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1205417566_manual_giagi_dmm[1]

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Rua Dr. Mário Sacramento 
101-r/c 
3810-106 Aveiro 
www.giagi.pt 
 
 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE.
UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE.
UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
Metrologia Industrial, 
Calibração e Gestão dos 
Dispositivos de 
Monitorização e Medição 
 
 
 
Em cada lua cheia, enfrentavam a pena de 
morte todos aqueles que se esqueciam ou 
negligenciavam o dever de calibrar o 
padrão da unidade do comprimento. Tal 
era a pena aplicada em 3000 AC, no 
antigo Egipto, aos arquitectos reais, 
responsáveis pela construção dos templos 
dos Faraós. 
 
 
 
 
 
 
Manual Formando 
 
 
 
Edição 0-Fev. 2005 
. . . . . . .. . . 
 
 
 
MICGDMM 
Índice 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE.
UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
 ÍNDICE 
Prefácio e Objectivos.........................................................................................................1 
Capítulo 0 - Metrologia Industrial, Calibração e Gestão dos DMM ..............................2 
Capítulo 1 - Sistema Português da Qualidade................................................................6 
1.1 As Categorias da Metrologia.......................................................................................6 
1.2 Organização Internacional ..........................................................................................7 
A convenção do Metro ..................................................................................................7 
Laboratórios Primários ..................................................................................................8 
Laboratórios de Referência...........................................................................................9 
Laboratórios Acreditados ..............................................................................................9 
1.3 Sistema Português da Qualidade...............................................................................9 
O SPQ.........................................................................................................................10 
Normalização ..............................................................................................................11 
Participação europeia e internacional .........................................................................11 
Laboratório Central de Metrologia...............................................................................12 
Metrologia Legal..........................................................................................................13 
Síntese do Capítulo 1.......................................................................................................14 
Capítulo 2 - As Unidades Base do Sistema Internacional...........................................15 
2.1 As Unidades Base do Sistema Internacional .........................................................15 
Exemplos de Aplicação...............................................................................................17 
Síntese do Capítulo 2.......................................................................................................19 
Capítulo 3 - Termos e Definições ...................................................................................20 
3.1 Termos e Definições - Vocabulário Internacional ..................................................20 
Síntese do Capítulo 3.......................................................................................................30 
Capítulo 4 - Exigências Gerais na Função Metrológica ..............................................31 
4.1 Exigências Gerais na Função Metrológica .............................................................31 
Guia de aplicação .......................................................................................................31 
Síntese do Capítulo 4.......................................................................................................32 
Capítulo 5 - Responsabilidade da Gestão Função Metrológica .................................33 
5.1 Função Metrologia .....................................................................................................33 
Guia de aplicação .......................................................................................................33 
. . . . . . .. . . 
 
 
 
MICGDMM 
Índice 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE.
UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
5.2 Escutar o cliente.........................................................................................................34 
5.3 Objectivos da qualidade............................................................................................34 
Guia de aplicação .......................................................................................................34 
5.4 Revisão pela gestão...................................................................................................35 
Síntese do Capítulo 5.......................................................................................................35 
Capítulo 6 - Gestão de Recursos....................................................................................36 
6.1 Competências.............................................................................................................36 
6.1.1 Responsabilidade do Pessoal............................................................................36 
6.1.2 Competência e Formação..................................................................................37 
6.2 Informação ..................................................................................................................37 
6.2.1 Procedimentos ...................................................................................................37 
6.2.1.1 Procedimento de Calibração de um Paquímetro ............................................38 
6.2.2 Ferramentas Informáticas ..................................................................................44 
6.2.3 Registos .............................................................................................................45 
6.2.4 Identificação .......................................................................................................45 
6.3 Equipamentos e Materiais.........................................................................................45 
6.3.1 Equipamentos de Medição.................................................................................45 
6.3.2 Ambiente ............................................................................................................46 
6.4 Gestão de Fornecedores Externos ..........................................................................47 
Síntese do Capítulo 6.......................................................................................................48 
Capítulo 7 - Confirmação Metrológica e Execução dos Processos de Medida .......49 
7.1 Confirmação Metrológica..........................................................................................49 
7.1.1 Modo de Funcionamento Geral..........................................................................49 
7.1.2 Intervalos de Confirmação Metrológica..............................................................517.1.3 Controlo do Ajuste de Equipamentos.................................................................51 
7.1.4 Registos do Processo de Confirmação Metrológica ..........................................52 
7.1.5 Exercício Prático de Confirmação Metrológica ..................................................54 
7.2 Processos de Medição ..............................................................................................56 
7.2.1 Generalidades....................................................................................................56 
7.2.2 Concepção de Processos de Medição...............................................................56 
7.2.3 Execução do Processo de Medição...................................................................58 
7.2.4 Registos dos Processos de Medição .................................................................59 
7.2.5 Exercício de Medição/Utilização de Instrumentos .............................................60 
7.2.6 Exercício de Medição e Interpretação de Resultados........................................65 
7.3 Incerteza de Medida e Rastreabilidade....................................................................67 
. . . . . . .. . . 
 
 
 
MICGDMM 
Índice 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE.
UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
7.3.1 Incertezas de Medida.........................................................................................67 
7.3.2 Rastreabilidade ..................................................................................................68 
7.4 Exercícios Práticos de Incertezas de Medida:........................................................69 
7.4.1 Paquímetro Analógico........................................................................................69 
7.4.2 Durómetro ..........................................................................................................73 
7.4.3 Termómetro........................................................................................................76 
Síntese do Capítulo 7.......................................................................................................78 
Capítulo 8 - Análise e Melhoria do Sistema de Gestão da Medida ............................79 
8.1 Introdução ...................................................................................................................79 
8.2 Auditorias e Monitorização .......................................................................................80 
8.2.1 Introdução ..........................................................................................................80 
8.2.2 Satisfação do Cliente .........................................................................................80 
8.2.3 Auditoria ao Sistema de Gestão da Medição.....................................................80 
8.2.4 Monitorização do Sistema de Gestão de Medição.............................................81 
8.3 Controlo das Não Conformidades ...........................................................................81 
8.3.1 Não Conformidades do Sistema de Gestão da Medição ...................................81 
8.3.2 Processos de Medição Não Conformes.............................................................82 
8.3.3 Equipamento de Medição Não Conforme ..........................................................82 
8.4 Melhoria .......................................................................................................................84 
8.4.1 Introdução ..........................................................................................................84 
8.4.2 Acções Correctivas ............................................................................................84 
8.4.3 Acções Preventivas............................................................................................84 
Síntese do Capítulo 8.......................................................................................................86 
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................87
ANEXO A – Vista Global do Processo de Confirmação Metrológica 
ANEXO B – Princípio do Cálculo de Incertezas 
ANEXO C – Exercícios 
ANEXO D – Resolução de Exercícios 
ANEXO E – Impressos 
 
. . . . . . .. . . 
 
 1 
 
MICGDMM 
Prefácio 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
 
 
 
Prefácio 
 
O presente Manual é um suporte didáctico às acções de formação 
profissional para reciclagem, actualização e aperfeiçoamento de activos, 
no domínio da Metrologia Industrial, Calibração e Gestão dos DMM. 
 
 
 
 
Objectivos 
 
Com o presente Manual Técnico pretende-se disponibilizar aos 
formandos e aos formadores meios estruturados de apoio pedagógico ao 
processo formativo na abordagem dos conceitos, técnicas, metodologias, 
ferramentas e experiências do saber fazer e saber estar, no âmbito da 
Metrologia Industrial, Calibração e Gestão dos DMM. 
 
 
 
Autor 
 
Eng. Víctor Pinto
 
 
 
 
 
 
 
 
. . . . . . .. . . 
 
