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Psicologia- Estruturas psíquicas da personalidade

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Três estruturas psíquicas da personalidade 
 Psicose Neurose Perversão
Fase oral Fase Anal Fase Fálica Fase latente Fase Genital
0-1 ano 1-3 anos 3-5 anos 5 até + -11 anos + 11 anos 
A personalidade de todos os indivíduos pode ser compreendida por meio de três estruturas mentais. São elas: Psicose, Neurose e Perversão. Uma vez definida a personalidade dentro de uma das estruturas, ela nunca mudará, podendo apenas variar o grau de intensidade dos sintomas específicos de cada uma. Isso quer dizer, ainda, que uma estrutura exclui a outra: um indivíduo neurótico jamais apresentará nenhum sintoma ligado a psicose, por exemplo.
Um dos pontos essenciais quando se trata de compreender essas estruturas mentais supracitadas é o seu funcionamento. Cada uma delas possui, segundo Freud, um mecanismo de defesa específico. Esse mecanismo de defesa nada mais é do que uma forma inconsciente que a mente do indivíduo encontra para lidar com o sofrimento que advém do Complexo de Édipo.
Estruturas Psíquicas a fase do desenvolvimento psicossexual e suas psicopatologias
	Psicose
Fase Oral
0 -1 ano 
 
Esquizofrenia
Bipolaridade
Autismo 
Depressão
Transtornos alimentares 
Personalidades Múltiplas
Dependência química
	Neurose
Fase Anal
1-3 anos 
TOC-Transtorno Obsessivo compulsivo
Transtorno de pânico
Histeria 
Fobias
	Perversão ou Parafilia
Fase Fálica
3 -5 anos 
Parafilia e os Transtornos Parafílicos 
Psicopatia
PSICOSE
Conceito de Psicose 
A psicose é uma estrutura da personalidade que prejudica a percepção e o pensamento da pessoa, afetando sua capacidade de julgamento. Diferentemente do neurótico, o psicótico não reconhece as regras ou mesmo que as reconheça se sente indiferente a elas, nem respeita as normas estabelecidas. Por ser isento de culpa ou ansiedade, é possível que seja capaz de distinguir o certo do errado, mas por se colocar sempre em primeiro lugar e não possuir capacidade empática, tende a seguir o que considera bom para si, independentemente de "certo ou errado" dentro da sociedade ou comunidade em que está inserido. 
Esse tipo de estrutura de personalidade costuma estar associada a transtornos psíquicos mais graves e crônicos. Quando ocorre um surto psicótico, é comum que haja alucinações e medo paranóico. Seus sintomas são mais intensos e persistentes, afetando negativamente a rotina e crítica da pessoa, como ocorre na manifestação da esquizofrenia. 
Alguns especialistas ressaltam que é uma das estruturas de personalidade mais perigosas, porque os psicóticos são capazes de ações extremas sem mostrar qualquer remordimento. Quando o indivíduo é muito inteligente, todo esse potencial é utilizado para manipular, controlar e para submeter aqueles que estão a seu redor. Na manifestação de transtornos mentais desta estrutura pode-se mencionar: sociopata, desvio de caráter e esquizofrenia. A pessoa que experimenta um episódio psicótico pode ter diversos sintomas, como alucinações, paranoia, e até experimentar uma mudança na personalidade.
O comportamento psicótico se difere do comportamento psicopata, e episódios psicóticos raramente envolvem a violência associada como o comportamento psicopático. Além disso, psicose também não é o mesmo que insanidade, que é descrição tanto médica, quanto legal para uma pessoa que não pode ser responsabilizada por seus atos.
Na estrutura denominada Psicose, encontramos ainda três subdivisões: paranoia, esquizofrenia e mania e melancolia ou psicose maníaco-depressiva 
Paranóia — é uma psicose que se caracteriza por um delírio mais ou menos sistematizado, articulado sobre um ou vários temas. Não existe deterioração da capacidade intelectual. Aqui se incluem os delírios de perseguição, de grandeza.
