Buscar

PROJETO DE ENSINO EM ARTES VISUAIS Wal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�PAGE \* MERGEFORMAT�22�
PROJETO DE ENSINO EM ARTES VISUAIS
São Bernardo do Campo - SP
2019
MARIA WALDEGLACE DOS SANTOS
Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em ARTES VISUAIS da Universidade Pitágoras UNOPAR para a disciplina: Projeto de Ensino e Pesquisa em Artes Visuais.
Professores: Aida Rosa Dieguez Sabio; Tatiane Jardim; Valter do Carmo Moreira; Maria Luzia Silva Mariano; Mariana Silva Franzim; Laura Célia Sant'Ana Cabral Cava.
São Bernardo do Campo - SP
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................................5
3 OBJETIVOS..........................................................................................................................9
4 PROBLEMATIZAÇÃO........................................................................................................10
5. CONTEÚDOS CURRÍCULARES.......................................................................................12
6. O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO.........................................................................14
	6.1 Metodologia.......................................................................................................14
	6.2 Tempo para a realização do projeto..................................................................20
	6.3 Recursos humanos e materiais.........................................................................20
	6.4 Avaliação...........................................................................................................20 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................21
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................22
�
INTRODUÇÃO
Projeto de pesquisa em Artes visuais, do 7º semestre da UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR, O projeto de pesquisa será direcionado para alunos do 1º ano do ensino médio, sobre o Tema “O teatro na escola e os jogos teatrais” e seu ensino na escola – Sob a visão de Augusto Boal e Viola Spolin.
Usaremos como modalidade em artes visuais a modalidade da Performance; Mas para iniciarmos nosso projeto primeiramente necessitamos a aprender o que é o Teatro, a importância da arte cênica e os exercícios dos jogos Teatrais.
O termo usado como expressão “metodologia do ensino de teatro” refere-se ao conjunto dos métodos utilizados para o trabalho educativo na escola com o teatro. Tratando-se de realizar um consigam, um estudo comparado e historicamente, usando de diferentes didáticos-pedagógicos que apresentam a apropriação do fazer e da apreciação estética dos enunciados cênicos.
Faz necessário que o ensino do Teatro na escola, seja aplicado os ensinamentos dos jogos teatrais, são atividades de teatros que disperdam entre as crianças e os adolescentes o interesse sobre o teatro, a atividade dos jogos auxilia a criatividade e o desenvolvimento de habilidades técnicas no palco.
Nos jogos contemplasse o corpo como instrumento, sua sensibilidade, percepção, reflexão, cognição e a imaginação, podendo serem usadas de forma artísticas para o conhecimento e reconhecimento das formas produzidas pelo o corpo. A comunicação e a expressão têm a capacidade de dizer palavras, poder de julgar e formular significados.
[...] o ser humano, por meio do seu corpo, vai assimilando e se apropriando dos valores, normas e costumes sociais, num processo de incorporação. Estão escritos nos corpos todas as regras, todas as normas e todos os valores de uma sociedade, por ser o corpo o contato primário do indivíduo com o ambiente que o cerca”. (Daolio, p39, 1995)
Assim a sensibilidade se torna um processo que procura desenvolver todos os sentidos, para melhor percepção de si mesmo, do outro, do mundo.
JUSTIFICATIVA
A importância do aprender o Teatro na escola, para Viola Spolin, o trabalhar com a linguagem teatral na escola não é o de formar atores, mas para abrir caminho para que cada estudante descubra a si mesmo e reconheça a importância da arte em sua vida. O teatro ajuda o aluno a desenvolver maior domínio do tempo, do corpo, da verbalização e da expressão.
O teatro é uma forma de arte que deve explorar por seu caráter estético. Como arte, o teatro na escola, coloca o aluno em contato com manifestações culturais, no qual aborda diversos temas, podendo ter questões essenciais da vida humana; O teatro tem a função estética, catártica, social e política.
