Buscar

APOSTILA E CASOS DE PRATICAIII

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO 
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) 
PROFA. BRUNA 
 
 
I – NOÇÕES GERAIS 
 
1. PEÇAS COBRADAS NAS ÚLTIMAS PROVAS 
XXVII EXAME DA ORDEM - CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO (RAZÕES DO APELADO) 
XXVI EXAME DA ORDEM – ALEGAÇÕES FINAIS 
XXV EXAME DA ORDEM – APELAÇÃO 
* XXV REAPLICAÇÃO PORTO ALEGRE - APELAÇÃO 
XXIV EXAME DA ORDEM – AGRAVO EM EXECUÇÃO 
XXIII EXAME DA ORDEM – ALEGAÇÕES FINAIS 
XXII EXAME DA ORDEM -APELAÇÃO 
XXI EXAME DA ORDEM – RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
XX EXAME DA ORDEM – ALEGAÇÕES FINAIS 
* XX REAPLICAÇÃO PORTO VELHO – ALEGAÇÕES FINAIS 
XIX EXAME DE ORDEM – CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO 
XVIII EXAME DA ORDEM -APELAÇÃO 
XVII EXAME DA ORDEM – ALEGAÇÕES FINAIS 
XVI EXAME DA ORDEM – AGRAVO EM EXECUÇÃO 
XV EXAME DA ORDEM – QUEIXA-CRIME 
XIV EXAME DA ORDEM – ALEGAÇÕES FINAIS 
XIII EXAME DA ORDEM – APELAÇÃO 
XII EXAME DE ORDEM - APELAÇÃO 
XI EXAME DE ORDEM - APELAÇÃO 
X EXAME DE ORDEM – REVISÃO CRIMINAL 
IX EXAME DE ORDEM - ALEGAÇÕES 
VIII EXAME DE ORDEM – RESPOSTA A ACUSAÇÃO 
VII EXAME DE ORDEM - APELAÇÃO 
VI EXAME DE ORDEM - RELAXAMENTO 
V EXAME DE ORDEM - APELAÇÃO 
IV EXAME DE ORDEM – APELAÇÃO 
III EXAME DA ORDEM – RESE 
II EXAME DA ORDEM – REPOSTA A ACUSAÇÃO 
 
I – QUEIXA-CRIME 
 
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada. 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, 
a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime 
e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento 
do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos 
dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal. 
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, 
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiála e oferecer denúncia substitutiva, intervir em 
todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de 
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: ART. 30, 41 e 44 do CPP e Art. 100,§2º, CP Procuração com poderes especiais – 
art. 44, CPP 
* QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA - Fundamentação: Artigo 5º, Inciso LIX da CRFB, Art. 100, §3º do CP e Art. 29 
e 41 do CPP. 
 2. PRAZO 6 meses – conhecimento da autoria do crime - decadencial *subsidiária: 6 meses do término do prazo do 
MP 
3. MOMENTO PROCESSUAL Início da ação penal, cabe: - Nos crimes de ação penal privada - Nos crimes de ação 
penal pública, diante da inércia do MP 
4. ENDEREÇAMENTO Perante o juiz competente para o crime. 
5. FINALIDADE - narração do fato criminoso e qualificação do querelado; 
-classificação do crime; - rol de testemunhas. Pedido: recebimento da ação; citação; condenação e notificação das 
testemunhas. 
 
6. ESTRUTURA 
 
 
ENDEREÇAMENTO*
•NOME DA PEÇA
•CABEÇALHO**
• NOME DO QUERELANTE, nacionalidade,
estado civil, profissão, endereço completo, RG
NºXXX, CPF Nº XXX, vem, a presença de Vossa
Excelência, por intermédio de seu procurador
judicial (pocuração com poderes especial anexa),
OFERECER QUEIXA-CRIME, com fundamento
legal no artigo 100, §2º do Código Penal e nos
artigos 30, 41 e 44 do Código de Processo Penal,
em face de NOME DO QUERELADO, qualificação
civil completa, pela prática do fato criminoso a
seguir narrado.
Breve RELATO DOS FATOS -
narração do fato criminoso
(No dia xx, o querelado...)
Classificação do crime
(Ocorre que a conduta do
querelado configura crime
de xxx)
PEDIDO***
Diante do exposto, pugna o querelante
pelo recebimento da presente inicial
incriminatória proceden-se em seguida a
citação do querelado, para que este ao
final da instrução probatória seja
condenado com o incurso nas sanções do
artigo xxx do Código Penal. Ademais,
requer a fixação do valor mínimo de
indenização, conforme o artigo 387, IV,
CPP.
• Nestes termos, pede deferimento.
• Local e data
• Assinatura do advogado***
• ROL DE TESTTEMUNHAS.
 
* EXCELENTÍSSIMO SR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____ 
EXCELENTÍSSIMO SR. JUIZ DE DIREITO DA ___ UNIDADE DO JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA 
COMARCA ___ 
** QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA 
Fundamentação: Artigo 5º, Inciso LIX da CRFB, Art. 100, §3º do CP e Art. 29 e 41 do CPP. 
Após o cabeçalho: “Cuida-se de crime descrito no artigo xxx do Código Penal, o qual comporta Ação Penal Pública 
Incondicionada (Condicionada), de titularidade do Ministério Público, apesar disso, verificada a inércia do “parquet” 
surge para o querelante o direito de oferecer queixa-crime subsidiária.” 
*** NO caso do Juizados especiais, acrescentar o pedido da designação da audiência preliminar. 
**** NÃO ASSINAR. Não identificar a peça. 
 
PROVA 
(XV.OAB) Enrico, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redes sociais 
existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. 
Enrico utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de 
pessoas no mundo contemporâneo. 
No dia 19/04/2014, sábado, Enrico comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes 
e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã 
de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à 
comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. 
 Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos 
contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado 
em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal 
de Enrico. 
Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo 
da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito de 
prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia 
embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no 
horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”. 
Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a 
mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Enrico, mortificado, 
não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, que estavam ao seu lado naquele instante. 
Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa 
comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Enrico procurou a Delegacia de Polícia Especializada em 
Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da 
mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados cinco meses da data 
dos fatos, Enrico procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de 
Enrico, deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui VarasCriminais e 
Juizados Especiais Criminais. 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça 
cabível, excluindo a possibilidade de impetração de habeas corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. 
(Valor: 5,00 pontos) 
 
II – RESPOSTA A ACUSAÇÃO 
 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar 
liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo 
de 10 (dez) dias. (...) 
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, 
oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, 
qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (...) 
 
Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a 
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. § 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado 
a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor 
constituído, no caso de citação inválida ou por edital. § 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o 
máximo de 8 (oito), na denúncia ou na queixa. § 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e 
alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas 
pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, 
quando necessário. 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
- ART. 396, CPP; ART. 396-A, CPP (PEÇA OBRIGATÓRIA) 
*Art. 406, §3º 
2. PRAZO 
- 10 DIAS – exclui o dia do começo e inclui o início; 
- a partir da citação e não da juntada do mandado – Súmula 710, STF1 - por edital conta-se do comparecimento do 
acusado ou defensor (art. 396, CPP). 
 
3. MOMENTO PROCESSUAL 
- CITAÇÃO → Após recebida a denúncia ou queixa; 
* “SÚMULA 523 - NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS A 
SUA DEFICIÊNCIA SÓ O ANULARÁ SE HOUVER PROVA DE PREJUÍZO PARA O RÉU.” 
- procedimentos ordinários e sumários (INCLUI O JÚRI); 
* No JECRIM, a resposta chama-se defesa preliminar e trata-se de peça não obrigatória, pode ser oferecida na forma 
oral ou escrita, na audiência de instrução e julgamento, objetiva a rejeição da denúncia ou queixa e a introdução de 
matéria técnica. (LEMBRE-SE QUE CABE APELAÇÃO PELA REJEIÇÃO DA INCIAL). E tem fundamento legal 
no artigo 81 da Lei 9.099/95 e não no artigo 396,CPP.2 
4. FINALIDADE 
I. Arguir questões prejudiciais (art. 92 e 93, CPP); preliminares (art. 95, CPP – autos apartados – instrumento autônomo) 
– momento das nulidades (art. 564,CPP – pedido de anulação); 
* Na prática, os autos da exceção devem vir em apartado, todavia na elaboração deve-se incluir antes das preliminares. 
 
