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Artigo Pedagogia Fael

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INCLUSÃO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO EM UMA ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE JACINTO MACHADO 
 DA SILVA CÓRDOVA, Elcir [1: Elcir da Silva Córdova (Acadêmica de Licenciatura em Pedagogia)]
 TORTATO MONTESCHIO, Valeria[2: Priscila de Oliveira Ribeiro (Pedagoga, Especialista em EAD e as novas tecnologias)]
RESUMO
 O presente artigo mostra um estudo de caso realizado em uma instituição de ensino fundamental regular do município de Jacinto Machado (SC). Tal estudo teve como objetivo principal analisar a inclusão como um todo. Os sujeitos desta pesquisa foram todos os docentes, a comunidade e alunos a assim analisou-se a partir da ideia de Morin os papéis de cada um neste processo de inclusão. Conclui-se que para uma escola ser inclusiva ela precisa de profissionais que estejam abertos a mudanças e formações que propiciem uma reflexão crítica, mas principalmente visem todos aqueles que estão marcados pela exclusão e fracasso escolar. Este trabalho também explana sobre a questão da educação inclusiva ser um direito de todos, coberto por lei, sendo fundamental que os alunos façam parte da construção e desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem. Concluiu - se que a escola esta buscando pela inclusão e que diante dos meios que a mesma possui ela esta em um caminho que irá obter bons resultados com a inclusão, possuindo benefícios como a diminuição do bullying, cidadãos respeitosos em uma comunidade inclusa.
Palavras - Chave : Inclusão, Ensino Regular, Deficiência.
INTRODUÇÃO
A educação especial inclusiva combate os pensamentos de que as diferenças individuais são motivos para discriminação, parte do pensamento de que como um conceito supressor da exclusão procurando encontrar flexibilidade, bem como sensibilidade para aceitar os desafios em todo o âmbito escolar. Quebrando paradigmas, unindo comunidades, aproximando os excluídos a inclusão é um direito de todos assegura por lei, e seus efeitos na comunidade são benéficos como os já citados, desta forma ainda é um assunto que demanda de empenho por parte dos envolvidos. 
O ambiente escolar democrático deve proporcionar informações teóricas e práticas confirmando aprendizagem aos alunos como um todo, a avaliação de alunos que possuem necessidades de educação especial e inclusão no ensino regular ainda vem sendo um amplo desafio. Sendo assim, os conceitos de aprendizagem, ensino e avaliação necessitam andar juntos sendo inseparáveis diante da busca do conhecimento novo e também do renovado. 
Enfatizar a importância de adoção de ações pedagógicas que valorize e respeite as diferenças ao invés das semelhanças, valorizando e respeitando todas as diferenças como as deficiências, priorizando uma diferença que faz parte da essência humana seja ela herdada, psíquica, emocional, entre outros. Todas estas diferenças fazem parte do processo de inclusão. Como um todo, o direito da inclusão e os direitos como cidadãos são exercidos em harmonia quando ensinados e enraizados como hábitos, gerando uma sociedade igualitária e harmônica.
Em síntese este trabalho levou por objetivo a investigação da aplicação da educação especial inclusiva em uma escola de ensino regular da rede municipal de ensino do município de Jacinto Machado aprofundando em seu contexto a concepção de educação inclusiva refletindo sobre o valor do aprofundamento de conhecimentos a cerca da educação inclusiva.
DESENVOLVIMENTO
Como disposto na Constituição Federal de 1988, o direito de inclusão dos alunos no ensino fundamental é assegurado, fazendo parte da política governamental. Diante disto, as instituições de ensino devem ser subsidiadas levando em conta o caráter organizacional e estrutural, bem como pedagógico e social para que o processo de inclusão se efetive, onde todos os alunos matriculados com necessidades de educação especial na rede regular de ensino obtenham do necessário para tal inclusão. 
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais do MEC, movimentos da educação inclusiva evidenciam um grande impulso desde os anos 90, colocando alunos portadores de deficiências na rede regular de ensino e assim avançando em países desenvolvidos, ressaltando que o sucesso deste processo de inclusão exige um cenário diferente do atual( BASTOS; GOMES; PASSOS 2011).
