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Aula TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE

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24/06/2019 IMUNOLOGIA VETERINÁRIA - Evernote Web
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TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE
Disciplina: IMUNOLOGIA VETERINÁRIA 
Data: 11/06/2019
Professora: DANIELLE
*MONITORIA 19/06/19*
ANTIGENICIDADE - capacidade de uma molécula induzir uma resposta imune.
              Antígeno -  qualquer substância que pode ser especificamente ligada a uma molécula de 
anticorpo.
IMUNOGENICIDADE - capacidade de levar a resposta imunológica. 
               Imunógeno - molécula capaz de levar a resposta imune. 
             "Todo IMUNÓGENO é um ANTÍGENO, mas nem todo ANTÍGENO é um IMUNÓGENO ."
TOLERÂNCIA - mecanismos de proteção impostos pelo sistema imunitário para prevenir as reações de 
suas células e anticorpos com componentes do hospedeiro e assim evitar o desenvolvimento de doenças 
auto-imunes.
   Tolerógeno - antígenos indutores da tolerância.
DOENÇA AUTOIMUNE - sistema imune combate células próprias do organismo.
TOLERÂNCIA - Uma APC reconheceu o antígeno, apresentou pro LT, LT foi ativado. Mas como esse LT 
sabe que aquela molécula que está sendo apresentada é uma molécula de uma bactéria e não uma 
proteína própria (exemplo)? Por isso precisa ter uma mecanismo de tolerância. O LT vai aprender a 
diferenciar o que é próprio do não-próprio, ou seja, vai ser selecionado. Se ele reconhece uma molécula 
própria e é ativado por essa molécula própria, ele vai ser eliminado. Se ele reconhece uma molécula 
própria e não responde então ele vai ser selecionado para continuar o processo de maturação. Porque se 
ele reconhecer essa molécula própria e responder essa molécula própria vai caracterizar uma doença 
autoimune. LT e LB vão sofrer um mecanismo de tolerância, central que ocorre nos órgãos linfóides 
centrais e periférica na periferia.
TOLERÂNCIA CENTRAL DO LT - A tolerância central se dá no Timo, onde o LT vai sofrer uma seleções 
positiva e negativa. A célula tronco hematopoiética vai dar origem aos progenitores mielóides (vão se 
diferenciar em LT e LB) e linfóides.  LT vai para o Timo, onde vai ser selecionado ou maturado. Quando sse 
LT ainda não é uma  célula madura é chamado de Timócito, quando ele entra nesse Timo ganha 
marcadores de superfície (moléculas CD4, CD8, CD3), proteínas presentes na superfície desse LT, que 
ainda não são classificados como LTCD4, LTCD8 porque possuem todas essas moléculas na sua superfície. 
Primeiramente vão sofrer uma seleção positiva (vai ser apresentado um antígeno para ele, se ele for 
capaz de reconhecer esse antígeno, vai ser selecionado para continuar o processo de maturação, se ele 
não reconhecer esse antígeno, vai ser descartado), após isso sofre uma seleção negativa (vai ser 
apresentado um antígeno próprio/proteína própria, se ele responder, vai ser deletado, se ele não 
responder vai ser selecionado para continuar o processo de maturação). Se torna único positivo, ou seja, 
se ele interage melhor com uma molécula de MHC2, vai ser selecionado para ser classificado como um 
LTCD4, perdendo a molécula CD8, se ele interage melhor com uma molécula MHC1, vai ser selecionado 
para ser classificado como um LTCD8, perdendo a molécula CD4. Na tolerância central, além dele ser 
selecionado pela forma que ele interage com uma proteína própria, também vai ser selecionado em 
LTCD4 ou LTCD8, após isso sai do Timo e vai sofrer a tolerância periférica. Pode ocorrer de algum 
Linfócito autoreativo (que reage antígenos próprios) escapar dessa tolerância central, estes sofrerão os 
mecanismos de tolerância periférica.
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RESUMO - LT/TOLERÂNCIA CENTRAL: Os timócitos, precursores do LT, entram no Timo, ganham 
marcadores de superfície CD4/CD8/CD3, sofrem seleção positiva onde lhes são apresentados antígenos, ao 
reconhecê-los, esses Timócitos serão selecionados para continuarem no processo de maturação, sofrem 
também seleção negativa onde lhes são apresentados antígenos próprios, ao interagirem serão 
descartados/sofrerão apoptose/deletados ou então serão diferenciados LTReg, que também irão para 
periferia juntamente com os que foram selecionados em LTCD4, LTCD8.
TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DO LT - Na tolerância periférica esse LT autoreativo que saiu do Timo por 
alguma falha da tolerância central ele pode sofrer Anergia (ser inativado), Apoptose(morte celular 
programada) ou Supressão pelo TReg.
