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Geologia do Cráton Amazônico

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O CRÁTON AMAZÔNICO
Geologia do Brasil - UFRRJ
Prof. Dr. Fernando Machado de Mello
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O Cráton Amazônico, representando uma das principais unidades tectônicas da Plataforma Sul-Americana, encerra dois escudos pré-cambrianos, o Escudo das Guianas, a norte, e o Escudo Brasil Central, a sul da bacia do Amazonas-Solimões. 
Localizado na porção norte da América do Sul, cobre uma área de aproximadamente 4.500.000 km2, que inclui parte do Brasil, Guiana Francesa, Guiana, Suriname, Venezuela, Colômbia e Bolívia. 
É limitado a norte pela margem atlântica, e em suas bordas oriental e meridional por faixas orogênicas neoproterozóicas marginais do Escudo Atlântico (Paraguai- Araguaia-Tocantins), geradas durante o Ciclo Orogênico Brasiliano. O limite ocidental com a Faixa Orogênica Andina é em grande parte convencional, visto que geralmente está encoberto por depósitos cenozóicos das bacias de antepaís subandinas.
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O Cráton Amazônico representa uma grande placa litosférica continental, composta por várias províncias crustais de idades arqueana a mesoproterozóica, que foi estabilizada tectonicamente em torno de 1,0 Ga, tendo se comportado como uma placa estável no Neoproterozóico, durante o desenvolvimento das faixas orogênicas marginais brasilianas.
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A evolução do Cráton Amazônico é resultante de sucessivos episódios de acresção crustal no Paleo- e Mesoproterozóico, em volta de um núcleo mais antigo, estabilizado no final do Arqueano. 
Como precursor dos modelos mobilistas, destaca-se o trabalho de Cordani et al. (1979), o qual vem sofrendo modificações à medida que novos dados geológicos e geocronológicos estão sendo produzidos em diversos segmentos do referido cráton (ex. Tassinari & Macambira 1999), sendo a mais recente síntese apresentada por Tassinari & Macambira (2004).
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O Cráton Amazônico pode ser dividido em grandes províncias geocronológicas, definidas a partir de padrões geocronológicos característicos, assembléias litológicas, trends estruturais e histórias geológicas particulares e distintas em relação às províncias adjacentes deste modo -
 
Províncias Amazônia Central (PAC>2,5 Ga), que compreende os núcleos arqueanos Carajás e Iricoumé, e as províncias paleo e mesoproterozóicas denominadas 
Maroni-Itacaiúnas (PMI 2,2 – 1,9 Ga),
 Ventuari-Tapajós (PVT 1,9 – 1,8Ga), 
 Rio Negro-Juruena (PRNJ 1,8 – 1,55 Ga), 
 Rondoniana-San Ignácio (PRSI 1,55 – 1,3 Ga) e 
 Sunsás (PS 1,25– 1,0 Ga) .
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O modelo evolutivo para o Cráton Amazônico postula inicialmente um protocráton arqueano, composto por microcontinentes independentes,representados pelos blocos Carajás-Iricoumé e Imataca, que foram amalgamados entre 2,2 e 1,95 Ga através de faixas orogênicas paleoproterozóicas, que compõem a Província Maroni-Itacaiúnas. A aglutinação dos blocos arqueanos teria acontecido concomitantemente à acresção crustal juvenil iniciada na margem oeste do proto-Cráton. 
Neste contexto, as províncias Ventuari-Tapajós, Rio Negro-Juruena e parte da Rondoniana-San Ignácio, representam um extenso domínio de crosta continental juvenil desenvolvida entre 1,9 e 1,55 Ga, através de sistemas de arcos magmáticos sucessivos, produzidos em função da subducção de litosfera oceânica para leste, resultante da convergência entre o proto-cráton Amazônico e outra massa continental a oeste. 
Finalmente, a evolução orogênica das províncias Rondoniana-San Ignácio e Sunsás, entre1,4 e 1,0 Ga, se deu em ambiente ensiálico, devido à colisão continental entre o Cráton Amazônico e Laurentia (Província Greenville, América do Norte), em conformidade com proposições de Sadowski & Bittencourt (1996).
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Santos et al. (2000), baseando-se na interpretação de novos dados geocronológicos, propuseram algumas modificações ao modelo mobilista anterior, sobretudo no que diz respeito à denominação e posicionamento de limites entre províncias. Estes autores reconheceram a existência de sete províncias tectônicas, com idades entre 3,1 e 0,99 Ga: 
Carajás-Imataca (PCI 3,10–2,53 Ga), 
Transamazônica (PT 2,25 - 2,00 Ga),
 Tapajós–Parima (PTP 2,10 – 1,87Ga), 
 Amazônia Central (PAC 1,88 – 1,77 Ga),
 Rondônia–Juruena (PRJ 1,75 – 1,47 Ga), 
 Rio Negro (PRN 1,86 –1,52 Ga) e 
 Sunsás (PS 1,33 – 0,99 Ga)
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De acordo com esta proposta de Santos et al, os núcleos arqueanos estão representados pelos Blocos Carajás, a sul, e Imataca, a norte; as províncias Transamazonas, Tapajós-Parima e Rondônia-Juruena representam províncias juvenis, geradas por sucessivos eventos de acresção crustal no Paleproterozóico, relacionados a sistemas de arcos magmáticos; a
A Província Amazônia Central representa o prolongamento da crosta arqueana da Província Carajás para oeste, retrabalhada por underplating magmático; 
 As províncias Rio Negro e Sunsás seriam produzidas por reciclagem de crosta continental durante eventos colisionais. 