O processo de inclusão em todas as suas fases, demanda de muito empenho por parte do educador, bem como do educando. O processo de educação inclusiva engloba erros e acertos, sucessos e insucessos, e ainda envolve uma de cuidados realizados com paciência para cada qual aluno incluso, onde cada um possui sua especificidade. Cada ser é único, cada aluno é único neste processo. Uma avaliação acadêmica não deve considerar apenas o cognitivo, mas sim o todo, em todo a sua totalidade afetiva, levando em consideração o âmbito social, motor-corporal e seu cognitivo. 
A avaliação neste processo deve propor percepções para o educando bem como para o educador, para o educando a percepção (habilidade ou dificuldade), facilita a participação do mesmo no processo de ensino-aprendizagem. O ato de avaliar não deve ser unicamente baseado em resultados, mas sim em trabalhar naquela falta de aptidão, buscando melhoras neste ponto e a percepção se torna uma aliada a este processo, podendo tal habilidade ser trabalhava novamente para à conquista do êxito. Ainda, a avaliação não para por aí, deve se levarem em consideração demais fases, com abrangência desde a organização escolar pelas relações internas do colégio até a relação do aluno com a sociedade. 
A ideia de inclusão significa envolver a convivência com o diferente, desta forma o educador deve procurar relacionar as atividades dos demais com o conteúdo trabalhado com tal aluno incluso, buscando formas e metodologias no qual se assemelham com a metodologia utilizada aos demais, tornando assim o processo de inclusão com maior igualdade. Fazer com que haja convivência com o diferente e não a ideia de que o diferente tem que se tornar um padrão.
O processo de avaliação ainda no sentido de incluir o diferente e não o tornar padrão, reforça a ideia sobre os ocorridos bullyngs que justamente pelas características diferentes levam a discriminação. A declaração de Salamanca consta que:
 As escolas regulares que possuam orientação inclusiva compõem os meios com maior eficiência em combater atitudes discriminatórias, acolhendo tais alunos, sendo de extrema importância para a construção de uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; Ainda, tais escolas aprimoram a eficiência e em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional. (Declaração de Salamanca, 1994, p. 1).
Ainda, a inclusão não se restringe aos alunos com deficiências mentais ou físicas, a abrangência desta se dá por todos os indivíduos pertencentes à comunidade, como aos menores favorecidos economicamente, dificuldade de aprendizado, dificuldade de locomoção, alunos obesos, indivíduos portadores de necessidades para audição, visão, entre outros. A inclusão como um todo, envolvendo a comunidade em toda a sua totalidade, leva ao ensino de boas práticas a sociedade, ao respeito para cada ser e assim sendo resultados da inclusão implantada em sala de aula. Como uma cadeia alimentar, a inclusão praticada leva a resultados não apenas no âmbito escolar como fora do mesmo, exercitando em seus primeiros anos na escola a vivência em comunidade. Que tais pessoas não precisem se adequar à sociedade e aos meios educacionais e sim o meio já esteja adaptado, preparado e equipado para recebê-los. 
Em muito a declaração de Salamanca, expressa e define os direitos da inclusão, emergindo para o fim da exclusão. As oportunidades e os direitos se tornam com maior evidência, a visibilidade dos mesmos, se torna com um nível maior de respeito. 
Por parte das escolas uma maior interdisplinariedade entre eventos e com a comunidade e com as atividades propostas seriam medidas, integrando assim comunidade com a escolae assim criando um sentimento de cooperação entre ambos. As instâncias educativas como um todo, entre os profissionais e a interdisciplinariedade com a comunidade, resultaram em bons resultados no processo de aprendizagem do aluno incluso. Implantação de metas a longos prazos também faz parte de ideias das quais a escola inclusa pode estabelecer, sistematizando seu projeto político pedagógico.
