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Semana de arte moderna editado

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Semana de arte moderna
Alunos: Rubiana Pereira; Mateus de Paula; João Gustavo de Oliveira; Gabriela Battagini; Nicole Ribeiro; Yara Coelho e Matheus Xavier 
Comissão Organizadora da Semana de Arte Moderna. Da esquerda para a direita: Manuel Bandeira é o segundo e Mário de Andrade, o terceiro; Oswald de Andrade aparece em primeiro plano.
Mário de andrade
Poeta;
Escritor;
Crítico literário;
Musicólogo;
Folclorista;
Ensaísta brasileiro;
Mário de Andrade
Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo em 9 de outubro de 1893;
Em 1917, estudou piano no “Conservatório Dramático e Musical de São Paulo”, ano da morte de seu pai, o Dr. Carlos Augusto de Andrade.
Em 1917 publica “Há uma Gota de Sangue em cada Poema”;
Em 1922, publica a obra de poesias “Paulicéia Desvairada” e torna-se Catedrático de História da Música, no “Conservatório Dramático e Musical de São Paulo”.
Em 1927, publica a obra “Clã do Jabuti”, pautada nas tradições populares. Nesse mesmo ano, publica o romance intitulado “Amar, Verbo Intransitivo”, onde critica a hipocrisia sexual da burguesia paulistana.
Em 1928, publica o romance (rapsódia) “Macunaíma”, uma das grandes obras-primas da literatura brasileira.
Mário de Andrade
Em 1928, publica o romance (rapsódia) “Macunaíma”, uma das grandes obras-primas da literatura brasileira.
Durante 4 anos, (1934 a 1938) trabalhou na função de diretor do “Departamento de Cultura do Município de São Paulo”.
Em 1938, muda-se para o Rio de Janeiro. Foi nomeado catedrático de Filosofia e História da Arte e ainda, Diretor do Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal.
Retorna à sua cidade natal, em 1940, onde começa a trabalhar no Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN).
Poucos anos depois, sua saúde começa a ficar frágil. No dia 25 de fevereiro de 1945, aos 51 anos de idade, Mário de Andrade falece em São Paulo, vítima de um ataque cardíaco.
Ode ao burguês – mário de andrade
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, 
o burguês-burguês! 
A digestão bem-feita de São Paulo! 
O homem-curva! o homem-nádegas! 
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, 
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
Eu insulto as aristocracias cautelosas! 
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros! 
que vivem dentro de muros sem pulos; 
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos 
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês 
e tocam os "Printemps" com as unhas!
Eu insulto o burguês-funesto! 
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições! 
Fora os que algarismam os amanhãs! 
Olha a vida dos nossos setembros! 
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais 
o èxtase fará sempre Sol!
Morte à gordura! 
Morte às adiposidades cerebrais! 
Morte ao burguês-mensal! 
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi! 
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano! 
"Ai, filha, que te darei pelos teus anos? 
Um colar... Conto e quinhentos!!! 
Mas nós morremos de fome!"
Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma! 
Oh! purée de batatas morais! 
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas! 
Ódio aos temperamentos regulares! 
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia! 
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados! 
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos, 
sempiternamente as mesmices convencionais! 
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia! 
Dois a dois! Primeira posição! Marcha! 
Todos para a Central do meu rancor inebriante 
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio! 
Morte ao burguês de giolhos, 
cheirando religião e que não crê em Deus! 
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico! 
Ódio fundamento, sem perdão!
Fora! Fu! Fora o bom burgês!... 
MACUNAÍMA
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói da nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia Tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: - Ai! Que preguiça!...
e não dizia mais nada.
Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força de homem. O divertimento dele era decepar cabeça de saúva.
Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém (...).
No mucambo si alguma cunhatã se aproximava dele pra fazer festinha, Macunaíma punha a mão nas graças dela, cunhatã se afastava. Nos machos guspia na cara. Porém respeitava os velhos e frequentava com aplicação a murua a poracê o toré o bacorocô a cucuicogue, todas essas danças religiosas da tribo.
Menotti Del Picchia
Paulo Menotti Del Picchia foi um poeta, jornalista, tabelião, advogado, político, romancista, cronista, pintor e ensaísta brasileiro.
Menotti Del Picchia
 Menotti del Picchia nasceu em 20 de março de 1892, na cidade de São Paulo.
 Formou-se em Ciências e Letras e depois em Direito.
 Em 1913, publicou seu primeiro livro: Poemas do vício e da virtude.
 Atuou em Itapira (Minas Gerais) como advogado. Nessa cidade, dirigiu o jornal Cidade de Itapira e fundou o jornal, de caráter político, chamado O Grito.
 Na cidade de São Paulo, trabalhou como jornalista nos jornais Correio Paulistano e A Gazeta. Foi também o fundador do jornal A Noite.
 Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, entre os dias 11 e 18 de fevereiro.