 Adicionalmente, individualizaram a Faixa K’Mudku (~ 1,2 Ga), que representa uma zona de cisalhamento de centenas de quilômetros de extensão, de direção NE-SW, que teria produzido deformação e fusões locais em pelo menos três províncias (Transamazônica, Tapajós-Parima e Rio Negro), afetando rochas de 2,0 a 1,52 Ga.
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“Recent evolutionary models proposed for the Central Amazonian province of the Amazonian craton have distinguished an Archean domain (Carajas block) from that reworked by Paleoproterozoic events (Xingu-Iricoume block)”
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“An Archean domain (Carajas block) is composed of Mesoarchean (3.0–2.87 Ga) and Neoarchean (2.76–2.54 Ga) granitoid-greenstone terranes, whereas the basement of the Xingu-Iricoum´e block is poorly known due to limited exposure and widespread Orosirian to Statherian (2.0–1.76 Ga) intrusions, and volcanic and sedimentary cover.”
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Carajás comprises a 3.00–2.85 Ga granite-greenstone basement covered, in its northern part, by a ca. 2.76 Ga volcanosedimentary sequence hosting the most important mineral deposits (Cu, Fe, Au, Mn etc.) of the craton. All the Archean rocks of the Carajás block have TDM(Nd) ages between 3.2 and 2.86 Ga. 
The Xingu- Iricoumé block is a NW–SE segment located in the central part of the craton, and is partially covered by Phanerozoic sedimentary rocks of the Amazon basin. The Archaean age for the rarely exposed metamorphic basement is based on a few TDM(Nd) ages of the Paleoproterozoic granitoids and volcanic rocks, which were probably formed by melting of the basement
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 PAC
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Província Mineral de Carajás, leiam Cap. VII do Livro da CPRM...
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Na regiao da Serra dos Carajas localiza-se a maior provincia mineral do Brasil, cujos principais depositos contem minerios de ferro, manganes, cobre, ouro, paladio, platina e niquel.
 Outras substancias que ocorrem em depositos menores ou que constituem subprodutos da mineracao sao aluminio, prata, cromo, molibdenio, estanho, uranio e tungstenio. Todas essas mineralizacoes foram formadas no Arqueano e no Paleoproterozoico
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Da produção mineral total brasileira, a Amazônia contribui com a produção dos seguintesminérios: 26% de ferro (hematita), 74% de manganês, 80% de cobre; 100% de estanho(cassiterita), 85% de bauxita alumínio); 26% do cromita (cromo) 100% do tântalo tantalitacolumbita), e 96% de caulim beneficiado (DNPM, 2007; IBRAM, 2009).
Província Mineral de Carajás: Fe, Mn, Cu, Ni, Ouro-Paládio
Província Bauxítifera de Paragominas: Alumínio
Província Bauxítifera do Médio Amazonas: Alumínio
Província Bauxítifera-Caulínica do Baixo Amazonas: Alumínio, caulim, materiais cerâmicos
Província Mineral de Vila Nova: Ferro, Manganês, Ouro, Cu-Ni .
Província Aurífera do Tapajós: Ouro
Província Estanífera-Aurífera de Rondônia: Estanho, Ouro
Distrito Estanífero de Pitinga: Estanho, Ouro, Molibdênio
Distrito Estanífero de Surucucus: Estanho,
Ouro
Tabela 1: Principais Províncias Minerais do Cráton Amazônico.
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Ouro 
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Afinal, o Ferro de Carajás é do tipo, segundo o Prof. Macambira, ....
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Os grandes depósitos de ferro de Carajás pertencem à Formação Carajás, uma espessa (100-400m) formação ferrífera bandada e laminada(jaspilito). Esta formação aflora quase continuamente por, pelo menos, 260km, em 60 depósitos, distribuídos em três serras principais, São Félix, Leste e Carajás. 
A última é uma estrutura sinformal sub-dividida em serras Sul e Norte. Entre 2.754 e 2.744 Ma foram depositados, na razão de ~ 22m/Ma, níveis (4 µm a 3 cm) de chert ou jaspe, alternados com magnetita-maghemita-hematita, a profundidades de 100-200m, localmente afetados por correntes de fundo. 
