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FARMACOLOGIA, Farmácia clínica & farmácia hospitalar Gestão de Farmácias e Drogarias Como Ocorre a descoberta dos fármacos e a produção de medicamento? Hipócrates descreveu o pó amargo extraído da casca do Salgueiro (Salix alba L.) no século V a.C. utilizado para febre e dor; índios das américas também a utilizavam No papiro de Ebers havia descrito o uso da infusão das folhas secas de murta Em 1828 o farm. francês Henry Leroux conseguiu isolar o extrato ativo (salicilina) da casca (não purificado) O químico italiano Raffaele Piria consegue isolar o ácido salicílico Até aqui os fármacos eram produzidos nas apotecas e boticas utilizando o extrato não purificado Em 1899, com o isolamento do fármaco e registro da patente; inicia a produção industrial nos laboratórios Bayer Filosofia MÉDICO-FARMACÊUTICA O que é alopatia? Tratar a doença com algo que seja CONTRÁRIO a ela. Prática terapêutica mais comum e mais ampla. Os parâmetros farmacológicos (dose, meia-vida, ligação do fármaco à receptores, etc.) devem ser rigidamente investigados e controlados. Ex.: Tratar prisão de ventre com laxantes (p.ex. óleo de rícino), tratar inflamação com anti-inflamatório (p.ex. dexametasona) E O QUE É HOMEOPATIA? Tratar a doença utilizando algo que reproduza os seus efeitos (PATOGENESIA) ou seus próprios AGENTES CAUSAIS. Na homeopatia, os conceitos farmacológicos são dispensados, dando lugar aos conceitos e práticas homeopáticas, específica dos medicamentos homeopáticos, os efeitos se dão através da estimulação da força vital presente nas moléculas dos fármacos (teoria parecida com a vacinação). Ex.: Tratar hemorroidas com Almeida Prado nº 20 (Aesculus), tratar irritação e conjuntivite com colírio de Euphrasia Officinalis 1CH História da farmacologia O CONHECIMENTO mais antigO da saúde, RECONHECIDA COMO CIÊNCIA NO fINAL DO SÉC. XIX ANTES da descoberta da estrutura química das moléculas, da revolução industrial e do avanço da medicina: Doença era castigo dos deuses (até os filósofos gregos); Escola de Kós (de hipócrates): a origem das doenças era proveniente do desequilíbrio dos humores (teoria humoral): Nos nervos haviam a circulação de espíritos animais. TEORIA DOS QUATRO HUMORES Colérico – regido pelo fogo (bílis amarela) Sanguíneo – regido pelo ar (sangue) Fleumático – regido pela água (fleumático) Melancólico – regido pela terra (bílis negra) AS TRÊS FASES DA DOENÇA Apepsia (aparecimento do desequilíbrio) Pepsis (febre, inflamação e pus) Crisis (lysis) (eliminação, brusca ou lenta, dos humores em excesso) DEPOIS da revolução industrial e eventos importantes historicamente (ver “o farmacêutico de Auschwitz”) O desenvolvimento dos métodos de separação, purificação e identificação das moléculas a nível atômico; Desenvolvimento dos métodos de produção em grandes escalas e de seus maquinários; Descobertas científicas importantes: a penicilina – derivada do fungo Penicillium notatum (pelo médico e bacter. e farmacologista Alexander Fleming), a vacina – através da variolação em gados pelos chineses (estudado o método pelo cirurgião/boticário Edward Jenner e pelo químico e cientista Louis Pasteur) 11 O que estudo em farmacologia? Bases MOLECULARES e químicas dos fármacos; Características BIOQUÍMICAS; Estudo dos RECEPTORES, dos alvos e dos sítios de ligação dos fármacos a nível celular e molecular; A patologia, FISIOPATOLOGIA e os mecanismos de ação associados à doença em questão; As IATROGENIAS; Os principais efeitos colaterais envolvidos nos grupos farmacológicos. Farmacocinética Absorção Distribuição Metabolização Excreção O medicamento de dissolve na via de administração. DEVO SABER QUAL A