razão adicional importante para evitar políticas protecionistas. Reforma financeira: crescimento sustentado do comércio, taxas de juros mais baixas, mercados abertos e financiamento em volume e condições adequadas a cada caso, medidas essenciais para os países em desenvolvimento alcançarem um crescimento sólido e superar as suas dificuldades econômicas e financeiras. Monitoramento: os países comprometeram-se a monitorar o progresso para alcançar a expansão sustentada não inflacionária e intensificar os esforços individuais e de cooperação para lograr os objetivos do acordo.
O Acordo Louvre visava estabilizar os mercados internacionais de câmbio e interromper o declínio contínuo do dólar norte-americano causado pelo Acordo Plaza. Após o Acordo Plaza, a taxa do dólar continuou a deslizar e os ministros dos países do G7 se reuniram no Louvre em Paris para minimizar esse declínio. O Acordo do Louvre ajudou a evitar a recessão porque impediu o dólar de dólar de diminuir em relação a outras moedas. O Acordo do Louvre ajudou a evitar a recessão doméstica porque poderia ter afetado as economias de outras nações, o que poderia ter causado estagnação econômica global. O dólar então se fortaleceu nos próximos 18 meses, atingindo mais de 2,04 pontos por dólar e 160 ienes por dólar, em conjunto com o Federal Reserve aumentando as taxas de juros de forma agressiva, de 6,50% para 9,75%.
13. De um ponto de vista teórico, quais são os grandes benefícios da integração financeira internacional (ou de um mundo com alta mobilidade internacional do capital), descritos por Obstfeld e Taylor? Quais as críticas propostas por Biancarelli a esses supostos benefícios? 
A maior vantagem seria o fato de que os mercados financeiros permitem que residentes de diferentes países possam diversificar suas carteiras a nível mundial, implicando menor variabilidade de sua renda (menores riscos) e atingindo uma segurança e estabilidade maiores do que mercados puramente domésticos os permitiram. Esta diversificação de riscos pode ser feita através de inúmeros instrumentos financeiros, como ações ordinárias, títulos públicos ou investimentos diretos estrangeiros. O autor também ressalta que a capacidade de diversificar riscos em um mercado global também induz os investidores a ter parte de seu capital aplicada em atividades consideradas mais arriscadas, mas, em média, mais lucrativas, implicando aumento de taxa de crescimento médio da produção mundial e, possivelmente, ganhos elevados de bem-estar.
Além disso, caso um país sofra com um evento recessivo imprevisto, como um desastre natural, este país tem a possibilidade de tomar empréstimos de outros países a fim desestabilizar seus níveis de consumo. Os países desenvolvidos também podem emprestar para financiar investimentos, beneficiando países em desenvolvimento. Quando um país tem poupanças volumosas, mas escassas oportunidades de investimentos mais rentáveis em seu próprio território, ele pode realizar investimentos estrangeiros diretos e ter retornos mais elevados em países com mais oportunidades de investimento, mas sem o capital necessário para explorá-las. Tanto os tomadores de empréstimo como os credores ganham com o fluxo de capital investido em usos mais produtivos a nível global. Segundo os autores, o processo de convergência econômica seria acelerado pelos fluxos de capital dos países ricos para os países pobres.
A nível global, o mercado de capitais internacional também aloca os recursos de forma mais produtiva, bem como disciplina os governos como um todo, dado que políticas tidas como mais perigosas, como expansão fiscal ou monetária, que provocariam fuga de capitais do país, implicando possível aumento de taxa de juros, o que desencoraja grandes déficits públicos. Os mercados também tentam adivinhar as implicações econômicas dos movimentos da política externa nacional. Os autores citam um exemplo de 1998, quando agências de rating rebaixaram o grau de investimento da Índia, em reação ao polêmico anúncio de testes nucleares do país. Como Thomas L. Friedman escreveu no New York Times: "Isso é muito mais importante do que qualquer sanção dos EUA, porque aumentará o custo de empréstimos para cada empresa indiana e governo estadual que busque fundos do exterior".
Porém, os autores também ressaltam que a disciplina de mercado geralmente parece insuficiente para impedir o mau comportamento, hipótese comprovada em certos momentos nas crises vivenciadas no século XX. Esses problemas e outros são críticos para entender a percepção e a realidade na evolução histórica do mercado de capitais global moderno. Um dos principais problemas nos mercados de capitais supranacionais é a questão das várias jurisdições políticas distintas que podem diferir em instituições legais, cultura comercial, etc. A existência de entidades políticas menores do que o próprio mercado poderia, segundo eles, limitar a eficácia do mercado.
 Crítica de Biancarelli:
- Sobre a condução estrita da política monetária = a ideia de supervisão ou disciplina pressupõe a existência de um conjunto de práticas de política econômica corretas e unanimemente reconhecidas. Nos países em desenvolvimento uma mistura de populismo e ignorância levando a aventuras na condução macroeconômica.