Esse sedimento químico hidroplástico precipitou por supersaturação (Si) e oxidação (Fe) a partir de águas de ressurgência, sendo que, sua base recebeu maior contribuição de águas de fontes hidrotermais (?REE=6,66; Eu*=3,54; (La/Yb)N=1,52) que o topo (?REE= 3,89; Eu*=3,18; (La/Yb )N=0,66). Também, os teores de elementos maiores mostram maior variabilidade na base que no topo. O jaspilito de Carajás tem duas vezes mais Ga (21ppm), Bi (6ppm) e Pb (18ppm) e sete vezes mais Sb (7ppm) que a média mundial de rochas similares. A oxidação do Fe pode ter sido promovida por atividade orgânica, evidenciada pelos delicados esferulitos de parede dupla e preservação de kerogênio em siltitos de unidade pouco mais jovem. Uma localizada carbonatização hidrotermal afetou o jaspilito, produzindo ?¹³C médio de -4,3 ?PDB e dois grupos de ?18O (+24,9 a +15,4 e +12,8 a +6,6?SMOW). São mínimos os registros de metamorfismo nessas rochas. O trabalho regional, a compilação bibliográfica e as correlações da Formação Carajás com unidades sobrejacentes das minas do Bahia e Azul permitem propor um modelo evolutivo para a Bacia Grão Pará, iniciando com um rifteamento intracontinental, marcado por um vulcanismo basaltico tholeiítico, com contaminação crustal (2,76 Ga ? U-Pb em zircão). O segundo estágio foi a deposição da Formação Carajás sobre uma plataforma continental marinha, ampla, calma e influenciada pela ressurgência de águas ricas em Fe e Si. Em um terceiro estágio, essa unidade foi recoberta por vulcânicas associadas com sedimentação elástica (2,74 Ga - Pb-Pb em zircão). O quarto estágio compreende a instalação de outro ambiente de plataforma continental onde se depositaram elásticas e carbonáticas (2,68 Ga - U-Pb em zircão). Inversão da Bacia e deposição fluvial fecham essa evolução 
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Esse sedimento químico hidroplástico precipitou por supersaturação (Si) e oxidação (Fe) a partir de águas de ressurgência, sendo que, sua base recebeu maior contribuição de águas de fontes hidrotermais. Também, os teores de elementos maiores mostram maior variabilidade na base que no topo. O jaspilito de Carajás tem duas vezes mais Ga (21ppm), Bi (6ppm) e Pb (18ppm) e sete vezes mais Sb (7ppm) que a média mundial de rochas similares.
 A oxidação do Fe pode ter sido promovida por atividade orgânica, evidenciada pelos delicados esferulitos de parede dupla e preservação de kerogênio em siltitos de unidade pouco mais jovem. Uma localizada carbonatização hidrotermal afetou o jaspilito, produzindo ?¹³C médio de -4,3 ?PDB e dois grupos de ?18O (+24,9 a +15,4 e +12,8 a +6,6?SMOW). São mínimos os registros de metamorfismo nessas rochas. O trabalho regional, a compilação bibliográfica e as correlações da Formação Carajás com unidades sobrejacentes das minas do Bahia e Azul permitem propor um modelo evolutivo para a Bacia Grão Pará, iniciando com um rifteamento intracontinental, marcado por um vulcanismo basaltico tholeiítico, com contaminação crustal (2,76 Ga ? U-Pb em zircão)
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(A-I Serra Norte, N4E) A. Vista parcial da Mina de Ferro N4E; B. Minério de ferro friável laminado(HM) da Mina de Ferro N4E; C. Jaspilito com bandas constituídas por jaspe e quartzo microcristalino parcialmente
substituído por hematita; D. Jaspilito parcialmente substituído por hematita, cortado por vênulascarbonáticas; E. Minério de ferro compacto constituído predominantemente por hematita, com porções brechadase cimentadas por carbonatos hidrotermais; F. Rocha metabásica cloritizada com vesículas preenchidaspor quartzo e calcita; G. Rocha metabásica intensamente hematitizada, brechada e cortada por vênulas
carbonáticas; H. Jaspilito com bandas constituídas por jaspe e quartzo microcristalino parcialmente substituído
por hematita; I. Jaspilito com pirita fina disseminada cortado por vênulas e bolsões carbonáticos; (J-MSerra Sul) J. Jaspilito parcialmente substituído por hematita, magnetita e carbonatos; L. Concentrações de magnetita e vênulas carbonáticas; M. Formação ferrífera bandada com magnetita cortada por veio de brechacom matriz constituída por hematita. Abreviações: HM = hematita friável; HD = hematita compacta; Jp =jaspilito; Hm = hematita; Mt = magnetita; Cc = carbonato; Py = pirita.
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A oxidação do Fe pode ter sido promovida por atividade orgânica, evidenciada pelos delicados esferulitos de parede dupla e preservação de kerogênio em siltitos de unidade pouco mais jovem. 
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Uma localizada carbonatização hidrotermal afetou o jaspilito, São mínimos os registros de metamorfismo nessas rochas. O trabalho regional, a compilação bibliográfica e as correlações da Formação Carajás com unidades sobrejacentes das minas do Bahia e Azul permitem propor um modelo evolutivo para a Bacia Grão Pará, iniciando com um rifteamento intracontinental, marcado por um vulcanismo basaltico tholeiítico, com contaminação crustal (2,76 Ga ? U-Pb em zircão). 
O segundo estágio foi a deposição da Formação Carajás sobre uma plataforma continental marinha, ampla, calma e influenciada pela ressurgência de águas ricas em Fe e Si. Em um terceiro estágio, essa unidade foi recoberta por vulcânicas associadas com sedimentação elástica (2,74 Ga - Pb-Pb em zircão). O quarto estágio compreende a instalação de outro ambiente de plataforma continental onde se depositaram elásticas e carbonáticas (2,68 Ga - U-Pb em zircão). Inversão da Bacia e deposição fluvial fecham essa evolução 
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O segundo estágio foi a deposição da Formação Carajás sobre uma plataforma continental marinha, ampla, calma e influenciada pela ressurgência de águas ricas em Fe e Si.
 Em um terceiro estágio, essa unidade foi recoberta por vulcânicas associadas com sedimentação elástica (2,74 Ga - Pb-Pb em zircão). 
O quarto estágio compreende a instalação de outro ambiente de plataforma continental onde se depositaram elásticas e carbonáticas (2,68 Ga - U-Pb em zircão). Inversão da Bacia e deposição fluvial fecham essa evolução 
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Na região do Rio Maria, há vestígios de crosta do início do Arqueano sob a forma de cristais de zircão detrítico contidos em rochas sedimentares análogas às dos grupos Rio Fresco e Gemaque, com idades entre 3,67–2,76 Ga. Nessa região, foi definido entre 3,04 a 2,93 Ga, o primeiro episódio de acresção juvenil. 