1 S. 710, STF – “No processo penal, contam-se os prazos para a data da intimação e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou 
de ordem.”. 
2 Enunciado nº 108 – O artigo 396 do CPP não se aplica ao Juizado Especial Criminal regido por lei especial (Lei nº 9.099/95) que estabelece regra 
própria”. (XXV FONAJE) 
II. Introduzir a defesa técnica – todavia limitar as hipóteses do art. 397, CPP – absolvição sumária – aprofundar as teses 
defensivas nas alegações finais; 
* A absolvição sumária do artigo 397 por depender apenas dos elementos de informação (provas inquisitoriais) do IP e 
dos documentos acostados na defesa inicial é opção pouco utilizada pelo juiz, pois ele é feita antes da instrução da ação 
penal. Lembre-se que esta absolvição sumária é distinta da prevista no artigo 415,CPP realizada no Júri e feita após a 
instrução. 
* Fundamento da absolvição sumária: 
 INCISO I – excludente de ilicitude (art. 23, CP – legítima defesa; estado de necessidade; exercício regular do direito e 
estrito cumprimento do dever legal); 
INCISO II – excludente de culpabilidade (doença mental, coação moral irresistível, por ex. – salvo a inimputabilidade3); 
INCISO III – o fato não constitui crime (fato atípico); 
INCISO IV – extinta a punibilidade (art. 107, CP – prescrição, decadência, perdão judicial, por ex. – tecnicamente é 
uma declaração de extinção de punibilidade – aqui temos um erro do legislador, pois prescrição por ex. gera declaração 
de extinção de punib. e não absolvição) 
III. Juntar documentos, requerer diligências e arrolar testemunhas. 
8 testemunhas – proc. ordinário / 5 testemunhas – proc. sumário 
IV. Pedido de rejeição da denúncia – apesar de questionável – em informativo (2013 - abaixo4) recente do 
STJ conclui que é admissível o pedido do não recebimento da inicial acusatória na resposta acusação. 
OBS.: Desclassificação: o STJ tem aceito que o magistrado altere a classificação do crime no momento do recebimento 
da denúncia. Portanto, é possível, em resposta, pedir a desclassificação de um crime para outro – por exemplo, de 
homicídio para lesão corporal. 
 
6. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
6.1 DEFESA PRÉVIA DA LEI DE DROGAS 
- Art. 55 da Lei 11.343/06 – peça obrigatória apresentada após o oferecimento da denúncia, prazo de 10 dias, antes do 
recebimento da denúncia. Não há ação penal ainda, pois o juiz ainda não recebeu a inicial, por isso que não se pede 
absolvição neste momento. 
OBJETIVO: rejeição da inicial acusatória – art. 395,CPP 
Art.55 . Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por 
escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
 
- Tese de defesa: art. 395, CPP - PEDIDOS: carência da ação; inépcia da exordial; meios de prova (rol de testemunhas) 
e exceções. (defesa formal) 
DENÚNCIA → NOTIFICAÇÃO → DEFESA PRÉVIA (10 DIAS) – RECEB. OU REJEIÇÃO DA DENÚNICA. 
OBS¹: defesa preliminar dos crimes funcionais – art. 514 do CPP, e só é aplicável na hipótese de crime funcional – 
delito praticado por funcionário público contra a administração pública (CP, arts. 312/326). Como ela deve ser oferecida 
antes do recebimento da petição inicial, não há como pedir a absolvição do cliente, pois não há ação penal em trâmite. 
Nela, você estará limitado a demonstrar ao juiz que a denúncia oferecida pelo MP não merece ser recebida, com 
fundamento no art. 395 do CPP. “Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: I – for manifestamente inepta; 
II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou III – faltar justa causa para o exercício 
 
3 O art. 397 faz ressalva em relação ao inimputável, e a razão é a seguinte: caso o réu seja, por exemplo, esquizofrênico, a ponto de não ter 
discernimento do que fez, o juiz o absolverá (absolvição imprópria). No entanto, ele será submetido a medida de segurança. Para que se conclua pela 
inimputabilidade, é necessário o prosseguimento da ação para o julgamento do respectivo incidente (veja o art. 149 do CPP). Por esse motivo, não é 
possível absolvê-lo sumariamente, com imposição de medida de segurança, com fundamento em inimputabilidade 
da ação penal.”. Exemplo: o MP ofereceu denúncia quando já prescrito o crime (falta de justa causa). Mas, nesse caso, 
o correto não seria pedir a declaração da extinção da punibilidade? Se estivéssemos na fase processual, sim. Mas, na 
peça em estudo, só poderá existir uma decisão favorável: o não recebimento da inicial. É o que deve ser pedido. Na 
prática: o problema descreverá a prática de um crime funcional e dirá que o MP OFERECEU a denúncia contra o seu 
cliente. Como ainda não há ação penal, o enunciado dirá que o acusadofoi NOTIFICADO, e não CITADO. 
 
6.2 DEFESA PRELIMINAR DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO (ou resposta por escrito) 
- Art. 514, CPP – peça apresentada após o oferecimento da denúncia, no prazo de 15 dias, mas antes do recebimento da 
denúncia, NOS CRIMES AFIANÇAVEIS. 
Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-
la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias. 
 - Súmula 330, STJ – “é desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na 
ação penal instruída por inquérito policial”. DIVERGÊNCIA SOBRE SUA NULIDADE ABSOLUTA OU 
RELATIVA. 
DENÚNCIA (BASEADO EM PROC. ADMIN.) → NOTIF. → DEFESA PRELIMINAR (15 DIAS) 
OBS²: Defesa Prévia de Lei de Drogas: há quem sustente que esta peça foi revogada com a reforma do CPP. Prevista 
no art. 55 da Lei 11.343/06, ela é semelhante à defesa preliminar dos crimes funcionais: é oferecida antes do recebimento 
da inicial. Portanto, as teses também estão limitadas ao art. 395 do CPP, e o seu pedido será um só: o não recebimento 
da inicial. Não há como falar em absolvição, pois não há ação penal em trâmite. Tanto na defesa preliminar quanto na 
defesa prévia, o enunciado trará uma situação em que houve o OFERECIMENTO da denúncia, mas não o recebimento. 
A defesa prévia da Lei de Drogas só é cabível no caso de acusação por tráfico de drogas. Na prática: veja os comentários 
à defesa preliminar dos crimes funcionais. 
 
7. ESTRUTURA DA PEÇA 
 
 
PROVA 
ENDEREÇAMENTO*
•NOME DA PEÇA
•CABEÇALHO**
• NOME DO ACUSADO, já qualificado nos
autos, vem por intermédio de seu
procurador judicial (pocuração com poderes
especial anexa), a presença de Vossa
Excelência, apresentar RESPOSTA À
ACUSAÇÃO, com fundamento legal nos
artigos 396 e 396-A do Código de Processo
Penal, pelos motivos a seguir expostos.
• DOS FATOS
•Breve RELATO DOS FATOS - narração do 
fato criminoso (No dia xx, o ...)
PRELIMINARES
DAS EXCEÇÕES
DA REJEIÇÃO DA DENÚNCIA
OU DA QUEIXA-CRIME
NULIDADES
DO DIREITO
ART. 397, CPP
PEDIDO
Diante do exposto, requer inicialmente a
rejeição da exordial inicial em vista artigo
395 do CPP; que seja declarada a nulidade
ab initio, com fulcro no artigo 564 do CPP,
ao final a ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA do artigo
397, inciso ... do CPP, em face ... Não
sendo este o seu entendimento, pleiteia-
se ... Ademais, requer a fixação da pena
no mínimo e a notificação das
testemunhas arroladas.
Nestes termos, pede deferimento.
• Local e data
• Assinatura do advogado
• ROL DE TESTTEMUNHAS.
 
(XXI.OAB) Gabriela, nascida em 28/04/1990, terminou relacionamento amoroso com Patrick, não mais suportando as 
agressões físicas sofridas, sendo expulsa do imóvel em que residia com o companheiro em comunidade carente na 
cidade de Fortaleza, Ceará, juntamente com o filho do casal de apenas 02 anos. Sem ter familiares no Estado e nem 
outros conhecidos, passou a pernoitar com o filho em igrejas e outros locais de acesso público, alimentando-se a partir 
de ajudas recebidas de desconhecidos. Nessa época, Gabriela fez amizade com Maria, outra mulher em situação de rua 
que frequentava os mesmos espaços que ela. No dia 24 de dezembro de 2010, não mais aguentando a situação e vendo 
o filho chorar e ficar doente em razão da ausência de alimentação, após não conseguir emprego ou ajuda, Gabriela 
decidiu ingressar em um grande supermercado da região, onde escondeu na roupa dois pacotes de macarrão, cujo valor 
totalizava R$18,00 (dezoito reais). Ocorre que a conduta de Gabriela foi percebida pelo fiscal de segurança, que a 
abordou no momento em que ela deixava o estabelecimento comercial sem pagar pelos bens, e apreendeu os dois 
produtos escondidos. Em sede policial, Gabriela confirmou os fatos, reiterando a ausência de recursos financeiros e a 
situação de fome e risco físico de seu filho. Juntado à Folha de Antecedentes Criminais sem outras anotações, o laudo 
de avaliação dos bens subtraídos confirmando o valor, e ouvidos os envolvidos, inclusive o fiscal de segurança e o 
gerente do supermercado, o auto de prisão em flagrante e o inquérito policial foram encaminhados ao Ministério Público, 
que ofereceu denúncia em face de Gabriela pela prática do crime do Art. 155, caput, c/c Art. 14, inciso II, ambos do 
Código Penal, além de ter opinado pela liberdade da acusada. O magistrado em atuação perante o juízo competente, no 
dia 18 de janeiro de 2011, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público, concedeu liberdade provisória à 
acusada, deixando de converter o flagrante em preventiva, e determinou que fosse realizada a citação da denunciada. 
Contudo, foi concedida a liberdade para Gabriela antes de sua citação e, como ela não tinha endereço fixo, não foi 
localizada para ser citada. No ano de 2015, Gabriela consegue um emprego e fica em melhores condições. Em razão 
disso, procura um advogado, esclarecendo que nada sabe sobre o prosseguimento da ação penal a que respondia. Disse, 
ainda, que Maria, hoje residente na rua X, na época dos fatos também era moradora de rua e tinha conhecimento de suas 
dificuldades. Diante disso, em 16 de março de 2015, segunda-feira, sendo terça-feira dia útil em todo o país, Gabriela e 
o advogado compareceram ao cartório, onde são informados que o processo estava em seu regular prosseguimento desde 
2011, sem qualquer suspensão, esperando a localização de Gabriela para citação. Naquele mesmo momento, Gabriela 
foi citada, assim como intimada, junto ao seu advogado, para apresentação da medida cabível. Cabe destacar que a ré, 
acompanhada de seu patrono, já manifestou desinteresse em aceitar a proposta de suspensão condicional do processo 
oferecida pelo Ministério Público. 
Considerando a situação narrada, apresente, na qualidade de advogado(a) de Gabriela, a peça jurídica cabível, diferente 
do habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de direito material e processual pertinentes. A peça deverá ser 
datada no último dia do prazo. (Valor: 5,00) 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A 
simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. 
 
