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T23_Depositos_em_Paleoconglomerados

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Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Depósitos em Paleoconglomerados
Disciplina: Gênese de Jazidas
Código: IA 257
Professor: Francisco Silva
Departamento de Geociências (IA)
UFRuralRJ
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Depósitos em Paleoconglomerados
Depósitos de Ouro em Paleoconglomerados
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Depósitos em Paleoconglomerados
Fluidos Hidrotermais Não MagmáticosFluidos Hidrotermais Não Magmáticos
Depósitos de Ouro em Paleoconglomerados
• Corresponde a depósitos em paleoconglomerados de idade 
Arqueana a Paleoproterozóica.
• A maior produção deste tipo de mineralização é proveniente do 
paleoconglomerado de Witwatersrand (África do Sul) que, 
desde a sua descoberta em 1886, produziu mais de 50000 t de 
ouro, a partir de sete grandes distritos mineiros auríferos 
(goldfields).
• Outros depósitos deste tipo são Tarkwa (Gana), Jacobina (BA, 
Brasil) e Formação Moeda (Quadrilátero Ferrífero, MG, Brasil).
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Depósitos em Paleoconglomerados
• A rocha de interesse econômico é um paleoconglomerado cujos 
seixos são principalmente constituídos por quartzo, dispersos 
em uma matriz predominantemente arenosa, com abundante 
pirita. O ouro ocorre na matriz, junto com os sulfetos, sendo 
invisível à olho nú.
• A origem do ouro nos paleoconglomerados de Witwatersrand é 
palco de muito debate. A visão tradicional aponta para a 
formação do depósito a partir de grãos detríticos de ouro 
concentrados em ambiente exclusivamente sedimentar 
(depósito de placer fossilizado).
• Estes conglomerados teriam sido transportados e depositados 
em condições flúvio-deltaicas.
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Depósitos em Paleoconglomerados
• Na teoria de formação sin-deposicional do depósito aurífero, a 
fonte deste metal estaria relacionada com a intemperização de 
mineralizações em sequências do tipo greenstone belt ou 
granitos do embasamento arqueano.
• Este embasamento encontrava-se soerguido, principalmente 
para norte e oeste da bacia de Witwatersrand.
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Depósitos em Paleoconglomerados
• Uma abordagem mais recente, explica a formação destes 
depósitos a partir de fluidos hidrotermais que teriam circulado 
nos sedimentos após a sua deposição (origem epigenética).
• Em todos estes depósitos, existem significativos halos de 
alteração hidrotermal, o que indica uma atividade de fluidos 
junto das mineralizações.
• Neste tipo de mineralização, onde quase sempre existe uma 
importante associação da mineralização com o sulfeto pirita, os 
fluidos hidrotermais parecem ter sido canalizados em zonas de 
cisalhamento, em especial nos exemplos brasileiros da 
Formação Moeda (MG) e Grupo Jacobina (MG).
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Depósitos em Paleoconglomerados
• A presença de minerais ferro-magnesianos e ferríferos, quer na 
matriz ou muitas vezes nos próprios clastos, favorece a 
precipitação do metal quando da interação dos fluidos com 
estas rochas, de permoporosidade acentuada e condições 
apropriadas de reatividade.
• Outro fator de muita importância para a precipitação do ouro 
está relacionado com a presença de níveis carbonosos nos 
quartzitos e conglomerados.
• A precipitação do ouro está relacionada com o abaixamento de 
solubilidade do metal, em função do decréscimo de pH e 
condições de oxirredução, devido ao contato com matéria 
carbonosa e/ou minerais com ferro.
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Depósitos em Paleoconglomerados
• No caso da interação com rochas carbonosas, a elevação na 
acidez do fluido é dada, de forma simplificada, pela seguinte 
equação que mostra a liberação do íon molecular de hidrogênio 
no fluido:
H2O + C + 0.5 O2 = CO2 + 2H+
• Com a maior presença deste íon no fluido, o que se reflete na 
queda do pH, o complexo que transporta o ouro, possivelmente 
à base do enxôfre, é reduzido o que gera desestabilização e a 
precipitação do ouro conforme a fórmula simplificada abaixo:
Au(HS)2- + H+ + 0.5 H2 = Au0 + 2H2S
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Depósitos em Paleoconglomerados
Bacia de Witwatersrand
• A Bacia de Witwatersrand está localizada no Cráton Kaapvaal 
(África do Sul), possui uma geometria oval e cobre uma área de 
aproximadamente 400 km na direção NE-SW e 180 km na 
direção NW-SE.
• Esta bacia contém os maiores depósitos conhecidos de ouro da 
Terra. Os recursos minerais ainda existentes somam cerca de 
36.000 t de ouro e 350.000 t de urânio.
• Os reefs auríferos ocorrem intercalados em um espessa 
sequência sedimentar, de cerca de 7000 m, composta 
principalmente por folhelhos, arenitos e conglomerados, que 
foram depositados entre 2.9 e 2.7 Ga. 
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Depósitos em Paleoconglomerados
• Os sedimentos que ocupam a bacia foram depositados a 
partir de sistemas  fluviais bem desenvolvidos. Os  rios 
fluiram  a  partir  de  um  embasamento  arqueano  elevado 
em direção à  bacia depositando,  desta  forma, extensos 
leques  aluviais  que  correspondem hoje aos  distritos 
mineiros auríferos (goldfields).