O segundo episódio iniciado há 2,87 Ga marcou-se por extenso plutonismo com trondhjemítos, tonalitos, granodioritos e granitos (Souza et al., 2001; Leite, 2001), caracterizando o Evento Rio Maria (Dardenne e Schobbenhaus, 2001). Após a estabilização, tais plutonitos provavelmente serviram como fonte continental dos sedimentos dos grupos Rio Fresco, Gemaque e da Formação Águas Claras, representado por um episódio de extensão regional a ca. 2,76 Ga
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 No Mesoarqueano (3,0-2,8 Ga), tem-se o registro no Cráton Amazônico da geração das seqüências vulcanosedimentares de tipo greenstone belt do Supergrupo Andorinhas, na Província Rio Maria.
 Ao Evento Rio Maria (2,85 Ga) relaciona-se a época de metalogenia aurífera quando se formaram os filões de minério aurífero exemplificados pelos que ocorrem
em Babaçu, Diadema,Lagoa Seca e os filões de cobre e ouro, tipo porfirítico, hospedados ou relacionados ao granodiorito Cumaru
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Na Província de Carajás foram deduzidos, no mínimo, duas épocas metalogenéticas.
 Uma por volta de 2.76 Ga com geração de formações ferríferas bandadas ( BIFs) que pertencem à Formação Carajás, que hospeda as grandes jazidas de minério de ferro da região, encaixadas na seqüência vulcanossedimentar do Grupo Grão-Pará e minérios cromíferos e de metais do grupo da platina (MGP) ocorrentes no complexo máfico-ultramáfico de Luanga.
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O Neoarqueano (2,8-2,5 Ga) é metalogeneticamente relevante, porquanto, forma-se uma variedade de depósitos minerais que caracterizam a Província Mineral Carajás, destacando-se:
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1. Época do Ferro (2,76 Ga), com geração de formações ferríferas bandadas ( FFBs) que pertencem à Formação Carajás, que hospeda as grandes jazidas de minério de ferro da região, encaixadas na seqüência vulcanossedimentar do Grupo Grão-Pará, motivos de grandes debates recentes quanto a sugestão de novo processo genético para os mesmos. 
Minérios cromíferos e de metais do grupo da platina (MGP) ocorrentes no complexo máfico-ultramáfico 
O Neoarqueano (2,8-2,5 Ga) é metalogeneticamente relevante, forma-se uma variedade de depósitos minerais que caracterizam a Província Mineral Carajás, destacando-se
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2. Época polimetálica, com processo mineralizador de cobre+ouro+ferro+terras raras no intervalo 2,76 e 2,53 Ga. Os representantes são os depósitos de Bahia/Alemão, Pojuca e Salobo, associados direta ou indiretamente às seqüências vulcanossedimentares de Igarapé-Bahia e de Pojuca e Salobo que deram nome aos depósitos respectivos. 
Os corpos de minério de Fe-Cu-Au e ETR (Elementos Terras Raras) das jazidas do Alemão, Borrachudo, Cristalino, Igarapé Bahia, Salobos, Pojuca , Sossego e Alvo S118. Foi evidenciado que os depósitos de Alemão e Igarapé Bahia constituem um único corpo mineralizado.
 O depósito do Alemão é uma extensão não aflorante do depósito de Igarapé Bahia, descoberto por geofísica o que foi um caso histórico altamente relevante. Tais seqüências, datadas em 2,76 Ga, possam se equivaler ao Grupo Grão Pará.
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3. Época do Manganês, associada a seqüência sedimentar do Grupo Águas Claras. Os corpos estratófilos de minérios de manganês desta formação como os da mina de Azul, Sereno e Buritirama associam-se com margens de uma plataforma bacinal anóxica, conforme estudos de vários autores. Sua deposição ocorreu após uma fase inicial deformativa do Evento Carajás.
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4. Época de mineralização de ouro e paládio. Este processo instalou-se durante a última fase detectônica compressiva da Província Carajás. Os corpos de minérios são relacionados a zonas de cisalhamento que intersectam os sedimentos do Grupo Águas Claras. 
Os depósitos representativos dessa época são as jazidas auríferas de Serra Pelada e Serra Leste. Segundo os estudos, a mineralização aurífera de Serra Pelada relaciona-se a zonas de cisalhamentos regionais e a um foco hidrotermal profundo, com idade variando de 2,5 Ga a 2,7 Ga
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O deposito aurifero de Serra Pelada e tectonicamente controlado, hospedado pelas rochas da Formacao Aguas Claras, de idade neoarquena, composta por uma sequencia anquimetamorfica, depositada como sedimentos marinhos de agua rasa. Esses sedimentos clasticos repousam em contato tectonico sobre uma espessa camada de dolomito (FIG)
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Secao geologica da mina de ouro de Serra Pelada
(Tallarico et al. 2000)
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As zonas mais ricas contendo Au, Pt e Pd, localizam- se na charneira de uma dobra sinclinal reclinada, associados a uma brecha tectonica (Cabral et al. 2002). Essa brecha e composta por fragmentos angulosos de quartzito sacaroide, quartzo e siltito cinza, contidos em uma matriz de oxidos de ferro e manganes.