ANERGIA - um dos mecanismos da tolerância periférica que controla linfócitos autoreativos que 
conseguem escapar da tolerância central. Para ativação do linfócito T precisa de um sinal 
coestimulatório B7 (da APC que ativa o LT) com CD28 (LT). Quando o LT é autoreativo o sistema 
imune tem uma baixa expressão da molécula B7 e alta expressão da molécula CTLA4 (também tem 
afinidade com o CD28 e que inativa o LT) que leva a inativação/anergia do LT.
 
APOPTOSE - No LT existe uma molécula na sua superfície que é FAS. Se o LT conseguiu escapar da 
tolerância central, ele responde antígenos próprios, então sempre estará sendo ativado. O LT tem 
um mecanismo quando é muito ativado, começa expressar uma molécula FAS ligante que ao ligar 
com a FAS, ocorre uma sinalização no interior desse linfócito e sofre apoptose.
SUPRESSÃO PELO TReg - Quando o LT é autoreativo, ele pode ser deletado ou se diferenciar em 
TReg, essa TReg quando reconhece antígeno próprio, vai secretar citocinas down reguladoras, ou 
seja, citocinas que vão diminuir as respostas das células adjacentes, células que estão ao seu redor, 
então quando ativado secreta citocinas, mas essas citocinas ao invés de ativar uma resposta  
inflamatória, inibem a resposta  das outras células, dessa forma não há formação da resposta 
imunológica.
Gene AIRE (Regulador Autoimune), que controla a expressão de antígenos próprios que são apresentados 
no Timo, onde vão ser apresentados todos os antígenos próprios. Qualquer problema nesse gene vai 
levar a uma resposta autoimune, uma doença auto imune. Porque se aconteceu alguma coisa com esse 
gene e ele não expressou uma determinada proteína própria, o LT que iria ser descartado nesse processo, 
vai conseguir escapar e vai responder a essa proteína, levando a doença autoimune.
TOLERÂNCIA CENTRAL DO LB - Ocorre na medula óssea, porque é o órgão central do LB, e quando o 
LB reconhece antígeno próprio, ele tem uma "segunda chance", ele pode reeditar seus receptores, ou 
seja, mudar a sequência de seus aminoácidos para tentar diminuir a afinidade que ele tem contra esse 
antígeno próprio. Após isso, será retestado, caso tenha parado de responder a antígeno próprio, será 
selecionado para continuar o processo de maturação e sair desse órgão linfóide primário, caso ainda 
continue respondendo a antígeno próprio, será então deletado.
DOENÇAS AUTOIMUNES (Podem levar a doenças secundárias)
Órgão-Específicos
Tireoidite Linfocítica (Tireoidite de Hashimoto) - mediada por linfócito Th1 contra 
células da glândula da Tireoide e autoanticorpos contra T3 e T4. Autoanticorpos 
contra proteínas que formam a glândula da tireóide e contra os hormônios 
produzidos (T3/T4), causando destruição tecidual e perda da capacidade de produzir 
T3 e T4, que já estão sendo inibidos por anticorpos específicos, gerando um 
Hipotiroidismo.
Diabete Melito dependente de insulina - No pâncreas temos as Ilhotas de Langerhans, 
formada por células beta produtoras de insulina. LTCD8 atuam contra as células beta 
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produtoras de insulina, causando destruição dessas células, consequentemente 
ausência na produção de insulina, levandoa Diabetes.
Doença de Graves - Relacionada a glândula da tireoide. Ativação do sistema imune, 
produção de anticorpos contra a glândula. Esses autoanticorpos mimetizam a ação do 
TSH, hormônio que estimula a glândula tireoide, gerando produção excessiva de 
hormônios, levando ao Hipertireoidismo. Além de ser uma doença autoimune 
(autoanticorpos) também é uma Hipersensibilidade do tipo 2, anticorpos contra 
antígenos presentes em superfície celular, ou seja, autoanticorpos contra proteínas 
dessa glândula.
Miastenia grave - Na placa motora temos receptores para acetilcolina. Nessa doença 
autoimune, temos autoanticorpos contra esse receptor de acetilcolina, levando a 
destruição desse receptor, gerando flacidez, fadiga muscular. Também considerada 
Hipersensibilidade tipo 2.
Sistêmica
Lúpus Eritematoso Sistêmico - Autoanticorpos contra componentes nucleares, nucleotídeos. 
Sintomatologia espécie-específica, algumas na pele com destruição de tecido. 
Se é uma doença autoimune, diferentemente de um antígeno externo, o antígeno está sempre presente, 
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