MELHOR FORMA DE ADM. p.ex. uma cápsula com revestimento entérico é ingerido com água, desce até o estômago, passa do estômago intacta, ao chegar ao intestino a cápsula então se dissolve e libera o fármaco, que será captado pela células locais. O fármaco entra na corrente sanguínea, parte vai para o fígado primeiro e depois vai para os outros órgãos. Ao chegar na corrente sanguínea o fármaco se liga à várias outras substâncias presentes no sangue (dose de fármaco perdida). O fármaco, ao exercer seu efeito, volta para a corrente sanguínea e de lá para o fígado, onde o fígado fará mudanças na estrutura do fármaco para que seja facilmente excretado pelo corpo. DEVO TER CAUTELA COM PACIENTES HEPATOPATAS E CONSUMO DE ÁLCOOL O fármaco que passou pelo fígado irá para os principais órgãos (rins, intestino grosso, glândulas sudoríparas) responsáveis por expelir os produtos degradados, tóxicos ou xenobióticos. DEVO TER CAUTELA COM PACIENTES NEFROPATAS FarmacoDINÂMICA Como são classificados os fármacos? Principais modos: Pelos sistemas morfofuncionais p.ex. Fármacos que agem no sistema nervoso central, fármacos que agem no sistema respiratório, fármacos que agem no sistema vascular, etc. Pelas suas ações farmacológica p.ex. fármacos antidepressivos, fármacos antiarrítmicos, fármacos antimicrobianos, fármacos antiparasitários, fármacos analgésicos, fármacos anti-inflamatórios, etc. Pelas suas características moleculares e bioquímicas p.ex. fármacos corticosteroides, fármacos quinolônicos, fármacos alquilantes, fármacos β-lactâmicos, fármacos tetraciclinos, etc. O que estudo em Farmácia clínica? Com base na fisiopatologia e farmacoterapia de todas as doenças: SERVIÇOS FARMACÊUTICOS (pode ser realizado em qualquer estabelecimento de saúde): Consulta farmacêutica Atenção farmacêutica Acompanhamento farmacoterapêutico Aconselhamento e orientação farmacêutica Revisão e conciliação da farmacoterapia Rastreamento em saúde Educação em saúde Encaminhamentos Atenção farmacêutica domiciliar CICLO CLÍNICO (geralmente em hospital): Acolhimento Admissão farmacêutica Anamnese farmacêutica Reconciliação medicamentosa Prescrição farmacêutica Administração Monitoramento/evolução Intervenção farmacêutica Alta farmacêutica A Farmácia Clínica (Pharmaceutical care) é a ciência farmacêutica que trata do CUIDADO ao PACIENTE comum que necessita de atenção, ou dos pacientes que já fazem uso de medicamentos, objetivando por fim o USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS A Atenção Farmacêutica e o Acompanhamento Farmacêutico (ou farmacoterapêutico) são, portanto, FERRAMENTAS da Farmácia Clínica, que visam: “... A provisão responsável de cuidados relacionados a medicamentos com o propósito de conseguir resultados definidos que melhore a qualidade de vida dos pacientes” Hepler e Strand, 1990 Storpirtis et al, 2008 Outros benefícios que podem surgir com a implantação da farmácia clínica ou da atenção farmacêutica Adesão ao tratamento (ver as especificidades do paciente): Para deficientes visuais – caixa com medicamentos em embalagens distintas fisicamente, uso do braile, etc. Para pacientes com baixa escolaridade – anotar em uma folha ou na própria caixa dos medicamentos os símbolos relativos aos horários (sol, sol com nuvem, lua); Desenvolver uma mentalidade de necessidade para o tratamento – conscientização; Diminuição de reações adversas: Aprazamento dos medicamentos (horário dos medicamentos): Para cumprir alguma obrigatoriedade do medicamento (em jejum? Com comida?) Para diminuir os efeitos adversos – p.ex. anti-hipertensivos diuréticos: evitar uso na noite; antirretrovirais – evitar uso durante o dia; Diminuir o número de medicamentos; tempo