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O controle estrutural do deposito, juntamente com a assembleia mineralogica caracteristica, indicam que as pepitas de ouro contendo paladio e platina tiveram uma origem hidrotermal (Cabral et al. 2002), provavelmente relacionada com o resfriamento do Granito Cigano, uma intrusao do tipo anorogenico localizada nas proximidades, que cristalizou ha cerca de 1,88 Ga (Machado et al. 1991).
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5. Época cromífera-niquelífera, com platinóides, associada aos complexos diferenciados máfico-ultramáficos de Onça, Puma, Vermelho, Jacaré, Jacarezinho que se formaram num estágio distensivo ao final do Arqueano (entre 2,5 e 2,3 Ga). 
As concentrações de cromita do complexo ultramáfico-máfico de Bacuri no Escudo das Guianas, podem ter se formado nessa época.
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No Paleoproterozóico (2,5 a 1,8 Ga), a metalogênese mostra-se bem diversificada com várias épocas metalogenéticas distintas.
Os corpos de minério aurífero do Grupo Vila Nova e ao cinturão RV de Serra Lombarda e Tartarugalzinho relacionam-se, espacialmente, com zonas de cisalhamento geradas durante o Ciclo Transamazônico (2.0 Ga)
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Duas épocas metalogenéticas paleoproterozóicas são identificáveis:
1. Época Aurífera (1,95-1,8 Ga) tipificada pelas províncias Auríferas Tapajós e Alta Floresta, onde os depósitos auríferos são vinculados a zonas de cisalhamento estabelecidas ao final do Evento Transamazônico e a intrusões graníticas de tipo Matupá e Maloquinha.
2. Época Estanífera – aurífera - cuprífera-tungstenífera. È caracterizada por depósitos associados aos granitos anorogênicos (~1,88 Ga) típico das províncias Rio Maria e Carajás. Nelas se acham os depósitos de Sn-W no granito Musa; Cu-Au na região central de Carajás; e Cu-Au no plutonito Águas Claras.
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Escudo das Guianas
1. Época do Manganês (2,2 Ga), com a jazida de manganês da Serra do Navio, já exaurido, relacionado ao Grupo Vila Nova. Este é uma seqüência vulcanossedimentar, cujo protominério constitui-se de queluzitos atribuídos a processos vulcanogênicos 
2. Época Aurífera há 2,0 Ga, com dois grandes tipos: 1) depósitos auríferos venulares de Amapari em zonas de cisalhamento instaladas durante o tectometamorfismo Transamazônico; 2) tipo Salamangone, concentrações auríferas nas intrusões graníticas Transamazônicas.
3. Época do Diamante (1,5 Ga), onde esta gema ocorre em paleoplaceres do Grupo Roraima e em depósitos retrabalhados daqueles.
4. Época do Estanho (~ 1,8 Ga), caracterizada pelos depósitos de cassiterita em greisens do granito Água Boa e concentrações de minerais de estanho, nióbio, e terras raras além de zircão no albitito do granito. Madeira.
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1. Época (1,75 Ga) de chumbo, zinco, cobre e ouro. Representa-se por depósito sassociados às seqüências vulcanossedimentares Roosevelt-Aripuanã e Cabaçal. Nas sucessões sedimentares subseqüentes à fase vulcânica dessas seqüências foram geradas as mineralizações de cobre de Terra Preta associadas ao Grupo Beneficente.
2. Época Aurífera (± 1,0 Ga) manifesta-se na Província Aurífera do Alto Guaporé com processos mineralizantes ao final do Evento Sunsás, em zonas de cisalhamento intersectando tanto o embasamento granito-gnáissico quanto os metassedimentos detríticos do Grupo Aguapeí. Os mais expressivos são os depósitos das minas SãoVicente e São Francisco Xavier ao norte; Lavrinha, ao centro; e Pau-a-Pique ao sul.
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No Neoproterozóico (1,0 a 0,6 Ga), evidencia-se no Escudo Brasil - Central:
1. Época Estanífera (~0,950 Ga), tipificada pelos depósitos cassiterita de Santa Bárbarae Bom Futuro associados aos mais jovens Granitos de Rondônia, determinados como anorogênicos, com estruturas anelares datada de 0,950 Ga.
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The Maroni-Itacaiúnas Province (2.2–1.95 Ga) borders the northeastern and northern parts of the Central AmazonianProvince. It was formed during the Trans-Amazonian orogenic cycle, but several Archean inliers are recognized within the Paleoproterozoic rocks. The province is characterized by widespread exposures of greenschist to amphibolite facies metavolcanic and metasedimentary units, as well as by granulitic and gneissic-migmatitic terranes.
The Maroni-Itacaiúnas Province can be divided into several domains according to their geological features and geographical distribution.
The Bacajá domain borders the northern part of the Carajás block (Central Amazonian Province). Its northern part is covered by rocks of the Amazon basin, and its eastern part by the Grajaú basin and the Neoproterozoic Araguaia belt. The domain extends westwards parallel to the southern margin of the Amazon basin, and is covered here by the Paleoproterozoic volcanic rocks of the Central Amazonian Province. The Bacajá domain is comparatively less well studied than the Carajás block
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As províncias Maroni-Itacaiúnas e Transamazônica, propostas por Tassinari &Macambira (2004) e Santos et al. (2000), respectivamente, representam a referida faixa móvel paleoproterozóica nos modelos de compartimentação do Cráton Amazônico.