- Sobre a poupança externa e capacidade de financiamento = aponta em ganhos nos ambos lados da transação. No ponto de vista dos ofertantes o raciocínio é a decorrência dos modelos neoclássicos das trocas internacionais, o capital abundante nos países desenvolvidos tende a se deslocar às melhores oportunidades de investimento a às mais elevadas taxas de remuneração das economias com escassez relativa de recursos para financiar a inversão. Para isso a importação de poupança seria o caminho para superação, ampliando as taxas de investimento como também as perspectivas de crescimento e desenvolvimento, tal uso da poupança é possibilitado pela eliminação dos entraves à livre movimentação do capital,
14. Como Helleiner explica a emergência da globalização financeira? Qual o papel dos Estados Nacionais nesse processo? 
Para Helleiner, o papel dos Estados foi de fundamental importância na emergência da globalização financeira, de modo que através de uma série e ações e não ações, que culminaram com o colapso de BW, irão culminar na globalização financeira. Essas ações e não ações foram por exemplo, a ação dos EUA em tentar segurar a saída de capitais, ou a não ação de permitir a expansão do euromercado, ou a não ação em desistir de sustentar a paridade do dólar com o ouro e permitiu sua flutuação.
15. O que é o processo de securitização? Quais as suas implicações? Diferencie securitização primária e secundária.
 Securitização é a prática financeira que consiste em agrupar vários tipos de ativos financeiros convertendo-os em títulos padronizados negociáveis no mercado de capitais interno e externo.
Assim, a dívida é transferida, vendida, na forma de títulos, para vários investidores. A securitização é a conversão de uma dívida em título lastreável e negociável entre instituições financeiras. 
Securitizacao: ato de tornar uma divida qualquer com determinado credor em divida com compradores de titulos no mesmo valor. 
Contexto de globalização: aspecto qualitativo e quantitativo.
Caracteristicas qualitativas da globalização: 1) securitizacao, 2)derivativos, 3) universalizacao dos bancos 4) investidores institucionais 5) desregulamentacao.
Conjunto de transformações financeiras surgiu nos EUA e passou a contaminar os demais países centrais e, sobretudo, o SFI, em função da posição do dólar como moeda-chave e das políticas de desregulamentação e abertura financeiras lideradas por essepaís.
Desregulamentação e/ou liberalização financeira, Securitização, Institucionalização das poupanças, Inovações financeiras
Flexibilização das transações financeiras em termos de prazo, taxas de remuneração e moedas de emissão para viabilizar as operações num ambiente instável e globalizado. A formação de títulos (expande a forma de obter - mercado secundário). A globalização aumenta o processo de mercado de capital. Sempre negociando ativos, da para financiar, prêmio de liquidez, tem lógico financeira e especulativa. 
Securitizacao primaria: colocação direta de papeis
Securitizacao segundaria: bancos securitizam carteiras de credito, passam o risco a diante diferente do credito que é uma condição bilateral.
16. O que são os investidores institucionais? Quais as principais mudanças que eles trazem para a dinâmica do sistema financeiro internacional?
Os institucionais são pessoas jurídicas que, por determinações governamentais, são obrigadas a investir parte de seu capital no mercado de ações, constituindo uma carteira de investimento.
Os investidores institucionais são agrupados em sociedades seguradoras, entidades de previdência privada, clubes de investimento, sociedades de capitalização, fundos externos de investimento e fundos mútuos de investimento. Responsáveis por movimentar volumes significativos no mercado financeiro, com carteiras de investimentos expressivas, os investidores institucionais são considerados como um dos mais importantes participantes do mercado de capitais, operando com visão de longo prazo e aceitando maiores riscos, desde que recompensados de forma adequada por isso. 
Segundo Elder (2004, p. 56) esses investidores possuem vantagens, pois pagam comissões institucionais mais baixas e possuem condições de “[...] contratar os melhores pesquisadores, corretores e operadores [...]”.
17. Quais as principais modalidades de fluxos de capitais na globalização financeira? Elas se diferenciam em termos do grau de volatilidade?
 IDE: fusões e aquisições (F & A) e operações de hedge
Investimentos de portfólio: motivados por ganhos de curto prazo e não por considerações de longo prazo => intensas oscilações dos preços dos ativos e das taxas de câmbio.
Fluxos de crédito bancário: perfil cada vez mais de curto prazo; estruturação de operações de hedge, arbitragem e especulação
Lógica especulativa => perfil volátil e curto-prazista aos fluxos de capitais de forma geral, o que não implica inexistência de uma hierarquia em termos de volatilidade entre as diferentes modalidades de fluxos. 
Testes estatísticos realizados por Turner (1991) sugerem o seguinte ranking: Investimento direto externo, Investimento de portfólio, Empréstimos bancários de curto prazo
18. Explique as principais mudanças ocorridas na atividade bancária na globalização financeira.
Bancos: Securitização dos empréstimos no contexto da crise da dívida dos anos 1980. Nova forma de intermediação financeira, caracterizada pela predominância dos ativos financeiros negociáveis tanto no passivo quanto no ativo. Atuação direta: comprando e vendendo securities, administrando as carteiras, estruturando operações com derivativos financeiros. Atuação indireta: concessão de empréstimos aos investidores e intermediários financeiros que atuam nesse mercado => função de market makers. Criação de instituições fora de balanço (off-balance sheet) => shadow banking system nos anos 2000
19. Explique, de acordo com Prates (2015), as três assimetrias do sistema monetário e financeiro internacional. 
Foram destacados quatro importantes desdobramentos da assimetria monetária que contribuíram para essa maior vulnerabilidade. Em primeiro lugar, as moedas “periféricas”, por não desempenharem a função de reserva de valor, não são capazes de cumprir o papel de “receptáculo” da incerteza no âmbito mundial, estruturalmente mais elevada pelas características deste sistema. Pelo contrário, essas moedas são os primeiros alvos dos movimentos de fuga para a qualidade dos investidores globais, nos momentos de aumento da preferência pela liquidez. Uma manifestação adicional dessa incapacidade são os prêmios de risco mais elevados atribuídos a essas moedas, que contaminam as taxas de juros domésticas. 