 2 
 
MICGDMM 
Capítulo 0 
MICGDMM 
Capítulo 
0
Metrologia Industrial, 
Calibração e Gestão dos 
DMM 
Introdução 
Em cada lua cheia, enfrentavam a pena de morte todos aqueles que se 
esqueciam ou negligenciavam o dever de calibrar o padrão da unidade 
do comprimento. Tal era a pena aplicada em 3000 AC, no antigo Egipto, 
aos arquitectos reais, responsáveis pela construção dos templos e 
pirâmides dos Faraós. O primeiro cúbito real, foi definido como o 
comprimento do antebraço do Faraó reinante, do cotovelo à ponta do 
dedo médio, mais a largura da sua mão. A medida original era transferida 
e gravada em granito negro. Os trabalhadores detinham, nos locais de 
construção, cópias em granito ou em madeira e a sua manutenção era 
da responsabilidade dos arquitectos. 
Mesmo que nos sintamos afastados daquela situação, em distância e 
tempo, os povos sempre puseram uma grande ênfase na realização de 
medidas exactas. Mais recentemente, em Paris, no ano de 1799, foi 
criado o Sistema Métrico Decimal pelo depósito de dois padrões de 
platina, que representavam o metro e o quilograma – o início do actual 
Sistema Internacional de Unidades (sistema SI). 
Na Europa de hoje, as medições e as pesagens representam um valor 
equivalente a 6% do Produto Interno Bruto! A metrologia tornou-se uma 
actividade normal no nosso dia-a-dia. As tábuas de madeira e o café são 
comprados pela sua dimensão e peso; a água e a electricidade são 
medidas através de contadores. As balanças onde nos pesamos afectam 
o nosso bom humor – tal como o controlo de velocidade efectuado pela 
Brigada de Transito. A quantidade de substâncias activas em medicina, a 
medição de amostras de sangue e o efeito laser do cirurgião, devem ser 
exactos de modo a não pôr em causa a saúde dos pacientes. É 
praticamente impossível descrever alguma coisa, hoje em dia, sem 
referir os pesos e as medidas. A hora do nascer-do-sol, as medidas do 
tórax, a percentagem de álcool, o peso de cartas, a temperatura 
ambiente, a pressão dos pneus... e assim por diante. 
Assim, o comércio e as autoridades, estão tanto uns como outros, 
dependentes dos pesos e das medidas. O piloto lê com cuidado a 
altitude, o percurso, o consumo de combustível e a velocidade, enquanto 
a inspecção alimentar mede o teor de bactérias, as autoridades 
marítimas a linha de água e as empresas adquirem as matérias-primas 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiadopelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
. . . . . . .. . . 
 
 3 
 
MICGDMM 
Capítulo 0 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
por pesos e medidas, especificando os seus produtos usando as 
mesmas unidades. Os processos de fabrico são regulados e os alarmes 
são iniciados através de medições. A medição sistemática com graus de 
incerteza conhecidos é um dos fundamentos do controlo da qualidade 
industrial, representando os custos das medições, na maioria das 
indústrias modernas, 10-15% dos custos de produção. 
Finalmente, a ciência está completamente dependente da medição. Os 
geólogos medem as ondas de choque quando as forças gigantescas que 
provocam os terramotos se fazem sentir, os astrónomos medem 
pacientemente a luz das estrelas distantes com o objectivo de determinar 
a sua idade, os físicos atómicos regozijam quando realizam medições ao 
milionésimo de segundo e confirmam a presença de uma partícula quase 
infinitamente pequena. A disponibilidade de instrumentos de medição e a 
capacidade de os utilizar são hoje essenciais, para que os cientistas 
documentem objectivamente os resultados obtidos. 
Consoante a grandeza em questão, a EUROMET define os seguintes 
dez domínios técnicos da metrologia fundamental: massa, electricidade, 
comprimento, tempo e frequência, termometria, radiações ionizantes e 
radioactividade, fotometria e radiometria, caudal, acústica e quantidade 
de matéria. 
 
Sistemas de gestão da medição 
Um sistema eficaz de gestão da medição permite garantir que os 
equipamentos e os processos de medição são apropriados ao uso que 
lhes é atribuído. Tal sistema tem um papel significativo na obtenção dos 
objectivos da qualidade dos produtos e no controle do risco de obtenção 
de resultados de medição incorrectos. O objectivo de um sistema de 
gestão da medição é o de controlar o risco de os equipamentos e os 
processos de medição gerarem resultados incorrectos perante um 
incidente na qualidade dos produtos de uma organização. Os métodos 
utilizados pelo sistema de gestão da medição vão desde a verificação 
fundamental do equipamento de medição até à aplicação de técnicas 
estatísticas aplicadas ao controlo do processo de medição. 
Neste manual, o termo "processo de medição" aplica-se às actividades 
de medição de grandezas físicas (nas fases de projecto, ensaio, 
produção, controlo). 
Um dos princípios estabelecidos na ISO 9000 reside na abordagem dita 
como "orientação por processos". Os processos de medição devem ser 
considerados como processos particulares destinados a suportar a 
qualidade dos produtos fabricados pelo organismo. 
A figura 1 mostra um esquema de utilização do modelo do sistema de 
gestão da medição especificado pela norma ISO 10012 de Setembro de 
2003.
. . . . . . .. . . 
 
 4 
MICGDMM 
Capítulo 0 
 
 8.4 Melhoria
 
 
 Capítulo 5 
Responsabilidade da 
direcção 
Capítulo 8 
Análise e melhoria do 
sistema de gestão da 
medição 
 
 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelo do sistema de gestão da medição 
Este manual contém tanto exigências como conselhos da norma ISO 
10012 para a execução de sistemas de gestão da medição e pode 
contribuir para melhorar as actividades de medição e a qualidade dos 
produtos. São dados unicamente a título informativo e não devem ser 
interpretados como aditamentos, restrições ou modificações de uma 
qualquer exigência. 
Os organismos têm a responsabilidade de determinar o nível do controlo 
que necessitam e de estabelecer as especificações do sistema de gestão 
de medição de acordo com a estrutura do seu sistema geral de gestão. 
O respeito destas exigências facilitará a conformidade com as exigências 
relativas às medição e ao controle dos processos de medição 
estabelecidos noutras normas, como por ex., ISO 9001:2000, 7.6 e ISO 
14001:1996, 4.5.1 
Exigências do 
cliente relativas à 
medição 
Satisfação do 
cliente 
Resultados de 
medição 
Capítulo 7 Confirmação metrológica e 
execução dos processos de medição
7.1 
Confirmação 
metrológica 
7.2 
Processo de 
medição 
Capítulo 6 Gestão 
de Recursos 
. . . . . . .. . . 
 
 5 
 
MICGDMM 
Capítulo 0 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
Domínio de aplicação 
Este manual pretende fornecer exigências genéricas e guias de 
aplicação para a gestão dos processos de medição e para a confirmação 
dos equipamentos de medição utilizados para demonstrar a 
conformidade de exigências metrológicas. Especifica as exigências de 
qualidade relativas ao sistema de gestão de medição que um organismo 
que efectue medições possa utilizar e integrar no quadro do sistema de 
gestão geral e que é destinado a garantir que as exigências metrológicas 
sejam satisfeitas. 
Estas exigências e guias de aplicação não estão destinadas a ser 
substituídas nem adicionadas às exigências da ISO/IEC 17025. 
Requisitos gerais de competência para laboratórios de ensaio e 
calibração. 
 
NOTA: Existem normas e guias para tratar de factores particulares 
susceptíveis de influenciar os resultados de medição, tais como, por 
exemplo, o método de medição, as competências do pessoal e os 
ensaios de comparação interlaboratoriais. 
. . . . . . .. . . 
 
 6 
 
MICGDMM 
Capítulo 1 
MICGDMM 
Capítulo 
1
 
O Sistema Português da 
Qualidade 
Objectivos Específicos 
? Dar a conhecer os 3 subsistemas: Qualificação; Normalização e 
Metrologia do Sistema Português da Qualidade 
 
 
1.1 As Categorias da Metrologia 
 
 
Na metrologia definem-se três categorias com características afins às 
quais correspondem instituições próprias, por vezes com estatutos 
completamente distintos. Estas categorias, com níveis de complexidade 
e exactidão distintos, são designadas na União Europeia de: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Metrologia 
industrial 
Metrologia 
cientifica 
Resolução 
Custo / benefício
Exactidão 
Metrologia 
legal 
 
Podem apontar-se, resumidamente, os objectivos de cada uma:
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
. . . . . . .. . . 
 
 7 
 
MICGDMM 
Capítulo 1 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
Metrologia Legal – controlo metrológico dos instrumentos de medição 
regulamentados, mediante o seu acompanhamento desde a concepção 
e fabrico até à sua utilização, em domínios como as transacções 
comerciais, saúde, segurança, defesa do consumidor, fiscalização, 
protecção do ambiente, economia de energia, etc. 
Metrologia Industrial – apoio às actividades de controlo de processo e 
de produtos, mediante a integração em cadeias hierarquizadas de 
padrões dos meios metrológicos existentes nas empresas, laboratórios e 
outros organismos e à definição dos sistemas de calibração internos. É 
sobre este domínio da metrologia que iremos incidir a nossa 
consideração. 
Metrologia Científica – realização física das unidades demedida e das 
constantes fundamentais, mediante a conservação e desenvolvimento de 
padrões e instrumentação em laboratórios adequados. 
 