Esquizofrenia — caracteriza-se por: afastamento da realidade —o indivíduo entra num processo de centramento em si mesmo, no seu mundo interior, ficando, progressivamente, entregue às próprias fantasias.
Mania e melancolia ou psicose maníaco-depressiva — caracteriza-se pela oscilação entre o estado de extrema euforia (mania) e estados depressivos (melancolia). Nos estados de depressão, o indivíduo pode negar-se ao contato com o outro, não se preocupa com cuidados pessoais (higiene, apresentação pessoal) e pode mesmo, em casos mais graves, buscar o suicídio. Na mania ocorre mania de grandeza e pode ocorrer delírios de ser uma pessoa de sucesso.
 O mecanismo de defesa dessa estrutura é conhecido como Foraclusão ou Forclusão, termo desenvolvido por Lacan.
O psicótico encontraria fora de si tudo que exclui de dentro. Nesse sentido, ele incluiria para fora os elementos que poderiam ser internos. O problema para o psicótico está sempre no outro, no externo, mas nunca em si.
Na Paranoia, ou, Transtorno de Personalidade Paranoide, trata-se do outro que o persegue. O sujeito sente-se perseguido, vigiado e até mesmo atacado pelo outro. 
No Autismo, trata-se do outro que quase não existe. Isola-se do outro e foge-se da convivência e comunicação com o outro. 
Já na esquizofrenia, o outro pode aparecer de inúmeras formas. O outro é o surto, um estranho, um monstro ou qualquer outra coisa. No caso da esquizofrenia, o que fica mais evidente é a dissociação psíquica.
Outra característica da Psicose é que, diferente do que acontece com indivíduos com outras estruturas mentais, a própria pessoa acaba revelando, ainda que de forma distorcida, os seus sintomas e distúrbios.
Em essência, a principal diferença entre neurose e psicose é a forma em que elas afetam a saúde mental. O comportamento neurótico pode estar naturalmente presente em qualquer pessoa, ligado a uma personalidade desenvolvida. O comportamento psicótico pode ir e vir como resultado de várias influências. Os efeitos de alguns medicamentos podem causar episódios psicóticos, ou uma situação traumática que afeta o bem-estar psicológico de uma pessoa podendo desencadear o episódio. A distinção entre as condições ou distúrbios neuróticos e psicóticos é realizada através de uma avaliação por um psiquiatra ou psicólogo, que pode tratar os sintomas com medicação ou terapia
 SINTOMAS DA PSICOSE
Os sintomas podem variar de acordo com o paciente mas, no geral, são sintomas voltados a mudanças no comportamento do indivíduo, alguns são:
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS QUE DEFINEM OS TRANSTORNOS PSICÓTICOS
Delírios -nível do pensamento, falsa ideia, mania de grandeza)
Alucinações- a níveis sensoriais, audição, visão, tato(corporal)
Desorganização do pensamento (discurso)
Comportamento catatônico (atípico)
Distorção da realidade (acredita em algo que não é real)
Alterações de humor
Confusão nos pensamentos
Mudanças repentinas nos sentimentos
Na visão jurídica o individuo acometido de desordem mental psicose poderá ser considerado imputável, Semi-imputável e inimputável de acordo com o caso.
Tratamento
Medicação e terapia.
NEUROSE
Conceito De Neurose 
A neurose é uma estrutura da personalidade que está intimamente ligada à angústia. A pessoa consegue manter um pensamento racional e distinguir o certo do errado. Ela tem a necessidade de seguir as normas e fazer aquilo que é correto, sentindo-se culpada quando não consegue cumprir com essa expectativa.
As atividades normais do dia a dia da pessoa não se vêm afetadas pela estrutura neurótica, porém a pessoa não consegue resolver de forma satisfatória esses conflitos internos. Quando foge à regra, precisa justificar seu comportamento, e para isso recorre a argumentos que falem de merecimento ou necessidade. Mesmo assim, não consegue se sentir aliviada.