 
III – ALEGAÇÕES FINAIS 
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações 
finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 
10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. 
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. 
§ 2º Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, 
prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. 
§ 3º O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o 
prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 
(dez) dias para proferir a sentença. 
Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a 
audiência será concluída sem as alegações finais. Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência 
determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por 
memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença. 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ART. 403, §3º, CPP 
 Haverá memoriais (peça escrita) – quando tratar-se de caso complexo ou em virtude do número de acusados. Ou no 
caso de terem sido requeridas novas diligências. Ou ter sido o interrogatório realizado por meio de carta precatória. 
 * no caso de ter sido transformado os debatesorais por memoriais sem as circunstâncias cabíveis – cabe correição 
parcial (error in procedendo) 
 
2. PRAZO Orais – 20 mim Memoriais: 5 dias 
 3. MOMENTO PROCESSUAL FIM DA INSTRUÇÃO PENAL - AO FINAL DA AUDIÊNCIA UMA DE 
INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. Em regra, serão apresentadas oralmente. Serão apresentados memoriais (escrito) no 
caso: 
a) A critério do juiz - complexidade do caso; 
b) A critério do juiz - número de acusados; 
c) Ordenada nova diligência. 
* No procedimento sumário não há previsão legal da substituição das alegações orais pelos memoriais. Todavia, a praxe 
forense é de que em havendo acordo na substituição dos debates orais por memoriais, estes poderão ser apresentados. 
* No tribunal do Júri, as alegações serão orais e não gera nulidade sua ausência, pois poderá ser estratégia da defesa. 
Mas na prática, dada a complexidade 
 Súmula 523, STJ – “No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o 
anulará se houver prova de prejuízo para o réu.”. 
 
4. FINALIDADE 
 # PEDIDOS para a DEFESA: 
1º ABSOLVIÇÃO (art. 386,CPP)* 
 2º PEDIDOS ALTERNATIVOS (no caso do pedido principal não ser acolhido) 
** Preliminares: No procedimento ordinário, deve-se arguir as eventuais nulidades (art. 564 e art. 571,II, CPP) – não 
gera a absolvição, mas a anulação do ato viciado. A extinção de punibilidade (art. 107, CP) também deve ser arguida 
como preliminar, pois se trata de sentença declaratória e não absolutória, por isso pede-se a “declaração” e não 
“absolvição”. 
* Absolvição (art. 386, CPP): 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: 
I - estar provada a inexistência do fato; 
II - não haver prova da existência do fato; 
III - não constituir o fato infração penal; 
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; 
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e §1º 
do art. 28, todos do Código Penal, ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; 
VII – não existir prova suficiente para a condenação. 
Hipóteses: 
a) Inexistência do fato ou não haver prova da existência do fato (I e II); 
b) Não constituir o fato infração penal (III) – fato atípico; c) Ausência de prova da participação/autoria do acusado ou 
dúvida na sua participação (IV e V); 
d) Excludentes de ilicitude, de culpabilidade e causas de isenção ou dúvida sobre a sua existência (VI) - dúvida; 
e) Não existir provas suficientes para a condenação – trata-se de uma cláusula genérica. * Absolvição Sumária no Júri 
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: 
I – provada a inexistência do fato; (materialidade) 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; (autoria) 
III – o fato não constituir infração penal; 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. 
 
DENUNCIA – CITAÇÃO – RESPOSTA A ACUSAÇÃO – AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
(DEBATES/MEMORIAIS) – SENTENÇA DE PRONUNCIA 
 
Objetivo dos memoriais no Júri: evitar que o juiz pronuncie o acusado – evitar que chegue a segunda a fase – o 
julgamento perante o Conselho de Segurança: 
a) Demonstrar que não materialidade ou autoria – resultado: impronúncia; 
 b) Desclassificar para outro crime, que não seja de competência do Júri; 
c) Absolver sumariamente, nos termos do art. 415, CPP (≠ Art. 397, CPP) 
** Pedidos alternativos – geralmente pede-se para enquadrar em um tipo penal mais brando, também se requere: 
a) Afastamento de agravante; 
b) Afastamento de qualificadora ou causa de aumento; 
c) Aplicação da pena no mínimo, com base no artigo 59,CP. 
d) Pedido de concessão de benefício, como a substituição para pena privativa de liberdade por restritiva de direito, outro 
regime que não o fechado; 
 
# PEDIDOS para a ACUSAÇÃO: (ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO) 
1º Não restou provada a materialidade do crime ou autoria do réu: pede a ABSOLVIÇÃO. 
2º Provada a materialidade do crime e autoria do réu: CONDENAÇÃO (Deve demonstrar a adequação da conduta do 
réu com o tipo penal – bem como as agravantes e atenuantes; causas de aumento e diminuição) 
 
5. ESTRUTURA 
 
 
* Ou memoriais finais (A OAB tem aceitado ambas as terminologias). 
** JÚRI: Art. 403, §3º e Art. 394, §5º, CPP 
*** JÚRI: FUNDAMENTAÇÃO: falta de provas suficientes de autoria e materialidade do crime (impronúncia), 
existência de crime que não seja da competência do júri (desclassificação), ou existência de circunstância que exclua o 
crime ou isente a pena (absolvição). 
**** JÚRI: PEDIDOS – “postula-se pela sentença de”: 
A) impronúncia, com fulcro no artigo 414 do CPP; 
B) absolvição sumária, com fulcro no artigo 415 do CPP; 
C) desclassificação, com fulcro no artigo 419 do CPP (não for da competência do Júri); 
D) desclassificação (imprópria), com fulcro no artigo 413 do CPP; 
E) exclusão das qualificadoras ou causas de aumento. 
 
PROVA 
(XX.REAPLICAÇÃO) Bruno Silva, nascido em 10 de janeiro de 1997, enquanto adolescente, aos 16 anos, respondeu 
perante a Vara da Infância e Juventude pela prática de ato infracional análogo ao crime de tráfico, sendo julgada 
procedente a ação socioeducativa e aplicada a medida de semiliberdade. No dia 10 de janeiro de 2015, na cidade de 
Belo Horizonte, Minas Gerais, Bruno se encontrava no interior de um ônibus, quando encontrou um relógio caído ao 
lado do banco em que estava sentado. Estando o ônibus vazio, Bruno aproveitou para pegar o relógio e colocá-lo dentro 
de sua mochila, não informando o ocorrido ao motorista. Mais adiante, porém, 15 minutos após esse fato, o proprietário 
do relógio, Bernardo, já na companhia de um policial, ingressou no coletivo procurando pelo seu pertence, que havia 
sido comprado apenas duas semanas antes por R$ 100,00 (cem reais). Verificando que Bruno estava sentado no banco 
por ele antes utilizado, revistou sua mochila e encontrou o relógio. Bernardo narrou ao motorista de ônibus o ocorrido, 
admitindo que Bruno não estava no coletivo quando ele o deixou. Diante de tais fatos, Bruno foi denunciado perante o 
juízo competente pela prática do crime de furto simples, na forma do Art. 155, caput, do Código Penal. A denúncia foi 
recebida e foi formulada pelo Ministério Público a proposta de suspensão condicional do processo, não sendo aceita 
pelo acusado, que respondeu ao processo em liberdade. No curso da instrução, o policial que efetivou a prisão do 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __
VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ___
•ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS*
•NOME DO ACUSADO, já qualificado nos
autos, por meio de seu advogado, vem,
respeitosamente, à presencaç a de Vossa
Excelência apresentar MEMORIAIS, como
base no artigo 403, parágrafo terceiro, do
Código de Processo Penal (CPP**), pelos
motivos a seguir aduzidos:
•TERMOS DA IMPUTAÇÃO - O representante
do MP odereceu Denúncia contra o ora
acusado, imputando-lhe o ilícito descrito no
..., ante o fato...
* Breve Resumo do
Processo
A pretensão ministerial ,
no entando, não merece
prosperar (motivo).***
•PRELIMINARES: NULIDADES
(ART. 564, CPP); EXTINÇÃO DE
PUNIBILIDADE (ART. 107, CP) .
•MÉRITO - DEFESA DIRETA: 
ABSOLVIÇÃO (Art. 386, CPP) E 
PEDIDO ALTERNATIVO
REQUERIMENTO FINAL -
PEDIDO
•PRELIMINARES/ ABSOLVIÇÃO/ PEDIDO 
ALTERNATIVO ****
•"Diante do exposto, requer a nulidade 
(art. 564). Subsidiariamente, requer 
sua absolvição, com fundamento no 
art. 386, CPP (...). Por fim, caso Vossa 
Excelência entedena pela 
condenação, requer (pedido 
alternativo). Requer ainda que seja 
assegurado o direito do réu emrecorrer em liberdade. 
•Nestes termos, pede deferimento.
•Cidade, data e assinatura.
acusado, Bernardo, o motorista do ônibus e Bruno foram ouvidos e todos confirmaram os fatos acima narrados. Com a 
juntada do laudo de avaliação do bem arrecadado, confirmando o valor de R$ 100,00 (cem reais), os autos foram 
encaminhados ao Ministério Público, que se manifestou pela procedência do pedido nos termos da denúncia, pleiteando 
reconhecimento de maus antecedentes, em razão da medida socioeducativa antes aplicada. Você, advogado(a) de Bruno, 
foi intimado(a), em 23 de março de 2015, segunda-feira, sendo o dia subsequente útil. 
 Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, 
excluída a possibilidade de Habeas Corpus, no último dia do prazo, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. 
(Valor: 5,00 pontos) 
 Obs.: O examinando deve indicar todos os fundamentos e dispositivos legais cabíveis. A mera citação do dispositivo 
legal não confere pontuação. 
 
