Buscar

Ascaris Lumbricoides

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ascaris Lumbricoides
Filo: Nematelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Ascaridida
Família: Ascarididae
Gênero: Ascaris
Espécie: Ascaris lumbricoides
Ascaris lumbricoides: homens e é causa da doença conhecida como ascaridíase.
Ascaris suum: suínos e talvez homem
Toxocara canis: cães, no homem migrans visceral. 
	Morfologia
Verme Adulto:
- Longo, cilíndrico e com as extremidades afiladas
- Habitam o lúmem do intestino delgado 
Macho: (Até 30cm)
- Cor leitosa, boca trilabiada (3 fortes lábios). 
- Cauda curva (enrolada em espiral);
- Esôfago musculoso, intestino reto;
- 1 Testículo;
- Um canal deferente seguindo por um canal ejaculador que se abre na cloaca (bolsa copuladora) 
- É possível diferenciar as fêmeas dos machos que tem sua extremidade posterior bastante encurvada ventralmente.
Fêmeas: (30-40cm)
- Cauda reta, cutícula lisa, brilhante e com finas estriações anulares.
- Branco marfim a rosado;
- Mais grossa que o macho e boca no centro da extremidade anterior, trilabiada.
- 2 Ovários (até 200.000 ovos por dia), 2 úteros, uma vagina – aberta lateralmente.
- Esôfago musculo e retilíneo.
Ovos:
- São muito resistentes
- Três camadas (lipídica externa, quitinosa interna, vetelínica interna)
- Fértil Cor castanha, ovais e possui uma membrana mamilonada;
- Infértil Cor castanha, mais alongadas, possuem membrana mamilonada mais delgada e massa germinada granulada;
- Decorticado Cor castanha, ovais e não possuem membrana mamilonada.
	Habitat
Jejum e íleo – Pequenos parasitismos
Infecções Maciças: em todo o intestino
Vivem em constante movimento contra a corrente do peristaltismo;
	Ciclo Biológico
Ciclo Monoxénico:
A ingestão de água ou alimento contaminados introduz ovos no tubo digestório humano.
No intestino delgado, cada ovo se rompe e libera uma larva.
A larva penetra no revestimento intestinal e cai na corrente sanguínea, atingindo fígado, coração e pulmões, onde sofre algumas mudanças de cutícula e aumenta de tamanho.
Permanece nos alvéolos pulmonares podendo causar sintomas semelhantes ao de pneumonia.
Ao abandonar os alvéolos passam para os brônquios, traqueia, laringe (provocam tosse) e faringe.
Em seguida, são deglutidas e atingem o intestino delgado, onde crescem e se transformam em vermes adultos.
Após o acasalamento, a fêmea inicia a liberação dos ovos. Todo esse ciclo que começou com a ingestão de ovos, até a formação de adultos, dura cerca de 2 meses.
Os ovos são eliminados com as fezes. Dentro de cada ovo, dotado de casca protetora, ocorre o desenvolvimento de um embrião que, origina uma larva.
Ovos contidos nas fezes contaminam a água de consumo e os alimentos utilizados pelo homem.
L3 (forma filaróide): Forma de Contaminação
L1 e L2 (forma rabditóide)
L5 – Adulto: Intestino Delgado
L3-L4: Capilares Pulmão
L4-L5: Alvéolos
	Patogenia
- Larvas:
Ovo se rompe e gera a larva
Corrente Sanguínea: lesões hepáticas, pulmonares
- Vermes Adultos:
Espoliativa (nutrição)
Tóxica (inflamação)
Mecânica (irritação. Formação de grupos)
Ectópica (vermes migratórios)
	Epidemiologia
- Distribuição mundial, variando com o grau de desenvolvimento da população.
- Doença mais cosmopolita e a helmintose mais frequente na população humana. 
- A OMS estima que existam cerca de 1 bilhão de indivíduos infectados no mundo.
- A alta prevalência da infecção resulta pela grande produção de ovos pelas fêmeas fecundadas e pela resistência dos ovos em condições ambientas extremas.
	Modo de Transmissão
- Ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, água ou alimentos contaminados com fezes humanas.
Disseminação dos ovos: poeira, aves e insetos (baratas e moscas)
	Patologia e Sintomatologia
- Depende da intensidade da infecção e dos órgãos comprometidos;
A) Assintomática – Carga parasitária leve ou moderada.
B) Fase de Invasão Larvária – A importância das lesões depende do número de larvas no hospedeiro.
Em crianças – Síndrome de Loeffler – Febre, tosse e eosinofilia sanguínea acentuada. Clinicamente, há discretos sinais de bronquite.
C) Fase de Infecção Intestinal – presença de vermes adultos no intestino.
Presença do Helminto
Ação das toxinas por eles eliminadas
SINTOMAS FREQUENTES:
Desconforto abdominal – cólicas intermitentes;
Dor epigástrica e má digestão;
Náuseas;
Perda de apetite e emagrecimento – competição por vitaminas como a B12;
Sensação de coceira no nariz;
Irritabilidade
Sono intranquilo
Ranger de dentes à note.
COMPLICAÇÕES:
- Obstrução Intestinal:
Grande número de parasitas;
Enovelamento dos parasitas na luz do intestino – “Bolo de Áscaris”
Sintomas da obstrução/semiobstrução:
- Vômitos, cólicas intensas, distensão abdominal, eliminação dos parasitas nas fezes ou pelo vômito.
Volvo, perfuração intestinal, colecistite, pancreatite.
	Diagnóstico
- Reconhecimento de formas adultas nas fezes;
- Detecção de ovos nas fezes;
- Métodos qualitativos e quantitativos
Clínico: pouco sintomático;
Laboratorial:
- Exames parasitológico de fezes (sedimentação espontânea): presença de ovos do parasita;
- Hemograma: Eosinofilia na fase de invasão larvária;
	Tratamento
- Albendazol: 400mg, 10mg/kg, VO. Dose única;
- Mebendazol: 100mg, VO. 2x/dia, por 3 dias;
- Levamizol: <8 anos: 40mg, VO, dose única
>8 anos: 80mg, VO, dose única
- Pamoato de pitantel: paralisa verme. Dose única. 10mg/kg
- Ivermectina: dose única 0,1-0,2mg/kg
OBSTRUÇÃO INTESTINAL:
- Piperazina: 100mg/kg/dia + óleo mineral (40-60mil/dia) + antiespasmódicos + hidratação.
Neste caso, estão indicados sonda nasogástrica e jejum + mebendazol: 200mg/dia de 12/12hrs por 3 dias.
	Profilaxia
Educação Sanitária;
Construção de fossas sépticas;
Diagnóstico e tratamento dos doentes;
Proteção dos alimentos contra poeiras e insetos;
Melhoria das condições sanitárias e econômicas;
Higiene individual e ambiental.

Continue navegando