Em segundo lugar, esses países historicamente dependentes de fontes de financiamento externas, de forma geral não são capazes de emitir dívida externa denominada na própria moeda. Com isso, a capacidade dos devedores domésticos de honrar os compromissos externos torna-se totalmente vinculada às variações das respectivas taxas de câmbio, potencialmente maiores no contexto atual em função da volatilidade dos fluxos recentes de capitais. Ademais, como a maior parte da dívida externa desses agentes é denominada na moeda-chave (ou seja, em dólar), mudanças nas taxas de câmbio e de juros dessa moeda associadas à gestão da política monetária americana — cujo grau de autonomia é praticamente total, dada a natureza fiduciária do dólar após o colapso de Bretton Woods — têm um impacto imediato sobre o valor dessa dívida. 
O terceiro desdobramento da não-conversibilidade das suas moedas é o menor grau de autonomia de política dos países emergentes. Finalmente, a não-conversibilidade também “contamina” o funcionamento dos sistemas financeiros domésticos. Mais especificamente, é uma das causas da tendência de dolarização desses sistemas, pois, em muitos países, além dos investi- dores estrangeiros, os próprios investidores residentes não aceitam deter ativos denominados em moeda doméstica, não conversível, ou exigem elevados prêmios de risco para fazê-lo. Adicionalmente, os bancos residentes, que captam recursos no mercado financeiro internacional, os repassam internamente na mesma moeda de captação ou com indexação cambial, para evitar o descasamento de moeda em seus balanços. 
Já a assimetria financeira tem duas dimensões. A primeira refere-se aos determinantes dos fluxos de capitais direcionados para os países emergentes. Esses fluxos dependem, em última instância, de uma dinâmica exógena a esses países, que estão permanentemente vulneráveis à sua reversão. A segunda dimensão da assimetria financeira diz respeito à inserção marginal dos países emergentes nos fluxos de capitais globais, que também contribui para a sua maior vulnerabilidade aos choques financeiros, intrínsecos ao sistema monetário e financeiro internacional contemporâneo, uma vez que a venda das moedas e dos ativos financeiros emitidos por esses países pelos investidores globais tem efeitos igualmente marginais sobre a rentabilidade dos seus portfólios. Em contrapartida, os efeitos potencialmente instabilizadores dos fluxos de capitais sobre os mercados de câmbio e de capitais emergentes são significativos, pois, relativamente à dimensão desses mercados, esses fluxos não são marginais. 
Em suma, as assimetrias monetária e financeira, que são relacionadas e imbricadas, contribuem para explicar a maior vulnerabilidade dos países emergentes à volatilidade intrínseca aos fluxos recentes de capitais, bem como a tendência ao endividamento em moeda estrangeira e à dolarização, que resultam no descasamento de moedas e nos feedbacks recíprocos entre crises cambiais e bancárias, subjacente ao caráter predominantemente gêmeo das crises financeiras nesses países. 
20. Qual o significado do termo globalização produtiva e sua relação com a terceira revolução industrial? Quais as mudanças no caráter do IDE na globalização produtiva? E quais os impactos (quantitativos e qualitativos) dessas mudanças no comércio internacional?
Globalização produtiva => conjunto de transformações qualitativas em âmbito financeiro e produtivo + integração quantitativa; internacionalização produtiva em outro patamar e com novas características.
A “terceira revolução industrial e tecnológica”: conjunto de inovações amplo, profundo e intenso. mudanças em vários aspectos e setores. Na retomada do crescimento (pós-1983),fundamental a “articulação e difusão, simultânea, de um poderoso cluster de inovações, baseado em novas tecnologias de impacto abrangente”
Condições fundamentais preenchidas: amplo espectro de aplicação em bens e serviços, oferta crescente e suficiente para suprir a demanda na fase de difusão acelerada, rápida queda dos preços relativos dos produtos portadores das inovações, reduzindo continuadamente os custos de adoção, fortes impactos conexos sobre as estruturas organizacionais, financeiras e sobre os processos de trabalho, efeitos redutores generalizados sobre os custos de capital e efeitos amplificadores sobre a produtividade do trabalho.
