Buscar

CISTO OVARIANO EM VACAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CISTO OVARIANO EM VACAS
Ginecologia Veterinária
Universidade Estadual do Centro-Oeste
INTRODUÇÃO
Descrita pela primeira vez por Gurit - 1831
Uma das alterações reprodutivas mais importantes - perdas econômicas
infertilidade
diminuição do desempenho reprodutivo
Não é uma enfermidade primária 
manifestação de uma disfunção endócrina - mecanismo de defesa do organismo
Brenda
evolução do caso clínico, repercute sobre o trato genital, interferindo no processo normal da reprodução, originando falha da fertilidade 
DEFINIÇÃO
“Presença de uma estrutura anovulatória de diâmetro maior do que 25mm que persiste por, no mínimo, 10 dias na ausência de um corpo lúteo.”
Garverick, 1997.
Paola
Em termos simples, o cisto ovariano é um folículo que não ovula e continua crescendo.
Esta definição porém é criticada por outros autores, que trabalhando com ultra-sonografia citam que existe a possibilidade de cistos com tamanhos inferiores.
Não é incomum encontrar dois ou mais cistos em um ovário de uma vez
Fonte: Milk Point
PAOLA
Imagem de cima - Imagem ultrassonográfica (à esquerda) de um ovário com um folículo normal (estrutura grande e preta no centro da imagem) logo antes da ovulação. Ele tem cerca de 16 mm de diâmetro. A imagem da direita foi incluída para ajudar na interpretação da imagem ultrassonográfica. Trata-se da mesma imagem com os contornos do ovário (cinza) e do folículo (preto).
Imagem debaixo - Imagem ultrassonográfica (à esquerda) de um ovário com um cisto folicular (estrutura preta grande). Está na mesma escala que a imagem de cima. O folículo tem aproximadamente 24 mm de diâmetro. Os contornos do ovário (cinza) e do folículo (preto) estão representados na imagem à direita.
ETIOLOGIA
Mais de 70% dos cistos ovarianos ocorrem entre 16 a 50 dias após o parto
ocorrência mais alta entre 30 a 40 dias 
Influenciam no intervalo entre partos 
causa aumento de 22 a 64 dias 
Erb e White, 1981; Kirk et al., 1982; Erb e Martin, 1980; Lee et al., 1988.
Paola
Em bovinos é encontrado principalmente nos primeiros 60 dias pós-parto, pois nesta época o hipotálamo e a hipófise ainda estão parcialmente refratários ao estrógeno produzido pelos folículos que iniciam o crescimento nesta fase (Kesler & Garverick, 1982), ou os folículos não teriam capacidade normal de produção de estradiol (Roche at al, 2000). 
Cistos são uma importante causa de infertilidade em vacas de leite, podendo causar aumento do intervalo parto-concepção, e consequentemente do intervalo entre partos. 
ETIOLOGIA
Causa desconhecida, são listados fatores como:
vacas velhas e de alta produção
perda de escore de condição corporal no pós-parto
número de lactações - terceira ou mais lactações 
desordens no pós-parto
López-Gatius et al., 2002
Paola
Muitos fatores são relacionados com o desenvolvimento do cisto ovariano, mas a causa exata não é bem conhecida. Eles são comuns em vacas velhas e vacas de alta produção.
E o balanço energético negativo provavelmente deprime a atividade ovariana pela inibição da liberação pulsátil de LH.
Risco maior em vacas de terceira ou mais lactações 
Ocorrem mais em vacas que tiveram problemas pós-parto (metrite, retenção de placenta, febre do leite - febre vitular, paresia puerperal, hipocalcemia puerperal). 
ETIOLOGIA
Cruzamento
Tipo de manejo (alimentação e instalações)
Clima - temperado 
Estação do ano 
Outros fatores ambientais
Alta produção ??
Paola
O estresse causa uma maior liberação de cortisol, alterando a onda pré-ovulatória de LH. Quando a concentração plasmática de cortisol é elevada ocorre diminuição tanto na amplitude quanto na frequência dos pulsos de LH.
A alta produção está relacionada com a formação dos cistos, mas não está clara se ela é o fator desencadeador da formação. Existe predisposição genética para a ocorrência de cistos, e a pressão de seleção para vacas de alta produção pode estar selecionando vacas com maiores chances de desenvolver cistos. 
