Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Disciplina: Gênese de Jazidas Código: IA 257 Professor: Francisco Silva Departamento de Geociências (IA) UFRuralRJ Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Fluidos Hidrotermais Não MagmáticosFluidos Hidrotermais Não Magmáticos Depósitos de Ouro Orogenético • A concentração média de ouro na crosta terrestre é de aproximadamente 0.002 ppm ou g/t. Para se formar um depósito aurífero de interesse econômico de, por exemplo, 6 g/t Au, devem atuar processos geológicos que concentrem este metal pelo menos 3000 vezes. • Uma parte significativa do ouro produzido no mundo está relacionada com este tipo de mineralização. O Brasil, tem no Greenstone Belt Rio das Velhas (Quadrilátero Ferrífero) um exemplo de distrito aurífero, de significado nacional e mundial, relacionado com este tipo de mineralização. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Classificação • Estes depósitos são denominados de filões de ouro arqueano (Archean Lode Gold Deposits) devido a sua presença comum em terrenos arqueanos do tipo greenstone belt, embora também sejam encontrados em outros ambientes e eras geológicas. • Também é aplicado a estes depósitos o termo ouro mesotermal (Mesothermal Gold Deposits), pela sua presença em rochas predominantemente do fácies xisto verde a anfibolito. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • Na literatura são ainda designados por depósitos de ouro orogenético (Orogenic Gold Deposits) pelas características do ambiente tectônico prevalecente durante a sua formação. • Apesar da maioria destes depósitos se encontrar em greenstone belts arqueanos, o termo depósito de ouro orogenético é aplicado para mineralizações auríferas formadas em faixas de fechamento orogenético sem que necessariamente envolvam terrenos arqueanos. • Estes depósitos são também conhecidos por metamórficos (Metamorphic Gold Deposits). Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Características Gerais dos Depósitos • São depósitos formados durante processos de deformação compressional e transpressional, junto a margens de placas convergentes, onde ocorreram episódios orogênicos de acresção ou colisão. • Estes eventos geram fluidos metamórficos (ou magmáticos), em vários níveis crustais, e a deposição preferencial de metais em zonas de cisalhamento, falhas ou sistemas de fraturas. • De uma forma geral, são fluidos gerados durante o metamorfismo regional, pelos eventos descritos, em zonas de compressão. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • Ocorrem em faixas metamórficas de diversas idades, do Arqueano ao Fanerozóico, e de diferentes tipos composicionais. • São hidrotermais, epigenéticos e mostram forte controle estrutural, sendo formados em várias profundidades da crosta. • Estes depósitos formam-se em temperaturas ao redor dos 300oC ou menos, estando na forma de veios dilatacionais ou de substituição, em brechas, no preenchimento de fraturas, em rede tipo stockwork ou disseminações. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • Estes depósitos são gerados em condições de sin a pós- tectonismo e metamorfismo. • Intrusões graníticas e fluidos magmáticos podem estar em associação com estes depósitos, principalmente naqueles de idade Proterozóica. • Nestes depósitos podem estar presentes quantidades importantes de veios de quartzo, usualmente com carbonatos, em proporções diversas (5% a 15%) conforme o depósito considerado. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • Em terrenos do Arqueano, estão hospedados em várias litologias mas o traço comum é a ocorrência em zonas de regime preferencialmente dúctil-rúptil e rúptil, conforme o nível crustal. • Os maiores depósitos (> 100 t ouro) são formados, em geral, em profundidades de 6 a 12 km e temperaturas na ordem de 250o - 300o C. Tais condições correspondem aproximadamente aquelas encontradas na zona de transição do regime dúctil- rúptil. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • Lindgren (1933), com base na idéia de um fluido contínuo de maiores profundidades (temperaturas compatíveis com magmatismo) até profundidades próximas da superfície (temperaturas menores), classificou os depósitos hidrotermais da seguinte forma: • Hipotermal: formados em grandes profundidades com altas pressões e temperaturas entre 300o - 500o C. • Mesotermal: formados em profundidades intermediárias com altas pressões e temperaturas entre 200o - 300o C. • Epitermal: formados em profundidades rasas sob pressões moderadas e temperaturas entre 50o - 200o C. • Teletermal (Graton, 1933): depósitos formados em baixas temperaturas e pressões. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Origem Epigenética • Muitos depósitos de ouro orogenético, hospedados em formações ferríferas arqueanas do Tipo Algoma, estão relacionados com processos epigenéticos e mostram significativo controle estrutural. • Os sulfetos presentes nos BIFs não são de origem sedimentar, mas produtos da substituição dos óxidos de ferro, em especial, da magnetita. • Outro fator importante para a definição deste tipo de mineralização como epigenética, para além dos controles estruturais, está na associação destes depósitos com o desenvolvimento de alteração hidrotermal. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Fonte da Mineralização • A fonte da mineralização pode estar relacionada com um dos seguintes fluidos: > fluidos hidrotermais magmáticos (secundário) > fluidos metamórficos gerados pela: — devolatização (descarbonatação e desidratação) das sequências vulcânicas do greenstone belt — granulitização da crosta inferior — degaseificação de rochas do manto superior durante a cratonização Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Controle Estrutural dos Depósitos • Os corpos mineralizados possuem um forte controle estrutural. • Os fluidos tendem a focalizar em descontinuidades regionais, de grande extensão lateral. Estas grandes estruturas funcionam como condutos à movimentação de significativos volumes de fluidos mas, em geral, não estão mineralizadas. • A mineralização está preferencialmente hospedada em estruturas de segunda ou terceira ordem. As duas principais escalas de controle são: Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético > Regional Os corpos estão posicionados próximos a estruturas regionais transcrustais de falhas ou zonas de cisalhamento, de extensão de dezenas a centenas de quilômetros (primeira ordem), e cuja implantação atinge grandesprofundidades já na base da crosta. Apesar destas estruturas não se encontrarem geralmente mineralizadas, estas representam os principais condutos de movimentação e ascenção dos fluidos hidrotermais. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético > Local Os depósitos estão geralmente hospedados em estruturas menores (secundárias) que se relacionam, e evoluem em conjunto, com as estruturas regionais. Estas feições possuem, em média, extensões na ordem de centenas de metros a alguns quilômetros. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • Dependendo das características reológicas do fluido e da rocha encaixante, bem como do tipo de tensão e deformação predominantes, várias geometrias e estruturas de controle da mineralização podem ser observadas: a. Zonas de cisalhamento rúptil-dúctil, falhas de empurrão ou falhas transcorrentes. Neste regime estrutural, a mineralização pode ocorrer sob a forma de veios, em sistemas de fraturamento, brechas quartzosas ou rede de vênulas tipo stockwork, em extensões que podem atingir até poucos quilômetros. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético b. Eixos de dobras, saddle reefs e ao longo de flancos de dobras (metassedimentares dobradas). c. Zonas onde a foliação é bastante pronunciada os depósitos podem ser do tipo disseminados. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Diagrama esquemático das relações geométricas entre veios e zona de cisalhamento com a orientação dos eixos de deformação (Dubé, B. e Gosselin, P., 2007) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético http://gsc.nrcan.gc.ca/mindep/metallogeny/gold/meguma/index_e.php Veios auríferos no Distrito de Mount Uniacke (Canadá) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético http://gsc.nrcan.gc.ca/mindep/metallogeny/gold/meguma/index_e.php Veios auríferos em saddle reefs no Distrito de Salmon River (Canadá) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Veios auríferos no depósito de Beaver Dam (Canadá) http://gsc.nrcan.gc.ca/mindep/metallogeny/gold/meguma/index_e.php Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Veios auríferos em estrutura de saddle reef na Mina Dufferin (Nova Scotia, Canadá) http://slideplayer.us/slide/893657/ Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Veios auríferos na área de Bendigo (Central Victoria, Austrália) http://www.unitymining.com.au/images/operation/geo3.gif Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Modelo deposicional idealizado para filões de ouro arqueano (Colvine et al., 1988) http://pubs.usgs.gov/of/2003/of03-077/of03-077.pdf Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Diagrama esquemático de zona de cisalhamento com estrutura em duplex (Sibson, 1986). Muitos depósitos auríferos mostram associação com sistemas de cisalhamento transtrativos http://pubs.usgs.gov/of/2003/of03-077/of03-077.pdf Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Fluidos Mineralizantes e Precipitação • Em termos genéticos, os fluidos mineralizados em ouro foram canalizados ao longo de importantes falhas e zonas de cisalhamento profundas (transcrustais), durante estágios tardios de deformação e metamorfismo dos greenstone belts. • Uma quantidade significativa dos depósitos auríferos têm a sua formação relacionada com fluidos metamórficos. • A maior parte dos fluidos parece ter como origem a desidratação gerada pelo metamorfismo regional progradante. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • As características do fluido metamórfico mineralizante como baixa salinidade (< 6% peso eq. NaCl), relativamente alto CO2 (10 a 30 mol % CO2) e pH próximo do neutro a levemente alcalino, são condicionantes importantes para o transporte do ouro. • Estes fluidos são moderadamente reduzidos, sendo o ouro provavelmente transportado como um complexo bissulfeto Au(HS)2 -. • Um dos principais mecanismos que favorece a desestabilização do complexo e deposição do ouro é a interação do fluido com a rocha encaixante, em especial, com rochas como BIF ou basaltos toleíticos. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • Outro mecanismo considerado como importante para a precipitação do ouro está relacionado com a separação de fases, segundo um fluido rico em H2O e outro rico em CO2. • Outras possibilidades para explicar a precipitação do metal são: fugacidade do oxigênio, pH ou concentração de enxôfre reduzido (encaixantes carbonosas). • O decréscimo de temperatura no sistema, para alguns autores, parece não ter um papel significativo na precipitação do ouro. • Para além do ouro, comumente estes depósitos mostram quantidades subordinadas de prata e enriquecimento em W, As, Sb, Se, Te e Bi. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • O ouro ocorre sob a forma de ouro nativo, electrum ou em solução sólida na pirita, pirrotita e arsenopirita. • Em geral, a composição destes fluidos são do tipo mista entre H2O e CO2 (fluidos aquo-carbônicos). Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Ouro nativo em veio de quartzo mesotermal do Arqueano, (mesothermal lode gold) na mina de Hoyle Pond (Timmins, Canadá) http://www.turnstone.ca/rom78hoy.htm Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético http://www.turnstone.ca/rom78hoy.htm Detalhe da foto anterior Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético http://nevada-outback-gems.com/prospect/gold_specimen/Gold_ores.htm Típico veio de quartzo aurífero mesotermal do Distrito de Mother Lode (Califórnia, USA) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético http://nevada-outback-gems.com/prospect/gold_specimen/California_quartz_veins.htm Típico veio de quartzo aurífero mesotermal do Distrito de Mother Lode (Califórnia, USA) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro OrogenéticoTípico veio mesotermal de quartzo-carbonato-sulfeto. Finas camadas da rocha encaixante dividem os sucessivos veios http://www.museumwales.ac.uk/cy/834/ Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Complexo de veios de quartzo, em depósito aurífero orogênico arqueano (greenstone belt). Os veios registram distintos episódios de fluxo do fluido hidrotermal em resultado de sucessivas movimentações em falhas (St Ives, Eastern Goldfields, Austrália Ocidental) http://www.nature.com/ngeo/journal/v6/n4/fig_tab/ngeo1759_F1.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Veio de quartzo mesotermal aurífero na mina de Latin Heart Peralta (Arizona, EUA) http://www.wikiwand.com/en/Peralta_Stones Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • Em resumo, alguns dos fatores considerados como importantes na precipitação dos metais são: > Alteração das rochas encaixantes > Separação de fases H2O-CO2 Este mecanismo pode explicar a ocorrência de muitos depósitos auríferos na zona de transição rúptil-dúctil onde, de forma geral, as condições de P e T são apropriadas para a separação das fases mencionadas > Mistura de fluidos metamórficos e meteóricos (parte superior da crosta) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Alteração Hidrotermal • Comumente, estes depósitos estão associados com pronunciadas zonas de alteração como carbonatação e cloritização. • São também encontrados em muitos depósitos sericitização, silicificação, albitização e turmalinização. • Os depósitos normalmente apresentam halos de alteração hidrotermal com espessuras desde uns poucos centímetros até centenas de metros. • Existe uma correlação importante entre a quantidade de alteração hidrotermal e o tamanho da mineralização. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • No fácies xisto-verde, as associações de alteração (sulfetação e carbonatação) mais comumente encontradas são carbonatos e sulfetos ± mica branca ± clorita. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • Principais características dos depósitos de ouro Tipo Orogenético > Predominantemente mesozonais > Formados em profundidades de 6 a 12 km > Fluidos com temperaturas médias de 250o-350o C > Baixa salinidade (em média mostra < 2% em peso de NaCl equivalente) > Relativamente alto CO2 > Enriquecido em H2O-CO2±CH4 > pH próximo do neutro a levemente alcalino > Densidade moderada com, em média, de 0.9 g/cm3 > Ouro transportado em complexos de enxôfre Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Aspectos Econômicos • Os depósitos possuem comumente menos de 1 Mt, sendo somente aqueles com uma quantidade de metal superior a 100t Au que são considerados como World Class Deposits (de porte mundial). • Os teores mais comuns encontrados neste tipo de mineralização variam entre 4 a 8 g/t Au. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Greenstone Belt Rio das Velhas (MG) • Vários depósitos de ouro do Tipo Orogenético são reconhecidos no Quadrilátero Ferrífero, em rochas do Grupo Nova Lima, no Greenstone Belt Rio das Velhas. • As minas de Cuiabá, Pilar, São Bento, Lamego, Raposos e outras possuem mineralizações de ouro associadas com formações ferríferas bandadas. As minas de Morro Velho e Bicalho, dentre outras, possuem como rocha hospedeira a lapa seca, que é uma rocha produto de alteração hidrotermal. Esta é rica em carbonatos, quartzo, sericita, albita e sulfetos estando associada com metavulcânicas ácidas e xistos carbonáticos. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • Outras mineralizações auríferas estão ainda hospedadas em sequências máficas-ultramáficas, rochas metassedimentares e vulcanoclásticas. • Dois tipos principais de mineralização são reconhecidos (Vieira, 1987c, 1988 e 1981b): > Com predominância de pirrotita e pirita com arsenopirita subordinada e ocorrência em zonas de cisalhamento dúctil- rúptil ou charneira de dobras. > Composta por pirita e arsenopirita que substituem minerais de ferro nos BIFs ou carbonatos de ferro na rocha lapa seca. Algumas minas (Bela Fama, Paciência e Juca Vieira) mostram mineralização relacionada com veios de quartzo. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • Os depósitos de ouro do Grupo Nova Lima estão controlados estruturalmente tendo a deformaçã desempenhado um importante papel na deposição do ouro. • Muitos depósitos de importância neste greenstone belt estão associados com lineamentos regionais de trend preferencial EW. • Os corpos mineralizados variam de poucos decímetros a algumas dezenas de metros em seus eixos menores. No entanto, estes podem atingir expressões quilométricas ao longo do plunge, tendo por controle estrutural lineações e eixos de dobramentos (Lobato et al., 2001). Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético • Estes depósitos podem ser classificados em: Stratabound A mineralização relacionada com a formação ferrífera tem por origem uma significativa alteração por sulfetação onde se deu a substituição dos carbonatos ou óxidos de ferro por sulfetos de ferro. Exemplos são encontrados nas minas de Cuiabá, Morro Velho, São Bento, Pilar, Lamego, Faria, Urubu e Esperança. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Disseminado A mineralização sulfetada ocorre ao longo de zona de cisalhamento, com o sulfeto distribuído de forma disseminada nas rochas deformadas pelo cisalhamento, em especial, metavulcânicas e metassedimentos (Lobato et al., 2001). Estas zonas estão relacionadas ao regime dúctil e dúctil-rúptil e ocorrem segundo uma geometria anastomosada. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Em Veios de Quartzo Estes veios são ricos em quartzo, carbonatos e sulfetos. Ocorrem em zonas de cisalhamento onde os sulfetos estão presentes principalmente sob a forma de disseminações. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Greenstone Belt Abitibi (Canadá) • O Greenstone Belt de Abitibi (Canadá) possui idade compreendida entre 2.8 e 2.6 Ga, sendo considerado uma das maiores e bem estudadas faixas arqueanas existentes. • Importantes minas auríferas, de classe mundial, são encontradas nesta faixa, que também é palco de intensa pesquisa mineral. • A mineralização ocorre em veios de quartzo-carbonatos, rochas ricas em ferro sulfetadas, zonas silicificadas e de substituição com arsenopirita. Metalotectos importantessão as alterações hidrotermais Fe/carbonatos e zonas de cisalhamento. Estes depósitos estão maioritariamente hospedados em rochas máficas metamorfizadas. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Mapa geológico simplificado do Greenstone Belt de Abitibi (Canadá) com a distribuição das principais zonas de falha e depósitos de ouro orogenético http://gsc.nrcan.gc.ca/mindep/synth_prov/superior/index_e.php Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Mapa com os principais depósitos, muitos de classe mundial, relacionados com a zona de falha de Cadillac no Greenstone Belt de Abitibi (Canadá). Nota: 1Moz equivale a aproximadamente 31 t de ouro http://www.visiblegoldmines.com/properties/detail-5.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético Mapa de sondagens na zona de falha de Cadillac, prospecto de Wasa Creek, no Greenstone Belt de Abitibi (Canadá) http://www.visiblegoldmines.com/properties/detail-5.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético http://www.visiblegoldmines.com/properties/detail-5.html Resultado da sondagem LBWC-11-03. Esta sondagem interceptou diversas zonas mineralizadas, incluindo 16.4 m em intensa zona de cisalhamento. Notar que, para além dos vários níveis mineralizados, os teores mostram grande variabilidade. Zona de falha de Cadillac, Wasa Creek, no Greenstone Belt de Abitibi (Canadá) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético http://www.visiblegoldmines.com/properties/detail-5.html Testemunho de sondagem do prospecto Wasa Creek no Greenstone Belt de Abitibi (Canadá). Mineralização associada com zonas de cisalhamento e veios de quartzo e carbonatos em rochas vulcânicas arqueanas Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Ouro Orogenético http://www.visiblegoldmines.com/properties/detail-5.html Testemunho de sondagem do prospecto Wasa Creek no Greenstone Belt de Abitibi (Canadá). Mineralização associada com zonas de cisalhamento e veios de quartzo e carbonatos em rochas vulcânicas arqueanas Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53
Compartilhar