 Menotti del Picchia foi também deputado estadual em São Paulo por duas legislaturas e deputado federal por três legislaturas.
 Recebeu os prêmios Jabuti em 1960 e o Juca Pato em 1968.
 Faleceu em 1988, aos 96 anos de idade, na cidade de São Paulo.
Principais características do estilo literário
Presença marcante, em suas poesias, do nacionalismo. 
 A estética de suas poesias é caracterizada por elementos do Parnasianismo.
 Escreveu poemas de caráter lírico e romântico.
 Algumas obras são marcadas pelo estilo jornalístico do autor.
Oswald de andrade
Escritor;
Ensaísta;
Dramaturgo brasileiro.
Oswald de andrade
José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São Paulo, no dia 11 de janeiro de 1890;
Formou-se em Direito e ingressou na carreira jornalística;
Em 1911 iniciou sua vida literária no jornal semanal “O Pirralho”, que fundou e dirigiu junto com Alcântara Machado e Juó Bananère; 
Filho de família rica, em 1912, viaja para Europa. A estada em Paris, deu-lhe ideias futuristas e uma companheira, Kamiá, mãe de seu primeiro filho;
Em 1917 volta para São Paulo e no mesmo ano em sua coluna no Jornal do Comércio defende Anita Malfatti das críticas de Monteiro Lobato. 
Oswald de andrade
Tem participação ativa na Semana de Arte Moderna de 1922; 
Viaja para Paris e dá a Conferência “O Esforço Intelectual do Brasil Contemporâneo”;
Esteve em contato com as correntes vanguardistas; 
Polêmico, irônico, teve uma vida atribulada, foi idealizador dos principais manifestos modernistas, entre eles, o Manifesto Pau-Brasil; 
Em 1926, casa-se com Tarsila do Amaral, que faz as ilustrações de seu primeiro livro de poemas, “Pau-Brasil”;
Juntos, fundam o Movimento Antropófago, onde propõe, na literatura e na pintura, que o Brasil devore a cultura estrangeira e crie uma cultura revolucionária própria;
Oswald de andrade
Em 1929, separa-se de Tarsila e rompe com seu amigo Mário de Andrade. Em 1930, casa-se com a escritora e militante comunista Patrícia Galvão (a Pagu), com quem teve seu segundo filho. Milita nos meios operários e, em 1931 ingressa no Partido Comunista, no qual permanece até 1945; 
Desse período são as obras mais marcadas ideologicamente, como o "Manifesto Antropófago", o romance "Serafim Ponte Grande" e a peça teatral “O Rei da Vela”;
Outros casamentos aconteceram na vida de Oswald de Andrade. Em 1936 casa-se com a poetisa Julieta Bárbara e, em 1944, com Maria Antonieta d’Aikmin, com quem teve duas filhas;
Após Longa doença,Oswald faleceu em São Paulo, no dia 22 de outubro de 1954;
Oswald de andrade
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
Erro de português
Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
Graça aranha
Escritor e diplomata brasileiro, e um imortal da Academia Brasileira de Letras, considerado um autor pré-modernista no Brasil, sendo um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922.
Graça aranha
José Pereira da Graça Aranha nasceu em São Luís, Maranhão, em 21 de junho de 1868;
 
Era filho de Temístocles da Silva Maciel Aranha e de Maria da Glória da Graça. Sua família era abastada e, portanto, Graça Aranha desde cedo teve uma boa educação;
Estudou na Faculdade de Direito do Recife, numa época agitada pelas ideias vanguardistas de Tobias Barreto; 
Em 1886, formou-se em Direito e mudou-se para o Rio de Janeiro, exercendo por algum tempo a magistratura, em Campos, no Rio de Janeiro e em seguida, em Porto Cachoeiro, no Espirito Santo;
Em 1896, foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras, sem ter ainda publicado nenhum livro;
Em seguida, Graça Aranha entrou para o Itamaraty. Como diplomata, desempenhou várias missões na Inglaterra, França, Itália, Holanda, etc, entre os anos de 1900 e 1920;
Graça aranha
Em 1902, Graça Aranha lançou o romance “Canaã”, fruto das impressões colhidas em Porto Cachoeiro, no Espírito Santo, observando o contraste entre a população nativa e os imigrantes alemães; 
Em 1920, Graça Aranha regressou ao Brasil, convencido de que a literatura brasileira precisava mudar. Passa a integrar o movimento que revolucionou o país, a Semana de Arte Moderna; 
No dia 13 de fevereiro de 1922, proferiu o discurso inaugural do movimento, na conferência intitulada: “A emoção estética na arte moderna”.
Em 1924, rompe com a Academia, após atacar a literatura oficial na Conferência intitulada “O Espírito Moderno”, que ele declara: "se a Academia não se renova, morra a Academia!”
Em 26 de janeiro de 1931, morreu no Rio de Janeiro, com 62 anos.