de internação; morbidade e mortalidade; e, enfim, diminuição de CUSTOS. O que o farmacêutico deve saber e seus colaboradores devem ficar atentos? Fisiopatologia (estudo dosb processos patológicos, das doenças); Farmacoterapia (como funcionam e quais os fármacos vou tratar o paciente? Quais as doses e qual a melhor intervalo entre elas? Qual a melhor via de administração para determinado paciente?...); Terapias não-farmacológicas (quais cuidados devo prescrever ao paciente? Utilização de compressas? Morna ou fria? Plantas medicinais? Curativos corretos?...); Planejamento terapêutico e monitorização;Interpretação de exames laboratoriais; Exames físicos; Farmacovigilânica; Pré-requisitos para uma boa farmácia clínica nos estabelecimentos de saúde Uma boa gestão que tenha faça boa seleção de medicamentos, insumos farmacêuticos e materiais médico-hospitalar e que estes estejam disponíveis; Sistema de distribuição adequado; A farmácia tenha estruturas adequadas aos serviços; Disponibilidade de manipulação do medicamento; Contato direto com a equipe que trabalha com os medicamentos: médicos e enfermeiros – medicamentos, e médicos, enfermeiros e nutricionistas – nutrição parenteral; Participação em round’s interdisciplinares: todos os profissionais da saúde, Meios para registrar as intervenções farmacêuticas: prontuários; Métodos de ACOMPANHAMENTO FARMACÊUTICO sugeridos DÁDER Ideal para profissionais que estão iniciando o serviço de acompanhamento, pois o modelo Dáder dá todo direcionamento do atendimento MINNESOTA O método objetiva a busca por PRM’s Necessidade PRM 1 O paciente tem um problema de saúde por não utilizar a medicação que necessita PRM 2 O paciente tem um problema de saúde por utilizar um medicamento que não necessita Efetividade PRM 3 O paciente tem um problema de saúde por uma inefetividade qualitativa da medicação (p. ex., medicamento mal selecionado, refratariedade) PRM 4 O paciente tem um problema de saúde por uma inefetividade quantitativa da medicação (p. ex., dose, frequência, duração insuficiente) Segurança PRM 5 O paciente tem um problema de saúde por uma insegurança qualitativa de um medicamento (p. ex., reações adversas) PRM 6 O paciente tem um problema de saúde por uma insegurança quantitativa de um medicamento (p. ex., dose, frequência, duração superior ao que necessita) SANTOS et al. (2004, p. 65) Método dáder Oferta do serviço Quando o paciente busca a farmácia com dúvidas diversas e para fazer outros serviços farmacêuticos, p.ex. Paciente faz uso de medicamentos contínuos Paciente é polifármaco (5 ou mais med.) Suspeita de algum PRM Primeira entrevista Em local reservado Paciente deve levar TODOS os med. que faz uso Fases: fase preocupação sobre os problemas de saúde do paciente (escuta ATIVA) – fase de estudo dos medicamentos que o paciente utiliza (extrair todas as informações do tratamento) – fase de revisão (ver se falta alguma informação e anotar os dados sociodemográficos do paciente) Fase de estudo Revisar fisiopatologia específica do paciente, as informações clínicas e a farmacoterapia prescrita; Sinais e sintomas não controlados – indícios de inefetividade; Ver todas as interações medicamentosas inesperadas e reações adversas passíveis de serem amenizadas Fase de avaliação Estabelecer todos os PRM’s encontrados (de necessidade, efetividade e segurança) e as interações de risco Fase de intervenção Intervenção farm. – paciente (p.ex. melhorar adesão, rever aprazamento, manejar alguns problemas ou prescrever cuidados) e farm. – paciente – médico (enviar sugestão da revisão/alteração de aspectos da terapêutica prescrita) Resultado final Intervenções efetivadas? Problemas solucionados? Consultas