No entanto, algumas diferenças na concepção das referidas províncias induziram à divergências em relação à extensão deste orógeno na porção oriental do cráton. Tais divergências são reflexos das premissas adotadas para definição das províncias. Enquanto a proposta de Tassinari &Macambira (2004) é baseada na idade da última orogênese que consolidou a Província Maroni-Itacaiúnas, no caso o Ciclo Orogênico Transamazônico, a de Santos et al. (2000) é fundamentada principalmente na idade das rochas, independente se as mesmas foram ou não afetadas pela referida orogênese
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Desta forma, Tassinari & Macambira (2004) consideram o Bloco Arqueano Imataca (> 2,5 Ga) como parte da Província Maroni-Itacaiúnas, e posicionam o limite sul dela com a Província Amazonia Central (> 2,5 Ga) logo a norte da região arqueana de Carajás. Adicionalmente, entendem que o Cinturão Guiana Central, uma faixa granulítica de direção NE-SW, que seestende desde o oeste do Suriname (Montanhas Bakhuis), através do sudeste da Guiana, até oestado de Roraima, também integra a Província Maroni-Itacaiúnas.
Santos et al. (2000) por sua vez, consideram o Bloco Imataca como um fragmento arqueano independente, a despeito do mesmo ter sido retrabalhado no Evento Transamazônico, e estendem a Província Arqueana de Carajás para norte, incorporando o então conhecido núcleo arqueano de Cupixi, na região central do Amapá, mas excluindo as rochas arqueanas de Tartarugalzinho, na porção oriental desse estado, que continuam integrando a Província Transamazônica . Vale ressaltar que, nas duas propostas, as rochas arqueanas da região de Cupixi e Tartarugalzinho são freqüentemente consideradas como evidências da extensão da crosta arquena de Carajás para norte
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Tassinari (1996), baseado em significativas variações do padrão geocronológico da Província Maroni-Itacaiúnas, definiu dois grandes domínios, denominando-os Simático e Ensiálico, os quais estariam limitados pela Falha Oiapoque, de direção NE-SW, ao longo da qualfoi estabelecido o rio homônimo, que delimita a fronteira entre o estado do Amapá e a Guiana Francesa. 
Segundo este autor, o domínio Simático representa a porção juvenil da referida província, com evolução relacionada a eventos magmáticos e de acresção crustal paleoproterozóicos, ocorridos principalmente durante o Riaciano, como demonstravam os dados geocronológicos/isotópicos disponíveis naquela época
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O domínio ensiálico por sua vez é constituído por protólitos arqueanos retrabalhados durante o Evento Transamazônico, e que são preservados como inliers em meio a rochas paleoproterozóicas. Para a concepção deste domínio, aquele autor fundamentou-se nos registros de rochas arqueanas obtidos nas regiões de Cupixi e Tartarugalzinho.
 O Complexo Imatacat ambém foi considerado um domínio ensiálico, uma vez que continha gnaisses de alto grau metamórfico com protólitos arqueanos, retrabalhados no Paleoproterzóico
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Diferentes setores da porção oriental da discutida província paleoproterozóica foram alvos de estudos na última década, os quais produziram grande aporte de novos dados geológicos e geocronológicos, que propiciaram significativo avanço no conhecimento da região, tanto no que diz respeito à descoberta de novos registros arqueanos nos domínios ensiálicos, quanto à identificação de eventos magmáticos, de acresção e retrabalhamento crustal, que consolidaram esta província no Paleoproterozóico
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Delor et al. (2003a) propuseram um modelo de evolução geodinâmica para a Guiana Francesa, o qual foi refinado a partir do modelo de Vanderheaghe et al. (1998), que pode ser considerado como um domínio francamente juvenil do orógeno em questão.
Segundo o modelo proposto, a evolução geodinâmica dos terrenos paleoproterozóicos da Guiana Francesa é ordenada em quatro estágios principais
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Estágio Oceânico Eo-Riaciano (2,26 – 2,20 Ga) – corresponde à época de formação de crostaoceânica juvenil, decorrente da divergência de dois fragmentos continentais, inicialmente contíguos, representados por placas arqueanas do Cráton Oeste Africano e, supostamente, do norte do Cráton Amazônico. Evidências deste estágio na Guiana Francesa são as ocorrências de gabros e trondhjemitos com idades de cristalização em torno de 2,22-2,21 Ga, assumidos comoderivados de magmas toleíticos meso-oceânicos. 