Houve sete tendências nas principais economias centrais nessa terceira revolução: Peso crescente do complexo eletrônico; Novo paradigma de produção industrial: automação integrada flexível; Revolução nos processos de trabalho; Transformação das estruturas e estratégias empresariais; Novas bases da competitividade; “Globalização” como aprofundamento da internacionalização; “Alianças tecnológicas” como nova forma de competição 
Os impactos para a globalização internacional foram a extensiva utilização de acordos de colaboração tecnológica e de P&D entre concorrentes, o estreitamento nas relações e maior interatividade com clientes e fornecedores, o redirecionamento e concentração de esforços nas áreas consideradas core-business com vendas de áreas consideradas não estratégicas, a “externalização” de atividades produtivas anteriormente integradas verticalmente, etc.” Entre esses processos, uma profunda alteração na forma de operação da empresa transnacional: distribuição das etapas produtivas em diferentes países/regiões: com a expansão e a racionalização dessa estrutura, a cadeia de valor passou a ser fragmentada com uma especialização maior das atividades realizadas em cada país ou região. O IDE, que antes substituía comércio (pular as barreiras, competir em novos mercados), agora mais do que tudo cria comércio. “Dessa forma, o processo de produção passou a ocorrer sob forma de uma rede internacional integrando diferentes países e diferentes empresas, realizando etapas da cadeia de valor sob a coordenação das grandes corporações, que gerenciam suas próprias filiais e as demais empresas da rede. com o objetivo de obter o máximo de retorno para o conjunto das suas atividades. Embora essa mudança tenha se verificado em várias indústrias, ela foi mais intensa naqueles setores onde é possível separar tecnicamente as várias etapas do processo produtivo e ao mesmo tempo o valor unitário dos produtos é elevado em relação a seu peso em cada etapa, como é o caso do complexo eletrônico e têxtil e vestuário.” (Hiratuka & Sarti). 
21. No âmbito dos países centrais, houve simetria ou assimetria em termos de desempenho econômico nos anos 1990? Explique sua resposta com exemplos do desempenho dos Estados Unidos, Europa e Japão
Enquanto nos anos 1980, todos os países do centro cresceram de forma igual, na década de 1990 haverá grande dissincronia e assimetria entre os países centrais, principalmente nos EUA, Japão e Alemanha. Esse crescimento dos anos 80 foi feito sobre fragilidade financeira, e isso aparecerá nos anos 1990.
Dinâmica do padrão dólar flexível, financeiro e fiduciário: Em 1990, sinais de exaustão do ciclo; não se configura uma crise abrupta, mas desaceleração geral com fragilização financeira generalizada
Nos anos 90, a política econômica dos EUA tornou compatíveis: administração das condições de liquidez doméstica a expansão de seu mercado financeiro, a partir de sua disposição de atuar como emprestador em última instância, manutenção de condições favoráveis de financiamento externo e da posição do dólar como moeda-chave.
O resto do mundo transfere liquidez, capital e renda real para os EUA. Japão estará em crise, Europa em estagnação - NÃO HAVERÁ MAIS COORDENAÇÃO ENTRE OS PAÍSES.
EUA-1992-93: recessão e baixa a taxa de juros. Sai da recessão, mas não vai mais conseguir “puxar” os demais países. Pós 1992, crescimento. ”nova economia” Baixas taxas de juros, baixo desemprego, transformações econômicas recentes, associadas às novas tecnologias (TICs) e às novas formas das finanças (finanças de mercado) => movimentos que se auto-reforçam. Securitização e liberalização das finanças: nova dinemica macro ditada pelas finanças e tecnologia.
EUROPA: recessão. Dimensão econômica: os benefícios da unificação monetária Pré-condição para viabilizar mercado comum: Redução dos custos de transação e dos riscos de realinhamento cambial e liberdade dos fluxos de bens e fatores de produção => ganhos de escala e eficiência alocativa para fazer frente à concorrência americana e japonesa; Menor grau de incerteza sobre as políticas cambial e monetária tb reduziria os spreads possibilitando maior crescimento. Dimensão política: Moeda regional para fazer frente ao dólar como moeda-chave, aumentando poder de barganha europeu frente aos EUA e, simultaneamente, neutralizando poderio alemão (fortalecido após a unificação). Direção de política econômica: guinada ortodoxa => garantir convergência das taxas de câmbio X metas de crescimento e pleno emprego--- Basicamente, a Europa passa por recessão e tenta se unir, criar uma moeda comum, fazer tratados e pactos para estabilidade e crescimento.
JAPÃO: crise do MODELO DE DESENVOLVIMENTO: Dimensão produtiva/tecnológica: desaceleração do ritmo de crescimento na déc.1970 e esgotamento do padrão de acumulação na déc.1980 + Desregulamentação e abertura financeiras+ Posição do iene no SMFI => hegemonia do dólar como moeda internacional impõe oscilações à taxa de câmbio de sua moeda condizentes com os objetivos da política macroeconômica americana e não com as necessidades da política macroeconômica japonesa - basicamente, uma economia que sempre foi regulada, começa a sofrer pressões para desregulamentar e variar sua taxa de câmbio, e vai gerar crise. 
A crise: BOLHA ACIONÁRIA+BOLHA IMOBILIÁRIA=> combinação da queda dos preços das ações e dos imóveis catastrófico para os agentes endividados e para os bancos e instituições financeiras não bancárias. As empresas começam a se endividar em iene e no exterior; com a apreciação do iene, a a moeda estrangeira passa a ficar mais barata; como os bancos querem clientes eles começam a dar créditos pras famílias tbm – endividamento externo e interno.
AVALIAÇÕES INCORETAS DOS POLICY MAKERS--- projeções erradas de PIB; politicas tímidas fizeram a crise se perpetuar ainda mais.
22. Qual a relação entre a crise japonesa dos anos 1990, a unificação europeia e a dinâmica do padrão dólar financeiro, flexível e fiduciário?