Os valores, as tradições e crenças geram preconceito, discriminação e até mesmo intolerância. Preconceitos são construções sociais, resultantes de uma cultura. O extermínio de crianças nascidas com deficiência física ou mental, ou de crianças do sexo feminino, são atos pertencentes a algumas culturas. Dessa forma o conviver com uma cultura diferente da que o individuo cresce e se estabelece gera pensamentos complexos sobre outra determinada cultura.
Para Morin (2000, p.14), a qualidade do processo de aprendizagem elenca três variáveis que são elas: instituição, docentes e alunos. Por parte da instituição esta deve ser dinâmica, aberta as mudanças e assim sendo inovadora, possuir projeto político pedagógico participativo e coerente, bem como possuir infraestrutura de ponta acessível. Os docentes devem estar preparados emocionalmente e intelectualmente, bem remunerados num ambiente propício e assim ocorrer à orientação dos alunos. E por fim, os alunos dos quais estes devem encontrar-se motivados, preparados para novas possibilidades.
Como assegurar a diversidade, a diferença e a igualdade? Para chegar a essa meta de muita utilidade se faz à elaboração de Morin (1996, p. 50- 51) no qual propõe o reparo do pensamento sobre aplicar o princípio de complexidade. Ainda, envolve – se dois princípios de exclusão e inclusão. O princípio de exclusão se refere ao que qualquer um pode falar “eu”, porém ninguém pode falar por mim. Esses dois princípios são inseparáveis, integrando a subjetividade de outros sujeitos. Nossos pais fazem parte desse círculo de inclusão, por exemplo. Associando noções adversas que exigem um pensamento complicado para Morin é “um pensamento que une conceitos que se afastam entre si e são eliminados e alistados em cômodos fechados. O pensamento compartimentado governa em nossa sociedade nos dias de hoje. Obedecendo um paradigma que governa o pensamento e percepções, levando em conta os princípios como os de disfunção, de afastamento, de redução.” Desta forma Morin pensa em três planos distintos, fazendo parte destes a política, as ciências físicas e humanas. Distinguindo e unindo estes três planos, e com sua teoria para educação inclusiva Morin relata que é necessário entender que a forma de pensar deve ser anti-reducionista, assim haverá convivência com a diferença e com a diversidade. Os pensamentos complicados a aceitação de que o universo não esta dominado a soberania da ordem, mas a uma afinidade dialógica entre a ordem, a desordem, bem como a organização, o pensamento de redução esconde as alterações, estes pensamento fundamentam as faltas de fala e as invisibilidades.
Diante deste pensamento se vê a união da diversidade, diferença e da igualdade. Em um país como o Brasil em muito a diversidade esta presente, no município de Jacinto Machado encontram-se diferentes etnias de colonização, diferentes religiões, pessoas diferentes, alunos diferentes e também pessoas parecidas, a igualdade entre todos esses grupos deve ser o pensamento de não redução entre todas as sociedades. 
Desde a Declaração de Salamanca, elaborada em 1994, fala-se sobre lugares e formas de se fazer inclusão. Profissionais de outras áreas como da saúde buscaram por medidas no campo psicomotor que contemplassem o individuo com suas necessidades especiais e, além disso, buscando interação psique-soma, outras formas de se comunicar, o desenvolver emocional e as interações sociais. No campo psicomotor, leva-se em conta o estudo de interação entre imagem e o corporal, objetos de extrema importância da psicomotricidade, sendo muito discutidos na nos dias de hoje. Buscam o fim de paradigmas apostando no individuo presente. Ainda, conforme a Declaração de Salamanca, "o princípio e o objetivo fundamental da escola inclusiva são os alunos aprendendo juntos, independentemente das dificuldades ou diferenças que possuem, abordando estilos diferentes de aprendizagem recebendo apoio extra em tudo que precisarem, assegurando uma educação afetiva".