Este estágio foi estendido até 2,26 Ga, emfunção da ocorrência de uma idade isocrônica Sm-Nd obtida em rochas metamáficas de natureza basáltica toleítica pertencentes à seqüência supracrustal da Serra do Ipitinga (McReath & Faraco1997), localizada em outro contexto tectônico, a ser posteriormente enfocado
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2) Estágio Meso-Riaciano D1 (2,18 – 2,13 Ga) – esta fase é caracterizada pela acresção de magmas cálcio-alcalinos e desenvolvimento de seqüências metavulcano-sedimentares em sistemas de arcos de ilhas, originados sobre uma zona de subdução entre placas litosféricas oceânicas, durante o início da convergência entre os blocos continentais arqueanos. Neste estágioocorreram dois pulsos diacrônicos de magmatismo tipo TTG, entre 2,18-2,16 Ga e entre 2,15-2,13 Ga;
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3) Estágio Neo-Riaciano D2a (2,11 – 2,08 Ga) – representa o final da fase convergente D1 e oinício de um regime dominantemente transcorrente com cinemática sinistral, acompanhado defusões locais (migmatização) dos granitóides tipo TTG, sob condições de baixa a moderada pressão. Simultaneamente, ocorreu a colocação de granitos com origem relacionadaprincipalmente a retrabalhamento crustal, e o desenvolvimento de bacias do tipo pull-apart,conforme previamente sugerido por Vanderhaeghe et al. (1998). Adicionalmente, Mg-K magmatismo (granitos e granodioritos com anfibólio e/ou piroxênio) associado a este estágio é interpretado como reflexo de perturbações termais do manto, que favoreceriam a produção demagmas de alta temperatura
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4) Estágio Neo-Riaciano D2b (2,07 – 2,06 Ga) – representa a fase de colocação de granitosmetaluminosos ao longo de zonas de cisalhamento transcorrentes dextrais. Neste estágio, ossedimentos depositados nas bacias pull-apart foram metamorfizados seguindo uma trajetória P-Tanti-horária, similarmente àquela definida para os granulitos UHT (Ultra High Temperature) dasMontanhas Bakhuis, no Suriname, cuja idade do metamorfismo granulítico foi definida em tornode 2,07-2,05 Ga (Roever et al. 2003). Segundo Delor et al. (2003b), a trajetória anti-horária dometamorfismo, que indica a ausência de significativo espessamento crustal, está relacionada aaltos gradientes termais produzidos por upwelling mantélico, induzido por estiramento crustal em escala continental
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Ilustração esquemática dos estágios evolutivos relacionados ao Ciclo Orogênico Transamazônico,reconhecidos na área de trabalho, Escudo das Guianas (Rosa-Costa 2006).
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Na Província Ventuari-Tapajós predominam granitos gnáissicos de composição quartzo-diorítica a granodiorítica, formados entre 1,95 e 1,8 Ga, a partir de processos de diferenciação mantélica ocorridos pouco tempo antes da formação das rochas, caracterizando a atuação de um arco magmático. 
Estas
rochas apresentam predominantemente trends estruturais NW-SE e N-S e, em geral, estão afetadas por metamorfismo da fácies anfibolito. Associadas a essas rochas, que constituem o embasamento deste domínio, ocorrem granitóides de composiçãodiorítica a granodiorítica de caráter sin a pós-tectônico
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Na parte sul da província ocorrem terrenos gnáissico migmatíticos de composições variadas, granodioritos, quartzo-dioritos, tonalitos, migmatitos e granitóides sintectônicos. As rochas desse embasamento, principalmente aquelas da parte oeste do domínio, apresentam metamorfismo que atingiram a fácies anfibolito e, em alguns locais, fácies granulito. 
Nesse contexto, ocorre o Granodiorito Parauari, que inclui diversos tipos litológicos cálcio-alcalinos como granitos, tonalitos, granodioritos, adamelitos, monzonitos, quartzo-monzodioritos, quartzo-dioritos e quartzo-sienitos. Essas rochas apresentam idades Pb-Pb e U-Pb em zircão de cerca de 1,98-2,00 Ga
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Na parte norte da província, no domínio petrotectônico Ventuari (Barrios,1983), os granitos gnáissicos do embasamento apresentaram idades Rb-Sr em rocha total de 1826 ± 34 Ma(87S/86Sr inicial = 0,7027 ± 0,0008) e U-Pb em zircão de 1823e 1859 Ma (Gaudette & Olszewski, 1981). Tassinari et al. (1996) obtiveram, através do método U-Pb (SHRIMP) em monocristaisde zircão de granitóides de composição quartzo-diorítica, a idadede 1835 ± 17 Ma.
Rochas supracrustais metamorfizadas na fácies xisto verde a anfibolito possuem ocorrências subordinadas aolongo da província, sendo incluídas na Formação Cinaruco,na Venezuela, e na Suíte Jacareacanga, na parte sul da província.
Cristais clásticos de zircão de rochas metassedimentares das seqüências Cuiú-Cuiú e Jacareacanga indicaram idades U-Pb entre 2,1 e 2,0 Ga, e zircões de metatonalitos da região do rio Tapajós também forneceram idades próximas a 2,0 Ga (Santos et al., 1997), estabelecendo a idade máxima, paleoproterozóica, para a deposição dessas seqüências
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Na Província Ventuari-Tapajós, tanto em sua partenorte como sul, ocorrem associações vulcano-plutônicas detendências cálcio-alcalinas e toleíticas isentas de recristalização metamórfica. Na parte sul da província, são consideradascomo pertencentes à suíte Intrusiva Maloquinha e vulcânicasIriri e, mais a oeste, como ao vulcano-plutonismo Teles Pires.
Na parte norte, essas rochas são denominadas como vulcanoplutonismo Cuchivero. Os granitos do tipo Maloquinha (1650± 20 Ma e 87Sr/86Sr inicial de 0,7065 ± 0,0011, Tassinari,1996; e 1,88-1,89 Ga, Pb-Pb e U-Pb em zircão, Lamarão et al.,1999; Santos, 2000), são compostos por granitos grosseiros e porfiríticos. Incluem principalmente álcali-granitos, monzogranitose sienogranitos de composição subalcalina a alcalina metaluminosa, possuindo características anorogênicas enatureza intraplaca. 
Relacionados a essa manifestação graníticaocorrem derrames de rochas vulcânicas félsicas e intermediárias,designados de Formação Iriri, constituída por rochas com variação composicional predominante desderiolitos até dacitos, embora termos andesíticos e basálticos sejam também reportados
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DEPÓSITO DE FLUXO PIROCLÁSTICO – Predominantes, mas existem
Traquiandesitos, Lamprófiros e Latitos. 