é possível se induzir cistos ovarianos em fêmeas bovinas com aplicações de ACTH, hormônio este que estima a secreção de cortisol pelas adrenais. 
ETIOLOGIA
Outras causas:
desequilíbrio endócrino envolven-
do o eixo hipotálamo-hipófise-gônadas
induzido pela aplicação de 
estradiol - pico de GnRH e LH 
Kesler e Garverick, 1982; Bosu e Peter, 1987 
Brenda
desequilíbrio endócrino envolvendo o eixo hipotálamo-hipófise-gônadas induzido pela aplicação de estradiol - pico de GnRH e LH causando uma disfunção hormonal que levaria a uma redução na liberação de LH, principalmente durante a onda pré-ovulatória (Fourichon et al., 2000)
Cistos ovarianos são formados devido a uma falha no eixo reprodutivo (Figura 6). O eixo reprodutivo consiste de três órgãos. Na base do eixo ficam os ovários onde os folículos são formados. O crescimento folicular e a ovulação são controlados pelas gonadotrofinas, hormônios secretados pela hipófise, a segunda parte do eixo. O hormônio mais importante quanto à formação do cisto é o LH (hormônio luteinizante). A secreção de LH pela hipófise é regulada por outro hormônio, o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) que vem do hipotálamo. O hipotálamo é a porção basal do cérebro. Os cistos se formam quando os folículos não ovulam.
Teoricamente, é possível que cistos se formem quando há um defeito em qualquer um dos três pontos do eixo reprodutivo. Pesquisadores conduziram experimentos para estudar todas as possibilidades e viram que tanto os folículos/ovários quanto a hipófise podem estar funcionando perfeitamente em vacas com cistos ovarianos. O problema está no hipotálamo que controla muitos aspectos da função da hipófise e também é responsável por alguns comportamentos instintivos, como o estro.
CLASSIFICAÇÃO
São classificados em folicular, lúteo ou cístico
depende do grau de luteinização da estrutura presente no ovário do animal
O folicular e o luteal são patológicos e associados com infertilidade
FIFI
CLASSIFICAÇÃO
Cístico
Confundido com folicular e luteínico
Formado após a ovulação
cavidade dentro do CL normal
não patológico, não afeta fertilidade
CLASSIFICAÇÃO
Folicular
estrutura de parede fina, com ausência do CL
estro constante ou irregular, anestro
mais comum - 70%
[ ] de P4 menor que 1ng/mL 
Leslie e Bosu, 1983
FIFI
FOLICULAR
Simples ou múltiplos
Uni ou bilaterais 
Estruturas arredondadas, lisas, com consistência moderadamente firme
 ressaltam na superfície do ovário 
McENTEE, 1990
Os CFO podem ser simples ou múltiplos, uni ou bilaterais Figura 1. O tamanho varia do diâmetro de um folículo maduro normal (igual ou menor a 1,9 cm) até vários centímetros de diâmetro, apresentam-se como estruturas arredondadas, lisas, com consistência moderadamente firme e ressaltam na superfície do ovário (McENTEE, 1990). 
CLASSIFICAÇÃO
Lúteo
estrutura de parede mais espessa, sem CL
anestro - incapacidade ovulatória - deficiência de LH
> produção de progesterona
cortisol - inibe onda pré-ovulatória de LH
FIFI
FOLICULAR
Alvarez (2012).
FIFI
FIGURA 1 CITADA NO SLIDE ANTERIOR	
FOLICULAR
FIFI
LUTEÍNICO
FIFI
> intervalo entre partos
ninfomania
diminuição da produção de leite
corrimento muco claro
edema generalizado - hipertrofia e prolapso vaginal
anestro
SINAIS CLÍNICOS
Derivaux, 1980; Hafez 2004
FIFI ??
Embora algumas vacas afetadas possam exibir intenso comportamento de monta (ninfomania), a maioria deixa de exibir cio, permanecendo em anestro (DERIVAUX, 1980; HAFEZ 2004)
 o córtex adrenal está envolvido com a ninfomania, já que a hiperplasia adrenal tem sido observada em vários animais com CFO. 
Além da intensa algia sexual, as vacas ninfomaníacas podem apresentar também diminuição da produção leiteira e frequente corrimento muco claro pela vulva (HAFEZ, 2004).