Na aplicação da aula teatral é necessária uma exploração, como a criação do personagem, o espaço cênico, e a ação teatral, no qual estão presentes nos jogos teatrais desenvolvidos por Viola Spolin. Baseados na improvisação, os jogos constituem um recurso interessante para desenvolver capacidades como atenção, concentração e observação.
Ao ensinar o aluno é importante que ele compreenda a diferença entre improvisação e dramatização. A improvisação caracteriza-se pela experimentação livre. Já a dramatização pela a construção intencional de uma peça de teatro, com todos os elementos que lhe são próprios; espaço cênico (cenário, figurino, maquiagem, iluminação, etc.), personagens e ação teatral.
Nas peças teatrais podemos identificar três elementos centrais, a partir dos quis a trama pode ser criada e desenvolvida, são eles os personagens, as ações e o espaço cênico.
Os personagens são elementos fundamentais para a dramaturgo leve a diante a história. São as emoções, as ações e reações, as trajetórias e as relações entre os personagens de uma trama que conduzem uma peça teatral. Existem os personagens alegóricos que representam ideias, valores ou tipos sociais, como a justiça a pobreza ou o trabalhador. As ações realizadas são construídas pelos os personagens no “espaço cênico”
Os personagens e as histórias no teatro podem causar sensações, como medo, amor, piedade, que segundo o filosofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C), são resultados do processo de purificação do corpo chamado de “catarse”. Ao se identificar com tais emoções, o espectador é capaz de refletir sua realidade e os conflitos, liberando a sua emoção.
Ao longo da história do teatro, diversos momentos foram formas de expressão artística que se aproximou e apropriou de discussões sociais e políticas que fazem parte da nossa cultura.
A principal ênfase neste contexto de teatro no processo pedagógico, não é montar uma peça para ser apresentada, mas experimentar situações de conflito coletivo para que o próprio autores (alunos) e o público (que também entram em cena e participa) refletem e aprendam sobre sua situação histórica e social. Por isso o teatro com base do Teatro dos oprimidos tem a caraterística de encenações no qual tema interatividade da participação do público e pela abordagem de temas sociais.
Percebemos assim que é através do nosso modo de agir, pensar e sentir, também através de nossos meios utilizados para nossa sobrevivência, que adquirimos mais conhecimentos, aprendemos a conviver em sociedade, através dessas relações e experiências que adquirimos durante nossa vida, respeitando as individualidades. Portanto precisamos que o nosso viver e conviver em sociedade não seja apenas individualmente, mas também coletivamente, conhecendo os diferentes grupos sociais, no qual esses grupos sociais estabelecem regras que são aceitas e precisam ser colocadas em prática.
Trabalhar com os alunos em sala as artes cênicas é apresentar uma grande importância na parte cultural, pois busca trabalhar com a diversidade, auxiliando na construção do imaginário, contribuindo na percepção das diferenças respeitando a alteridade. Quando nos deparamos com as artes cênicas, podemos perceber como um dos principais objetivos, o sentimentoda pessoa que apresenta uma peça teatral incorporando outro alguém, dessa forma, entende através da determinação a diferença que existe entre uma pessoa e a outra.
O resultado das atividades da arte cênica desenvolve em a capacidade de planejar, analisar, refletir, criticar, produzir, atuar e agir em equipe. Atividades essas que exercitam a complexidade e a inter-relação de saberes e, com isso, possibilitam que o aluno descubra e desenvolva sua capacidade. Assim, a escola deve tornar consciente as suas possibilidades, sem a perda do gosto lúdico e criativo, que é característica da criança:
 “Cabe à escola estar atenta ao desenvolvimento no jogo dramatizado (evolução que corresponde às etapas de crescimento da criança) oferecendo condições para o exercício consciente e eficaz, para a aquisição e ordenação progressiva da linguagem dramática” (BRASIL, 1996, p. 25).
Na década de 1930, Viola Spolin (1906-1994) criou a técnica de ensino de teatro baseada em jogos e técnicas de improvisação chamado hoje como “jogos Teatrais”, que são exercícios de sensibilização corporal, sensorial e cênica que serve para atrair e estimular os não atores a representar. 