 O sistema do padrão do dólar financeiro, flexível e fiduciário, baseado nas finanças e na liberalização e securitização das economias, gera um crescimento coordenado entre o centro na década de 1980. O problema é que esse crescimento será feito sobre fragilidade financeira, de forma que, na década de 1990, haverá crise. Os EUA, após 1992 terão lento crescimento, mas não conseguem puxar as demais economias. O Japão sofrerá crise e bolha acionária e a Europa sofrerá recessão, e tentará criar uma moeda única que consiga fazer frente ao dólar. Ou seja, é essa nova dinâmica financeira, de dólar flexível, financeiro e fiduciário que gera as crises, devido ao fato de fazer com que o SMI internacional agr se configure em SM e FINANCEIRO internacional, num mundo financeirizado, com mudança na dinâmica macro.
23. Do ponto de vista dos países “emergentes”, quais as principais diferenças entre os ciclos de liquidez dos anos 1990 e dos anos 1970? Quais foram os principais determinantes do ciclo dos anos 1990?
Anos 1970: A crise da dívida e exclusão da América Latina dos fluxos de capitais voluntários: choque dos juros sobre a dívida externa, choque financeiro: contração do crédito bancário internacional; choque negativo de demanda externa, deterioração dos termos de troca.
Política econômica e desempenho da maioriados países latino-americanos na déc.1980 condicionados por uma forte restrição externa = fator recorrente de instabilidade--: década de 1980 é a década “perdida”. Performances em termos de inflação, crescimento, investimento, poupança e o desempenho fiscal do Estado ⬄ magnitude das transferências ao exterior realizadas no período. 
EXTERNAMENTE: Políticas recomendadas pelo FMI para garantir a geração de grandes superávits comerciais: políticas macroeconômicas contracionistas (fiscal e monetária); fortes desvalorizações cambiais que acabaram por comprometer a situação patrimonial dos agentes endividados, e aumento da inflação, gerando incerteza quanto a trajetória da taxa de juros. Estatização da dívida externa privada, taxas de juros elevadas (internas e externas), queda do nível de atividade e inflação levaram à deterioração das finanças públicas (efeito-Tanzi)
Em vários países houve fuga de capital + processo de substituição monetária avançou: com as desvalorizações cambiais e a inflação, caiu a confiança nos ativos denominados nas moedas nacionais latino-americanas; 
Impactos perversos sobre nível de atividade, inflação e contas públicas;
Aumento da instabilidade econômica, associado à incerteza em relação à evolução da taxa de câmbio (restrição externa); A inconsistência dos programas heterodoxos de estabilização da segunda metade dos anos 80
Programas heterodoxos: âncora cambial nominal: fixação da taxa de câmbio nominal; política de rendas: desindexação e congelamento de preços e salários.
Nova conjuntura nos anos 1990: Retorno dos fluxos privados voluntários.
Determinantes: fatores internos & externo. Alívio da restrição externa e redução dos desequilíbrios das contas públicas, causas fundamentais da instabilidade macroeconômica dos anos 80. A redução das transferências ao exterior => efeito imediato sobre o nível de absorção doméstica consistente com o equilíbrio externo e ampliou os graus de liberdade das políticas econômicas, permitindo a adoção dos planos de estabilização com âncora cambial 
“a regra básica das estabilizações com abertura financeira é a criação de uma oferta de ativos atraentes que possam ser encampados pelo movimento geral de globalização”
O “modelo geral de estabilização” dos anos 1990: Abertura financeira externa; Acumulação prévia de reservas cambiais; Uso da taxa de câmbio como instrumento de combate à inflação; Abertura da economia às importações mediante drástica redução das barreiras tarifárias e não-tarifárias; Medidas de desindexação da economia; Ajuste fiscal e austeridade monetária; Venda de empresas públicas: ajuste fiscal e financiamento do BP. A especificidade desse momento é que a crise do início dos anos 1990 é financed-led, isto é, o ciclo econômico é comandado pela dinâmica dos mercados financeiros.
24. De acordo com Willianson, quais são as principais reformas associadas ao Consenso de Washington? De acordo com esse autor, a plena conversibilidade da conta financeira estava prevista nesse consenso? 
O consenso de Washington, do qual participou FMI, Banco Mundial, Tesouro Americano e Casa Branca, propôs uma série de reformas que seriam recomendadas à América Latina reformas neoliberais como: privatizações, abertura para IDE, abertura financeira, etc. Todos os países aditaram essas reformas, mas em momentos e de formas diferentes. *Disciplina fiscal: déficits orçamentários devem ser reduzidos ao ponto de serem financiados sem o recurso do imposto inflacionário. Isso implica um superávit primário e um déficit operacional. *Prioridades dos gastos públicos: redirecionar os gastos de áreas politicamente sensíveis (que recebem mais recursos que seu retorno econômico justifica) para áreas negligenciadas com alto retorno econômico e potencial para melhorar a distribuição de renda, como saúde, educação e infra. *Reforma fiscal: aumento da base tributária e corte de taxas tributárias marginais para estimular incentivos e melhorar a igualdade horizontalmente, sem diminuir a progressividade adquirida. Um importante elemento é a melhoria do controle tributário assim como os juros tributários adquiridos sobre ativos no exterior.
Liberalização de financiamento: taxa de juros determinada pelo mercado, mas pode ser uma ameaça quanto a solvência financeira de empreendimentos produtivos e do governo. Objetivo intermediário seria o fim de juros privilegiados para devedores privilegiados e a obtenção de uma taxa de juros real positiva e moderada.