sucessivas Verificar e resolver novos PRM’s Elaborar plano de AF para prevenir novos PRM’s Obter mais informações do paciente Método MINNESOTA Coleta de informações: - Farmacoterapia prescrita - MIP’s - Histórico médico Identificação de problemas: - PRM’s - Patologias mal controladas Plano de ação: - Para cada problema uma solução - Metas terapêuticas - Em comum acordo com o paciente Avaliação (metas alcançadas?) e início de novo ciclo Reduzir/eliminar sinais e sintomas Evitar a progressão da doença Normalizar os resultados laboratoriais do paciente Curar a enfermidade Obter sucesso no tratamento Farmácia HOSPITALAR ADMINISTRAÇÃO CLÍNICA GERENCIAMENTO DE TECNOLOGIAS & DISTRIBUIÇÃO E DISPENSAÇÃO MANIPULAÇÃO & CUIDADO AO PACIENTE Portaria nº 4.283 de 2010 Gestão do estoque de medicamentos; Gestão de insumos farmacêuticos; Gestão de materiais médico-hospitalares; Gestão de recursos financeiros; Gestão da farmacoeconomia; Gestão do recebimento, análise técnica e controle de qualidade de todos os insumos farmacêuticos (se for manipular); Gestão do fracionamento de medicamentos e validades (em geral até 60 dias): Sem rompimento de embalagem 1ª – prazo do fabricante; Com rompimento da embalagem 1ª - até 25% do prazo do fabricante; Por transformação/adequação ou subdivisão – até 48h (extemporâneos); Gestão das políticas hospitalares: Gestão de resíduos hospitalares; Gestão de carros de emergência; Gestão do sistema de distribuição adequada de medicamentos e materiais médico-hospitalares; Dose unitária; Dose individualizada; Misto; Coletivo. ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA Indicadores hospitalares O QUE É? São dados calculados que informam alguma atividade realizada no âmbito hospitalar PARA QUE SERVEM? Ajustar e aperfeiçoar métodos de trabalho, reavaliar o consumo dos recursos e otimizar os processos O QUE TRAZ DE BENEFÍCIOS PARA O HOSPITAL? Servem como parâmetros padrão para a emissão de acreditação dos principais selos de qualidade e segurança: NBR – ISSO - 9009:2000; ONA – organização nacional de acreditação; QMentum internacional. TAXA DE ERROS NA PRESCRIÇÃO DE MED. Nº de med. Prescritos com erro X 100 Nº total de med. Prescritos TAXA DE ERROS NA DISPENSAÇÃO DE MED. Nº de med. Dispensados com erro X 100 Nº total de med. Dispensados TAXA DE ERROS NA ADMINISTRAÇÃO DE MED. Nº de med. Adm. com erro de omissão X 100 Nº total de med. administrados CLÍNICA FARMACÊUTICA Ciclo farmacêutico-hospitalar Acolhimento; Admissão farmacêutica; Visita farmacêutica; Anamnese farmacêutica; Reconciliação medicamentosa; Monitoramento/evolução; Intervenção farmacêutica; Alta farmacêutica; Práticas magistrais; Atividades multidisciplinares Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT); Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH); Comitê de Ética em Pesquisa (CEP); Comissão de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (CGRSS); Comissão de Terapia Nutricional; Núcleo de Segurança do Paciente (SNP); Round’s; Farmacovigilância. farmacoeconomia Medicamento com qualidade assegurada e boa relação custo/benefício Recursos financeiros limitados e busca por economia O medicamento que quero comprar é realmente eficaz para o que promete? Tenho outras alternativas de med. com igual eficácia? Tenho outros med. Com reações adversas mais brandas? A empresa ao qual me vende cumpre os requisitos técnicos e legais? Como a empresa pode me provar que ela segue todas as normas pertinentes a legislação e às boas práticas de fabricação? Se tenho outro med. com eficiência equivalente ele custa mais barato? O custo dele supera os benefícios para os problemas aos quais promete tratar? A distribuidora ou indústria