Existem inúmeros jogos teatrais, por meio deles podemos entrar em contato com nosso interior e com o outro, desenvolvendo uma percepção de cena e de seu lugar na sociedade, compreende o papel do espaço real ou imaginário, exercita a criatividade durante a ação.
Os jogos dramáticos têm caráter mais improvisado e não existe muito cuidado com o acabamento, pois o interesse reside principalmente na relação entre os participantes e no prazer do jogo. Gradualmente, os alunos vão compreendendo a atividade teatral como um todo, o seu papel de atuantes e vão adquirindo maior domínio da linguagem e de todos os elementos que a compõem. A elaboração de cenários, figurinos, acessórios, a organização e a sequência da história precisam ser cuidadosamente estimuladas pelo professor orientador da atividade. 
“Uma criança só poderá trazer uma contribuição honesta e excitante para a sala de aula, por meio da oficina de teatro, quando lhe damos liberdade pessoal. O jogador precisa estar livre para interagir e experimentar seu ambiente social e físico. Jovens atuantes podem aceitar responsabilidades para comunicar-se, ficar envolvidos, desenvolver relacionamentos e cenas teatralmente validas apenas quando lhes é dada a liberdade para fazê-los (SPOLIN, 2008ª, p.30).”
As aulas são organizadas em uma sequência, oferecendo estímulos através de jogos preparatórios, com o intuito de desenvolver habilidades necessárias para a dramatização, como atenção, observação, concentração, preparando temas que instiguem a criação do aluno em vista de um processo da aquisição e domínio da linguagem verbal.
O diretor dramaturgo Augusto Boal, é uma das referências na pedagogia teatral, no Brasil e no mundo, escritor de vários livros entre eles o mais conhecido Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. Nele foi dissolvido o método do teatro do oprimido, elucidado por técnicas (teatro legislativo, Teatro invisível, ações diretas, teatro jornal, teatro imagem, teatro fórum, arco íris do desejo).
Aristóteles propõe uma Poética em que os espectadores delegam poderes ao personagem para que este atue e pense em seu lugar. Brecht propõe uma Poética em que o espectador delega ao personagem para que este atua em seu lugar, mas se reserva ao direito de pensar por si mesmo, muitas vezes em oposição ao personagem. No primeiro caso, produz-se a catarse; no segundo, uma “conscientização”. O que a Poética do Oprimido propõe é a apropriação ação! O espectador não delega poderes ao personagem para que atue nem para que pense em seu lugar: ao contrário, ele mesmo assume o papel protagonizo, transforma a ação dramática inicialmente proposta, ensaia soluções possíveis, debate projetos modificadores. (BOAL, 2012, p.182)
 O teatro do oprimido desenvolveu-se em três vertentes principais: educação, social e terapêutica. Na pratica as técnicas são desenvolvidas com base em jogos teatrais. Para Boal os jogos reunirem características essenciais da vida em sociedade: possuem regras, leis, e liberdade criativa sem a qual a vida se transforma em servil obediência. Os jogos proporcionam a “de mecanização” do corpo e mente das tarefas cotidianas.
3. OBJETIVOS
O projeto em ensino de artes visuais tem como plano para o 1ª ano do ensino médio como proposta será usada as modalidades de performance, vídeo e fotografia, o teatro sobre a visão de Augusto Boal e os jogos teatrais, o Tema do trabalho “ O teatro na escola e os jogos teatrais” 
Ao ensinar o Teatro no contexto pedagógico o aluno aprende as características da liberdade de expressão artística. O fazer artístico é uma experiência poética, em que se articulam os significados e a experimentação.
O Teatro, assim, pode ser a brecha que se abre na nova perspectiva da ciência e ensino-aprendizagem, pois envolve essencialmente o que o soberaníssimo da lógica clássica e do modelo racional excluía; o ilógico, as possibilidades (o “vir a ser”), a intuição, a intersubjetivo cão, a criatividade, elementos existentes nas relações dessa manifestação artística e que são princípios para a concepção de Inteligência na Complexidade e vice-versa “ (CAVASSIN. 2008 p 48). 