 
IV – RELAXAMENTO.REVOGAÇÃO.LIBERDADE 
Art. 5º (...)LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
1.1 NOÇÕES GERAIS – MEDIDAS CAUTELARES 
MEDIDAS CAUTELARES: 
A. Medidas cautelares privativa de liberdade: prisão temporária; preventiva e a domiciliar; 
B. Medidas cautelares de contracautela: liberdade provisória com ou sem fiança 
C. Medidas cautelares restritivas do art. 319, CPP 
* a prisão em flagrante perdeu seu caráter cautelar para ser mero ato administrativo. 
** prisão preventiva será sempre o último recurso. Ela poderá ser propriamente dita; oriunda em flagrante; decorrente 
de pronúncia ou de sentença condenatória recorrível. 
 
1.2. PRISÃO EM FLAGRANTE E PROCEDIMENTO DO ART. 310, CPP 
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: 
I - relaxar a prisão ilegal; ou 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 (ORDEM 
ECONÔMICA; ORDEM PÚBLICA; CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL; ASSEGURAR APLICAÇÃO 
DA LEI PENAL; PROVA DA MATERIALIDADE E INDICIOS DE AUTORIA) deste Código, e se revelarem 
inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança – NOS TERMOS DO ART. 313, I – CRIME CULPOSO OU 
DOLO COM PENA IGUAL OU SUPERIOR E 4 ANOS; ART. 314, CPP – AMPARADO POR ILICITUDE; ART. 312, 
CPP – AUSENTE OS PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA. 
 
DURAÇÃO: 24 HORAS – a autoridade policial deve comunicar em 24 horas a prisão a autoridade judiciária. 
Art. 306, CPP – COMUNICAÇÃO; JUIZ, MP, FAMÍLIA, DP. Obs.: Apesar da maioria da doutrina entender que o 
flagrante torna-se ilegal se não houver a comunicação no prazo determinado, o STF entende que trata- se mera 
responsabilidade funcional. 
 
PRISÃO EM FLAGRANTE Ilegalidade: RELAXAMENTO 
 Liberdade provisória (prisão legítima, mas desnecessária) 
 
PRISÃO TEMPORÁRIA ilegalidade: RELAXAMENTO 
 Desnecessidade: REVOGAÇÃO 
 
PRISÃO PREVENTIVA ilegalidade: RELAXAMENTO 
 Desnecessidade Conversão de PF: LIB. PROVISÓRIA 
 Nas demais hipóteses: REVOGAÇÃO 
* caberá liberdade provisória em PRISÃO PREVENTIVA somente quando esta vier de conversão anterior da prisão 
em flagrante. 
 
1.3 PRISÃO PREVENTIVA 
Espécie de prisão cautelar para assegurar a eficácia do feito. 
# Pressupostos (necessidade): 
a) fumus comissi delicti (indícios de autoria e materialidade do crime); 
b) periculum libertatis: 
b.1 garantia da ordem pública (quando ficar demostrada a reiteração delituosa – não considera clamor 
público ou social); 
b.2. garantia da ordem econômica (assemelha-se com a ordem pública – risco de reiteração delituosa, 
porém no tocante aos crimes contra a ordem econômica – Lei 1.512/51; Lei 7.134/83; Lei 7.492/86; 
Lei 8.078/90; Lei 8.137/90; Lei 8.176/91; Lei 9.279/96; Lei 9.613/98); 
b.3) garantia de aplicação da lei penal: dados concretos que demonstrem que o acusado pretende 
fugir, inviabilizando a futura execução da pena. Não se pode presumir a fuga. Para os tribunais uma 
ausência momentânea, seja para evitar uma prisão em flagrante, seja para evitar uma prisão decretada 
arbitrariamente, não autoriza a decretação da prisão preventiva. 
b.4) conveniência da instrução criminal: visa impedir que o agente cause prejuízos a produção da 
prova. 
b.5) descumprimento das cautelares diversas da prisão: em último caso. (Art. 282, §4º, CPP) 
 
# Hipóteses: 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão 
preventiva: 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 
(quatro) anos; 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, 
ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 - Código Penal; 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, 
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das 
medidas protetivas de urgência. 
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre 
a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para 
esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a 
identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. 
 
a) crimes dolosos com pena máxima superior a 4 anos; (não cabe para furto simples); 
b) investigado reincidente em outro crime doloso, observado o lapso temporal de cinco anos. Não há um quantum 
de pena mínimo. 
c) quando o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, 
enfermo ou pessoa com deficiência para garantir a execução das medidas protetivas de urgência. Para os 
tribunais o descumprimento das medidas protetivas, por si só não autoriza a decretação da prisão preventiva. Que 
deve ser conjugada com a garantia da ordem pública, garantia de aplicação da lei penal ou conveniência da 
instrução criminal. 
d) Dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou não fornecimento de elementos para esclarecê-la. Crimes dolosos 
e culposos. Durar até obtida a identificação do agente. Lei 12.037/09 – identificação criminal. Não houve revogação 
tácita do art. 1º, II, da Lei 7.960 – prisão temporária. 
# Duração e o excesso de prazo na formação da culpa: AO CONTRÁRIO DA PRISÃO TEMPORÁRIA, A PRISÃO 
PREVENTIVA NÃO POSSUI PRAZO PRE-DETERMINADO, por conta desta indeterminação, os tribunais 
consolidaram o entendimento, segundo o qual estando o acusado preso os prazos processuais previstos no CPP devia 
ser observados, sob pena de caracterização do excesso de prazo na formação da culpa, autorizando o relaxamento da 
prisão sem prejuízo da continuidade do processo. 
 
1.4 PRISÃO TEMPORÁRIA 
ART. 1º, Lei 7.960/89 
# HIPÓTESES: ART. 1º, III, Lei 7.960/89 
 Hediondos e equiparados. 
# PRAZO: 5 DIAS + 5 dias, prorrogável por igual período. 
 Hediondos: 30 dias + 30 dias 
Obs.: É um prazo limite, significa que o juiz pode decretar a prisão por um período menor. Decorrido o prazo, o preso 
deverá ser colocado imediatamente em liberdade, salvo tiver sido decretada a sua prisão preventiva. 
 
2. ILEGALIDADE – Se a prisão for ilegal, deve o juiz relaxá-la 
2.1 VICIOS FORMAIS 
ART. 304 A 308, CPP 
ART. 5º, LXII A LXIV 
Art. 5º (...) LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele 
indicada; 
LXIII - o preso será informadode seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, 
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial; 
Geram a nulidade do ato: 
a) Art. 304, 1ª parte – “apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, 
sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso; 
b) Art. 304, 2ª parte e §2º - Oitiva de duas testemunhas que assistiram aos fatos ou que presenciaram a entrega 
dos presos (geralmente o condutor e autoridade que auxiliou); 
c) Art. 304, parte final – Lavratura do auto pelo escrivão; 
d) Presidência da autoridade policial – não pode delegar a presidência ao escrivão; 
e) Presença do defensor público – para assisti-lo no momento da lavratura do APF; 
f) Requisitos formais constitucionais. 
 
2.2 VICIOS MATERIAIS 
RELATIVOS A TIPICIDADE DA CONDUTA E AO ESTADO DE FLAGRÂNCIA ART. 302, CPP 
a) Atipicidade da conduta delituosa – a própria autoridade policial pode relaxar; 
b) Falta de autorização legal para a lavratura do APF (juizados especiais); 
c) Ausência da manifestação expressa da vítima ou de seu representante legal – nos delitos de ação penal privada 
ou pública condicionada à representação criminal – manifestação expressa da vítima; 
d) Apresentação espontânea do agente à Delegacia de Polícia; 
e) Não configuração do estado de flagrante delito – art. 302, CPP - 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça 
presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que 
façam presumir ser ele autor da infração. 
 
