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EDUCAÇÃO INCLUSIVA - UNI II

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA
UNIDADE II
DEFINIÇÃO DE DISTÚRBIO, TRANSTORNO E DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM						AULA 1
Diagnóstico difícil. 
Dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas (Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem). 
Podem ocorrer concomitantemente com outras condições desfavoráveis ou influências ambientais, mas não são resultado direto dessas condições.
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA DE APRENDIZAGEM
As causas do distúrbio podem ser de: 
Ordem exógena – escolar, ambiente social. 
Ordem endógena – deve ser avaliado por profissionais habilitados avaliado por profissionais habilitados (avaliação multidisciplinar). 
Os profissionais que atuam fora da escola devem estabelecer contato com os professores. 
Há dois tipos de distúrbio: os de linguagem e os do comportamento.
LINGUAGEM
Linguagem: conjunto de símbolos e instrumentos utilizados para se comunicar.
 Pode ocorrer por meio de: gestos, olhares, mímica e fala. 
O desenvolvimento da linguagem está ligado a dois fatores: 
Ambientais – refere-se ao ambiente em que se vive. 
Biológicos – a hereditariedade e o estado de saúde influenciam o desenvolvimento da linguagem.
O QUE É DISTÚRBIO DE LINGUAGEM?
Há um desvio no modo de falar em comparação com as demais pessoas. 
Prejudica a comunicação. 
A forma como fala faz com que a pessoa se torne desajustada no grupo. 
Os distúrbios de linguagem são: 
Atraso na linguagem; 
Dislalia;
Dislexia; 
Disgrafia; 
Disortografia; 
Discalculia; 
Linguagem tatibitate; 
Rinolalia; 
Gagueira;
Mudez.
ATRASO NA LINGUAGEM
A criança não apresenta uma linguagem até por volta dos três anos. 
O atraso pode ser melhorado de maneira natural ou por tratamento especializado. 
As causas são: 
Problemas de articulação; 
Problemas de audição; 
Problemas emocionais (traumas, carência afetiva, superproteção, uso de outro idioma em casa e vivência em orfanatos).
DISLALIA
É um distúrbio da fala caracterizado pela dificuldade de articular as palavras. 
Má pronúncia das palavras por: 
Omissão (bicicleta/bicikéta, prato/pato); 
Trocas (como jipe/tipe); trocas (como jipe/tipe); 
Distorção (sapo/xapo); 
As causas podem ser: 
Ordem orgânica – lesão ou má formação. 
Ordem funcional – hereditariedade, imitação ou emocional.
DISLEXIA
É hereditária e os efeitos diferem conforme a severidade do caso. 
Dificuldades usuais da dislexia: 
Leitura (lenta, cochichada ou com o auxílio do dedo); 
Escrita (lenta, invertida, embaralhada, letras em espelho e troca de letras); 
Memorização (fatos, números, imagens); 
Relacionar som e letra (sabem os nomes das letras, mas não conseguem relacioná-los à grafia). 
Não tem cura.
DISGRAFIA
Lentidão na escrita. 
Letra ilegível. 
Escrita desorganizada. 
Traços irregulares.
Desorganização geral na folha.
Desorganização do texto. 
Desorganização das letras. 
Desorganização das formas. 
O espaço entre as linhas, palavras e letras é irregular. 
Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
DISORTOGRAFIA
Confusões de letras, sílabas de palavras e trocas ortográficas conhecidas. 
Troca de letras parecidas sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta.
Confusão de sílabas como: Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão. 
Adições: ventitilador. 
Omissões: cadera, prato/pato. 
Fragmentações: en saiar, a noitecer. 
Inversões: pipoca/picoca.
Junções: no diaseguinte, sairei maistarde.
INTERATIVIDADE
No que se refere à linguagem, é correto afirmar que:
RESPOSTA:
DISCALCULIA													AULA 2
A capacidade matemática para operações aritméticas, cálculo e raciocínio matemático encontra-se inferior à média. (DSM IV). 
Diversas habilidades podem estar prejudicadas: 
Linguísticas; 
Perceptuais;
De atenção; 
Matemáticas. 
O profissional deve dar atenção especial ao aluno que apresenta essas dificuldades.
LINGUAGEM TATIBITATE
Distúrbio de articulação e fonação em que o sujeito conserva a linguagem infantil. 
Pode estar atrelada à reação de adultos que se encantam com expressões erradas. 
Por exemplo: “minha tilidinha” (para “minha queridinha”), “té totolate” (para “quer chocolate”). 
Usada para chamar atenção e obter carinho. 
Jogos e brincadeiras que estimulem a fala correta.
RINOLALIA
É a ressonância nasal maior ou menor do que a normal no ato de falar. 
A criança pode ser ridicularizada pelos colegas de escola. 
Gera problemas de relacionamento e escolarização. 
Em casos graves, torna a fala incompreensível. 
A criança pode emudecer.
GAGUEIRA
Ocorre por volta dos três e quatro anos aos sete anos e com retorno na puberdade. 