O conceito dos jogos teatrais é para uma apropriação ativa (corporal, física), para um conceito social e de cooperação. O processo de desenvolvimento das ações dos jogos, com regras e adequado para que o aluno perceba sobretudo o significado no coletivo.
 As regras pressupõem relações sociais. Ao respeitar as regras de um jogo percebe-se a Zona de Desenvolvimento Proximal (VYGOTSKY, 1989, p 10), o que nada mais é do que aquilo que a criança já sabe, já é capaz de realizar sozinha, pois nessa atividade a criança ultrapassa o nível a que está habituada, fazendo com que pareça maior que é. O jogo exige isso da criança. E esse nível a mais, e a capacidade que a criança tem de crescer, de avançar, desafiar seus próprios limites, ações e pensamentos.
 4. PROBLEMATIZAÇÃO
O Teatro e os jogos teatrais são uma das formas de trabalhar a cidadania com alunos, os jogos se tornou uma necessidade pedagógica para encontrar uma metodologia de ensino que favorecesse a compreensão do aluno em discutir e refletir sobre os assuntos que envolvesse vários temas como: cidadania, política, desemprego, solidariedade, ética entre outros, de modo que se aproximasse da realidade social do aluno.
A prática teatral pode estimular trabalhos grupais em uma criação cênica, onde os integrantes do grupo são levados a perceber que não há como alcançar um objetivo comum, se não houver a solidariedade e a colaboração e, com isso, esse indivíduo passa a ter consciência de que precisa do outro na mesma medida em que outra precisa da colaboração desse indivíduo e que é importante que cada um realize a sua função, sempre se preocupando com o objetivo que é do grupo. Isso pode fazê-lo refletir, que se porventura, apresentar atitudes individualistas e se comporta de maneira egoísta, provavelmente irá prejudicar o grupo e, também, a si mesmo.
Dessa forma, a vivência teatral ajuda a estabelecer um diálogo com a realidade de vida dos alunos e com a cultura, podendo proporcionar contribuições na interação com o mundo fora da escola, ou seja, os alunos aprendem questões além da linguagem teatral.
Em uma construção de cenas precisa buscar soluções criativas e imaginativas, automaticamente a habilidade e a capacidade de solucionar problemas estão sendo estimuladas. Na relação em equipe e no diálogo, eles vão aprendendo a serem mais críticos, reflexivos e participantes ativos, contribuindo de forma construtiva na transformação da sociedade
Mostrando Imagens de fotografia de performance e também registrar o exército dos jogos no ensino de teatro, se faz necessário para que o aluno tenha uma observação, imitação e recriação, o aluno pode se apoia em recursos que favorecemo registro em tempo real, com o objetivo de retomar a imitação posteriormente. Dessa forma, a fotografia é utilizada como recurso de registro da corporeidade observada e possibilita a recorrer visualmente à forma que está sendo imitada, ou seja, a imagem atua como um recurso que facilita a imitação e transformação de corporeidades registradas. 
5. CONTEÚDOS CURRICULARES
O teatro como disciplina na educação escolar está a cada dia ganhando forças e relevância através das transformações educacionais do século XX, como podemos observar no PCN de arte,
 “As pesquisas desenvolvidas a partir do início do século em vários campos das ciências humanas trouxeram dados importantes sobre o desenvolvimento da criança, sobre o processo criador, sobre a arte de outras culturas. Na confluência da antropologia, da filosofia, da psicologia, da psicanálise, da crítica de arte, da psicopedagogia e das tendências estéticas da modernidade surgiram autores que formularam os princípios inovadores para o ensino de artes plásticas, música, teatro e dança. Tais princípios reconheciam a arte da criança como manifestação espontânea e auto expressiva: valorizavam a livre expressão e a sensibilização para a experimentação artística como orientações que visavam o desenvolvimento do potencial criador, ou seja, eram propostas centradas na questão do desenvolvimento do aluno (BRASIL, 1997b, p. 21-22). ”
O aluno, utiliza a dramatização como forma de organizar e compreender a realidade e, com o aperfeiçoamento provindo das interações, conquistas e convívio com o coletivo, ela vai se adaptando às complexidades do mundo, desenvolvendo-se de forma efetiva.