Na neurose, a culpa e a ansiedade andam de mãos dadas. Segundo especialistas, a forma como a pessoa lida com essa ansiedade é o que a encaixa em um dos três tipos de neurose: a fóbica, a histérica e a obsessiva. A neurose é a estrutura de personalidademais comum e saudável. Quando ocorre a somatória de inúmeros fatores que favorecem a manifestação de um transtorno mental, estas manifestações possuem um bom prognóstico de tratamento e podem incluir transtornos de humor e ansiedadade.Em geral, as condições neuróticas não prejudicam ou interferem com as funções normais do dia a dia, porém criar sintomas comuns de depressão, ansiedade ou stress. Embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa. Acredita-se que a maioria das pessoas sofre de algum tipo de neurose como uma parte da natureza humana.
As neuroses são fruto de tentativas ineficazes de lidar com conflitos e traumas inconscientes. O que distingue a neurose da normalidade é assim a intensidade do comportamento e a incapacidade do doente de resolver os conflitos internos e externos de maneira satisfatória. Algumas pessoas sofrem sintomas mais graves de neurose do que outras, e algumas formas de neurose são mais acentuadas, como transtorno obsessivo-compulsivo. No entanto, a neurose não é tão grave como psicose.
A Neurose, divide-se em histeria e neurose obsessiva. Seu mecanismo de defesa é o recalque ou repressão
Então, enquanto o psicótico encontra sempre fora de si o problema, e acaba por revelar seus distúrbios, ainda que de forma distorcida, o neurótico age da forma oposta.
O conteúdo problemático é mantido em segredo. E não só para os outros, mas para o próprio indivíduo que sente. O neurótico guarda dentro de si o problema externo. É disso que se trata o recalque ou repressão.
Portanto, para que alguns conteúdos fiquem recalcados ou reprimidos, a neurose provoca no indivíduo uma cisão da psique. Tudo o que é doloroso é recaldado e permanece obscuro, causando sofrimentos que o indivíduo mal pode identificar – apenas sentir. Por não poder identificá-los a pessoa passa a reclamar de outras coisas, de sintomas que sente (e não da causa).
No caso da histeria, o indivíduo permanece dando voltas em torno de um mesmo problema insolúvel. É como se a pessoa nunca conseguisse encontrar a verdadeira causa de sua frustração, por isso as constantes reclamações. É possível identifica ainda uma busca constante por um objeto ou uma relação idealizada, na qual o indivíduo deposita aquela frustração recalcada. Isso, logicamente, leva a mais frustrações.
Na Neurose Obsessiva o indivíduo permanece também dando voltas em torno dos mesmos problemas. Nesse caso, no entanto, existe uma forte tendência em organizar tudo ao seu redor. Essa necessidade de organização externa seria um mecanismo para evitar pensar nos problemas reais recalcados em seu interior.
Divisão da Neurose segundo Freud
Neurose Atuais- Tem haver com alguns conflitos aqui e agora, atual, não tem haver com a infância ou coisas passadas. 
Neurose De Transferência- Psiconeurose de defesa tem haver com recalcamento,, tem haver com conflito na infância , histeria, fobias e neuroses obsessivas.
Neurose Narcisicas- As psicoses, o doente psicótico tem um núcleo neurótico.
Neurose obsessiva-pensamento 
Neurose Compulsiva- comportamento 
De acordo com a visão jurídica o neurótico vai ser imputável, visto que ele comete o ato ilícito consciente de realidade e mesmo assim opta por praticar.
Tratamento 
Medicação e Terapia .
PERVERSÃO
A perversão é uma estrutura de personalidade na que a busca pelo prazer é constante. A pessoa sabe que existem normas, são capazes de reconhecê-las, mas tendem a transgredi-las.
No lugar de sentir culpa ou remordimento, o perverso costuma desfrutar desses momentos, não mostrando quaisquer sinais de ansiedade. Ao contrário, a ansiedade somente aparece nos momentos em que deseja transgredir e não consegue.