Além das três categorias de metrologia caracterizadas anteriormente, 
considera-se também a Metrologia Fundamental, a qual apesar de não 
ter nenhuma definição internacional, pode ser descrita como a metrologia 
científica, complementada pelas partes da metrologia legal e industrial 
que requerem competência científica. 
 
 
1.2 Organização Internacional 
 
 
A convenção do Metro 
 
Em meados do século XIX, e particularmente durante a primeira 
exposição universal, tornou-se necessária a adopção de um sistema 
métrico universal. Em 1875 decorreu em Paris a Conferência Diplomática 
sobre o metro, onde 17 governos assinaram o tratado “A Convenção do 
Metro”. Os signatários decidiram então criar um instituto científico 
permanente, o “Bureau International des Poids et Mesures” (BIPM). 
Actualmente, a “Conférence Général des Poids et Mesures” (CGPM) tem 
como incumbência a analise e discussão do trabalho executado pelos 
Laboratórios Nacionais de Metrologia, enquanto que o BIPM faz 
recomendações sobre novas determinações da metrologia fundamental, 
além de outros domínios de actuação. 
Hoje em dia, o número de Estados signatários da Convenção do Metro 
ascende a 48 membros.
. . . . . . .. . . 
 
 8 
 
MICGDMM 
Capítulo 1 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
Laboratórios Nacionais de Metrologia
 
Para cada país, o Laboratório Nacional de Metrologia (LNM) é definido 
pelo EUROMET como o laboratório considerado por decisão nacional 
para desenvolver e manter os padrões nacionais para uma ou várias 
grandezas. 
A organização do LNM pode estar estruturada de forma centralizada, 
com apenas um LNM no país, ou com base numa opção pela 
descentralização, com uma multiplicidade de laboratórios, possuindo 
todos, o estatuto de LNM. 
Um LNM representa internacionalmente o seu país nas relações com os 
laboratórios nacionais de metrologia de outros países, nas organizações 
regionais de metrologia (ORM), e junto do BIPM. Portanto, os LNMs são 
a espinha dorsal da organização internacional da Convenção do Metro. 
 
Laboratórios Primários 
 
Um laboratório é considerado como primário quando: 
- For reconhecido internacionalmente pela realização metrológica de 
uma unidade de base do SI ao nível primário, ou pela realização de 
uma unidade derivada do SI ao mais alto nível internacional possível; 
- Realiza investigação reconhecida internacionalmente em sub 
domínios específicos; 
- Mantém e desenvolve uma determinada unidade através da 
correspondente manutenção e desenvolvimento dos padrões 
primários; 
- For membro participante nas comparações ao mais alto nível 
internacional. 
 
Os laboratórios primários são nomeados pelo LNM de acordo com o 
plano de acção metrológico para os diversos domínios e de acordo com 
a política metrológica do país. 
 
. . . . . . .. . . 
 
 9 
 
MICGDMM 
Capítulo 1 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
Laboratórios de Referência 
 
Um laboratório é considerado de referência quando seja capaz de 
executar calibrações de uma grandeza ao mais elevado nível de 
exactidão no país, sendo rastreado a um laboratório primário. 
 
Laboratórios Acreditados 
 
Um laboratório acreditado é reconhecido pela sua competência, 
respectivo sistema de gestão da qualidade, e sua imparcialidade por um 
organismo independente. A acreditação é voluntária e é concedida pelo 
Organismo de Acreditação de cada país, tendo por base a avaliação do 
laboratório e auditorias regulares. A acreditação é geralmente efectuada 
de acordo com a norma europeia NP EN ISO/IEC 17025, além de um 
conjunto de especificações e guias técnicos. 
 
 
1.3 Sistema Português da Qualidade 
 
 
O Instituto Português da Qualidade (IPQ) é o organismo nacional que 
gere e desenvolve o Sistema Português da Qualidade (SPQ) - 
enquadramento legal de adesão voluntária para os assuntos da 
qualidade em Portugal. Assim, o IPQ assegura a representação 
portuguesa a nível internacional no domínio da Qualidade, mantendo 
estreito contacto com os seus congéneres europeus. 
No âmbito do SPQ, o IPQ é responsável em Portugal pela acreditação de 
entidades, pela normalização nacional, assegurando a articulação com 
os organismos europeus e internacionais de normalização, pelo 
Laboratório Central de Metrologia, pela informação técnica na área da 
qualidade. O Instituto também assegura a gestão de programas de apoio 
financeiro e intervém na cooperação com outros países, no domínio da 
Qualidade.
No âmbito regulamentar, o IPQ é ainda responsável pelo controle 
metrológico em Portugal e pelo processo comunitário de notificação 
prévia de normas e regras técnicas.
Na sua acção, o IPQ orienta a actividade de numerosos organismos que 
com ele colaboram, aplicando os procedimentos definidos a nível 
europeu e internacional. 
. . . . . . .. . . 
 
 10 
MICGDMM 
Capítulo 1 
O SPQ 
 
Estabelecido em 1983, o SPQ, foi posteriormente actualizado pelo DL 
234/93, de 2 de Julho, sendo organizado em três subsistemas - 
Metrologia, Normalização e Qualificação, e por cujas actividades o IPQ é 
responsável. 
 
O SPQ assenta nos seguintes princípios:
- Credibilidade: O SPQ baseia o seu funcionamento em regras e 
métodos conhecidos e estabelecidos por consenso internacional; a 
supervisão do SPQ está sob responsabilidade de entidades 
representativas. 
- Adesão voluntária: Cada entidade decide sobre a sua adesão ao 
SPQ. 
- Abertura: Qualquer entidade poderá integrar o SPQ, desde que 
demonstre cumprir as exigências estabelecidas. 
- Aplicação geral: O SPQ pode abranger qualquer tipo de entidade, 
de produto ou de serviço. 
- Não exclusividade: O SPQ pode coexistir com outros sistemas de 
apoio à qualidade já existentes ou previstos. 
- Gestão integrada: A coordenação geral do SPQ é atribuída a uma 
única entidade. 
- Descentralização: O funcionamento do SPQ é baseado na 
autonomia das entidades que o compõem, seguindo procedimentos 
escritos rigorosos. 
 
As entidades que integram o SPQ são as seguintes:
- Instituto Português da Qualidade (IPQ)
- As entidades acreditadas e qualificadas para tal no âmbito dos 
subsistemas da Metrologia, da Normalização e da Qualificação. 
 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
. . . . . . .. . . 
 
 11 
 
MICGDMM 
Capítulo 1 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
Normalização 
 
A Normalização é uma actividade conducente à obtenção de soluções 
para problemas de carácter repetitivo, essencialmente no âmbito da 
ciência da técnica e da economia, com vista à realização do grau óptimo 
de organização num dado domínio.
Consiste em geral, da elaboração, publicação e promoção do emprego 
das normas.
A elaboração e aprovação de normas tem por finalidade a racionalização 
e a simplificação de processos, componentes, produtos e serviços. 
Permite uma maior facilidade de entendimento e visa o estabelecimento 
de parâmetros a utilizar em acções de avaliação da conformidade.
O IPQ, directamenteou por representação delegada em outras entidades 
públicas, privadas ou mistas, participa, ou promove a participação nos 
trabalhos de normalização compreendidos nas instâncias europeias e 
internacionais. 
 
Participação europeia e internacional 
 
Na sua qualidade de ONN (Organismo Nacional de Normalização), o IPQ é 
membro das organizações internacionais e europeias de normalização 
(ISO, IEC, CEN, CENELEC), competindo-lhe exprimir o voto nacional junto 
dessas organizações, após consulta às entidades interessadas. 
Igualmente na sua qualidade de ONN, o IPQ é responsável por exprimir o 
voto nacional junto do ETSI (Instituto Europeu de Normalização para as 
Telecomunicações). 
 