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Os granitos Teles Pires (1680) apresentam, em geral, feições circulares, epossuem características de rochas subvulcânicas e natureza anorogênica. Geneticamente esses corpos graníticos estão relacionados às vulcânicas Teles Pires que, embora mais jovens, são consideradas como pertencentes à Formação Iriri.
 Os litotipos mais comuns dos granitos Teles Pires são granitos tipo rapakivi, geralmente piterlitos e granitos. No domínio sul,aparecem as rochas relacionadas aos grupos Gorotire e Beneficente, este último mais jovem, com idade de sedimentação entre 1550 e 1330 Ma, intervalo este definido pelas idades das rochas vulcânicas ácidas a intermediárias que estão sotopostas à sequência e por diques máficos que as corta, ao passo que os sedimentos relacionadosao Grupo Gorotire devem ter uma idade mínima de 1600 Ma uma vez que são intrudidos por granitóides dessa idade. 
Essas coberturas sedimentares nãodeformadas recobrem as seqüências de rochas vulcânicas, esão constituídas por ortoquartzitos, arenitos, metarenitos,metarcóseos, siltitos, argilitos e calcários depositados provavelmente em ambiente de rift continental
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A Província Rio Negro-Juruena ocorre na porção ocidentaldo Cráton Amazônico, dispondo-se paralelamente àProvíncia Ventuari-Tapajós, sendo constituída por uma zonade intensa ocorrência de granitos e migmatitos, desenvolvidaatravés de uma sucessão de arcos magmáticos de idades entre1,8 e 1,55 Ga. 
Nessa província, devido ao avanço do conhecimentogeológico e geocronológico em algumas áreasespecíficas, já é possível diferenciar dois segmentos tectônicosdistintos, o denominado greenstone belt do Alto Jaurú(1,79-1,75 Ga) e o orógeno Cachoeirinha (1,58-1,52 Ga)(Geraldes et al., 1999)
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O embasamento da Província Rio Negro-Juruena écomposto por gnaisses, granodioritos, tonalitos, migmatitos,granitos e anfibolitos. Na parte norte desse domínio predominam biotita-titanita monzogranitos. Esse embasamento se estende para a Colômbia, onde é denominado de Complexo Mitú. 
As direções estruturais predominantes são NW-SE, cortadas em algumas áreas por estruturas NE-SW,relacionadas a zonas de cisalhamentos posteriores, vinculadas ao evento tectono-termal Nickeriano (1100 Ma), que seccionaram grandes áreas do cráton. Intrudindo o embasamento ocorrem granitóides a duas micas, produzidos por eventos posteriores de anatexia
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The western part of the Amazonian craton is a multi-orogenic region formed between 1.8 and 1.0 Ga where successive magmatism, metamorphism, and deformation took place. 
Therefore, juvenile accretionary events progressively amalgamated to the older continental margin during the Paleo- and Mesoproterozoic times gives the framework of the evolution of the SW Amazonian craton, like Baltica and Laurentia shields.
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A Província Rondoniana-San Ignácio encontra-sesituada na parte sudoeste do Cráton Amazônico limitando-se,em parte, com a Província Rio Negro-Juruena, através dazona de falha Marechal Rondon, que possui direção NW - SE.
Inclui rochas polimetamórficas formadas principalmente dentro do intervalo de tempo de 1,55 a 1,30 Ga, mas também contém núcleos antigos preservados, como o complexo Granulítico d e Lomas Manéches, na Bolívia.
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As rochas que constituem o embasamento incluemdiversos tipos de migmatitos e um grande volume de rochas gnáissicas de composição granítica a granodiorítica e anfibolitos, metamorfisadas principalmente na fácies anfibolito embora, em quantidades subordinadas, ocorram granulitos bandados, charnoquitos e rochas metassedimentares de baixo grau, intensamente dobradas e falhadas por diversos eventos deformacionais superimpostos, apresentando lineamentos orientados preferencialmente segundo as direções WNW-ESE, NNE-SSW, NW-SE e NESW.
A Província Rondoniana-San Ignácio inclui em seu interior diversos terrenos e/ou orógenos que tiveram suas respectivas evoluções geológicas dentro do intervalo de tempo de 1,55-1,3 Ga e individualizados : a) Terreno Rio Alegre; b) Orogenia SantaHelena; e c) Orogenia Rondoniana-San Ignácio.
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A Província Sunsás, situada no extremo sudoeste daárea cratônica, constitui a província geocronológica mais jovem do Cráton Amazônico. Nessa província, os eventos tectônicos e magmáticos ocorreram principalmente no intervalo de tempo entre 1,25 e 1,0 Ga. Ela foi formada através do desenvolvimento da Orogenia Sunsás, que foi caracterizada por Litherland & Bloomfield (1981) como sendo um período de sedimentação de material erodido de rochas pré-existentes,deformação e metamorfismo, acompanhado de magmatismo.
Apesar desse domínio não ter uma continuidade natural para a parte norte do Cráton Amazônico, as rochas granulíticas
doMaciço de Garzon e outros associados, que afloram no Sudeste da Colômbia como janela do embasamento andino,datadas em 1180 Ma (Alvarez & Cordani, 1981), poderiam ser a possível extensão da Província Sunsás para norte da Bacia Sedimentar do Amazonas
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SW Amazonia
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SW Amazonia
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Reconstruction ca. 1 Ga with Grenvillian belts of Laurentia and Amazonia. SZ—shear zone; PC—Paragua craton.
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