SINAIS CLÍNICOS
Ciclos irregulares
curtos
períodos de aceitação de monta e duração acima do normal 
Associada a produção maior e acima do normal de 17β- estradiol
Fernandes, 2004.
FIFI
sintomatologia está associada a produção maiore acima do normal de 17β- estradiol
DIAGNÓSTICO
Sinais clínicos
Palpação
Ultrassom
Dosagem de P4 
no soro do leite 
no plasma sanguíneo 
thalita
DIAGNÓSTICO 
Histórico reprodutivo do animal
Cisto folicular
anestro, estro constante, intervalo entre estros irregulares
crônico: relaxamento dos ligamentos pélvicos e descarga de muco
Cisto luteínico
anestro
sem sinais de cisto crônico
THALITA
DIAGNÓSTICO - PALPAÇÃO
Palpação retal 
Duas avaliações - intervalo de 10-12 dias
alterações circunscritas em ovários
diâmetro >25mm
Difícil
prática do veterinário
thalita
DIAGNÓSTICO - US
Retal ou abdominal
Alterações na camada da granulosa - difícil de visualizar as vezes
repete o exame
Sensibilidade de diagnóstico
91,5% cisto lúteo
parede espessa, com líquido no interior
70% cisto folicular
parede fina, com fluído
thalita
US
Fonte: Andreia Morardi Mrubin
thalita
DIAGNÓSTICO - DOSAGEM P4
Dosagens de progesterona no plasma e no leite
cisto folicular - [ ] plasmática de P4 < que 1ng/mL
cisto lúteo - [ ] acima de 1ng/mL 
Sprecher et al., 1988; Farin et al., 1990; Leslie e Bosu, 1983
thalita
TRATAMENTO
Depende da classificação em cisto folicular ou lúteo
Cisto folicular
gonadotrofina coriônica humana (hCG) ou com GnRH - induz a onda pré-ovulatória de LH - luteiniza
sucesso em 80% dos casos 
Osawa et al., 1995; Garverick, 1997
Daniel
TRATAMENTO
Cisto folicular → Parede fina → GnRh
Cisto luteínico → Parede espessa → PGF2∝
Protocolo COSYNCH
GnRh no diagnóstico do cisto (dia 0)
PGF2∝ 7 dias após o GnRh (dia 7)
GnRh e inseminação 2 dias após a PGF2∝
	
TRATAMENTO
Estudos indicam que é mais eficaz utilizar
GnRH mais um dispositivo vaginal de P4 durante sete dias
seguido de aplicação de PGF2α ao final do tratamento 
Thatcher et al., 1993; Gümen e Wiltbank, 2005b; Kim et al., 2006; Todoroki e Kaneko,2006
Daniel
TRATAMENTO 
A prostaglandina causa lise do cisto luteal ou cisto folicular 7 dias após o tratamento com GnRH ou hCG
Grande número das vacas tem recuperação espontânea
As que não respondem a 2 tratamentos consecutivos com GnRH
prognóstico ruim
Daniel
Referências 
BUENO, A. P.; ROCHA, E. J. N.; PRADO, F. R. A.; TOZZETTI, D. S. Cistos Ovarianos em Fêmeas da Raça Bovina. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. Ano IV, n. 8, 2007.
DERIVAUX, J. Reprodução dos animais domésticos, Acríbia 1980, p. 264- 265 
Fernandes, C. A. C.; FigueiredO, A. C. S.; Oba, E.; Viana, J. H. M. Fatores predisponentes para cistos ovarianos em vacas da raça holandesa.Ars veterinaria, Jaboticabal, SP, Vol. 21, nº 2, 287-295, 2005
HAFEZ, E. S. E. Reprodução animal, Manole: São Paulo, 2004, p. 261- 265
Referências 
McENTEE K, Ed: Reproductive pathology of domestic animals, New York, 1990, Academic Press. 1990, 52p
Santos, R.M.; Démetrio,D.G.B. ; Vasconcelos, J.L.M. Cisto ovariano em vacas de leite: incidência, resposta à aplicação de GnRH e desempenho reprodutivo . Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.61, n.3, p.527-532, 2009
SANTOS, R. M.; DÉMETRIO, D. G. B.; VASCONCELOS, J . L. M. Cisto ovariano em vacas de leite: incidência, resposta à aplicação de GnRh e desempenho reprodutivo. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. V. 61, n. 3, p. 527-532, 2009.
OBRIGADO

Continue navegando