“O ato de dramatizar está potencialmente contido em cada um, como uma necessidade de compreender e representar uma realidade. Ao observar uma criança em suas primeiras manifestações dramatizadas, o jogo simbólico, percebe-se a procura na organização de seu conhecimento do mundo de forma integradora. A dramatização acompanha o desenvolvimento da criança como uma manifestação espontânea, assumindo feições e funções diversas, sem perder jamais o caráter de interação e de promoção de equilíbrio entre ela e o meio ambiente. Essa atividade evolui do jogo espontâneo para o jogo de regras, do individual para o coletivo (BRASIL, 1997b, p. 83). “
Sobre o fazer, a apreciar e a contextualizar da comunicação teatral no sistema de Spolin; contextualizar, como explica Ana Mae Barbosa (1998), é “estabelecer relações”.
Em uma encenação/e ou jogo, podem ser transmitidos conhecimentos culturais, históricos, científicos ou morais, por exemplo, mas eles não devem ser vistos como objetivo, e sim como consequência. 
O ideal é que os alunos se envolvam com a trama e os personagens e sintam prazer em representar e participar. Estimular a participação de todos os alunos, sem exigir profissionalismo. Pois esse não é a nossa meta. Há os que falam baixo ou os que ficam de costas para a plateia. Mas todos podem aprender. 
O problema da pesquisa se fundamenta a partir do marco teórico das pesquisas qualitativas sobre formação e auto formação de homens e mulheres para atuarem por uma sociedade mais justa e humana. 
6. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
Nas produções teatrais em sala de aula, é essencial que se compreenda a diferença entre improvisação e dramatização. A improvisação tem como característica a experimentação livre. Já a dramatização é a construção intencional de uma peça de tetro com todos os elementos próprios: espaço cênico (cenário, figurino, maquiagem, iluminação etc.), personagens e ação teatral.
A metodologia dos jogos teatrais propicia ao aluno a oportunidades de experimentação artística por meio de jogos variados e exercícios teatrais, como recomendado por Viola Spolin (1979) que descreve um sistema fundamentado principalmente na relação palco/plateia, ressaltando que o objetivo dessas ações deve ser o aprendizado da linguagem teatral, a comunicação com o público. Assim sendo, e considerando a percepção de que o teatro é uma das áreas menos exploradas na escola, entende-se ser necessário incentivar sua prática com ênfase em jogos teatrais como potencial para a formação do espectador, nos termos da proposta sistematizada por Viola Spolin. 
Metodologia
Aula 1
	Para se iniciar a aula sobre teatro e jogos teatrais, em roda de conversa saber com os alunos 	seus conhecimentos e experiências sobre o que é teatro. Perguntas como:
Se tem hábitos de ir ao teatro?
Quais peças de teatro já assistiram/
O que acham das formas de expressão dos artistas?
	Fazer uma reflexão sobre o contraste do teatro e os filmes, questionando se presença física do autor e a proximidade do palco podem mudar a relação das pessoas com a história contada, o teatro permite mais ou menos interação do público com a arte, e se tem algum modo da plateia participar da peça teatral.
Aula 2
	Em continuação a aula 1 em roda de conversa saber com os alunos se eles conhecem ou já ouviram falar de autores e dramaturgos importante na história do teatro, como por exemplo de William Shakespeare e suas obras.
	Se eles já assistiram filmes inspirados em peças teatrais e se viram alguma característica peculiar que os diferencia dos demais filmes.
Iremos falar sobre o teatro no Brasil a importância de Augusto Boal no teatro, a “metodologia do Teatro do Oprimido” criada por ele, juntamente com o Centro do Teatro do Oprimido, no qual é uma instituição de pesquisa e de divulgação dessa arte. 
	Estas formas de teatro contem três grandes princípios: a desapropriação dos meios de produção teatral pelo os oprimidos, a integração do público com os atores e a necessidade do teatro de se integrar a uma proposta social e política mais ampla.