3. LIBERDADE PROVISÓRIA 
- Medida de contracautela, benefício processual concedido ao acusado ou indiciado preso para que se lhe permita 
responder aos termos do processo penal, contra ele instaurado, em liberdade, podendo o benefício ser concedido 
mediante ou não na prestação de fiança. 
Cabimento: art.5, º LXVI, CRFB e art. 310, III, CPP – flagrante regular, mas desnecessária a manutenção da 
prisão que autorizam sua conversão do art. 321, CPP. 
RELAXAMENTO REVOGAÇÃO LIBERDADE PROVISÓRIA 
Ilegalidade na imposição de qualquer 
restrição cautelar 
Admissível apenas na prisão preventiva e 
prisão temporária 
Somente quando da comunicação da prisão 
em flagrante ou quando houver prisão 
preventiva decretada em razão de conversão 
anterior da prisão em flagrante. 
Obs.: Deve-se verificar a origem da prisão preventiva. Se a prisão adveio da conversão da prisão em flagrante a 
contracautela será a liberdade provisória, todavia se das demais hipóteses da prisão preventiva (art. 312, CPP) a medida 
adequada será a revogação da prisão. 
 
# ESPÉCIES: obrigatória (não se comina pena privativa de liberdade e menor potencial ofensivo); vedada (não existe 
– inconstitucional qualquer lei que proíba o juiz de conceder a LP – motivo da revogação dos crimes hediondos). 
3.1 Liberdade provisória sem fiança 
- é possível a concessão de LP sem exigência de fiança, respondendo em liberdade o acusado ou o indiciado aos termos 
do processo penal contra ele instaurado, quando AUSENTES OS REQUISITOS AUTORIZADORES DA PRISÃO 
PREVENTIVA, na forma do artigo 321 do CPP. 
a) infrações penais as quais não se cominem pena privativa de liberdade (art. 283, §1º, CPP) e infrações de menor 
potencial ofensivo quando se comprometer ao comparecimento. B) 
 
3.2 Liberdade provisória mediante prestação de fiança 
Medida cautelar diversa a prisão: 
Nos delitos praticados, independente da pena cominada, desde que ausentes os requisitos do artigo 312 do CPP, 
CONFORME ILAÇÃO DO ARTIGO 321 DO CPP, e afigurar-se necessária a imposição da contracautela. 
NÃO CABERÁ NAS HIPÓTESES ELENCADAS NO ARTIGO 323 E 324 DO CPP. Faz-se uma leitura a 
contrário senso, então caberá nas infrações que não estiverem indicadas nos artigos citados são consideradas 
afiançáveis. 
CONDIÇÕES – ART. 327 E 328, CPP. 
- Dispensa da fiança – art. 350, CPP 
Obs.; Antes da Lei 12.403/11 – fiança era apenas uma medida de contracautela substitutiva de anterior prisão em 
flagrante. Depois da lei 12.403/11 – fiança poderá ser: autônoma (aquele que estava me liberdade); substitutiva de 
anterior prisão 
4. FINALIDADE 
ANULAR O AUTO DE PRISÃO → RELAXAR A PRISÃO → EXPEDIR ALVARÁ DE SOLTURA 
PRISÃO 
/REMÉDIO 
RELAXAMENTO DE 
PRISÃO (ILEGAL) 
PEDIDO DE REVOGAÇÃO 
(DESNECESSÁRIA) 
LIBERDADE 
PROVISÓRIA 
PRISÃO EM 
FLAGRANTE 
Fundamentação legal: Art. 
5º, LXV, CF e Art. 310, I, 
CPP 
* Vícios Materiais (Art.302, 
CPP) e Formais (art. 304 a 
306, CPP) 
Pedido: Relaxamento e a 
expedição do alvará de 
soltura 
 Fundamentação legal: 
Art. 5º, LXVI, CF e Art. 
310, III, CPP 
* Prisão em flagrante 
regular, mas desnecessária 
(Art. 321,CPP) 
Pedido: Concessão da 
liberdade provisória com 
imposição, se for o caso, 
de medida cautelar diversa 
da prisão. 
PRISÃO 
PREVENTIVA 
Fundamentação legal: Art. 
5º, LXV, CF. 
* Art. 313, CPP (Cabimento 
da Prisão Preventiva) 
Pedido: Relaxamento e 
expedição do alvará de 
soltura. 
Fundamentação legal: Art. 316, CPP 
* Art. 312, CPP (Ordem Pública, 
Ordem Econômica, por conveniência 
da instrução criminal, assegurar a 
aplicação da lei penal) e Art. 282, §4º 
(descumprimento das obrigações de 
outras medidas cautelares) 
Pedido: Revogação da prisão, e caso 
não entenda, a concessão da liberdade 
provisória e impondo-se outras 
medidas cautelares previstas no art. 
319, CPP. 
 
PRISÃO 
TEMPORÁRIA 
Fundamentação legal: Art.5º, 
LXV, CF 
* Crimes do art. 1º, III da Lei 
7.960/89 – Excesso de Prazo 
– outros vícios formais 
Pedido: Relaxamento e 
expedição do alvará de 
soltura. 
Fundamentação legal: Art. 1º, Lei 
7960/89. 
* Desnecessidade quando ausentes a 
necessidade do art. 1º, I e II da Lei 
7960/89 – Quando comprovada 
necessidade para as investigações. 
Periculum libertatis. 
Pedido: Revogação da prisão com a 
expedição do alvará de soltura. 
 
 
 
 
5. ENDEREÇAMENTO 
RELAXAMENTO DE PRISÃO: JUIZ DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. 
INDEFERE O RELAXAMENTO: HC 
CONCEDE O RELAXAMENTO: RESE 
 
6. ESTRUTURA DA PEÇA.RELAXAMENTO 
 
 
 
5. ESTRUTURA DA PEÇA.REVOGAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
ENDEREÇAMENTO
• PEDIDO DE RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
•CABEÇALHO (Nome do preso, qualificação civil, vem, por
meu de seu procurador judicial a presença de VOssa
Excelência, apresentar Pedido de relaxamento de prisão,
com fundamento no art. 5º, inciso LXV da Constituição
Federal de 1988e artigo 310, inciso I do CPP, alegando
em síntese, o seguinte:
•Dos fatos - sítese
• Decreto prisional
•"O citado decreto prisional todavia encontra-se eivado
de ilegalidade xxxx, devendo ser relaxado."
ESPÉCIE DE ILEGALIDADE
Dessa forma, a prisão em flagrante é ilegal por tais
razões: xxx.
(VICIOS MATERIAIS OU FORMAIS)
REQUERIMENTO FINAL - PEDIDO
•Diante do exposto, requer seja reconhecida a ilegalidade
da prisão, para que se conceda o relaxamento da prisão
em flagrante, para que seja restaurada a liberdade de
locomoção do agente, expedindo-se pra tanto o
respectivo alvará de soltura.
•Nestes termos, pede deferimento.
•Local e data
•Assinatura.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA
CRIMINAL (DO JÚRI) DA COMARCA DE FORTALEZA
• PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
•Nome do preso, qualificação civil,vem, por meu de seu
procurador judicial a presença de Vossa Excelência, requerer
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, com fundamento no
artigo 316 do Código de Processo Penal - CPP, alegando em
síntese, o seguinte: (CABEÇALHO)
•DOS FATOS - sítese - Decreto Prisional
•DO DIREITO (REQUISITOS PARA A REVOGAÇÃO DA PRISÃO -
ARGUMENTAR O MORIVO DA DESNECESSIDADE DA PRISAÕ -
AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DO ART. 312, CPP) -
LIBERDADE PROVISÓRIA.
REQUERIMENTO FINAL - PEDIDO
Diante do exposto, requer seja REVOGADA a prisão
preventiva, ou caso Vossa Excelência assim não
enteda, que seja concedia a LIBERDADE
PROVISÓRIA, aplicando-se, se for o caso, uma das
medidas cautelares previstas no aritgo 319 do CPP,
expedindo-se para tanto o competente alvará de
soltura.
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data.
Assinatura.
PROVA 
 
4.1. (OAB/FGV – VII Exame de Ordem) No dia 10 de março de 2011, após ingerir um litro de vinho na sede de sua 
fazenda, José Alves pegou seu automóvel e passou a conduzi-lo ao longo da estrada que tangencia sua propriedade rural. 
Após percorrer cerca de dois quilômetros na estrada absolutamente deserta, José Alves foi surpreendido por uma equipe 
da Polícia Militar que lá estava a fim de procurar um indivíduo foragido do presídio da localidade. Abordado pelos 
policiais, José Alves saiu de seu veículo trôpego e exalando forte odor de álcool, oportunidade em que, de maneira 
incisiva, os policiais lhe compeliram a realizar um teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar. Realizado o teste, foi 
constatado que José Alves tinha concentração de álcool de um miligrama por litro de ar expelido pelos pulmões, razão 
pela qual os policiais o conduziram à Unidade de Polícia Judiciária, onde foi lavrado Auto de Prisão em Flagrante pela 
prática do crime previsto no artigo 306 da Lei 9.503/1997, c/c artigo 2º, inciso II, do Decreto 6.488/2008, sendo-lhe 
negado no referido Auto de Prisão em Flagrante o direito de entrevistar-se com seus advogados ou com seus 
familiares. Dois dias após a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, em razão de José Alves ter permanecido 
encarcerado na Delegacia de Polícia, você é procurado pela família do preso, sob protestos de que não conseguiam vê-
lo e de que o delegado não comunicara o fato ao juízo competente, tampouco à Defensoria Pública. Com base somente 
nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de advogado de 
José Alves, redija a peça cabível, exclusiva de advogado, no que tange à liberdade de seu cliente, questionando, em 
juízo, eventuais ilegalidades praticadas pela Autoridade Policial, alegando para tanto toda a matéria de direito pertinente 
ao caso. 
 