Taxa de câmbio: países precisam de uma taxa de câmbio unificada ( pois a múltipla distorce a alocação feita pelo mercado) fixada em um nível competitivo (periféricos deveriam ter uma taxa um pouco mais desvalorizada para que possam competir) para induzir o crescimento rápido em exportações não tradicionais, além de assegurar aos exportadores que essa competitividade será mantida no futuro. 
Liberalização do comércio: retirar tarifas de importações, não se deve proteger; restrições quantitativas devem ser substituídas por tarifas e estas progressivamente reduzidas até atingir uma taxa baixa, em torno de 10%. Há controvérsias acerca da velocidade que isso deve ser feito, e se deve permanecer ou parar quando as condições macro são adversas. 
Investimento externo direto: barreiras impedindo a entrada de firmas estrangeiras devem ser abolidas; firmas estrangeiras e nacionais devem competir em igualdade. Isso excluía abertura financeira para o capital de portfólio.
Privatização: empresas estatais devem ser privatizadas.
Desregulamentação: governo deve extinguir regulamentações que impeçam a entrada de novas firmas ou que restrinjam a competição e assegurar que toda regulamentação seja justificada. Retirada de controle de preços e do controle do mercado de trabalho.
Direito de propriedade: sistema judiciário deve garantir o direito de propriedade, sem custos excessivos, e torná-lo disponível ao setor informal, de forma a dar confiança aos investidores. 
25. Em que medida a aplicação de parte do receituário do consenso de Washington também era conveniente para os países latino americanos? 
Williansom aponta duas razoes pelas quais a AL instituiu tais reformas políticas do consenso de Washington: 1- o fato de que uma ortodoxia ressurgente foi imposta para uma região intimidada mas não convertida e 2- que era um caso de aprendizado social.
1- Williansom mostra-se critico quanto à primeira razão, tendo em vista que as reformas politicas tem aspectos que diferem de qualquer velha ortodoxia, uma vez que se considerava o redirecionamento das prioridades do gasto publico, reforma tributaria e desregulamentação, e se ainda considerar o auxilio aos pobres considerada por Fisher, a pauta torna-se ainda menos ortodoxa. Além disso, a historia das relações internacionais não apresentam países que tomaram medidas que entendiam contra interesses nacionais porque sentiam-se ameaçados pela repercussão negativa internacional.
 2- Já quanto ao segundo motivo, o mesmo sugere que a motivação das reformas sociais resultou de exemplos: Espanha e tigres asiáticos tiveram sucesso ao se desenvolverem em um período desde a II GM, e apesar de haver diferenças politicas em diversos aspectos nas reformas adotadas pelo chile e sudoeste asiático atualmente, todos se aproximam de uma prudência macroeconômica, confiança nos mercados e orientação externa. 
***** Apesar do condicionante fundamental para o retorno dos fluxos de capitais ser a nova dinâmica financeira internacional e a conjuntura das economias industrializadas (pull factors), a elevação da rentabilidade financeira da América Latina vinda dos planos de estabilização econômica e abertura financeira também estimula a entrada desses capitais. Sendo assim, a aplicação de parte do receituário do consenso de Washington era conveniente já que melhorava as expectativas dos agentes, servindo de atrativo para os recursos: “a influência das reformas liberalizantes sobre o retorno dos fluxos de capitais voluntários para a região está associada (...) ao seu impacto sobre as expectativas dos formadores de opinião e dosinvestidores (...) grande parte dos fluxos de capitais da década de 90 foram determinados por uma onda de otimismo em relação aos efeitos das reformas”. Ressaltando que, os fluxos de capitais são orientados pela lógica de ganhos financeiros. Então, a reforma liberalizante (sumarizada no consenso de Washington) pode acabar gerando problemas sistêmicos nas economias, mesmo sendo importante a adoção de políticas macroeconômicas prudentes não será apenas esse fator que garantirá a sustentabilidade dos fluxos de capitais.
26. Quais as principais semelhanças dos planos de estabilização de México, Brasil e Argentina do início dos anos 1990? Em que medida o primeiro ciclo de liquidez da globalização foi funcional à implementação desses planos? 
As principais semelhanças são: uso da taxa de câmbio como instrumento de combate à inflação; abertura da economia às importações, por meio da drástica redução das barreiras tarifárias e não-tarifárias; abertura financeira externa; medidas de desindexação da economia; ajuste fiscal e austeridade monetária; venda de empresas públicas.
O plano de estabilização de preços da AL baseado na ancoragem cambial significava manter um cambio controlado em um regime “rígido”, e para mante-lo valorizado em relação ao estrangeiro precisava-se de moeda estrangeira no mercado cambial. Tinha-se transações correntes com déficits (dada as importações), sendo necessário atrair fluxo de capital para conter o déficit mantendo a taxas de juros elevadas. Ou seja, para que esse processo fosse realizado, era preciso que o ciclo de liquidez estivesse na sua fase de cheia para que tais capitais fossem movimentados para tais países permitindo que a ancora cambial fosse feita. O contexto internacional mostrava-se favorável, com grande liquidez, e taxas de juros reduzidas, como exemplo o libor (base de remuneração para outros empréstimos em dólares a empresas e instituições governamentais), permitindo que os governos sustentassem o modelo de estabilização via compra e venda de dólares. 
