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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NANOCIÊNCIAS TÓPICOS EM QUÍMICA ESTRUTURAL - MAN 211 UNIDADE 1 – TABELA PERIÓDICA Santa Maria, março de 2015. 2 3 ORGANIZAÇÃO ATUAL DA TABELA PERIÓDICA Grupos • Colunas verticais; • Numeradas com algarismos arábicos de 1-18; • Constituídos – elementos químicos – periodicidade nas configurações eletrônicas. Períodos • Linhas horizontais; • Indicam o número de níveis de energia ou camadas que o elemento possui. OBS.: A organização periódica está baseada na ordem crescente de número atômico (Z). 4 Distribuição Eletrônica: Os Orbitais, a Energia e o Diagrama de Linus Pauling 5 Orbitais e seu espectro de energia 6 Orbitais e suas energias 7 Orbitais e suas energias: Diagrama de Aufbau O átomo de Carbono – Z = 6; C = 6 elétrons 8 Orbitais e suas energias: Diagrama de Aufbau Os elétrons preenchem sucessivamente os subníveis energéticos em ordem crescente de E, com o número máximo permitido em cada subnível. 9 Orbitais e suas energias: Diagrama de Aufbau 10 Propriedades Periódicas: Raio Atômico 11 Tendências Periódicas nos Raios Atômicos 12 Propriedades Periódicas: Carga Nuclear Efetiva 13 n distância e- núcleo R Z atração e- núcleo R Grupo Período 14 Tamanho do Raio: Átomo X Íon Tamanho íons – distâncias um do outro – compostos iônicos. Depende: carga nuclear, número de e- e orbitais que possui. Cátion: desocupa orbitais mais extensos; diminui as repulsões e-/e-. Cátion < átomo de origem Ânion: aumenta as repulsões e-/e- ; fazendo com que os e- se espalhem no espaço. Ânion > átomo de origem Ex.: a) Li+1 e Li c) O e O-2 0,68Ᾰ 1,34 Ᾰ 0,73Ᾰ 1,40 Ᾰ b) Mg+2 e Mg d) Cl e Cl-1 0,66 Ᾰ 1,30 Ᾰ 0,99 Ᾰ 1,81 Ᾰ 15 Efeito de variação da carga nuclear – raios iônicos – variação de raios serie isoeletrônica. Observe os íons abaixo: O -2 ; F -1; Na +1 ; Mg +2 e Al +3 . Aumento da carga nuclear Diminuição do raio iônico O-2 F-1 Na+1 Mg+2 Al+3 1,40 1,33 0,97 0,66 0,51 (Ӑ) 16 Exemplos: 1) Avalie os 4 elementos que seguem e ordene os tamanhos crescentes de raios atômicos: 15 P; 16 S ; 33 As; 34 Se. 2) Ordene os átomos e íons a seguir em ordem crescente de tamanho: Mg 2+ ; Ca 2+ e Ca. 17 Propriedades Periódicas: Raio Atômico 18 Propriedades Periódicas: Energia de Ionização 19 20 Propriedades Periódicas: Energia de Ionização 21 Propriedades Periódicas: Energia de Ionização 22 Propriedades Periódicas: Afinidade Eletrônica 23 Propriedades Periódicas: Afinidade Eletrônica 24 Propriedades Periódicas: Eletronegatividade • Consiste na tendência que um átomo têm de atrair elétrons de uma ligação química. • Aumenta da esquerda para a direita na TP, devido ao aumento da carga nuclear. • Diminui a medida que descemos em um grupo da TP, pois ocorre um aumento do efeito de blindagem pelos átomos internos 25 Propriedades Periódicas: Eletronegatividade 26 • Metais – Bons condutores de calor e eletricidade. – Maleáveis e dúcteis. • Não-metais – Não condutores de calor e eletricidade. – Sólidos quebradiços. Metais e não-metais Exercício 1) Por que um cigano ao martelar um pedaço de cobre consegue fazer um utensílio de cozinha e a peça não quebra durante o processo? 2) Por que ao fazer o mesmo processo com os cristais de sal marinho ele se parte em pedaços menores? 27 Metais 28 Não-metais Unidade 2 - Ligações Químicas nos Compostos Conceito Geral: Combinação entre átomos, moléculas e íons onde cada espécie química procura uma maior estabilidade. Menos estáveis Mais estáveis Átomos isolados Átomos ligados E n e rg ia 30 DEFINIÇÕES 31 Estado Natural dos Átomos: encontrados na natureza combinados de modo a adquirir maior estabilidade. Estado Excitado: quando fornece energia (E) ao átomo e um elétron passa de um nível de menor E para um de maior E. Camada de Valência: em geral as ligações químicas envolvem apenas a última camada do átomo. REGRA DO OCTETO 32 Os átomos tendem a ganhar, perder ou compartilhar elétrons até que eles estejam rodeados por 8 elétrons de valência (4 pares de elétrons). O átomo adquire estabilidade ao completar oito elétrons na camada de valência, imitando os gases nobres. Configuração Geral: ns2 np6 Obs.: Esta regra só é válida para os elementos representativos. ! Exceção para o H, Li, B, Be, P e S. 33 LIGAÇÕES QUÍMICAS Ligação Iônica Ligação Covalente Ligação Metálica 1. LIGAÇÃO IÔNICA → Ocorre quando um ou mais elétrons são TRANSFERIDOS da CAMADA DE VALÊNCIA de um átomo para a camada de valência de outro átomo. Os átomos apresentam: → Baixo potencial de ionização – facilidade perder elétrons. → Alta afinidade eletrônica – facilidade em receber elétrons. 