É mais frequente em meninos. 
A superação ocorre quando: cantam, colocam a mão no bolso, apertam alguma parte do corpo, esfregam as mãos, inclinam a cabeça, andam enquanto falam. 
Existem duas fases: 
Primária – não sabe que é gago. 
Secundária – o sujeito tem consciência.
MUTISMO
Incapacidade de articular palavras decorrente de transtornos do sistema nervoso central. 
Atinge a formulação e a coordenação de ideias e impede a transmissão em forma de comunicação verbal. 
Causas: 
Problemas de audição; 
Crianças com problemas físicos; 
Mudez psicológica ou emocional. 
As situações percebidas como foco do mutismo devem ser evitadas.
DISTÚRBIO DO COMPORTAMENTO/ FOBIA ESCOLAR
Incapacidade total ou parcial de frequentar a escola. 
Independe de níveis sociais, de graus de escolaridade e de níveis de inteligência. 
Manifesta-se por reações físicas como ansiedade, pânico, náuseas, vômitos etc. 
A mudança de escola ou de professor não elimina o problema. 
A fobia existe pelo medo de ir à escola e de ser abandonada. 
Orientações: não realizar exercícios de repetição, não utilizar medidas punitivas e fazer uso da memória visual.
AGRESSIVIDADE
Ataque físico ou verbal de um sujeito em relação a uma ou mais pessoas. 
A criança chora, esperneia, esbraveja. 
A criança ataca fisicamente com murros, pontapés e mordidas. 
A criança mais velha substitui o ataque físico pelo ataque verbal. 
Causas: rejeição dos pais ou parentes, excessiva tolerância da agressividade, falta de supervisão dos pais, discórdias em família, tratamento incoerente e uso de punições físicas dolorosas. 
O rótulo na escola não ajudará.
AGRESSIVIDADE
Atitudes que podem melhorar a situação: 
Organizar em grupo regras coletivas de convívio social. 
Estabelecer em grupo as sanções ao não cumprimento das regras. 
Ser firme, honesto e imparcial. 
Auxiliar o aluno a controlar seus impulsos e ensinar formas de resolver conflitos. 
Não ignorar uma briga ou conflito ou mostrar indiferença.
INTERATIVIDADE
Em relação à fobia escolar, é correto afirmar que:
RESPOSTA:
MEDO														AULA 3
Uma situação normal do ser vivo; condição de alerta. 
Biológico, psicológico e condicionado. 
Ansiedade e fobia: paralisam e impedem de se relacionar e sair de casa. 
Não obrigar a enfrentar o que a amedronta. 
Não utilizar o medo como brincadeira; ouvir os motivos do medo. 
Amparar a criança amedrontada. 
Associar fatos agradáveis àquilo que causa medo.
TIMIDEZ
Desconforto e inibição em situações de interação pessoal. 
Preocupação com as atitudes, reações e pensamentos dos outros. 
É um fator de empobrecimento da qualidade de vida. 
Não é considerada um transtorno mental. 
Funciona como regulador social. 
Mecanismo de defesa – avalia as situações novas com cautela. 
Timidez situacional e timidez crônica.
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
Os efeitos do TDAH foram se modificando ao longo do tempo. 
Influencia o desenvolvimento na escola. 
É necessário cuidado com o diagnóstico. 
Médicos ou psicólogos especializados podem diagnosticar. 
Sintomas relacionados à desatenção: 
Não atenção a detalhes e dificuldade para concentrar-se. 
Não presta atenção ao que lhe é dito. 
Dificuldade em seguir regras e instruções.
Desvia a atenção para outras atividades. 
Não termina o que começa e é desorganizado. 
Evitaatividades que exijam um esforço mental continuado. 
Perde coisas importantes e se distrai facilmente com coisas alheias. 
Esquece compromissos, tarefas e problemas financeiros. 
Tarefas complexas são entediantes. 
Dificuldade em fazer planejamentos de curto ou de longo prazo.
Sintomas da hiperatividade/impulsividade: 
Remexe as mãos e/ou os pés quando sentado. 
Não permanece sentado por muito tempo. 
Pula e corre excessivamente em situações inadequadas. 
Inquieto e barulhento em atividades lúdicas. 
Agitado e fala em demasia. 
Responde antes de questões concluídas. 
Não espera sua vez e se intromete em conversas ou jogos dos outros.
SÍNDROME DE BURNOUT
Esforço excessivo no trabalho com intervalos pequenos para recuperação. 
Os estudantes são acometidos no Ensino Médio e Superior. 
Consequências: estresse profissional, exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos. 
Fatores associados: pouca autonomia no desempenho profissional, problemas com as chefias e clientes.
BULLYING
Assédio por uma pessoa em condições de exercer o seu poder sobre alguém ou sobre um grupo mais fraco. 
O comportamento: 
É agressivo e negativo; é repetido. 
Ocorre num relacionamento desequilibrado de poder entre as partes. 
O bullying divide-se em duas categorias: 
Bullying direto – comum entre os homens. 