	Augusto Boal, ao criar o Teatro dos oprimidos, pretendia aproximar os oprimidos ou a camada menos favorecida da sociedade, e o teatro, desenvolvendo uma nova abordagem em uma época em que a arte sofria represálias e perseguições.
	Boal estudo engenharia e somente mais tarde se entrego ao teatro tornando –se professor em renomadas faculdades internacionais. Em sua trajetória foi preso e exilado no período da ditadura. Ao retornar ao país, passou a fazer parte da companhia Teatro de Arena, e foi como diretor que ele criou um teatro a fim de ser um instrumento de luta social.
	A relevância de Boal para a cultura brasileira e para o teatro foi representativa na medida em que tratava dos problemas de nossa sociedade e fazia o público refletir e participar ativamente da resolução deles.
	Ao estudar o Teatro do Oprimido os alunos são propostos a uma nova forma de encenar, mesclando e questionando modos de fazer teatro que vêm sendo construídos ao longo da história.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=OCNII-bARfQ – O que é o Teatro do Oprimido – Acesso em 09/04/2019.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=pisRBrRtO-Q - O Teatro do Oprimido – Acesso em 09/04/2019
Aula 3
	Iniciarei a aula com algumas imagens da Peça coisas do gênero - da equipe Teatro do Oprimido 
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=15rNz_Q8JEE – Peça Coisas do gênero –Acesso em 10 de abril de 2019.
	Como o próprio nome do título diz, se trata de discutir questões que envolve os papeis de homem e mulher na sociedade. É apresentada a história de uma mulher que luta por espaço, direitos e respeito, enquanto percorre o caminho até sua independência.
	O início da peça nasci 2 crianças, um menino e uma menina, ao decorrer da peça, essas crianças tem ações controladas pelos os pais, o que cria uma diferença de comportamento entre elas, destacando como a mulher geralmente educada de modo diferente do homem.
	Perguntar aos alunos: Para você há diferenças entre os papeis sociais entre o homem e a mulher na sociedade? Quais? Historicamente, como a imagem da mulher foi construída na sociedade? Por quê? Você acha que essas diferenças podem ser solucionadas? Se sim quede forma?
Aula 4
	Em continuação aula 3, a peça de teatro Coisas de Gênero é um musical que os atores não possuem fala, mas se comunicam-se por meio de gestos e da música. 
	O espetáculo questiona a postura da sociedade patriarcal em que vivemos pela visão da personagem principal: uma mulher que se divida nas funções de mãe, esposa e profissional e acaba se sentindo cansada com apropria vida, tornando-se incapaz de sair dessa situação.
	Perguntar aos alunos: Em sua visão a protagonista fica insegura para tomar uma decisão? Se você estivesse no mesmo lugar que dela, como se sentiria? 	Como você agiria para sair da situação?
	Após as perguntar contar aos alunos que no desfecho da peça os atores solicitam a participação da plateia para ajudar a protagonista a encontrar uma saída para o seu problema.
Aula 5
	Os alunos entraram em contato com a linguagem teatral a partir da obra de Augusto Boal onde promove a reflexão e a transformação social.
Refletirem sobre o impacto de transformação social que a arte pode ter por meio do trabalho desenvolvido pelo Centro do Teatro do Oprimido.
	Iniciaremos um Jogo teatral como exercício.
Jogo 1: os alunos de preferência descasos andaram livremente pela a sala em silencio sentindo se livres e se relacionarem com o espaço onde vão trabalhar.
Jogo 2: Sentados em roda cada aluno ira dizer como gostaria de ser chamado. O jogo consiste em que todos guardem o nome de todos.
Jogo 3: Pedimos que após guarda cada nome de olhos fechados um aluno sai da sala. Ao abrir os olhos devem dizer com o “nome” o colega que saiu.