O IPQ, directamente ou por representação delegada em outras entidades 
públicas, privadas ou mistas, participa ou promove a participação nos 
trabalhos de normalização empreendidos no seio das seguintes estruturas: 
CEN - Comité Europeu de Normalização 
CENELEC - Comité Europeu de Normalização Electrotécnica 
ECISS - Comité Europeu para a Normalização do Ferro e do Aço 
ETSI - Instituto Europeu de Normalização para as Telecomunicações 
IEC - Comissão Electrotécnica Internacional 
ISO - Organização Internacional de Normalização.
. . . . . . .. . . 
 
 12 
MICGDMM 
Capítulo 1 
Acreditação 
 
 
 
A Acreditação de Entidades, gerida pelo IPQ insere-se no Subsistema da 
Qualificação do Sistema Português da Qualidade (SPQ) Este 
Subsistema visa a demonstração da conformidade de produtos, de 
serviços e de sistemas da qualidade com requisitos previamente fixados, 
assim como a acreditação de entidades para fins específicos. 
Foi com base na série de normas EN 45000 e no respeito dos princípios 
gerais que regem o SPQ que foram estabelecidos os procedimentos de 
gestão do sistema de acreditação. 
 
Laboratório Central de Metrologia 
 
O LCM está estruturado por laboratórios que, além de realizarem, dentro 
das gamas de medição e de determinadas incertezas os padrões nacionais 
dessas grandezas, tem disponíveis um conjunto de calibrações de rotina 
para o exterior nas diferentes áreas em que possui laboratórios: 
- dimensional;
- massa;
- força;
- temperatura;
- tempo;
- volume;
- quantidade de matéria.
 
No que respeita às demais grandezas físicas, o IPQ tem estabelecido 
protocolos de cooperação técnica com outras entidades. Esta cooperação 
cobre actividades não apenas relativas às funções de laboratório primário, 
que atrás foram referidas, como também de calibração e de ensaios cuja 
 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
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MICGDMM 
Capítulo 1 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
implementação foi entendido dever ser descentralizada noutras entidades. 
São os casos das seguintes grandezas: 
- Electricidade - INETI
- Radiações Ionizantes - DGA
- Alta Tensão - LABELEC / EDP
- Acústica - LNEC
- Óptica - CETO (Universidade do Porto). 
 
Metrologia Legal 
 
A actividade da Metrologia Legal no nosso país é regulamentar e tem por 
suporte uma estrutura bastante descentralizada que é constituída, para 
além do Serviço de Metrologia Legal do Instituto Português da Qualidade, 
pelas estruturas metrológicas ligadas às Delegações Regionais do 
Ministério da Economia, pelos Serviços Municipais de Metrologia e pelos 
Organismos de Verificação Metrológica, sendo estas últimas entidades 
públicas ou privadas, devidamente acreditadas em domínios específicos, a 
quem o Instituto concedeu autorização para o exercício da actividade 
metrológica. 
Com a crescente consciencialização das populações e dos agentes 
económicos para os aspectos ligados à melhoria da qualidade de produtos 
e de serviços prestados, o conjunto das entidades envolvidas no controle 
metrológico passou a desempenhar um papel cada vez mais activo e 
determinante na defesa do consumidor, em domínios tão vastos como 
sejam, por exemplo, os das transacções comerciais, saúde, segurança e 
fiscais. 
Posicionado no topo do Sistema, o Serviço de Metrologia Legal do IPQ 
desenvolve a sua actividade, exclusivamente, no campo regulamentar 
Atendendo à multiplicidade de tarefas que lhe foram cometidas e ao elevado 
número de entidades qualificadas para o exercício do controle metrológico, 
este Serviço do IPQ dedica particular atenção às actividades de 
coordenação do Sistema de Metrologia Legal e de preparação e 
implementação de acções que visem uma permanente harmonização da 
aplicação da regulamentação metrológica pelas diversas entidades e, 
igualmente, a melhoria de qualidade da intervenção técnica destas. 
Conservação do espólio metrológico do IPQ que se encontra inserido no 
Museu de Metrologia instalado no próprio Instituto. 
. . . . . . .. . . 
 
 14 
 
MICGDMM 
Capítulo 1 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
Síntese do Capítulo 1 
 
Capítulo introdutório com referência às diferentes categorias de 
metrologia – metrologia legal, metrologia industrial, metrologia científica e 
metrologia fundamental. 
Organização Internacional, Laboratórios nacionais, primários, de 
referência, acreditados. 
Sistema Portugês da Qualidade – quem o gere, o seu enquadramento 
legal, suas funções e reponsabilidades e os seus princípios. Entidades 
que o integram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. . . . . . .. . . 
 
 15 
 
MICGDMM 
Capítulo 2 
MICGDMM 
Capítulo 
2
As Unidades Base do 
Sistema Internacional 
Objectivos Específicos 
? Definição das diferentes unidades do SI. 
? Saber as regras de escrita das unidades do SI 
 
 
2.1 As Unidades Base do Sistema Internacional 
 
 
O Sistema Internacional de Unidades é uma versão do Sistema Métrico 
internacionalmente aceite. Tem 6 Unidades Primárias cujos nomes e 
símbolos foram também aceites internacionalmente: 
Grandezas 
Primárias Unidade Símbolo Definição 
Comprimento Metro m 
• Distância percorrida pela luz no vazio, 
durante um intervalo de tempo de 
1/299.792.458 do segundo 
Massa 
Quilo- 
grama kg 
• Unidade de Massa igual à Massa do 
Protótipo Internacional do Quilograma 
Tempo Segundo s 
• Duração de 9.192.631.770 Períodos 
de Radiação, correspondentes à transição 
entre os 2 Níveis hiper finos do Estado 
fundamental do Átomo de Césio 133. 
Corrente 
Eléctrica 
Ampere A 
• Intensidade de uma Corrente 
constante que, mantida em 2 condutores 
paralelos, rectilíneos, de comprimento 
infinito, de secção circular desprezável e 
colocados à distância de 1 m um do outro 
no vazio, produziria entre estes dois 
condutores uma força igual a 0,000 000 2 
N por metro de comprimento 
Temperatura Kelvin K 
• Fracção 1/273,16 da Temperatura ter- 
modinâmica do Ponto Triplo da Água (0ºC) 
Intensidade 
Luminosa 
Candela cd 
• Intensidade luminosa, numa dada 
direcção, de uma fonte que emite uma 
radiação monocromática de frequência 
540.000.000 MHz e cuja intensidade 
nessa direcção é de 1/683 W/sr. 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
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MICGDMM 
Capítulo 2 
Existem outras unidades muitoutilizadas na Indústria em geral, que se 
encontram relacionadas com as Unidades Primárias: 
Grandezas Unidade Símbolo Relação com a Grandeza Primária 
Comprimento Polegada “ 1” = 25.4mm = 0.0254m 
Área, Superfície Metro Quadrado m
2 1 m2 = 1m x 1m 
1 km2 = 1.000.000 m2
Volume, 
Capacidade 
Metro 
Cúbico m
3 1 m3 = 1m x 1m x 1m 
1 m3 = 1000 dm3 = 1000 l 
Temperatura Grau Celsius º C 
0 º C = 273 k 
T (º C) = T (K) -273 
Pressão, 
Tensão Pascal Pa 
1 Pa = 1N/ m2
1 atm = 101.325 Pa 
1 psi =6.895 Pa 
1 bar = 100.000 Pa 
 
Para simplificar a escrita utilizam-se prefixos. O quadro seguinte mostra 
os vários prefixos existentes para o Sistema Internacional de Unidades: 
 
Múltiplos Submúltiplos 
Factor Prefixo Símbolo Factor Prefixo Símbolo 
1024 yota Y 10-1 deci d 
1021 zeta Z 10-2 centi c 
1018 exa E 10-3 mili m 
1015 peta P 10-6 micro μ 
1012 tera T 10-9 nano n 
109 giga G 10-12 pico p 
106 mega M 10-15 fento f 
103 quilo k 10-18 ato a 
102 hecto h 10-21 zepto z 
101 deca da 10-24 yocto y 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POEFDS 
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Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
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MICGDMM 
Capítulo 2 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
Exemplos de Aplicação 
 
Unidades de Comprimento: 
1 km = 1000 m (1 quilómetro = 1000 metro); 
1dm = 100 mm (1 decímetro = 100 milímetro); 
1mm = 1000 μm (1 milímetro = 1000 micrómetro); 
10 μm = 0,01 mm (10 micrómetro = 1 centésima de milímetro); 
100 μm = 0,1 mm (100 micrómetro = 1 décima de milímetro); 
1 m = 100 cm (1 metro = 100 centímetro); 
1 dam = 10 m (1 decâmetro = 10 metro); 
1 hm = 100 m (1 hectómetro = 100 metro). 
 