 
2. LIBERDADE PROVISÓRIA 
Wesley, estudante, foi preso em flagrante no dia 03 de março de 2015 porque conduzia um veículo automotor que sabia 
ser produto de crime pretérito registrado em Delegacia da área em que residia. Na data dos fatos, Wesley tinha 20 anos, 
era primário, mas existia um processo criminal em curso em seu desfavor, pela suposta prática de um crime de furto 
qualificado. Diante dessa anotação em sua Folha de Antecedentes Criminais, a autoridade policial representou pela 
conversão da prisão em flagrante em preventiva, afirmando que existiria risco concreto para a ordem pública, pois o 
indiciado possuía outros envolvimentos com o aparato judicial. Você, como advogado(a) indicado por Wesley, é 
comunicado da ocorrência da prisão em flagrante, além de tomar conhecimento da representação formulada pelo 
Delegado. Da mesma forma, o comunicado de prisão já foi encaminhado para o Ministério Público e para o magistrado, 
sendo todas as legalidades da prisão em flagrante observadas. 
Considerando as informações narradas, responda aos itens a seguir. 
A) Qual a medida processual, diferente de habeas corpus, a ser adotada pela defesa técnica de Wesley? (Valor: 0,50) 
B) A representação da autoridade policial foi elaborada de modo adequado? (Valor: 0,75) 
 
V – APELAÇÃO 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: 
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; 
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos 
casos não previstos no Capítulo anterior; 
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: 
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; 
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; 
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. 
 
Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação. 
(júri) 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
Art. 593, CPP – Art. 416, CPP 
Art. 76, $5º - Art. 82, Lei 9.099/99 
* DIFICULDADE: infinidade de teses – cabem teses de nulidade; de falta de justa causa; extinção de punibilidade 
etc. 
* Súmula 347, STJ – “ o conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão” 
 
2. PRAZO 
Regra: 5 dias. (para interposição) Para as razões: 8 dias. 
- ART. 798, CPP; Súmula 310, STF 
O momento de apresentação é realizado em momentos distintos. 
* A partir da intimação da decisão. Ou como regra, da audiência que profere a decisão. 
OBS.: JUIZADO – prazo de dez dias para a interposição e para as razões. 
 
3. TERMO DE INTERPOSIÇÃO – NÃO TEM JUÍZO DE RETRATAÇÃO 
Para o juiz que emitiu a decisão – direcionado para o prolator da decisão. 
Finalidade: recebimento, processamento e remessa ao TJ. 
CONSEQUÊNCIAS: DENEGAR (RESE); RECEBER OU JULGAR DESERTA (RESE) 
 
 
 
4. ENDEREÇAMENTO 
Interposição – juiz que proferiu a decisão recorrida – juiz a quo. 
Razões – destinatário o tribunal (TJ/TRF) 
ENDEREÇAMENTO - Juízo que prolatou a setença.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA XXX.
APELAÇÃO
•INTERPOSIÇÃO DO RECURSO
•"NOME DO RECORRENTE, já qualificado no caderno processual , vem a presença de Vossa Excelência por
intermédio de seus procurador judicial, inconformado com a decisão que xxxxx, interpor APELAÇÃO, com
fundamento no artigo 593, inciso xx do Código do Processo Penal. "
•Requer seja recebida, processada e encaminhada a apelação, com as razões ao Egrégio Tribunal de
Justiça.
•Nestes termos, pede deferimento.
•Local, data.
•Assinatura.
(JUIZADO – Colégio Recursal) 
 
5. FINALIDADE 
REFORMA = ACÓRDÃO SUBTITUI A DECISÃO RECORRIDA 
Art. 593, CPP 
I – no caso de sentença condenatória e absolutória (inclusive absolvição sumária do júri –art.415,CPP) 
* É possível a defesa apelar de sentença absolutória (procurando decisão mais favorável, medida de segurança, 
fundamento mais favorável, reconhecido a inexistência do fato e não falta de provas – coisa julgada civil). 
II – sentenças definitivas, mas que não condenam ou absolvem, desde que não seja caso de RESE (pronúncia) 
III – contra o Tribunal do Júri – ao final do plenário: 
a) Nulidade – posterior a pronúncia – antes da pronúncia serão atacadas por RESE sob pena de preclusão, exceto 
as nulidades absolutas. Havendo nulidade após a pronúncia, o pedido será de NOVO JULGAMENTO – em 
consonância com o princípio da soberania dos vereditos; 
b) SENTENÇA que for contrária a lei ou a decisão dos jurados. Ex.: Jurados absolvem e juiz condena. Não se 
discute o veredicto, mas o erro do juiz. PEDIDO: REFORMA. 
c) ERRO OU INJUSTIÇA NA APLICAÇÃO DA PENA OU MEDIDA DE SEGURANÇA. Também não se 
discute o veredicto, mas decisão do juiz. Ex.: Pena fixada acima do máximo legal, não tendo justificação. 
PEDIDO: REFORMA – CORREÇÃO da decisão para aplicação da pena correta. – ART. 593, §2º. 
d) DECISÃO CONTRÁRIA AOSAUTOS – DISCUTE-SE O VEREDICTO. A decisão deverá ser uma 
aberração, como no caso de todas as provas apontarem para a absolvição e os jurados declara o réu culpado, 
por estarem influenciados pela opinião pública. Em decorrência ao princípio da soberania dos veredictos – 
PEDIDO: NOVO JULGAMENTO, pois o tribunal não poderá reformar a decisão. (Art. 593,§3º) 
* JUIZADO – da decisão que rejeita denúncia e queixa e que aplica pena após a aceitação de transação penal: 
APELAÇÃO. 
 
6. CONSIDERAÇÕES 
# RESE X APELAÇÃO – ART. 593, §4º 
O RESE cabe para decisão interlocutória e terminativa. Na dúvida, caso o problema não se encaixe nas hipóteses do art. 
581, CPP, deve-se intepor APELAÇÃO. 
A apelação é residual, como o art. 593, II, CPP deixou claro, a não ser que seja caso de sentença absolutória ou 
condenatória que deverá ser sempre apelação. Ou seja, não cabe para as decisões terminativas ou com força de 
definitivas, para as quais não seja previsto RESE. Ex.: Impronúncia, indeferimento de pedido de restituição de coisas 
apreendidas ou de levantamento de sequestro. 
 
# APELAÇÃO NO JURI 
A apelação no inciso III é para a segunda fase do procedimento. Todavia caberá na primeira fase nos casos de 
absolvição sumária e de impronúncia. 
 
# APELAÇÃO – DENEGADA OU DESERTA : RESE 
# APELAÇÃO – INDEFERIMENTO – EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE : PARA A DEFESA, 
VOTAÇÃO NÃO UNÂNIME. 
 
7. ALGUMAS TESES 
1ª Tese e pedido: nulidade: as nulidades estão previstas no art. 564 do Código de Processo Penal. Se o enunciado trouxer 
alguma, alegue-a preliminarmente, antes mesmo de tratar sobre a absolvição. O pedido deve ser a declaração de nulidade 
do processo desde o ato viciado (se a nulidade ocorreu no recebimento, a anulação deve ser “ab initio”). 
 
2ª Tese e pedido: extinção da punibilidade: as hipóteses estão previstas no art. 107 do Código Penal. Também é tese 
preliminar, devendo ser alegada antes da falta de justa causa. O pedido é a declaração de extinção de punibilidade. 
 
3ª Tese e pedido: falta de justa causa: impõe a absolvição do apelante. As hipóteses são aquelas do artigo 386 do CPP: 
 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: 
I - estar provada a inexistência do fato; 
II - não haver prova da existência do fato; 
A dúvida aqui é em relação à materialidade: o crime existiu ou não existiu? Não havendo prova de sua existência, ou 
havendo prova inequívoca de que ele não ocorreu, a absolvição deverá ser imposta. Ex.: "A" é acusado por lesão 
corporal. No entanto, não se constatou na vítima, "B", em exame de corpo de delito, qualquer lesão. 
 
III - não constituir o fato infração penal; 
Fato atípico. Ex.: crime impossível (art. 17 do CP). 
 
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; 
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; 
 
Aqui, a dúvida não é quanto à materialidade - o crime existiu, de fato -, mas quanto à autoria ou participação, que 
pode se dar por ausência de prova ou por negativa de autoria comprovada pelo réu. Ex.: "A" , "B" e "C" estão sendo 
acusados pela prática, em concurso de pessoas, do crime de roubo. "C", no entanto, demonstra que não estava na 
cidade na época em que o crime foi cometido. 
 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, 
todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; 
Presentes as hipóteses de exclusão de ilicitude ou de culpabilidade, ou existindo causa de isenção de pena, o acusado 
deverá ser absolvido. Em razão do final do dispositivo, se o juiz tiver dúvida sobre a existência de uma das causas, 
deverá absolver. 
 
VII – não existir prova suficiente para a condenação. 
O último inciso é genérico. Nos anteriores, temos previsão expressa em relação à negativa de materialidade, de autoria, 
de coautoria ou participação, de existência de hipóteses que excluem a ilicitude e a culpabilidade e isentam o réu de 
pena. Provavelmente, em um pedido de absolvição, a sua tese encontrará amparo entre os incisos I e VI. Caso contrário, 
adote o VII, que, em suma, quer dizer: in dubio pro reo. 
 