O perverso costuma materializar seu desejo de perturbar a ordem natural das coisas, as normas estabelecidas, por meio de dois grandes grupos de comportamento: a perversão sexual e a perversão social. É natural reunirem características exibicionistas e descaradas, sendo impulsivas e manipuladoras. A canalização de seu prazer é direcionada a algo que destoa do comum, considerado o movimento saudável da estrutura neurótica - parceiro, família, realização pessoal - para algo perverso e desejos fora do padrão. Podemos mencionar: pedofilia, zoofilia, entre outros.
O mecanismo de defesa específico da perversão é a denegação. Ele poder ser compreendido através do fetichismo.
Assim se dá a denegação: a recusa em reconhecer um fato, um problema, um sintoma, uma dor.
De acordo com a visão da justiça o perverso ou parafílico é sempre imputável.
Tratamento 
O primeiro passo é procurar um especialista em transtornos de personalidade para fazer um diagnóstico detalhado, e tratar de entender como a estrutura da personalidade vem comprometendo o equilíbrio psíquico da pessoa.
Nos casos mais problemáticos, é importante que o tratamento seja feito de forma multidisciplinar, com a participação de um médico psiquiatra. Os medicamentos, além de minimizar determinados sintomas, controlarão eventuais crises e brotes. vale ressaltar que mesmo que o prognóstico do perverso e psicótico não prevejam cura, o suporte adequado pode controlar a manifestação de sintomas e minimizar riscos que o indivíduo possa oferecer para si e terceiros, tornando-se indispensável.  
Características comuns de perversão
        Traços impulsivos, agressivos, hostis, extrovertidos;
        São extremamente confiantes em si mesmos;
        Baixos teores de ansiedade;
        Ausência de sentimento de culpa ou remorso;
        Narcísicos e vaidosos;
        Atos e comportamentos antissociais;
        Criadores de intrigas e conflito no meio em que se encontram;
        Sexualmente ativos e pervertidos;
        Indiferentes ao afeto ou reação do outro (dificuldade marcada na capacidade de empatia).
Infelizmente na contemporaneidade traços perversos têm sido “valorizados” – onde o esperto e o malandro que se dá bem é valorizado em detrimento do “certinho”, numa verdadeira inversão de valores e queda do que chamamos função paterna de LEI.
A falta de compromisso com o outro, a ausência de empatia e culpa são erroneamente e romanticamente confundidos como capacidade de liderança, pulso firme, poder e influência pessoal
A Perversão dificilmente aparece na análise psicanalítica. Isso porque o perverso não enxerga a angústia, ou, pelo menos, não a enxergar como advinda da perversão. Poderíamos dizer, por isso, que ele denega sua angústia.
Outra forma de compreender e analisar as três estruturas psíquicas apresentadas (Psicose, Neurose e Perversão) é a partir do tipo de angústia específico de cada uma delas. Nessa perspectiva incluímos ainda a Depressão, que se relaciona com a Psicose. Haveria, por exemplo, a Psicose Maníaco-depressiva – que é atualmente chamada de Transtorno Bipolar.
No caso da Psicose, a angústia é a angústia da entrega. Sua dor resultaria sempre do outro, de sua entrega ao outro (foraclusão). Essa forma de pensar é o que impede que muitos psicóticos procurem análise ou terapia.
Na Depressão, a angústia é a da realização. O indivíduo não consegue se sentir bom o bastante para as próprias expectativas. A melhora pessoal nunca é suficiente. Podemos dizer, para sermos mais específicos, que a angústia da depressão é a da autorrealização. Resultaria de uma ferida narcísica o sentimento de diminuição pessoal.
Na Histeria encontramos a angústia da permanência. O desejo do indivíduo nunca permanece – há uma mudança constante no objeto em que ele deposita sua vontade. Por isso, a angústia é a angústia de permanecer fixo em um lugar ou desejo único.
Na Neurose Obsessiva identifica-se o oposto do que ocorre na histeria: o desejo parece morto. A angústia seria justamente a angústia de mudar, já que o indivíduo deseja a permanência.

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