27. Como se caracterizam os ciclos de crescimento na América Latina pós-estabilização monetária? 
Após a estabilização monetária na AL, tem-se um boom de consumo e aumento da demanda por crédito que financiava o consumo, mas não a capacidade produtiva. Esse aumento do consumo não impulsiona o setor produtivo doméstico, dada a concorrência dos produtos importados, fazendo com que tenha o vazamento externo, via importações, ajudando a ter déficit. Após a estabilização monetária, e contenção da inflação, estimulou endividamentos de pessoas físicas para consumo, devido à maior previsibilidade quanto aos fluxos futuros de rendimento dos assalariados e aos seus efeitos positivos, além das expectativas à sustentação da estabilidade e recuperação do crescimento. A manutenção a taxa de cambio baixa (cambio valorizado), leva à perda de competitividade e então a uma piora da balança comercial, de forma a aumentar o déficit de transações correntes, o qual é financiado com capital externo, ou seja, há endividamento externo tanto publico como privado. 
Imersa no primeiro ciclo de liquidez, a América Latina foi, no início dos 90s, destino de grande volume de recursos buscando rentabilidade, uma vez que na economia do centro coexistiam baixas taxas de juros e desregulamentações. Destaque: Investimento Direto Externo. O quadro do crescimento na América Latina é montado no crescente movimento de financeirização no mundo (mundialização do capital- Chesnay). Os efeitos das estabilizações criaram virtualmente uma paridade das novas moedas em relação ao dólar, o que impactou todos os ativos da economia (surgimento de bolhas) e o credito (aumento do consumo). Os benefícios derivados das estabilizações são mesclados com o intenso regime fiscal instituído nessas economias resultando em ambiente recessivo, visto que os gastos dos governos foram amplamente cortados via austeridades criadas no Consenso de WC. Nota-se tímido crescimento em todas as economias e aumento da exposição as instabilidades financeiras, como também frustação na competitividade das empresas nacionais, e como apontam alguns estudos, surgem os sinais das desindustrializações. 
28. Considere a citação de Nogueira Jr. “...successful stabilization policy carries de seeds of its own destruction in the form of excessive capital inflows to take advantage of the return differentials”. Como ela se aplica ao contexto de crise dos países latino americanos? 
Esse processo endógeno de deterioração das condições econômicas na América Latina foi provocado pelo ingresso de capitais em resposta à aplicação bem sucedida de planos de estabilização ancorados em regimes de cambio fixo ou quase fixo e politicas monetárias restritivas. De forma geral, os fluxos de capitais contribuíram para a valorização cambial e para a emergência de ciclos de crédito que alimentaram bolhas de consumo, associadas tanto ao ambiente macroeconômico desfavorável aos investimentos no inicio da década quanto aos efeitos positivos da queda da inflação sobre a renda e a demanda de credito das famílias. Studart ressalta que na america latina, os investimentos estavam deprimidos nos anos 80, ao passo que desequilíbrios fiscais eram significantes. Dada a incerteza macro e a considerável pressão competitiva nos investidores, nas expectativas de longo prazo, e então nos investimentos tenderam a ser deprimidos nos anos 90. Assim, a maioria desses fluxos de capitas estão associados com um super-consumo, e não super-investimento. Esses ciclos levaram a uma fragilização dos sistemas bancários domésticos, e as politicas de esterilização deterioraram as contas fiscais, dado o diferencial de juros que sustentavam os fluxos e envolveram a emissão de títulos indexados à taxa de cambio, criando um vinculo entre a variação cambial e a situação fiscal. Além disso, a deterioração do resultado da balança comercial resultou da valorização cambial e da abertura comercial, pilar da poltica de estabilização. Isso gerou problema alocativo estático com o processo de desindustrialização pela concorrência das importações, e também dinâmico, dado que o padrão de preços relativos estimulou investimento em setores não comercializáveis, que não ampliam a capacidade de geração futura ou em economia de divisas. 
29. Descreva, com base em Prates (2002), as semelhanças e diferenças das crises de México, Brasil e Argentina. 
Essas três crises se diferenciam em termos da sua morfologia bem como da sua intensidade, devido, em grande parte, à gestão macroeconômica dos fluxos de capitais adotada e aos distintos graus de abertura financeira. No momento de sua inserção na globalização financeira, esses países encontravam-se em situações bastante desiguais que, além de terem condicionado as opções de política, resultam em diferentes graus de liberdade na escolha entre essas opções. Enquanto o México encontrava-se na etapa inicial do seu processo de estabilização monetária e já havia adotado algumas reformas liberalizantes, a Argentina e o Brasil ainda enfrentavam um contexto de elevada instabilidade macroeconômica e situações externa e fiscal desfavoráveis.
Mas, nos três casos o ingresso de capitais foi essencial para viabilizar os programas de estabilização com âncora cambial. Contudo, na Argentina, a implementação de um plano de estabilização baseado num regime de currency board implicou abertura financeira total da economia e adoção de uma estratégia de intervenção não-esterilizadora. Já no México e no Brasil, além dos programas antiinflacionários não terem exigido a liberalização completa da conta de capital e a conversibilidade monetária, optou-se pela estratégia de intervenção esterilizadora, com distintos graus de intensidade.