Unidades de Superfície: 
1 km2 = 1.000.000 m2 (1 quilómetro quadrado = 1 milhão de 
metro quadrado); 
1 ha = 10.000 m2 (1 hectar = 10 mil metro quadrado). 
 
 
Regras para a escrita dos nomes e símbolos das unidades 
 
Símbolos das unidades SI 
•Os símbolos das unidades são impressos em caracteres romanos 
(direitos). Em geral os símbolos das unidades são escritos em 
minúsculas, mas, se o nome da unidade deriva de um nome próprio, a 
primeira letra do símbolo é maiúscula. O nome da unidade propriamente 
dita começa sempre por uma minúscula, salvo se se trata do primeiro 
nome de uma frase ou do nome “grau Celsius”. 
•Os símbolos das unidades ficam invariáveis no plural. 
•Os símbolos das unidades não são seguidos de um ponto, salvo se 
estão no fim de uma frase e o ponto tem a função habitual da pontuação. 
 
. . . . . . .. . . 
 
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MICGDMM 
Capítulo 2 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
Expressão algébrica dos símbolos das unidades SI 
•Quando uma unidade derivada é formada pelo produto de duas ou mais 
unidades, pode ser indicado com os símbolos das unidades separadas 
por pontos a meia altura ou por um espaço. 
 Por exemplo: N m ou N · m 
•Quando uma unidade derivada é formada dividindo uma unidade por 
outra, pode utilizar-se uma barra oblíqua (/), uma barra horizontal ou 
também expoentes negativos. 
 Por exemplo: m/s ou ou m · s-1 
 
•Nunca deve ser utilizado na mesma linha mais que uma barra oblíqua, a 
menos que sejam adicionados parêntesis, a fim de evitar qualquer 
ambiguidade. Em casos complicados devem ser utilizados expoentes 
negativos ou parênteses. 
 Por exemplo: m/s2 ou m · s-2 mas não: m/s/s 
 
Regras de utilização dos prefixos SI 
•Os símbolos dos prefixos são impressos em caracteres romanos 
direitos, sem espaço entre o símbolo do prefixo e o símbolo da unidade. 
•O conjunto formado pela junção do símbolo de um prefixo ao símbolo de 
uma unidade constitui um novo símbolo inseparável, que pode ser 
elevado a uma potência positiva ou negativa e que pode ser combinado 
com outros símbolos de unidades para formar símbolos de unidades 
compostas. 
 Por exemplo: 1 cm3 = (10-2 m)3 = 10-6 m3 
 1 cm-1 = (10-2 m)-1 = 102 m-1 
•Não são empregues prefixos compostos, ou seja, formados pela 
justaposição de vários prefixos. 
 Por exemplo: 1 nm mas não: 1 m�m 
•Um prefixo não pode ser empregue sem uma unidade a que se refira. 
 Por exemplo: 106/m3 mas não: M/m3 
 
 
. . . . . . .. . . 
 
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MICGDMM 
Capítulo 2 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
 
Síntese do Capítulo 2 
 
Grandezas Primárias do Sistema Internacional de Unidades, sua 
unidade, símbolo e definição. 
Outras grandezas relacionadas e prefixos do Sistema Internacional de 
Unidades. 
 
 
 
 
 
. . . . . . .. . . 
 
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MICGDMM 
Capítulo 3 
MICGDMM 
Capítulo 
3
 
Termos e Definições 
Objectivos Específicos 
? Dar a conhecer algumas definições do domínio da metrologia. 
 
 
3.1 Termos e Definições - Vocabulário Internacional 
 
 
Em todos os domínios da ciência e da tecnologia a terminologia deve ser 
cuidadosamente escolhida. Cada termo deve ter o mesmo significado 
para todos os utilizadores, deve exprimir um conceito definido, sem 
entrar em conflito com a linguagem comum. 
Para tentar resolver este problema a nível internacional, o Grupo de 
Metrologia da ISO propôs às principais organizações internacionais que 
se ocupam da Metrologia o Vocabulário Internacional de Metrologia 
(VIM). 
Os termos e as definições seguintes constam do VIM e das normas ISO 
9000 e ISO 10012 
 
Ajuste 
Operação destinada a levar um instrumento de medição a um 
funcionamento adequado à sua utilização. 
NOTA: O ajuste pode ser automático, semi-automático ou manual. 
 
Amplitude de medição 
Módulo da diferença entre os dois limites da gama nominal. 
Exemplo: 
Para uma gama nominal -10 V a +10 V: a amplitude de medição é de 20 
V.
POEFDS 
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pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
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MICGDMM 
Capítulo 3 
POEFDS 
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Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
Fundo Social Europeu 
NOTA: Em certos domínios científicos, a diferença entre os valores 
maior e menor é chamada gama. 
 
Calibração 
Conjunto de operações que estabelecem, em condições especificadas, a 
relação entre valores de grandezas indicados por um instrumento de 
medição ou sistema de medição, ou valores representados por uma 
medida materializada ou um material de referência e os correspondentes 
valores realizados por padrões. 
 
NOTAS: 
1. O resultado de uma calibração tanto permite a atribuição de 
valores das mensurandas às indicações como a determinação de 
correcções relativas às indicações. 
2. A calibração pode também determinar outras propriedades 
metrológicas, tal como o efeito das grandezas de influência. 
 
O resultado da calibração pode ser registado num documento, por vezes 
chamado certificado de calibração ourelatório de calibração. 
 
Característica metrológica 
Característica particular que pode influenciar os resultados da medição 
 
NOTAS: 
1. Um equipamento de medição tem geralmente várias características 
metrológicas. 
2. As características metrológicas podem ser sujeitas a calibração. 
 
Confirmação metrológica 
Conjunto de operações necessárias para assegurar que um 
equipamento de medição responde às exigências correspondentes à 
utilização prevista 
. . . . . . .. . . 
 
 22 
MICGDMM 
Capítulo 3 
NOTAS: 
1. A confirmação metrológica geralmente inclui a calibração e a 
verificação, todo o ajuste necessário ou a reparação e nova 
calibração, a comparação com as exigências metrológicas para a 
utilização prevista do equipamento de medição, a colocação do 
equipamento em local apropriado e com a documentação necessária. 
2. A confirmação metrológica é considerada terminada somente a 
partir do momento em que a aptidão do equipamento de medição para 
a utilização prevista é demonstrada e documentada. 
3. As exigências para a aptidão ao uso incluem considerações tais 
como a amplitude da escala de medição, a resolução e os erros 
máximos admitidos. 
4. Normalmente as exigências metrológicas são distintas, e não 
especificadas, das exigências do produto. 
 
Correcção 
Valor acrescentado algebricamente ao resultado bruto da medição, para 
compensar o erro sistemático. 
 
NOTAS: 
1. A correcção é igual e de sinal contrário ao erro sistemático 
estimado. 
2. Dado que o erro sistemático não pode ser conhecido perfeitamente, 
a compensação não é completa. 
 
Desvio-padrão experimental 
Parâmetro s que caracteriza a dispersão dos resultados obtidos numa 
série de n medições da mesma mensuranda, dado pela formula: 
( )
1
1
2
−
−
=
∑
=
n
xx
s
n
i
i
 
 
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Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
pelo Estado Português e pela União Europeia, FSE. UNIÃO EUROPEIA 
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MICGDMM 
Capítulo 3 
NOTAS: 
1. Considerando a série de x medições como amostra de uma 
distribuição, x é um estimador não enviesado da média µ e s2 é um 
estimador não enviesado da variância σ2 dessa distribuição. 
2. A expressão ns / é uma estimativa do desvio padrão da 
distribuição de x e é designada por desvio padrão experimental da 
média. 
3. O desvio padrão experimental da média é por vezes 
incorrectamente chamado erro padrão da média. 
 
Dimensão de uma grandeza 
Expressão que representa uma grandeza de um sistema de grandezas 
como um produto de potências de factores que representam as 
grandezas de base desse sistema. 
 
Exemplo: 
a) LMF-2 é a dimensão da força no sistema de grandezas de base 
comprimento, massa, tempo, cujas dimensões são representadas 
respectivamente por L, M e T. 
b) no mesmo sistema de grandezas, ML-3 é a dimensão da 
concentração de massa bem como da massa volúmica. 
 