34 LIGAÇÃO IÔNICA 35 Configuração dos Átomos Na Cl LIGAÇÃO IÔNICA 36 Formação dos íons Na+ Cl- LIGAÇÃO IÔNICA 37 • Atração Eletrostática Na+ Cl- 38 LIGAÇÃO IÔNICA 39 • Aglomerado Iônico ou Retículo Cristalino NaCl 40 41 Energias Envolvidas na Formação da Ligação Iônica • Energia de rede: é a energia necessária para separar completamente um mol de um composto sólido iônico em íons gasosos. • A energia de rede depende das cargas nos íons e dos tamanhos dos íons: k: constante (8,99 x 109 J m/C2), Q1 e Q2 são as cargas nas partículas e d é a distância entre seus centros. d QQ El 21k 42 Energias Envolvidas na Formação da Ligação Iônica • A energia de rede aumenta à medida que: • As cargas nos íons aumentam; • A distância entre os íons diminui. d QQ El 21k 43 44 Configurações Eletrônicas de íons dos Elementos Representativos • São derivados da configuração eletrônica dos elementos com o número necessário de elétrons adicionados ou removidos do orbital mais acessível. • As configurações eletrônicas podem prever a formação de íon estável: • Mg = [Ne]3s2 • Mg+ = [Ne]3s1 não estável • Mg2+= [Ne] estável • Cl = [Ne]3s23p5 • Cl- = [Ne]3s23p6 = [Ar] estável 45 Íons de metais de transição • As energias de rede compensam a perda de até 3 elétrons. • Em geral, os elétrons são removidos dos orbitais em ordem decrescente de n (i.e. os elétrons são removidos do 4s antes do 3d). Íons poliatômicos • Os íons poliatômicos são formados quando há uma carga global em um composto contendo ligações covalentes. • Por exemplo: SO4 2-, NO3 -. Fórmula dos CompostosIônicos [A]+X Y [B]-Y X Cargas = + xy – xy = zero Exemplos: Ca+2 + Br-1 CaBr2 Al+3 + S-2 Al2S3 46 Ligações dos Grupos: s e p Grupo Carga Grupo Carga 1 + 1 15 - 3 2 + 2 16 - 2 13 + 3 17 - 1 Exemplos: a) K+Cl- KCl b) Ca+2I-1 CaI2 c) Al+3S-2 Al2S3 d) Fe+3O-2 Fe2O3 47 Características dos Compostos Iônicos Sólidos a temperatura ambiente. Ponto de Fusão e Ebulição muito elevados. Conduzem corrente elétrica fundidos ou em solução aquosa. Melhor solvente é a água. 48 Definição: o par eletrônico compartilhado é formado por um elétron de cada átomo ligante. Exemplo: formação do cloro – Cl2. Cl ( Z = 17) 1s2) 2s2, 2p6) 3s2, 3p5 Cl Cl Cl2 ou Cl - Cl Fórmula de Lewis Molecular Estrutural 49 2. LIGAÇÃO COVALENTE OU MOLECULAR Ligação Covalente Configuração dos Átomos 50 Ligação Covalente Atração Quântica ou atração e repulsão 51 52 Ligação Covalente (a) Força que mantêm os átomos unidos. (b) Polarização da ligação. Ligação Covalente Nuvem Eletrônica ou Orbital Molecular 53 Exemplos de Ligações O O O2 ou O = O N N N2 ou N N O H H H2O ou H - O - H Cl H HCl ou H - Cl 54 55 Entalpias de Ligação e Entalpias de Reação • Ilustramos o conceito com a reação entre o metano, CH4, e o cloro: CH4(g) + Cl2(g) CH3Cl(g) + HCl(g) Hrxn = ? Forças das Ligações Covalentes 56 57 Entalpias de Ligação e Entalpias de Reação • Nessa reação, uma ligação C-H e uma ligação Cl-Cl são quebradas enquanto uma ligação C-Cl e uma ligação H-Cl são formadas. • A reação como um todo é exotérmica, o que significa que as ligações formadas são mais fortes do que as ligações quebradas. • O resultado acima é consistente com a lei de Hess. kJ 104 Cl-HCl-CCl-ClH-C - - DDDDHrxn 58 Entalpia de Ligação e Comprimento de Ligação • Sabemos que as ligações múltiplas são mais curtas do que as ligações simples. • Podemos mostrar que as ligações múltiplas são mais fortes do que as ligações simples. • Quando o número de ligações entre os átomos aumenta, os átomos são mantidos mais próximos e mais firmemente unidos. 