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Filtração glomerular

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FUNDAMENTOS DE BIOFÍSICA E FISIOLOGIA – Filtração glomerular
	Os rins funcionam em três etapas: A filtração glomerular, a reabsorção tubular e a secreção tubular (formação de urina). Essa filtração glomerular ocorre nos glomérulos renais e na cápsula de Bowman.
Os rins exercem várias funções, entre elas está o processo de filtração da água e dos eletrólitos. Além disso, exercem função gliconeogênica, ou seja, pegam os lipídios e proteínas e os convertem em glicose, que irá gerar ATP, sendo que esse processo geralmente ocorre por meio de carboidratos. Também servem para excretar substâncias químicas, assim como fármacos ou agrotóxicos. Estão ligados à hematopoese através da produção da eritropoetina, que agirá sobre a medula óssea, fazendo com que ela produza mais glóbulos vermelhos ou eritrócitos. Com a insuficiência renal, geralmente o paciente passará por um quadro de anemia (baixa concentração de hemácias no sangue, pois os rins não estão produzindo eritropoetina). Também ajudam a manter o equilíbrio ácido-base, eliminando substâncias ácidas (como o ácido fosfórico) quando necessário. 
Nem todas as partículas conseguem passar entrar na cápsula de Bowman, devido ao fato de que as paredes dos capilares dos glomérulos possuem 3 camadas. A camada mais interna possui fenestrações, que são espaços constituídos de cargas negativas que permitirão a passagem de algumas substâncias do plasma para a cápsula. Por causa de sua negatividade, as proteínas serão repelidas, uma vez que a sua maioria é composta por cargas negativas. A camada média é chamada de lâmina basal, composta por colágeno, fibrilas e orifícios que também são negativos. A camada mais externa é chamada de podócitos, células em forma de digitações e com espaços com cargas negativas entre si. Com isso, existe uma excelente região de filtração que restringe a passagem de cargas negativas.
Os rins também consegue controlar a pressão arterial. Por exemplo, caso a P. arterial esteja muito alta, os rins irão controlar a liberação de água e soluto (liberar menos água e mais soluto) para arrumar a hipertensão, buscando um equilíbrio. Com isso, ocorrerá uma MAIOR reabsorção de água e uma MENOR reabsorção de soluto. Isso ocorre por meio da constrição das arteríolas aferentes e das eferentes (arteríolas que entram e saem dos glomérulos renais).
O fluxo renal plasmático é a quantidade de plasma que passa pelo glomérulo. O ritmo do filtrado glomerular é a quantidade que é filtrada, entrando na cápsula de Bowman. Se contarmos quantos litros entram na cápsula por dia, daria aproximadamente 180L, enquanto apresentamos entre 3 a 5 litros de plasma sanguíneo. Então, para que possamos eliminar menos líquido, ocorre a filtração tubular nos tubos contorcidos e na alça de Henle, reabsorvendo aproximadamente 99% do líquido que entrou na cápsula. Durante a filtração inicial, ocorre a passagem por transporte passivo, enquanto na reabsorção ocorre por meio de transporte ativo e passivo. 
Assim como os neurônios, os néfrons também não conseguem se regenerar. Aos 50 anos, o indivíduo apresenta uma média de 40% dos néfrons funcionando.
O sangue exerce uma pressão sobre a parede do capilar glomerular, dando origem à pressão hidrostática do sangue, que impulsiona o plasma do capilar para a cápsula, sendo assim uma pressão a favor da filtração. Também existe a pressão hidrostática urinária, que é a pressão hidrostática do líquido presente na cápsula de Bowman, que impulsiona esse líquido para dentro dos capilares, sendo assim uma pressão contra a filtração. Além disso, existe uma pressão coloidosmótica por causa das proteínas que não conseguem passar pelos capilares, atraindo o líquido em direção a ela, sendo essa mais uma pressão contra a filtração. Além disso, existe a pressão coloidosmótica da urina. Mas, não existe proteína na cápsula, fazendo com que essa pressão seja tão baixa a ponto de ser considerada nula. No entanto, quando somamos a pressão coloidosmótica com a pressão hidrostática da cápsula, essa pressão ainda será menor que a pressão hidrostática do sangue e, portanto, ocorre a filtração com a saída de substâncias do plasma sanguínea para a cápsula de Bowman. 
P. de filtração =P.Hidro. do sangue - P.Hidro. da cápsula - P. coloidosmótica do sangue.
Alterando a P. de filtração, também seria alterada quantidade de substâncias filtrada. Vasoconstrição da artéria aferente: A pressão hidrostática diminui, pois passa menos líquido para o capilar, diminuindo a filtração. Já com a vasoconstrição da artéria eferente, a pressão hidrostática do sangue vai aumentar, aumentando também a pressão de filtração, uma vez que a saída do sangue dos capilares será comprometida e ele ficará mais tempo nos capilares.

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