NOTA: Os factores que representam as grandezas de base são 
chamados “dimensões” destas grandezas de base. 
 
Divisão 
Parte de uma escala compreendida entre quaisquer duas referências 
sucessivas. 
 
Equipamento de medição 
Instrumento de medição, ferramenta informática, padrão de medição, 
material de referência, equipamento auxiliar ou uma combinação destes, 
necessária para a realização de um processo de medição. 
 
POEFDS 
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Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
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Fundo Social Europeu 
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MICGDMM 
Capítulo 3 
POEFDS 
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Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
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Fundo Social Europeu 
Erros Máximos Admissíveis (de um instrumento de medição) 
Valores extremos de um erro admitido pelas especificações, 
regulamentos, etc., relativos a um dado instrumento de medição. 
 
Erro de medição 
Diferença algébrica entre o resultado da medição e o valor verdadeiro da 
mensuranda. 
 
NOTAS: 
1. Uma vez que o valor verdadeiro não pode ser determinado, na 
prática é usado um valor convencionalmente verdadeiro. 
2. Quando é necessário distinguir “erro” de “erro relativo”, o primeiro é 
por vezes chamado “erro absoluto de medição”. Este não deve 
confundir-se com valor absoluto do erro, que é o módulo do erro. 
 
Exactidão (de um instrumento de medição) 
Aptidão de um instrumento de medição para dar indicações próximas do 
verdadeiro valor da grandeza medida. 
 
NOTA: A exactidão é um conceito qualitativo. 
 
Factor de correcção 
Factor numérico pelo qual se multiplica o resultado bruto da medição 
para compensar o erro sistemático. 
 
NOTA: Dado que o erro sistemático não pode ser conhecido 
perfeitamente, a compensação não é completa. 
 
Fidelidade (de um instrumento de medição) 
Aptidão de um instrumento de medição para dar indicações isentas de 
erro sistemático. 
. . . . . . .. . . 
 
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MICGDMM 
Capítulo 3 
POEFDS 
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Fundo Social Europeu 
Função metrologia 
Função que tem a responsabilidade administrativa e técnica de definir e 
implementar o sistema de gestão da medição. 
 
Gama nominal 
Gama de indicação obtida, para uma posição particular dos comandos 
de um instrumento de medição. 
 
NOTAS: 
1. A gama nominal é normalmente especificada pelos seus limites inferior 
e superior, por exemplo 100 ºC a 200 ºC. Quando o limite inferior é zero, 
o alcance é habitualmente especificado apenas pelo limite superior; por 
exemplo, uma gama nominal de 0 V a 100 V é designada de 100 V. 
2. O termo alcance é também utilizado com o significado de gama 
nominal. 
 
Grandeza de influência 
Grandeza que não é a mensuranda mas que influi no valor de medição. 
 
Exemplos: 
a) Temperatura de um micrómetro usado na medição de 
comprimento; 
b) Frequência na medição da amplitude de uma diferença do potencial 
eléctrico alterna; 
c) Concentração de bilirrubina na medição de concentração de 
hemoglobina numa amostra de plasma sanguíneo humano. 
 
Incerteza de medição 
Parâmetro associado ao resultado da medição, que caracteriza a 
dispersão dos valores que podem ser razoavelmente atribuídos à 
mensuranda. 
. . . . . . .. . . 
 
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MICGDMM 
Capítulo 3 
POEFDS 
Ministério da Segurança Social e do Trabalho 
Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
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Fundo Social Europeu 
NOTAS: 
1. O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão (ou um 
dado múltiplo dele), ou a metade de um intervalo para um dado nível 
de confiança. 
2. A incerteza de medição compreende, em geral, muitos 
componentes. Alguns destes componentes podem ser avaliados pela 
distribuição estatística dos resultados de séries de medições e podem 
ser caracterizados pelos desvios padrão experimentais. Os outros 
componentes, que também podem ser caracterizados por desvio 
padrão, são avaliados a partir da distribuição de probabilidades 
assumida, baseada na experiência ou outra informação 
3. Entende-se que o resultado da medição é a melhor estimativa do 
valor da mensuranda e que todos os componentes da incerteza, 
incluindo os resultados de efeitos sistemáticos, tais como os 
componentes associados à correcção e aos padrões de referência, 
contribuem para a dispersão.Esta definição é idêntica à do “Guia para a expressão da incerteza na 
medição” – GUM. 
 
Material de Referência (MR) 
Material ou substância com um ou mais valores das suas propriedades 
suficientemente homogéneos e bem definidos para a calibração de um 
instrumento, a avaliação de um método de medição, ou para a atribuição 
de valores a materiais. 
 
NOTA: Um material de referência pode apresentar-se sob a forma de um 
gás, de um líquido ou um sólido puro ou composto. Exemplos são: água 
para a calibração de viscosímetros, safira como calibrador de capacidade 
calorífica em calorimetria e soluções usadas para calibração em análise 
química. 
 
Material de Referência Certificado (MRC) 
Material de referência, acompanhado por um certificado, do qual uma ou 
mais propriedades são certificadas por um procedimento que estabelece 
a sua rastreabilidade a uma realização exacta da unidade na qual os 
valores da propriedade se exprimem e para a qual cada um dos valores 
certificados é acompanhado de uma incerteza para um dado intervalo de 
confiança.
. . . . . . .. . . 
 
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MICGDMM 
Capítulo 3 
POEFDS 
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Produção apoiada pelo, programa POEFDS, co-financiado 
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Medição 
Conjunto de operações que tem por objectivo determinar o valor de uma 
grandeza. 
 
Mensuranda 
Grandeza particular submetida a medição. 
 
NOTA: A especificação de uma mensuranda pode requerer informações 
acerca de grandezas como o tempo, temperatura e pressão. 
 
Metrologia 
Ciência da medição. 
 
Nota: A metrologia compreende todos os aspectos, tanto teóricos como 
práticos, relativos à medição, quaisquer que sejam a sua incerteza e o 
domínio da ciência e da tecnologia a que se referem. 
 
Padrão 
Medida materializada, instrumento de medição, material de referência ou 
sistema de medição destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir 
uma unidade, ou um ou mais valores de uma grandeza para servirem de 
referência. 
 
Exemplos: padrão de massa de 1 kg; resistência padrão de 100 Ω; bloco 
padrão de 1 mm. 
Padrão de referência 
Padrão, em geral da mais elevada qualidade metrológica disponível num 
dado local, ou organização, do qual derivam as medições aí efectuadas. 
 
Padrão de trabalho 
Padrão que é utilizado correntemente para calibrar ou verificar medidas 
materializadas, instrumentos de medição ou materiais de referência. 
. . . . . . .. . . 
 
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NOTAS: 
1. Um padrão de trabalho é usualmente calibrado por comparação 
com um valor de referência. 
2. Um padrão de trabalho utilizado correntemente para garantir que as 
medições são efectuadas correctamente é chamado de padrão de 
verificação. 
 
Padrão de transferência 
Padrão utilizado como intermediário na comparação de padrões. 
 
NOTA: O termo dispositivo de transferência deverá ser utilizado quando 
o intermediário não é um padrão. 
 
Processo de medição 
Conjunto de operações realizadas para determinar o valor de uma 
quantidade. 
 
Procedimento de medição 
Conjunto das operações descritas pormenorizadamente, envolvidas na 
execução de uma medição particular, segundo um dado método. 
 
NOTA: Um procedimento de medição é usualmente registado num 
documento, que por vezes se chama “procedimento de medição (ou 
método de medição), e é habitualmente suficientemente detalhado para 
permitir ao operador desempenhar a medição sem informação adicional. 
 
Rastreabilidade 
Propriedade do resultado de uma medição ou o valor de um padrão que 
consiste em poder relacionar-se a referências determinadas, geralmente 
padrões nacionais ou internacionais, por intermédio de uma cadeia 
ininterrupta de comparações, tendo todas as incertezas determinadas. 
. . . . . . .. . . 
 
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NOTA: 
1. O conceito é frequentemente expresso pelo adjectivo “rastreado”. 
2. A cadeia ininterrupta de comparação é chamada de “cadeia de 
rastreabilidade”. 
 