tem política de troca para medicamentos vencidos que não foram vendidos? Estudos farmacoeconômicos Análise de minimização de custos Quando a eficácia entre dois medicamentos é equivalente: considera a partir daí somente o preço (muito utilizada na seleção de med.) Análise de custo/benefício Quando os custos da tecnologia excedem a sua implantação; quando compara outras tecnologias com desfechos semelhantes Análise de custo/efetividade Quando comparo o melhor desfecho clínico por dinheiro aplicado em dois med., p.ex. – necessário ser confiável qualitativa e quantitativamente, além de tratamento estatístico Análise de custo/utilidade É o cálculo de custo/efetividade + a satisfação e preferência do paciente (através do QUALY – formulário muito subjetivo) Farmácia magistral & indústria farmacêutica FARMÁCIA MAGISTRAL = Farmácia Galênica = Farmácia de Manipulação = Atividades farmacêuticas inerentes ao medicamento Ato farmacêutico, em que se utiliza, além dos conhecimentos em saúde, Da FARMACOTÉCNICA, TECNOLOGIA FARMACÊUTICA e BIOTECNOLOGIA para a manipulação dos mais variados tipos de medicamentos A FARMÁCIA MAGISTRALTEM DOIS TIPOS DE MANIPULADOS: PREPARAÇÃO MAGISTRAL É aquela preparada na farmácia, a partir de uma prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar PREPARAÇÃO OFICINAL é aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja inscrita no Formulário Nacional ou em Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA (RDC 67/07 - ANVISA) MEDICAMENTO Fármaco + Excipientes + Forma farmacêutica EXCIPIENTES FARMACÊUTICOS Conservante - garante a estabilidade do medicamento durante o prazo de validade e evita a proliferação de microrganismo. Ex. metilparabeno e propilparabeno (parabenos) e fenoxietanol Antioxidante - impede a oxidação, reação química entre os componentes da formulação e o oxigênio presente no ar. Ex. metabissulfito de sódio, BHA (butilhidroxianisol), BHT (butilhidroxitolueno), alfa-tocoferol e ácido ascórbico Corante - confere cor à preparação a fim de melhorar a aparência do medicamento, diferenciá-lo e facilitar a adesão do paciente ao tratamento. Ex. amarelo de tartrazina Flavorizante - confere sabor e odor agradável à formulação para mascarar sabores desagradáveis e melhorar a adesão do paciente ao tratamento. Ex. aceto de benzila, mentol e óleo de canela Edulcorante - confere sabor adocicado à formulação. Ex. sorbitol, aspartame, ciclamato de sódio e sacarina sódica Agente quelante - forma complexos estáveis com metais, substancias que podem provocar instabilidade na formulação. E.: EDTA e ácido edético Agente molhante - melhora a interação entre os sólidos e líquidos na formulação. Ex. LSS e docusato sódico Agente desintegrante - acelera ou retarda a dissolução do fármaco. Ex. amido, carboximetilcelulose sódico, celulose microcristalina e glicolato de amido sódico Formas farmacêuticas SÓLIDAS Comprimidos (compressão de pós ou grânulos); via oral, via sublingual; Liberação imediata; Dispersíveis (p.ex. efevercentes); Mastigáveis (p.ex. pastilhas); Liberação controlada. Pós-granulados (pequenas bolinhas com tamanhos semelhantes); via oral; Drágeas (comprimidos contando película de revestimento com ou sem proteção gástrica); via oral; Cápsulas (pequeno invólucro gelatinoso contendo pós); via oral; Supositórios (pequeno); via retal Proventil retabs ® (albuterol) Polaramine retabs ® Claritin D ® 24horas Semi-SÓLIDAS Emulsões (subst. hidrofílicas + lipofílicas + tensoativo = A/O ou O/A); Géis (sistema disperso = subst. Hidrofílicas + agente geleificante (proteico) + ativos (fármacos, princípios ativos); Pomadas (hidrofóbicas, oclusivas (ex. vaselina sólida, vaselina branca, etc.); Pastas (pós refinados + gorduras = consistentes, firmes e espessas); Formulação – creme hidratante LíquiDAS Soluções (mistura de solventes mutuamente miscíveis; límpadas, homogêneas) Nasais; Oftálmicas (isentas de qualquer microorganismo; alto controle); Otológicas; Xaropes (alta % de açúcar) Elixir (alta % de álcool) Suspensão (solutos dispersos num líquido, necessitam agitação suficiente toda vez que utilizar) Emulsão (parte oleosa + parte aquosa) Gasosas Aerossóis (sistemas pressurizados por um tipo de gás propelente e controlados por uma válvula) Pós; Solução; Espuma; Indústria farmacêutica Além de todas as disciplinas da farmácia magistral, a indústria farmacêutica desenvolve novos fármacos com o estudo da química orgânica avançada e química farmacêutica para fazer novas moléculas (investimento em P&D), altera os componentes moleculares não-essenciais do fármaco, melhorando a farmacocinética ou farmacodinâmica de moléculas já existentes (semissintéticos) ou reduzir efeitos adversos, além de produzir e aperfeiçoar os biofármacos (vacinas, anticorpos monoclonais, probióticos, etc.) Indústria farmacêutica Concentram a maior parte da produção de medicamentos EM POUCOS PAÍSES (p.ex. EUA, Japão, Alemanha, França e Reino Unido); A principal fonte de retorno das patentes é através dos ROYALTIES; Grande parte do lucro que provém da patente não é justificado nos gastos em P&D, mas do MARKETING DIRETO e INDIRETO (visitas médicas, propagandas dos medicamentos, etc.); Os medicamentos são direcionados para a “cronificação” das doenças e para o lucro; Devido ao destrato que sofre países subdesenvolvidos e em desenvolvimento surgem as DOENÇAS NEGLIGENCIADAS; APROXIMADAMENTE 21% DO FATURAMENTO ANUAL DAS INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS VEM DO sus Política Nacional de Medicamentos – PNM (portaria GM nº 3.91 de 1998) - Adoção de Relação de Medicamentos Essenciais - Regulamentação Sanitária de Medicamentos - Reorientação da Assistência Farmacêutica - Promoção do Uso Racional de Medicamentos - Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Promoção da Produção de Medicamentos Garantia da Segurança, Eficácia e Qualidade dos Medicamentos - Desenvolvimento e Capacitação de Recursos Humanos ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA (nas três esferas) Portaria GM no 176/995; Portaria GM 698/200617: Componente Básico da Assistência Farmacêutica; Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica; Componente Medicamentos de Dispensação Excepcional. Política de assistência farmacêutica Resolução CNS nº 338 de 2004 Acesso aos medicamentos Uso Racional de Medicamentos Atividade 2 INDIVIDUAL Ler e anotar os principais pontos discutidos e as dúvidas do artigo (entregar na próxima aula, dia 06/04): Implantação do método Dáder em atenção farmacêutica em drogaria no município de Monteiro Lobato - SP EM GRUPO Atividade de CAMPO (22:30 h): visita e análise dos ambientes farmacêuticos que dispensam medicamentos (drogarias, farmácias hospitalares) - coletar dados e mapear as atividades, produtos e serviços que cada uma oferece; Entrevista com farmacêuticos (coletar dados e conhecer estes profissionais em sua área de atuação); Anotar os dados da drogaria, os dados da entrevista com o farmacêutico, tirar fotos dos momentos e enviar no e-mail DROGARIAS FARMA POPULAR (próximo a esquina da praça do canoeiro) – manhã e noite FARMA VIDA (em frente o comercial Popular, Vilinha) - tarde MULTI FARMA (em frente a Papirus) BEM VIVER (em frente a casa de carne Boi Forte) FARMÁCIAS HOSPITALARES hosp. SÃO FRANCISCO - manhã hosp. GERAL DE GRAJAÚ IMPORTANTE: no dia da entrevista como farm. o grupo deve MARCAR o dia e horário!