Jogo 4: Todos caminham pela sala, experimentando diversos ritmos de andar, até encontrar um ritmo que lhe agrade. Durante a primeira fase, sua concentração deve estar dirigida ao ritmo com que está andando, mas, na fase seguinte, vai começas a reparar no ritmo com que os colegas estão andando e vai juntar-se ao grupo que está andando da mesma forma que ele.
Jogo 5: Aos alunos sentados em círculos, cada um recebe um pedaço de papel onde em segredo, escreve uma caraterística do colega que está a sua esquerda.
Depois de escrito, recolher os papeis e os distribuir com o cuidado de que ninguém receba papel em que escreveu. Assim cada um recebe a indicação de uma caraterística e tem de atribui-la a alguém. E ao atribuir a pessoa faz em gestos performance a característica dada a ela.
Aula 6
	Continuando com os exercícios de jogos teatrais:
Jogo 6: Pedir aos alunos que procurem andar pela a sala, e quando a professorar fazer um determinado som, parem, procurando ficar tenso. Logo depois fazemos um outro som que o libertara da imobilidade, e permitirá a andar novamente descontraído. Repetir a experiência por alguns minutos. Após o exercício fazer a avaliação, sabendo aqui que o aluno se sentira cansado e desagradável ao sempre se sentir tenso, e a ideia é essa mostrar que o normal é estar relaxado.
Jogo 7: Os alunos andaram pela a sala procurando fazer movimentos e gestos habituais. Ao ser dado o sinal, ficaram parados na posição em que se encontram.
Jogo 8: O aluno juntamente com a professora, em pé em roda de costa para o centro. Inicia o exercício do jogo com a professora, criando um movimento simples e o ensino ao aluno que está a sua esquerda. Depois de aprender, passa a ensinar ao colega que está a sua esquerda, e assim por diante, até o movimento voltar a professora. O movimento volta sempre pouco ou muito modificado. Então mostramos que isso é natural pois o movimento do nosso corpo está intimamente ligado ao nosso temperamento, ao nosso ritmo individual.
Jogo 9: Cada aluno escolhe uma idade para expressar, através da linguagem corporal. Neste exercício de preparação para um trabalho de construção de personagem porque, para a sua execução, os alunos têm de selecionar que gestos, que comportamento são característicos de determinada idade.
Jogo 10: Este jogo de improvisação que defini de quem, o que e onde. Montar grupo de alunos quatro a cinco e escolher um personagem para que cada um deles represente. O personagem deve uma pessoa especifica que conheça, ou personagem genérico.
Aula 7
	Em continuação do jogo 10, escolhido os personagens, pedir para que determine onde estão reunidos e o que cada um está fazendo nesse lugar. A partir dessas escolhas os alunos devem começar a improvisação. O exército terá no máximo 5 minutos cada grupo.
	No termino da apresentação dos grupos, ressalta a eles que devem explorar a expressão vocal e corporal, a partir da constituição e da motivação de seu personagem. Nesta aula será proposto aos alunos a elaboração de uma peça-fórum.
	Como o próprio nome diz, o teatro –fórum é um fórum para a solução da questão que mobiliza o opressor e o oprimido da peça. Para criar esse cenário nos princípio de Augusto Boal, organizar em grupo de 10 a 12 alunos e desenvolver o trabalho.
A escolha do tema: Como é uma peça participativa é importante que o tema seja significativa para todos, para que o publico se sinta envolvidos e motivados a opnar.
Dramaturgia: a escrita da peça. É a criação da historia, lembrando sempre dos três elementos fundamentais quem- quais são os personagens e suas motivações; o quê- quais são os acontecimentos que se desenrolam ao longo da trama; e onde – o local onde se passa cada cena da peça.
Produção e ensaio: Fazer a peça acontecer. Determinar o que cada um ira fazer de acordo com diversas funções exercidas no teatro: ator, cenográfico, figurinista, musico, etc, lembrando sempre que o teatro de Boal todos são atores na apresentação.
Aula 8
	Definido as turmas, os alunos devem realizar os ensaios dentro e fora da escola para apresentação final. Nos ensaios em sala de aula uns dos colegas irão trabalhar com a filmagem e a fotografia para que em cada termino de ensaios os alunos possam refletir ao ver as imagens sua performance corporal.