Repetibilidade (de um instrumento de medição) 
Aptidão de um instrumento de medição para dar, em condições de 
utilização definidas, indicações muito próximas quando se aplica 
repetidamente a mesma mensuranda. 
 
Repetibilidade dos resultados (de uma medição) 
Aproximação entre os resultados de medições sucessivas da mesma 
mensuranda efectuadas nas mesmas condições de medição. 
 
NOTAS: 
1. Estas condições são chamadas condições de repetibilidade. 
2. As condições de repetibilidade incluem: mesmo procedimento de 
medição, mesmo observador, mesmo instrumento de medição, usado 
nas mesmas condições, mesmo local e repetição num curto intervalo 
de tempo. 
3. A repetibilidade pode exprimir-se quantitativamente em termos das 
características da dispersão dos resultados. 
 
Reprodutibilidade dos resultados (de uma medição) 
Aproximação entre os resultados das medições da mesma mensuranda 
efectuada com alteração das condições de medição. 
 
NOTAS: 
1. Uma informação válida de reprodutibilidade exige a especificação 
das condições alteradas. 
2. As condições alteradas podem incluir: principio de medição, método 
de medição, observador, instrumento de medição, padrão de 
referência, local, condições de utilização ou tempo. 
. . . . . . .. . . 
 
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Capítulo 3 
POEFDS 
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3. A reprodutibilidade pode exprimir-se quantitativamente em termos 
das características da dispersão dos resultados. 
4. Os resultados aqui são usualmente entendidos como resultados 
corrigidos. 
 
Resolução (de um dispositivo indicador) 
Menor diferença entre indicações de um dispositivo indicador que se 
podem distinguir significativamente. 
 
NOTAS: 
1. Para um dispositivo indicador digital, é a diferença de indicação que 
corresponde à alteração de uma unidade do algarismo menos 
significativo. 
2. O conceito aplicado a dispositivos analógicos pode corresponder a 
uma estimativa. 
3. O conceito aplica-se também a um dispositivo registador. 
 
Sistema de gestão da medição 
Conjunto de elementos correlacionados ou interactivos, necessários para 
efectuar uma confirmação metrológica e um controlo contínuo dos 
processos de medição 
 
 
Síntese do Capítulo 3 
 
Termos e definições do VIM (Vocabulario Internacional de Metrologia) e 
outros aplicados neste manual. 
. . . . . . .. . . 
 
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MICGDMM 
Capítulo 4 
MICGDMM 
Capítulo 
4
Exigências Gerais na 
Função Metrológica 
Objectivos Específicos 
? Noções de base da função metrológica, como gerir um parque de 
meios de medida e como garantir a qualidade da medida. 
 
 
4.1 Exigências Gerais na Função Metrológica 
 
 
O sistema de gestão da medição deve garantir que as exigências 
metrológicas especificadas são satisfeitas. 
 
Guia de aplicação 
 
As exigências metrológicas especificadas resultam das exigências 
relativas ao produto. Estas exigências são necessárias tanto para os 
equipamentos de medição como para os processos da medição. Podem 
ser expressas em termos de erro máximo admitido,incerteza de 
medição, amplitude de medição, repetibilidade, resolução, condições 
ambientais ou aptidão dos operadores. 
A organização deve especificar quais os processos e os equipamentos 
de medição sujeitos às disposições das normas internacionais. Aquando 
da definição do campo de aplicação e da escala do sistema de gestão da 
medição, os riscos e as consequências de uma falha no cumprimento 
das exigências metrológicas devem ser tidos em conta. 
O sistema de gestão da medição consiste no controle dos processos de 
medição designados, na confirmação metrológica dos equipamentos de 
medição e nos processos de suporte necessários. Os processos de 
medição que fazem parte do sistema de gestão da medição devem ser 
controlados (ver 7.2). Todos os equipamentos de medição que integram 
o sistema de gestão da medição devem ser confirmados (ver 7.1).Toda a 
modificação do sistema de gestão da medição deve obedecer aos 
procedimentos da organização. 
 
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Capítulo 4 
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Síntese do Capítulo 4 
 
Garantia de que o sistema de gestão da medição satisfaz as exigências 
metrológicas. 
Exigências da especificação das características metrológicas, 
nomeadamente processos e equipamentos de medição. Controlo dos 
processos de medição. Confirmação metrológica dos equipamentos de 
medição. 
 
 
 
 
 
 
 
. . . . . . .. . . 
 
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MICGDMM 
Capítulo 5 
MICGDMM 
Capítulo 
5
 
Responsabilidade da 
Gestão Função 
Metrológica 
Objectivos Específicos 
? Conhecer as responsabilidades da função metrológica ao nível da 
gestão de uma organização. 
 
 
5.1 Função Metrologia 
 
 
A função metrologia deve ser definida pela organização. A direcção da 
organização deve garantir a disponibilização de recursos necessários de 
forma a estabelecer e manter a função metrologia. 
 
Guia de aplicação 
 
A função metrologia pode ser assegurada por um único serviço ou 
repartida no todo da organização. 
O responsável pela função metrologia deve estabelecer, documentar e 
manter o sistema de gestão da medição e melhorar permanentemente a 
sua eficácia. 
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5.2 Escutar o cliente 
 
 
O responsável pela função metrologia deve assegurar que: 
a) as exigências do cliente relativas à medição são determinadas e 
convertidas em exigências metrológicas, 
b) o sistema de gestão da medição satisfaz as exigências 
metrológicas dos clientes, 
c) a conformidade para com as exigências especificadas pelo cliente 
pode ser demonstrada. 
 
5.3 Objectivos da qualidade 
 
 
O responsável pela função metrologia deve definir e estabelecer os 
objectivos da qualidade mensuráveis para o sistema de gestão da 
medição. Devem ser definidos critérios de desempenho objectivos e 
procedimentos para os processos de medição e do seu controlo. 
 
Guia de aplicação 
 
Exemplos de objectivos da qualidade definidos a diferentes níveis de 
organização: 
- nenhum produto não conforme deve ser aceite, nem nenhum 
produto conforme recusado, devido a medições incorrectas; 
- nenhum processo de medição deve estar fora de controlo por mais 
do que um dia sem detecção 
- todas as confirmações metrológicas devem ser concluídas nas datas 
previstas; 
- os registos de confirmação metrológica nunca devem ser ilegíveis; 
- os planos de formação técnica devem ser concluídos de acordo com 
os calendários preestabelecidos; 
- o tempo de indisponibilidade dos equipamentos de medição deve ser 
reduzido numa determinada percentagem. 
. . . . . . .. . . 
 
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Capítulo 5 
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5.4 Revisão pela gestão 
 
 
A direcção da organização deve assegurar-se da realização de revisões 
periódicas em intervalos planificados do sistema de gestão da medição, 
para verificar que este se mantém adequado, eficaz e pertinente. A 
direcção da organização deve assegurar a disponibilização dos recursos 
necessários para a realização da revisão do sistema de gestão da 
medição. 
Os resultados das revisões da gestão devem ser usados pelo 
responsável da função metrologia para modificar o sistema se 
necessário, incluindo a melhoria dos processos de medição e a revisão 
dos objectivos da qualidade. Os resultados de todas as revisões e de 
todas as acções executadas devem ser registados. 
 
 
Síntese do Capítulo 5 
 
Definição das funções da metrologia, disponibilização de recursos e 
documentação do sistema de gestão. 
Escuta do cliente. 
Estabelecimento dos objectivos da qualidade. Critérios de desempenho. 
Revisão da direcção do sistema de gestão da medição e disponibilização 
de recursos. 
. . . . . . .. . . 
 
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MICGDMM 
Capítulo 6 
MICGDMM 
Capítulo 
6
 
Gestão de Recursos 
Objectivos Específicos 
? Conhecer os recursos necessários e como gerir as competências 
técnicas. 
? Quais as formas de utilizar a informação, registos e procedimentos. 
? Como gerir e validar os sistemas de informação. 
? Conhecer os meios de gestão, conservação, calibração e utilização 
dos meios de medida. 
? Dar a conhecer como e porquê gerir os fornecedores externos. 
 
 
6.1 Competências 
 
 
6.1.1 Responsabilidade do Pessoal 
 
O responsável pela função metrologia deve definir e documentar as 
responsabilidades de todo o pessoal afecto ao sistema de gestão da 
medição. 
 
Guia de aplicação 
Estas responsabilidades podem ser definidas sob a forma de 
organigramas, descrições de posto, instruções de trabalho ou 
procedimentos. 
Não se exclui o recurso ao uso de pessoal especializado externo à 
função metrologia. 
 