Observado esta busca, de profissionais da saúde se pensa novamente no processo de inclusão como um todo, a interdisciplinariedade também em outros setores, como o da saúde, integrando medidas pertinentes ao sucesso da inclusão, se pensando em eventos contínuos, como por exemplo, de educação odontológica aos alunos. Uma integração entre o setor de saúde e escola que possui benefícios aos envolvidos já que estes dois setores são indissociáveis com relação a pessoas que possuem necessidades especiais. Ainda, outros setores podem participar de tal processo como à exemplo o setor de agricultura e meio ambiente da prefeitura municipal, levando temas emergentes do mundo como a educação ambiental e a preservação do meio ambiente em todo a sua extensão e recursos naturais, eventos de semana do meio ambiente, à exemplo solicitar a ajuda da comunidade para limpeza do bairro. 
Tal trabalho demanda de empenho para os profissionais, porém eventos diferenciados na escola provocam empenho por parte dos alunos, que ficam dispostos ao aprendizado, aprendendo diferentes conteúdos por meio de dinâmicas e eventos promovem uma integração maior, sentem um aprender brincando deixando-os integrados entre si e entre os saberes.
Estas expressões também fazem que os alunos imaginem em situações do futuro, as crianças criam o ‘ o que vou ser quando crescer’, assim estes eventos o fazem imaginar, o poder da imaginação das mesmas o fazem criar e assim levando a interpretação, ajudando no processo de aprendizagem.
Para alunos com necessidades especiais o contato com estes profissionais leva a representar diferenças e medidas para superar dificuldades (físicas, sensoriais, mentais, entre outras) através da possibilidade de reconhecer seus limites, como a descoberta de seus potenciais, construindo habilidades.
Diante disto e com a integração de Morin, percebe-se a inclusão de outros setores, estes envolvidos também são habitantes da comunidade, trabalhadores do poder público se faz coerente uma parceria, uma forma de também maior integração, podendo levar até mesmo à uma maior aproximação da comunidade como um todo.
Partindo da análise em uma escola de ensino regular do município de Jacinto Machado, conforme o PPP – Projeto Político Pedagógico da mesma onde esta conta com um número total de alunos de 420, sendo 11 ao todo que possuem deficiência física e dificuldades de aprendizado, sendo o quadro de profissionais composto por 01 profissional para apoio pedagógico, 01estagiária para a biblioteca, 06 auxiliares de educação infantil, 02 professor para o AEE, 18 professores sendo 12 efetivos na rede municipal, habilitados e com especialização, 07 admitidos e também habilitados, 01 diretora, 01 secretária, 02 merendeiras e 04 serventes responsáveis pela limpeza. 
A estrutura da escola dispõe de banheiros adaptados, rampas de acesso e ainda transporte escolar adequado a cadeirante do qual é cedido pelos serviços da prefeitura do município, estas modificações ocorreram a poucos anos atrás, onde o município por meio de fundos conseguiu implantar tais melhorias na rede regular de ensino, estas mencionadas foram resultados destes fundos. 
Ainda, a escola possui o AEE – Atendimento Educacional Especializado, atendimento pedagógico que tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos, bem como medidas de acessibilidade, eliminando barreiras para a completa participação dos alunos, considerando a necessidade de cada aluno. As atividades desenvolvidas no AEE são diferentes das ministradas em sala de aula, complementam a formação do aluno de modo à que tais possam se desenvolver independentemente. Este atendimentoconta com uma profissional com carga horária de 20 horas que atende 11 alunos em dias intercalados. Os alunos que frequentam este atendimento, são atendidos com aulas diversificadas e lúdicas mas sempre de acordo com os temas e disciplinas da sua grade. 
Os cursos de aperfeiçoamento são feitos uma vez por ano, porém estes nem sempre levam como tema a educação inclusiva, estes são ofertados pela prefeitura municipal. A direção por meio das arrecadações da escola promoveu um curso para os docentes e assim levou ao aperfeiçoamento destes profissionais, que se diante disto se mostraram com maior motivação para, uma docente até informou que depois deste curso procurou especialização na área de educação especial inclusiva.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo essencial de uma educação inclusiva se interessa pelo aprofundamento intelectual não se sobre saindo com relação ao emocional, o corporal, o espiritual e ao estético. Para que este objetivo concretizar, se torna essencial que os docentes não confiem o processo de inclusão vendo – o como um simples procedimento de trabalho, e assim ao dominarem apliquem no cotidiano, pensando e encarando a função educativa passando a assumir a preferência das relações de igualdade, deixando de lado a prepotência e a bajulação. O educando em um cenário de educação inclusiva, não é o que é possuidor de maiores conhecimentos, mas aquele que cresceu, envolveu-se com os demais e mundo e aprendeu a dar sentido aos acontecimentos que o cercam. 