4ª Tese e pedido: autoridade arbitrária: algum direito foi negado ao réu na sentença. É o caso, por exemplo, de negativa 
de sursis. Não há qualquer incompatibilidade com as outras teses – é possível pedir a absolvição e, subsidiariamente, 
caso o tribunal não entenda nesse sentido, a concessão do direito. 
 
5ª Tese e pedido: punição excessiva: é o caso em que o juiz impõe ao réu pena desproporcional. Deve-se pedir a redução 
da pena ou a desclassificação para outro crime. Assim como no caso da autoridade arbitrária, não há qualquer 
incompatibilidade com as demais teses, devendo ser pedida subsidiariamente, se for o caso. Exemplos: redução da pena 
no patamar mínimo, exclusão de agravante, majorante ou qualificadora; reconhecimento de atenuante, minorante ou 
privilegiadora; fixação de regime mais favorável; concessão de benefício negado; substituição de privativa de liberdade 
em restritiva de direitos ou negação. 
 
* pode-se pedir também que o réu aguarde em liberdade. (FONTE VANZOLINI, 2014) 
 
 
PROVA 
5.1 Durante o carnaval do ano de 2015, no mês de fevereiro, a família de Joana resolveu viajar para comemorar o 
feriado, enquanto Joana, de 19 anos, decidiu ficar em sua residência, na cidade de Natal, sozinha, para colocar os estudos 
da faculdade em dia. Tendo conhecimento dessa situação, Caio, vizinho de Joana, nascido em 25 de março de 1994, foi 
até o local, entrou sorrateiramente no quarto de Joana e, mediante grave ameaça, obrigou-a a praticar com ele conjunção 
carnal e outros atos libidinosos diversos, deixando o local após os fatos e exigindo que a vítima não contasse sobre o 
ocorrido para qualquer pessoa. Apesar de temerosa e envergonhada, Joana contou o ocorrido para sua mãe. A seguir, as 
duas compareceram à Delegacia e a vítima ofertou representação. Caio, então, foi denunciado pela prática como incurso 
nas sanções penais do Art. 213 do Código Penal, por duas vezes, na forma do Art. 71 do Estatuto Repressivo. Durante 
a instrução, foi ouvida a vítima, testemunhas de acusação e o réu confessou os fatos. Foi, ainda, juntado laudo de exame 
de conjunção carnal confirmando a prática de ato sexual violento recente com Joana e a Folha de Antecedentes Criminais 
(FAC) do acusado, que indicava a existência de duas condenações, embora nenhuma delas com trânsito em julgado. Em 
alegações finais, o Ministério Público requereu a condenação de Caio nos termos da denúncia, enquanto a defesa buscou 
apenas a aplicação da pena no mínimo legal. No dia 25 de junho de 2015 foi proferida sentença pelo juízo competente, 
qual seja a 1ª Vara Criminal da Comarca de Natal, condenando Caio à pena privativa de liberdade de 10 anos e 06 meses 
de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado. Na sentença consta que a pena base de cada um dos crimes deve 
ser aumentada em seis meses pelo fato de Caio possuir maus antecedentes, já que ostenta em sua FAC duas condenações 
pela prática de crimes, e mais 06 meses pelo fato de o acusado ter desrespeitado a liberdade sexual da mulher, um dos 
valores mais significativos da sociedade, restando a sanção penal da primeira fase em 07 anos de reclusão, para cada 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO XXX.
RAZÕES RECURSAIS
Egrégio Tribunal de Justiça,
TERMOS DA DECISÃO RECORRIDA 
REFORMA - Em que pese a mencionada decisão do Meretíssimo
Juiz de Direito da xxx Vara Criminal, no entanto não merece
prosperar, elas razões a seguir expostas.
RAZÕES DE FATO
" Portanto, inegável que a condenação/absolvição foi injusta,
poiscontrariou as provas produzidas durante a instrução"
(exemplo)
RAZÕES DE FATO E DE DIREITO
O interessante é dividir os tópicos no caso de preliminares para
que fique melhor organizada, como I - preliminares; II - falta de
justa causa.
REQUERIMENTO FINAL - PEDIDO
REFORMA - Diante do exposto, pugna o recorrente pelo
provimento do presente recurso de APELAÇÃO, para que xxx.
(reforma/anulação/declaração de extinção de punibilidade/ se
o re+u estiver preso, pedir a expedição de alvará.)
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data, assinatura.
um dos delitos. Na segunda fase, não foram reconhecidas atenuantes ou agravantes. Afirmou o magistrado que 
atualmente é o réu maior de 21 anos, logo não estaria presente a atenuante do Art. 65, inciso I, do CP. Ao analisar o 
concurso de crimes, o magistrado considerou a pena de um dos delitos, já que eram iguais, e aumentou de 1/2 (metade), 
na forma do Art. 71 do CP, justificando o acréscimo no fato de ambos os crimes praticados serem extremamente graves. 
Por fim, o regime inicial para o cumprimento da pena foi o fechado, justificando que, independente da pena aplicada, 
este seria o regime obrigatório, nos termos do Art. 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/90. Apesar da condenação, como Caio 
respondeu ao processo em liberdade, o juiz concedeu a ele o direito de aguardar o trânsito em julgado da mesma forma. 
Caio e sua família o (a) procuram para, na condição de advogado (a), adotar as medidas cabíveis, destacando que estão 
insatisfeitos com o patrono anterior. Constituído nos autos, a intimação da sentença ocorreu em 07 de julho de 2015, 
terçafeira, sendo quarta-feira dia útil em todo o país. Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem 
ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de Habeas Corpus, no último dia do prazo 
para interposição, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5.00 pontos) 
 
5.2. Diogo está sendo regularmente processado pela prática dos crimes de violação de domicílio (artigo 150, do CP) em 
concurso material com o crime de furto qualificado pela escalada (artigo 155, § 4º, II, do CP). Isso porque, segundo 
narrou a inicial acusatória, no dia 10/11/2012 (sábado), Diogo pulou o muro de cerca de três metros que guarnecia a 
casa da vítima e, então, após ingressar clandestinamente na residência, subtraiu diversos pertences e valores, a saber: 
três anéis de ouro, dois relógios de ouro, dois aparelhos de telefone celular, um notebook e quinhentos reais em espécie, 
totalizando R$9.000,00 (nove mil reais). Na audiência de instrução e julgamento, realizada em 29/08/2013 (quinta-
feira), foram ouvidas duas testemunhas de acusação que, cada uma a seu turno, disseram ter visto Diogo pular o muro 
da residência da vítima e dali sair, cerca de vinte minutos após, levando uma mochila cheia. A defesa, por sua vez, não 
apresentou testemunhas. Também na audiência de instrução e julgamento foi exibido um DVD contendo as imagens 
gravadas pelas câmeras de segurança presentes na casa da vítima, sendo certo que à defesa foi assegurado o acesso ao 
conteúdo do DVD, mas essa se manifestou no sentido de que nada havia a impugnar. Nas imagens exibidas em audiência 
ficou constatado (dada a nitidez das mesmas) que fora Diogo quem realmente pulou o muro da residência e realizou a 
subtração dos bens. Em seu interrogatório o réu exerceu o direito ao silêncio. Em alegações finais orais, o Ministério 
Público exibiu cópia de sentença prolatada cerca de uma semana antes (ainda sem trânsito em julgado definitivo, 
portanto), onde se condenou o réu pela prática, em 25/12/2012 (terça-feira), do crime de estelionato. A defesa, em 
alegações finais, limitou-se a falar do princípio do estado de inocência, bem como que eventual silêncio do réu não 
poderia importar-lhe em prejuízo. O Juiz, então, proferiu sentença em audiência condenando Diogo pela prática do 
crime de violação de domicílio em concurso material com o crime de furto qualificado pela escalada. Para a dosimetria 
da pena o magistrado ponderou o fato de que nenhum dos bens subtraídos fora recuperado. Além disso, fez incidir a 
circunstância agravante da reincidência, pois considerou que a condenação de Diogo pelo crime de estelionato o faria 
reincidente. O total da condenação foi de 4 anos e 40 dias de reclusão em regime inicial semi-aberto e multa à proporção 
de um trigésimo do salário mínimo. Por fim, o magistrado, na sentença, deixou claro que Diogo não fazia jus a nenhum 
outro benefício legal, haja vista o fato de não preencher os requisitos para tanto. A sentença foi lida em audiência. O 
advogado(a) de Diogo, atento(a) tão somente às informações descritas no texto, deve apresentar o recurso cabível à 
impugnação da decisão, respeitando as formalidades legais e desenvolvendo, de maneira fundamentada, as teses 
defensivas pertinentes. O recurso deve ser datado com o último dia cabível para a interposição. (Valor: 5,0). 
 
 
VI – RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
ART. 581, CPP 
Encontramos também no art. 294, § único, CTB; Art. 6º, § único, Lei 1508/51 e no art. 561, CPPM. 
Obs.: As decisões interlocutórias são irrecorríveis, exceto as que constam no rol do artigo 581, CPP. 
Obs.: Os itens em vermelho são hipóteses híbridas. Dependendo do momento poderão ser impetrados contra eles 
Agravo em Execução. 
Termos de imposição e razões: RESE; Apelação e Agravo em Execução. 
Demais recursos: Embargos; Embargos Infrigentes e de Nulidade; Protesto por novo júri; Carta Testemunhável; 
Correição Testemunhável; Correição Parcial; Rext e Resp; R. Ordinário e Constitucional. 
2. PRAZO – art. 586, CPP 
Regra: 5 dias. (para interposição) Para as razões: 2 dias. 
Inc. XIV: 20 dias. 
 