 
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6.1.2 Competência e Formação 
 
O responsável pela função metrologia deve garantir que os membros do 
pessoal implicados no sistema de gestão da medição demonstram 
aptidão para desempenhar as tarefas que lhes são atribuídas. Qualquer 
necessidade de competência especializada necessária deve ser 
especificada. O responsável pela função metrologia deve verificar que a 
formação necessária para responder às necessidades identificadas é 
dada, que os registos das actividades de formação são mantidos e que a 
eficácia da formação é avaliada e documentada. Os membros do pessoal 
devem ser informados do alcance das suas responsabilidadese 
obrigações, tal como do impacto das suas actividades na eficácia do 
sistema de gestão da medição e na qualidade do produto. 
 
Guia de aplicação 
A competência pode ser adquirida pela formação inicial, pela formação 
contínua e pela experiência adquirida; pode ser provada por testes ou 
pela demonstração de desempenho. 
Quando se recorre a pessoal em curso de formação, deve ser 
providenciada supervisão adequada. 
 
 
6.2 Informação 
 
 
6.2.1 Procedimentos 
 
Os procedimentos do sistema de gestão da medição devem estar 
convenientemente documentados e validados, de forma a assegurar a 
sua correcta implementação, coerência e validade dos resultados de 
medição. 
A edição de novos procedimentos ou a modificação de procedimentos 
existentes deve ser autorizada e verificada. Os procedimentos devem 
estar em dia, acessíveis e ser fornecidos sempre que solicitados. 
. . . . . . .. . . 
 
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MICGDMM 
Capítulo 6 
Guia de aplicação 
Os procedimentos técnicos podem ser baseados nas práticas 
estandardizadas de medição publicadas ou nas instruções escritas pelos 
clientes ou pelos fabricantes dos equipamentos. 
A seguir mostra-se um exemplo de procedimento onde constam os 
capítulos principais, exceptuando o capítulo de incertezas de medida que 
vai ser tratado posteriormente. 
 
6.2.1.1 Procedimento de Calibração de um Paquímetro 
 
6.2.1.1.1 Rastreabilidade 
 
PADRÃO DE REFERÊNCIA 
BLOCOS PADRÃO GRAU 2 
BLOCOS PADRÃO 
GRAU 2 
ANEL PADRÃO 
PADRÃO DE REFERÊNCIA 
BLOCOS PADRÃO GRAU 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.2.1.1.2 Introdução 
Os paquímetros de relógio ou de nónio - com indicação analógica ou 
digital são utilizados como instrumentos de medida de exteriores, 
interiores e de profundidade. 
 
6.2.1.1.3 Objectivo e Campo de Aplicação 
Este procedimento aplica-se à calibração de paquímetros de nónio, 
analógicos e de relógio, com alcance de 0 a 150 mm e menor divisão 
0.1, 0.05, e 0.02 mm e paquímetros com indicação digital e incremento 
de 0.01 mm. 
Dado que um bloco padrão ou um anel padrão são medidas 
materializadas de comprimento, comprimento esse que é conhecido até 
 
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às centésimas de μm, a calibração do paquímetro consiste na leitura, 
pelo mesmo, desses comprimentos em condições de repetibilidade. 
Este procedimento também se aplica a paquímetros que não tenham a 
possibilidade de realizar medições de exteriores, interiores ou 
profundidades. 
 
6.2.1.1.4. Referências 
Norma DIN 862 
Norma ISO 3650 
V.I.M. 
 
6.2.1.1.5. Execução da Calibração 
Execute a calibração do paquímetro obedecendo aos seguintes pontos: 
 
6.2.1.1.5.1 Equipamento necessário 
Blocos padrão Grau 2 
Anel padrão de 25 mm 
Plano de granito 
 
6.2.1.1.5.2 Verificação de funcionamento 
1. Retire os blocos padrão da respectiva caixa. 
2. Verifique o estado de desgaste e o acabamento das faces de 
medida do paquímetro, e certifique-se que a corrediça do mesmo se 
desloca livremente ao longo do corpo do mesmo. Proceda à limpeza 
do paquímetro se necessário. 
3. Coloque os blocos padrão, o anel padrão e o paquímetro a calibrar 
no plano de granito e deixe estabilizar, no mínimo, durante 6 horas, de 
forma a garantir a equalização da temperatura entre os padrões e o 
paquímetro. 
Nota: Calce as luvas de algodão, para poder manusear os padrões e 
o paquímetro. 
. . . . . . .. . . 
 
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Capítulo 6 
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6.2.1.1.5.3 Selecção do Padrão 
Seleccione os blocos padrão a utilizar do conjunto de grau 2. 
 
6.2.1.1.5.4 Faces para medição de exteriores 
Apesar do paquímetro possuir faces para medição de exteriores, 
interiores e de profundidade, as faces partilham a mesma escala (ou 
indicação). Daí a opção de realizar o ensaio de linearidade da escala, 
nas faces de medição para exteriores. 
 
6.2.1.1.5.4.1 Ensaio de linearidade 
1. Realize o encosto das faces de medição, lenta e cuidadosamente e 
utilizando sensivelmente a mesma força. Seja ZERO, ou não, o valor 
indicado pelo paquímetro, anote o valor na folha de registos. 
Utilizando a corrediça afaste as maxilas uma da outra. Realize 
novamente o encosto das faces e anote o valor obtido. 
Torne a afastar as maxilas, encoste-as e anote o valor dado pelo 
paquímetro. 
2. Seleccione cinco blocos padrão ou empilhamento de blocos 
padrão de modo a cobrir toda a gama de medição do paquímetro e 
que envolva marcas de graduação diferentes do nónio ou do indicador 
em cada medição. 
 
Nota: A título de exemplo, e para um paquímetro de 100 mm, poderá 
seleccionar os seguintes blocos padrão ou empilhamento de blocos 
padrão : 
10,3 20,6 50,2 75,8 100,0 mm 
 
3. Escolha o bloco padrão ou empilhamento de blocos padrão de 
valor mais baixo. Abra as maxilas até um obter um valor superior ao 
comprimento nominal do bloco. Coloque o bloco perpendicularmente 
e sensivelmente a meio das faces de medida das maxilas do 
paquímetro (ver figura 1), e realize o encosto lenta e cuidadosamente. 
Leia o valor dado pelo paquímetro, abra novamente as maxilas e 
retire o bloco. Repita três vezes, retirando e colocando o bloco entre 
as maxilas, registando as leituras dadas pelo paquímetro na folha de 
registos. 
. . . . . . .. . . 
 
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MICGDMM 
Capítulo 6 
4. Registe o valor nominal do bloco, ou do empilhamento de blocos, 
na folha de registos e a respectiva correcção dada pelo certificado da 
última calibração. 
 
Nota: Se utilizar a colagem de 2 blocos, o valor total será a soma dos 
valores parciais e a correcção total será a soma algébrica das 
correcções. 
 
5. Torne a afastar as maxilas, retirando o bloco. Continue a afastar as 
maxilas até obter um valor superior ao comprimento nominal do 
próximo bloco a utilizar. Coloque o bloco perpendicularmente e 
sensivelmente a meio das faces de medida das maxilas do 
paquímetro (ver figura 1), e realize o encosto lenta e cuidadosamente. 
Repita três vezes, retirando e colocando o bloco e registando as 
leituras dadas pelo paquímetro na folha de registos. 
 
Figura 1: Diagrama esquemático da montagem do equipamento 
 
6. Repita de 2 a 4 para os restantes blocos ou empilhamento de 
blocos. 
 
Nota: A força de encosto deve ser sensivelmente a mesma para todo o 
ensaio. 
Nota: Posicione-se em frente ao paquímetro de indicação analógica, de 
modo a minimizar os erros de paralaxe. 
 
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Capítulo 6 
6.2.1.1.5.5 Faces para medição de interiores 
1. Seleccione um anel padrão cuja dimensão nominal esteja dentro da 
gama de medição do paquímetro, por exemplo 25 mm. 
2. Registe o valor nominal e a correcção de acordo com o certificado, 
na folha de registos. 
3. Com as "orelhas" a ''ZERO", aproxime o anel padrão 
perpendicularmente às faces de medição (ver figura 2). Mova a 
corrediça até que as duas faces de medição toquem no anel. Leia

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