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Depósitos em Paleoconglomerados
https://www.goldfields.co.za/reports/goldfields_rr_dec2010/m_sa_kloof_setting.php
Modelo deposicional relacionado com a Bacia de Witwatersrand
mostrando múltiplos reefs auríferos (África do Sul)
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Depósitos em Paleoconglomerados
Mapa geológico da Bacia de Witwatersrand e localização
dos principais distritos auríferos (África do Sul)
http://www.min.tu-clausthal.de/www/lager/Exc2005/bilder/klein/sa003.htm
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Seção geológica típica de um goldfield
na Bacia de Witwatersrand (África do Sul)
http://superiormining.com/properties/south_africa/mangalisa/geology/
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http://www.min.tu-clausthal.de/www/lager/Exc2005/bilder/klein/sa003.htm
Mapa de isópacas e leques fluviais (goldfields)
na Bacia de Witwatersrand (África do Sul)
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Depósitos em Paleoconglomerados
http://www.min.tu-clausthal.de/www/lager/Exc2005/bilder/klein/sa003.htm
Diagrama esquemático de um leque fluvial, com canais paystreak e
diferentes fácies de concentração de Au e U, em Witwatersrand (África do Sul)
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Depósitos em Paleoconglomerados
http://nevada-outback-gems.com/prospect/gold_specimen/Gold_ores.htm
Paleoconglomerado aurífero de Witwatersrand (África do Sul)
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Depósitos em Paleoconglomerados
http://web.uct.ac.za/depts/geolsci/dlr/hons1998/vreefs3.jpg
Paleoconglomerado aurífero de Witwatersrand (África do Sul)
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Paleoconglomerado aurífero de Witwatersrand (África do Sul)
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Paleoconglomerado aurífero polido de Witwatersrand (África do Sul)
http://www.humboldt.edu/~natmus/lifeThroughTime/PreCam.web/index.htm
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Paleoconglomerado aurífero de Witwatersrand (África do Sul)
http://www.newarkcampus.org/professional/osu/faculty/jstjohn/Geology%20122/Archean.htm
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Depósitos em Paleoconglomerados
Complexo Mineiro de Jacobina
• Na Mina de Jacobina (BA), em especial no reef João Belo, 
existe uma importante correlação entre o conglomerado aurífero 
e a presença de alteração hidrotermal. Esta é representada por 
fuchsita (muscovita cromífera), turmalina, rutilo, muscovita e
pirita. 
• Este minerais são formados a partir de soluções que 
percolaram zonas de cisalhamento que estão dispostas ao 
longo do acamamento dos conglomerados.
• Neste reef (João Belo), os conglomerados que não apresentam 
alteração hidrotermal são estéreis.
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Depósitos em Paleoconglomerados
• A unidade basal do Grupo Jacobina, constituída por 
conglomerados e arenitos, e designada por formação Serra do 
Córrego, mostra-se em discordância sobre o embasamento 
granito-gnáissico arqueano.
• Os conglomerados presentes nesta unidade representam 
depósitos fluviais anastomosados, com fluxo de leste para 
oeste, possuindo as maiores espessuras em depressões do 
embasamento.
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Depósitos em Paleoconglomerados
• Os horizontes mineralizados mais importantes são:
> Quartzito inferior: considerado como o reef basal, tendo 
sido depositado diretamente em depressões do 
embasamento. 
> Conglomerado inferior: reef principal com até 14 m de 
espessura de quartzitos e níveis conglomeráticos com 
pirita.
> Conglomerado intermediário: ocorre por 30 km ao longo 
do Grupo Jacobina estando os corpos 400 m 
estratigraficamente acima do embasamento. Este é 
constituído por três zonas de conglomerados e duas de 
quartzíito. As duas primeiras zonas de conglomerados são 
as mais importantes do ponto de vista econômico. 
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Depósitos em Paleoconglomerados
Localização das 
principais minas e 
prospectos na área de 
Jacobina, Bahia
Yamana Gold Inc. FORM 6-K
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Mapa geológico da área de Jacobina 
(BA) mostrando a distribuição da 
Formação Serra do Córrego
Yamana Gold Inc. FORM 6-K
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Coluna estratigráfica
da Formação Serra
do Córrego
Yamana Gold Inc. FORM 6-K
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Depósitos em Paleoconglomerados
Seção geológica
através da Mina
João Belo
Yamana Gold Inc. FORM 6-K
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Depósitos em Paleoconglomerados
Recursos Minerais (seg. Yamana Gold Inc.)
• A produção da planta de beneficiamento em 2008 foi de 1.39 Mt 
@ 1.83 g/t Au.
• Os recursos minerais presentes na Mina de Jacobina, em 31 de 
Dezembro de 2008, são:
> Medidos: 17.93 Mt @ 2.49 g/t Au (1.433 Moz)
> Indicados: 17.61 Mt @ 2.83 g/t Au (1.605 Moz)
> Inferidos: 25.20 Mt @ 2.20 g/t Au (1.800 Moz)
• A contabilização destes recursos teve por base um teor de corte 
de 0.5 g/t Au.
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