Canaã (1902)
O romance-novela pré-modernista aborda a imigração alemã no estado do Espírito Santo, e tem como temas a opressão feminina, o imperialismo germânico, o militarismo, a corrupção dos administradores públicos, o ostracismo, o conflito de adaptação à nova terra.
Milkau e Lentz são dois jovens alemães que imigram para Porto do Cachoeiro, no Espírito Santo. Trabalhando como colonos, desenvolvem uma relação de amizade e de competição, ao expressarem duas filosofias de vida diferentes.
Maria, filha de imigrantes , é seduzida pelo filho do patrão. Engravida e, após muitas vicissitudes, dá à luz ao seu filho no mato, onde a criança é devorada pelos porcos. Maria, acusada de matar seu filho, é presa. Até que é resgatada por Milkau, que foge com ela para a sua Canaã, a terra prometida, em busca da liberdade.
Di Cavalcanti
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti, foi um pintor modernista, desenhista, ilustrador, muralista e caricaturista brasileiro.
Di calvacanti
Di Cavalcanti nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1897. 
Desde jovem demonstrou grande interesse pela pintura. Com onze anos de idade teve aulas de pintura com o artista Gaspar Puga Garcia;
Seu primeiro trabalho como caricaturista foi para a revista Fon-Fon, no ano de 1914;
Participou do Primeiro Salão de Humoristas em 1916 no Rio de Janeiro;
Mudou para a cidade de São Paulo em 1917;
Em 1917, fez a primeira exposição individual para a revista "A Cigarra";
No ano de 1919, fez a ilustração do livro Carnaval de Manuel Bandeira;
Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo 11 obras de arte e elaborando a capa do catálogo;
Em 1923, foi morar em Paris como correspondente internacional do jornal Correio da Manhã. Retornou para o Brasil dois anos depois e foi morar na cidade do Rio de Janeiro;
Em 1926, fez a ilustração da capa do livro O Losango de Cáqui de Mário de Andrade. Neste mesmo ano participa como ilustrador e jornalista do jornal Diário da Noite;
Em 1927, colaborou como desenhista no Teatro de Brinquedo;
Di calvacanti
Em 1928, filiou-se ao Partido Comunista do Brasil;
Em 1932, fundou, em São Paulo, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos; 
No mesmo ano, sofreu sua primeira prisão durante a Revolução Constitucionalista de 1932;
Em 1938, trabalhou na rádio francesa Diffusion Française;
Em 1953, foi premiado, junto com o pintor Alfredo Volpi, como melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo;
Em 1955, publicou um livro de memórias com o título de Viagem de minha vida;
Recebeu o primeiro prêmio, em 1956, na Mostra de Arte Sacra (Itália);
Em 1958, pintou a Via-Sacra para a catedral de Brasília;
Em 1971, ocorreu a retrospectiva da obra de Di Cavalcanti no Museu de Arte Moderna de São Paulo;
Morreu em 26 de outubro de 1976 na cidade do Rio de Janeiro.
Manuel Bandeira
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, professor, poeta, cronista, crítico e historiador literário fez parte da geração modernista de 22. 
Manuel Bandeira
Nasceu em Recife, Pernambuco, em 19 de abril de 1886.
Em 1897 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro e ficou até 1902 e obteve o Bacharel em Letras.
 Em 1903 matriculou-se na Escola Politécnica de São Paulo para fazer o curso de engenheiro-arquiteto. No ano seguinte abandonou os estudos por motivo de doença e fez estações de cura em Campanha, MG, Teresópolis e Petrópolis, RJ, e por fim Clavadel, Suíça.
Em 1917, publicou A cinza das horas, onde reuniu poemas compostos durante a doença.
Em 1919 publicou o segundo livro de poemas, Carnaval, livro esse onde se encontra o poema Os Sapos.
HEITOR VILLA LOBOS
Heitor Villas-lobos
Foi um compositor, maestro, violoncelista, pianista e violonista brasileiro, descrito como "a figura criativa mais significativa do Século XX na música clássica brasileira", e se tornando o compositor sul-americano mais conhecido de todos os tempos. 
Principais obras
O trenzinho caipira;
Descobrimento do Brasil;
Bachianas Brasileiras;
Cantinela;
Choros nº 1, nº2 e nº 5;
A floresta do Amazonas;
Melodia Sentimental;
Uirapuru;
Rudepôema
Algumas curiosidades sobre Heitor Villa-Lobos que valem a pena conhecer:
O dia da música clássica é 5 de março, dia do aniversário de Villa- Lobos, sendo esta uma forma de homenageá-lo;
Sua primeira composição foi aos 13 anos e se chamava “Panqueca” e, tal partitura foi perdida;
Após contrair uma doença venérea, Heitor ficou estéril e não chegou a ser pai;
Recebeu 24 títulos no Instituto da França;
Foi um dos membros da Academia de Belas Artes em Nova Iorque;
Foi fundador e o primeiro presidente da Academia Brasileira de Música.

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