59 Ligações Múltiplas • É possível que mais de um par de elétrons seja compartilhado entre dois átomos (ligações múltiplas): Um par de elétrons compartilhado = ligação simples (H2); Dois pares de elétrons compartilhados = ligação dupla (O2); Três pares de elétrons compartilhados = ligação tripla (N2). • Em geral, a distância entre os átomos ligados diminui à medida que o número de pares de elétrons compartilhados aumenta. H H O O N N LIGAÇÕES SIGMA () E PI () Ligações : interpenetração de orbitais dos átomos ao longo de um mesmo eixo. Ligações : interpenetração lateral segundo eixos paralelos, ocorrem apenas com orbitais do tipo p. Obs. As ligações só ocorrem após a ligação , que é única entre dois átomos. 60 61 62 63 HIBRIDIZAÇÃO DE ORBITAIS Definição: artifício utilizado por alguns elementos para formarem um maior número de ligações covalentes simples. Hibridização Ocorrências Geometria Ângulo sp Be e Mg Linear 180° sp 2 B e Al Trigonal 120° sp 3 C e Si Tetraédrica 109° 28’ Obs. O Carbono pode apresentar os três tipos de Hibridização. 64 Exemplos de Hibridização O átomo híbrido não completa o seu octeto. BeF2 F Be F F - Be - F BF3 F B F F F - B - F F 65 Características dos Compostos Moleculares Sólidos, líquidos ou gasosos a temperatura ambiente. Ponto de Fusão e Ebulição inferiores aos dos compostos iônicos. Bons isolantes: térmico e elétrico. 66 POLARIDADE DAS LIGAÇÕES Definição: acúmulo de cargas elétricas iguais em regiões distintas da ligação – polos. Ligações iônicas: são fortemente polarizadas, cada íon define um polo da ligação. + _ 67 Polaridade das Ligações Ligações covalentes: é função da diferença de eletronegatividade entre os átomos da ligação. 68 Classificação: Apolar: formadas por átomos de eletronegatividades iguais, a nuvem não se deforma. Polar: formadas por átomos de eletronegatividades diferentes, a nuvem se deforma. Obs. Quanto maior a diferença de eletronegatividade entre os átomos maior a polarização. Polaridade das Ligações ● Ligação covalente apolar: H2 H H ● Ligação covalente polar: HCl H Cl + - 69 POLARIDADE DAS MOLÉCULAS Definição: acúmulo de cargas elétricas em regiões distintas da molécula, sua força depende da polaridade das ligações e da geometria molecular. Momento dipolar resultante (r): vetor que define a polaridade da molécula, soma dos vetores. 70 Momento dipolar (μ): é o vetor que orienta a polaridade da ligação, polo positivo para o negativo. Ex: H Cl 71 72 Eletronegatividade e polaridade de ligação • Não há distinção acentuada entre os tipos de ligação. • A extremidade positiva (ou polo) em uma ligação polar é representada por + e o polo negativo por -. 73 Momentos de dipolo • Considere HF: • A diferença de eletronegatividade leva - a ligação polar. • Há mais densidade eletrônica no F do que no H. • Uma vez que há duas ‘extremidades’ diferentes da molécula, chamamos o HF de um dipolo. • O momento de dipolo, , é a ordem de grandeza do dipolo: onde Q é a grandeza das cargas. • Os momentos de dipolo são medidos em debyes (D). Qr LIGAÇÕES INTERMOLECULARES Tipos de ligações/forças intermoleculares: 74 1) Ligação Dipolo-Dipolo: ocorrem entre as moléculas polares. 1. Forças de Van der Waals 2. Ligações de Hidrogênio ● Dipolo-dipolo ● Dipolo - induzido dipolo - induzido 2) Ligações de Hidrogênio: ocorrem entre moléculas fortemente polarizadas, quando o H se encontra ligado aos átomos de F, O e N. 75 3) Ligação Dipolo Induzido – Dipolo Induzido: ocorrem entre as moléculas apolares. 76 Forças Intermoleculares e as Propriedades PF e PE Dois fatores influem nos PF e PE: 1) Ligações intermoleculares: quanto maior a intensidade das forças de ligação, maiores os PF e PE da substância. Ordem crescente da intensidade de interação: Dipolo induzido < dipolo–dipolo < ligações de H 2) O tamanho das moléculas: quanto maior o tamanho das moléculas, maiores o PF e PE da substância. 77 Forças Intermoleculares e as Propriedades PF e PE Exemplos: PE Tamanho da molécula CH4 SeH4 GeH4 SnH4 PE Tamanho da molécula 100 0 - 100 H2O H2S H2Se H2Te 78
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