Bullying indireto, também conhecido como agressão social – comum entre as mulheres.
O isolamento é obtido através de uma variedade de técnicas, que incluem: 
Espalhar comentários. 
Recusa em se socializar com a vítima. 
Intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima. 
Criticar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos. 
Manifesta-se por um poder do agressor sobre a vítima. 
O agressor é autoritário e tem necessidade de impor a sua vontade.
ALGUNS EXEMPLOS DE BULLYING
Insultar a vítima e acusá-la de não servir para nada. 
Ataques físicos repetidos contra uma pessoa. 
Espalhar rumores negativos sobre a vítima. 
Fazer com que a vítima faça o que ela não quer. 
Ameaçar a vítima para seguir as ordens. 
Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa. 
Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying.
INTERATIVIDADE
Sobre o bullying, é correto afirmar que:
RESPOSTA:
REDES DE APOIO													AULA 4
A escola recebe hoje uma clientela diversa. 
É necessário trabalhar com as necessidades de cada um dos sujeitos. 
Redes de apoio. 
Trabalho interdisciplinar entre os profissionais da escola e clínicos. 
Princípios que norteiam a rede de apoio: 
Ampliar a municipalização. 
Romper com a divisão de estratégias clínicas x escolares.
À escola cabe a informação e à saúde, o tratamento de doenças. 
Ressignificação das instâncias administrativas com modelo de gestão colaborativa.
As funções da rede de apoio são: 
Auxiliar as escolas e a comunidade escolar, às unidades de reabilitação e saúde. 
Trabalhar com a formação de profissionais que apoiem a educação inclusiva.
Ajudar a comunidade na identificação e na utilização de recursos. 
Funcionamento intersetorial e interdisciplinar. 
Equipe composta por profissionais da: psicologia, assistência social, educação especial, pedagogia, fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional.
TRABALHO DE SUPORTE EM PSICOLOGIA
O psicólogo é chamado à escola quando o aluno tem problemas de comportamento. 
Os psicólogos, em períodos anteriores, realizavam laudos e encaminhavam as pessoas para as classes especiais. 
As perspectivas da sociedade inclusiva modificaram a atuação do psicólogo. 
Os congressos de psicologia discutem as novas formas de atuação profissional: novas formas de atuação profissional: 
Divulgar trabalhos em Educação Inclusiva. 
Mobilizar o psicólogo para o campo educacional.
AVALIAÇÃO DAS DIFICULDADES DE ESCOLARIZAÇÃO E DAS NECESSIDADES DOS ALUNOS SOB A ÓTICA DA PSICOLOGIA
Família: 
Fornece informações sobre o desenvolvimento da criança e a forma como ela lida com as frustrações. 
Relato sobre os problemas das crianças. 
É incentivada a questionar a queixa de forma contextual, buscando soluções. 
Aluno: 
Conhecer as dificuldades cognitivas e sociais. 
Perceber como lida com os erros.
Material escolar: 
Como organiza o material escolar. 
Avaliar em qual matéria o aluno tem interesse. 
Contexto educacional: 
Analisar a dinâmica de sala de aula. 
Conversar com os professores. 
Verificar as expectativas em relação à família. 
Com essas informações, é possível: 
Verificar as relações no contexto escolar. 
Propor medidas de superação das dificuldades.
A intervenção junto à gestão das escolas envolve as seguintes ações: 
Ouvir e acolher o professor em suas dúvidas e angústias. 
Perante as incertezas, sinalizar as possibilidades de ambos obterem sucesso. 
Minimizar as expectativas iniciais de cumprimento de currículo e notas. 
Respaldar o professor em situações solicitadas pela escola sem atravessar e/ ou substituir o papel do professor.
TRABALHO DE SUPORTE EM SERVIÇO SOCIAL
Jovens e adultos enfrentam: 
Dificuldades de acesso e permanência no ensino público. 
Falta de unidades escolares próximas à residência. 
Transporte precário. 
Falta de estrutura para atender às mais diversas necessidades especiais. 
Condições de vulnerabilidade social e econômica.
A atuação dos profissionais do serviço social está voltada para: 
Garantia do direito de acesso e permanência de alunos nas escolas. 
Apoio à família e comunidade escolar na promoção de um ensino público de qualidade e inclusivo. 
O compromisso é com a emancipação humana e sua inegável ação no contexto social. 
Condições para que haja uma Educação Inclusiva.
INTERVENÇÕES DOS ASSISTENTES SOCIAIS JUNTO ÀS FAMÍLIAS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS
Espaços como o CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) podem ser utilizados para a formação de grupos com as famílias de alunos com deficiência ou em situação vulnerável, buscando a sua inclusão, bem como a de seus pais. 
Identificar os fatores sociais, econômicos e culturais que venham a determinar a problemática no campo educacional.
Propor ações que contribuam para a permanência de todos os alunos na escola.
INTERATIVIDADE
Quando se tem um aluno com deficiência matriculado na escola regular, é necessário que:
RESPOSTA:

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