A valorização juntamente com o respeito às diferenças de cada alunos consiste no rompimento de paradigmas e no exercício da cidadania democrática, eliminando a política da exclusão e implantando a educação especial inclusiva.
A partir da ideia de Morin, no qual a qualidade e o sucesso da educação inclusiva se da pela união de escola, sociedade e docentes, chega-se a conclusão que nesta escola de ensino regular do município de Jacinto Machado, esta integração se encontra em processo de busca para chegar ao sucesso, os docentes estão a cada dia abertos a novas possibilidades de metodologias e aperfeiçoamento profissional juntamente com a direção no qual busca por meio da prefeitura municipal meios de ajudas de custo para tais aperfeiçoamentos. No que se diz aos alunos e por meio da observação do estágio, alguns ainda encontram-se desmotivados, desta forma se propõem acompanhamento com maior frequência com o setor de psicologia da escola, no qual este atende apenas em um dia na semana na escola, também sugere-se que o acompanhamento deste profissional com abrangência aos familiares. 
Este atendimento com maior frequência pelo profissional de psicologia já vem sendo buscado pela direção da escola, no qual vê a necessidade da escola perante aos trabalhos do Psicólogo. A direção e os professores são motivados quanto à inclusão de toda a escola e unidos perante aos desafios enfrentados. Por parte da comunidade ainda não se vê uma adesão, em eventos no qual a escola tenta a integração em muitas vezes não se tem retorno, a direção informou que já tentou uma maior aproximação por meio da APP – Associação de Pais e Professores sem muito sucesso, porém por falta de tempo se buscou empenho em outras atividades, mas que pretende no futuro muito próximo investimentos em eventos escola-comunidade para obter fundos que assim revestidos para melhorias da escola.
O Atendimento Educacional Especializado busca sempre inovar em suas metodologias, e acredita ser pouco o tempo de 20 horas para este atendimento, desta forma para um melhor atendimento se faz necessário à contratação de outro professor ou o aumento da carga horaria da profissional para que tais alunos sejam atendidos com maior frequência e atenção. Ainda que sejam apenas 11 alunos, percebe-se que um atendimento com maior durabilidade será uma melhor eficácia. 
Conclui-se também que esta escola possui engajamento para a educação, promovendo diferentes eventos e procurando inovar em suas metodologias, os docentes e a direção possuem uma mente aberta a novas possibilidades, visto desta forma acredito estar no caminho certo para o processo de inclusão, ainda que os recursos não sejam os melhores procuram medidas e alternativas que sejam eficazes para o bem dos alunos e professores, em especial a direção que é uma profissional engajada e não mede esforços para a busca de um ensino completo e enfrenta os desafios frequentes de uma forma engajada para a solução do problema.
No Brasil, as leis são bem descritas, porém quando na prática o processo não se torna eficaz, a aplicação não condiz com a legislação. As medidas a serem tomadas devem ser realizadas por parte dos governantes para que o processo de inclusão se concretize, assumindo estes compromissos os resultados iram surgindo aos poucos e a inclusão se tornará um processo natural, com efeitos positivos.
REFERÊNCIAS
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. 1994.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2001.
Miller, S. M. Ferrari, M. M. Estratégia de inclusão: resgate da corporeidade no interior das escolas. Revista Psicopedagogia, São Paulo, p. 2 – 3, 2015.
Urbanek, D. ; ROSS, P.; Educação Inclusiva. 2. Ed. Curitiba: Editora fael, 2011.
BASTOS, V. ; GOMES, W. ; PASSOS, M. ; Fundamentos e Metodologia do Ensino Especial. 1. Ed. Curitiba: Editora Fael, 2011.

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