Tempo para a realização do projeto
	Cada aula com duração de 1 hora.
Recursos humanos e materiais
	Aos materiais para aula será usado internet, vídeo, câmera fotográfica ou próprio celular, fotografias com atores em arte cênicas, livro didático, recursos próprios da sala de aula cadeiras, mesas, quadro, radio/música.
Avaliação
	A avaliação será realizada durante todo o processo, levando em conta, a apreensão do tema, o entendimento das características do Teatro, e em especial, do Teatro do Oprimido, a participação nas tarefas e nos debates que se fizerem presentes, bem como o respeito e atenção às produções dos colegas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Licenciatura em Artes Visuais me proporcionou uma oportunidade estética no campo de possibilidades para minha vida profissional, formação humana e artística, visto que ensinar arte é um campo de atuação onde a criatividade e a criação são necessárias para seu pleno desenvolvimento. Portanto, a formação não se deve ser apenas “ao conhecimento de teorias, métodos e práticas pedagógicas, mas deve levar ao autoconhecimento, enquanto experiência de si e produzir relações reflexivas que tornam possível o sujeito que constrói o cuidado de si” (CAMARGO et al., 2003, p. 3). 
A arte é campo para se construir possibilidades de criação e expressão. Assim, não há uma fórmula ou uma receita racional que possa ser aplicada a todas as pessoas; cada uma delas cria e se mobiliza nos contextos e situações onde atua e, portanto, as atividades vivenciadas podem se caracterizar como momentos formadores dessas pessoas.
Eu como futura professora tenho o desafio de inserir meus alunos a na linguagem da Arte, de ampliar o repertório artístico nas diferentes estéticas, de envolver a Arte, desenvolver o potencial criativo e a inclusão no processo de ensino e aprendizado.
Saber com os alunos o que a Arte representa para eles, pois se não é entendida como área de conhecimento, dificilmente ela será uma constante no trabalho docente. 
A experiência no curso de licenciatura em artes visuais me proporcionou, me fortaleceu nos princípiosde uma educação emancipadora, coerente, harmoniosa entre o sentir, o pensar e o fazer. “Nas vivências os sentimentos são caminhos para o conhecimento e descobre-se, além da decodificação de significados da linguagem, a expressão de sentimentos” (DUARTE JR., 1998)
Só quem vive a Arte pode compreender suas possibilidades e sua importância na educação, seja em espaços formais, na sala de aula, na escola ou para além deles. A Arte nos mobiliza, nos obriga a olhar para as diferenças, nos colocarmos no lugar do outro, nos aguça a escuta, nos amplia. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIVERSIDADE UNOPAR EAD. Biblioteca virtual. Normas para apresentação de trabalhos. Disponível no site: <https://biblioteca-virtual.com/unopar>. Acesso em: 11 de abril de 2019.
CAVA, Laura Sant’Ana Cabral. Metodologia do ensino da arte. Arte-Estudo e ensino.2.Arte-Metodologia do ensino.I.Titulo. Londrina. Editora e Distribuidora educacional S.A, 2015.
ROSA, Wagner. Artes cênicas. Londrina. Editora e Distribuidora educacional S.A., 2017.
JAPIASSU, Ricardo Ottoni Vaz. Metodologia do ensino de teatro. Campinas, SP. Editora Papirus, 2001.
NOVELLY, Maria C.. Jogos Teatrais: Exercícios para grupo e sala de aula. Tradução de Fabiano Antônio de Oliveira. Campinas SP. Editora Papirus, 1994.
 
ARAUJO, Hilton Carlos de. Artes Cênicas; introdução à interpretação teatral. Rio de Janeiro. Editora Agir, 1986. 
MARTINS, Mirian Celeste Ferreira Dias. Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fluir e conhecer arte. São Paulo. FTD, 1998.
UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
Curso de graduação em ARTES VISUAIS - licenciatura
MARIA WALDEGLACE DOS SANTOS

Continue navegando