A crise brasileira teve algumas semelhanças com a crise mexicana, pois também possuiu os ingredientes clássicos de uma crise de balanço de pagamentos e suas raízes estão na estratégia de inserção da economia na globalização financeira. Mas além de sua menor intensidade, essa crise pode ser considerada um caso particularentre as crises dos países “emergentes” nos anos 90, pois não teve um caráter gêmeo. Ao contrário dos sistemas mexicano e argentino, o sistema bancário brasileiro não enfrentou uma crise bancária estrito senso, caracterizada pela falência em cadeia de instituições, com reflexos para o sistema de pagamentos e a atividade econômica, mas um processo de fragilização crescente. No Brasil, os impactos de estabilização dos preços foram mais intensos em função do desenvolvimento da moeda indexada, que evitou fuga da moeda nacional e, consequentemente, a desmonetização (como na Argentina) e a desintermediação bancária (como no México).
30. Explique a afirmação de Cunha (2001) em relação à crise asiática: “Várias crises em um único fenômeno”. 
Na Asia, apesar das especificidades de cada pais, algumas foram mais contidas em seus processos de liberalização e ficaram menos expostas externamente. Porém, o comportamento de manada dos investidores internacionais – na entrada e na saída - e o efeito-contágio tornaram a crise asiática, em que pesem aquelas especificidades, um evento ´conjunto`. Várias crises em um único fenômeno” 
- Caráter regional
 comportamento de manada + efeito-contágio
 - dinâmica de crescimento regional => economias fortemente interligadas, nos momentos de expansão e contração
 - Morfologia semelhante: - crise cambial e financeira interna, que culminou num processo de debt-deflation 
31. Quais as semelhanças e diferenças entre as crises asiática e latino-americanas?
SEMELHANÇAS: inserção forçada na globalização. A PERIFERIA DE FORMA GERAL FOI FORÇADA E ENTRAR NESSA DINÂMICA FINANCEIRA CONTROLADA PELOS EUA. Isso foi gerando crises e cada região e país adotará formas diferentes de sair dela; mas basicamente,a inserção desses países numa dinâmica de securitização, de desregulamentação que era diferente doq eles estavam acostumandos, gerou crises. A dinâmica na qual está inserido o sistema monetário e financeiro internacional que surge com a derrocada de Bretton-Woods é um dos principais fatores para a explicação para as crises dos emergentes nos anos 90. A abordagem heterodoxa contribuiu para esclarecer esse processo, destacando a vulnerabilidade que estes países demonstraram com relação ao efeito-contágio, ao comportamento de manada dos investidores e aos ataques especulativos auto-realizáveis. Da mesma maneira, eram mais suscetíveis a crises gêmeas (crise bancária e cambial), comparando-se aos países desenvolvidos. Essas vulnerabilidades não seriam possíveis senão devido à hierarquia e assimetria características do sistema monetário e financeiro internacional. Assim, é a inserção dos países periféricos em um ambiente de globalização financeira (permitindo-os absorver grande parte dos fluxos de capitais) que figura como o “determinante em última instância” das crises. 
 Na América Latina, a liberalização e as políticas de estabilização se deram a partir das diretrizes do Consenso de Washington, às quais os países dessa região não puderam oferecer muita resistência, graças à crise da dívida externa. Na America Latina apesar das diferenças na liberalizacao comercial entre os países, no geral o crescimento é baseado no consumo e os deficits comerciais eram baseados em capitais volateis.
“Assim, no Brasil, os custos da desvalorização cambial foram absorvidos pelo Tesouro. A estratégia de alterar o perfil da dívida pública, a atuação do Banco Central no mercado de derivativos e a perda de reservas constituíram mecanismos de “socialização das perdas” dos detentores de passivos cambiais. Os bancos, em sua maioria, tiveram ganhos expressivos com a crise, pois além das suas posições em títulos públicos denominados em moeda estrangeira, também estavam “comprados” no mercado futuro. Já o setor privado não-financeiro sofreu indiretamente os efeitos da crise devido à estratégia de defesa da paridade via política monetária restritiva.”
Crise asiatica: 
A crise asiatica esta ligada aos desequilibrios da dinamica regional de crescimento. O crescimento regional tinha com um de seus pilares a estabilidade das taxas de cambio (e dos custos e precos relativos). Contudo, os regimes cambiasi revelaram-se progressivamente perversos para os termos de troca e as balanças comercias da regiao.
“O modelo de industrialização escolhido implicou nível elevado de importação de máquinas e eqtos do Japão, o que significa que sempre que as moedas asiáticas desvalorizam-se em relação ao iene, seus países emissores têm seus termos de troca degradados. Ademais, implicou, também, elevada dependência de matérias-primas commoditizadas, cotadas em dólar nos mercados internacionais. Desta forma, sempre que o dólar se valorizava em relação às moedas asiáticas, a maior parte das economias regionais não podia aproveitar integralmente as vantagens competitivas dos preços de suas exportações dado o impacto do custo das matérias-primas importadas que, representavam, em média, 85% do total utilizado na produção. Consequentemente, os balanços comerciais nacionais são atingidos negativamente tanto quanto o iene valoriza-se quanto o dólar”. 
O contexto da época culminou na Deterioração dos saldos em conta corrente e aumento da dependência de fluxos de capitais voláteis => crescente fragilidade externa
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