3. TERMO DE INTERPOSIÇÃO - JUÍZO DE RETRATAÇÃO 
Para o juiz que emitiu a decisão – oportunidade para rever seu posicionamento. Será pedida na interposição. 
Termo de interposição – direcionado para o prolator da decisão. 
 
 
4. ENDEREÇAMENTO 
Interposição – juiz que proferiu a decisão recorrida – juiz a quo. 
Razões – destinatário o tribunal (TJ/TRF) 
5. FINALIDADE 
REFORMA = ACÓRDÃO SUBTITUI A DECISÃO RECORRIDA 
NULIDADE = VOLTA PARA FAZER NOVAMENTE – tem que dizer onde está a nulidade e que parte do processo 
será anulado. 
Ex.: RESE para decisão que rejeita Denúncia. Motivo: não motivou – nulidade. 
O PEDIDO É A RAZÃO QUE ENSEJOU O RECURSO. O PEDIDO PODERÁ TER MAIS DE UMA TESE. 
6. CONSIDERAÇÕES 
# RESE X APELAÇÃO – ART. 593, §4º 
ENDEREÇAMENTO - Juízo que prolatou a setença.
Recurso em sentido em estrito
"NOME DO RECORRENTE, já qualificado no caderno processual a presença de Vossa Excelência por intermédio de seus 
procurador judicial, inconformado com a decisão que xxxxx, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fundamento 
no artigo 581, inciso xx do Código do Processo Penal. "
"Em face do efeito retratativo previsto no artigo 589 do Código de Processo Penal, pugan o recorrente pela retratação 
da decisão recorrida, com o fim de xxxx. Caso seja mantida a decisão, requer a defesa o recebimento e a juntada das 
razões de inconformidade, e posterior remessa à a apreciação da Instâcia Superior."
•Nestes termos, pede deferimento.
•Local, data.
•Assinatura.
O RESE cabe para decisão interlocutória e terminativa. Na dúvida, caso o problema não se encaixe nas hipóteses do art. 
581, CPP, deve-se intepor APELAÇÃO. 
# RESE X AGRAVO DE EXECUÇÃO 
Agravo – art. 197, LEP. Cabe contra as decisões do juiz da execução. 
Inciso: XI, XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII. 
# EFEITO SUSPENSIVO: PERDA DE FIANÇA E QUANDO DENEGAR OU JULGAR DESERTA A APELAÇÃO. 
 
7. HIPÓTESES – ART. 581, CPP 
I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
Trata-se de decisão terminativa doprocesso, e não de decisão interlocutória, provando que a máxima “o RESE é o 
agravo do processo penal”, dita, com frequência, em faculdades por aí, não é verdadeira. As hipóteses de rejeição da 
renúncia ou da queixa estão previstas no art. 395 do CPP. Da decisão que recebe a inicial, não há recurso previsto. No 
entanto, nada impede que a decisão seja atacada por habeas corpus. 
 
II - que concluir pela incompetência do juízo; 
É hipótese de decisão interlocutória, que não põe fim ao processo, mas apenas modifica a competência. Quando 
declarada por exceção, a fundamentação será a do inciso III. No júri, se, após terminada a instrução do processo, o juiz 
desclassificar a conduta para outra que não seja de competência do Tribunal do Júri (ex.: de homicídio para lesão 
corporal), o embasamento legal será o inciso II. 
 
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
As exceções estão previstas no art. 95 do CPP. São elas: a) suspeição; b) incompetência de juízo; c) litispendência; d) 
ilegitimidade de parte; e) coisa julgada. Exceto na primeira hipótese, da decisão que conceder a exceção cabe RESE. 
Quanto à incompetência, atenção: se a competência ocorrer por força de desclassificação, a fundamentação será a do 
inciso II. 
 
IV – que pronunciar o réu; 
Encerrada a primeira fase do rito do júri, caso o juiz fique convencido da materialidade do fato e da existência de indícios 
suficientes de autoria ou de participação, deverá pronunciar, em decisão fundamentada, o réu. A pronúncia faz com que 
o julgamento seja submetido ao Tribunal do Júri. Contra a decisão de pronúncia, cabe RESE. No último Exame de 
Ordem, a OAB trouxe uma situação em que o acusado foi absolvido sumariamente. Neste caso, e na hipótese de 
impronúncia, a peça cabível é a apelação. 
 
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou 
revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; 
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; 
Incisos V e VII: decisões interlocutórias, recorríveis por RESE. Como as hipóteses estão bem claras, não há motivo 
para um estudo aprofundado. 
 
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; 
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade; 
As hipóteses de extinção da punibilidade estão previstas no art. 107 do Código Penal. Da decisão que as reconhece ou 
as indefere, cabe RESE. 
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; 
É cabível, somente, quando a decisão for proferida por juiz de primeira instância. Se o HC for impetrado 
diretamente no tribunal, em caso de ordem negada, a peça cabível será o recurso ordinário constitucional, e não o 
RESE. 
 
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; 
Segundo o art. 157 da LEP, a concessão ou não de sursis (art. 77 do CP) deve ser apreciada na sentença condenatória, 
recorrível por apelação, e não por RESE. Entretanto, caso a decisão a respeito do assunto seja do juiz da vara de 
execução, a peça cabível é o agravo em execução. Portanto, tanto em uma hipótese quanto em outra, a peça não será o 
RESE. 
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; 
Trata-se de matéria pertinente à execução. Como já comentado, qualquer decisão do juiz da execução é atacável por 
agravo, e não RESE. 
 
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte; 
Pode ocorrer de uma das partes não ter interesse na anulação do processo, total ou parcial. Sendo o caso, a peça cabível 
é o RESE. As causas de nulidade estão previstas no art. 564 do CPP. 
 
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; 
Considerada a clareza da redação, não há motivo para análise. A única peculiaridade é o prazo, que é de vinte dias. 
 
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta; 
A denegação da apelação pode ocorrer quando ausente requisito do recurso (ex.: tempestividade). Já a deserção diz 
respeito à falta de recolhimento de preparo. 
 
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial; 
As questões prejudiciais devem ser analisadas antes do julgamento do mérito da ação penal, pois influenciam 
diretamente na tipicidade (ex.: não há como julgar um caso de bigamia quando existir dúvida acerca da existência de 
casamento anterior). Cabe RESE da decisão que determina a suspensão do processo criminal em razão de questão 
prejudicial. 
 
XVII - que decidir sobre a unificação de penas; 
Questão referente à execução da pena. Portanto, hipótese de agravo em execução. 
 
XVIII - que decidir o incidente de falsidade; 
Trata-se de decisão interlocutória, pois não põe fim ao processo. Os incidentes de falsidade estão previstos nos arts. 
145/148 do CPP, e, sobrevindo decisão, o recurso cabível será o RESE. 
 
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado; 
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; 
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774; 
XXII - que revogar a medida de segurança; 
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação; 
Todas as questões são pertinentes à execução penal. Portanto, agravo em execução como recurso, e não RESE. 
 
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. 
Não é mais possível a conversão de multa em detenção ou prisão simples. Por isso, o inciso XXIV não é mais aplicável. 
 
 
 
PROVA 
Jerusa, atrasada para importante compromisso profissional, dirige seu carro bastante preocupada, mas respeitando os 
limites de velocidade. Em uma via de mão dupla, Jerusa decide ultrapassar o carro à sua frente, o qual estava abaixo da 
velocidade permitida. Para realizar a referida manobra, entretanto, Jerusa não liga a respectiva seta luminosa 
sinalizadora do veículo e, no momento da ultrapassagem, vem a atingir Diogo, motociclista que, em alta velocidade, 
conduzia sua moto no sentido oposto da via. Não obstante a presteza no socorro que veio após o chamado da própria 
Jerusa e das demais testemunhas, Diogo falece em razão dos ferimentos sofridos pela colisão. 
Instaurado o respectivo inquérito policial, após o curso das investigações, o Ministério Público decide oferecer denúncia 
contra Jerusa, imputando-lhe a prática do delito de homicídio doloso simples, na modalidade dolo eventual (Art. 121 
c/c Art. 18, I parte final, ambos do CP). 
Argumentou o ilustre membro do Parquet a imprevisão de Jerusa acerca do resultado que poderia causar ao não ligar a 
seta do veículo para realizar a ultrapassagem, além de não atentar para o trânsito em sentido contrário. A denúncia foi 
recebida pelo juiz competente e todos os atos processuais exigidos em lei foram regularmente praticados. Finda a 
instrução probatória, o juiz competente, em decisão devidamente fundamentada, decidiu pronunciar Jerusa pelo crime 
apontado na inicial acusatória. O advogado de Jerusa é intimado da referida decisão em 02 de agosto de 2013 (sexta-
feira). 
Atento ao caso apresentado e tendo como base apenas os elementos fornecidos, elabore o recurso cabível e date-o com 
o último dia do prazo para a interposição. (A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não pontua.) 
 
 
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO XXX.
RAZÕES RECURSAIS
Colenda Câmara Criminal,
TERMOS DA DECISÃO RECORRIDA 
REFORMA/NULIDADE 
REFORMA - A mencionada decisão no entanto merece ser
reformada, com o fim de xxx, conforme exposição a seguir.
NULIDADE - A citada decisão todavia encontra-se eivada de
atipicidade processual impondo-se

Outros materiais