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204 COMUMISMO cognitiva d linguagem vai se tornando menos rica e menos desenvolvimento de uma personalidade mais -altas. A estrutura dos valores tende, pois, a vincular- obustecer e a reproduzir as parte do Governo e dos grupos privados que a controlam. Nas sociedades de capitalismo problemas em termos de uma "paraideo-logia" concentrada exclusivamente nos meios fins (com uma passagem definitiva, nos termos de formal). Retomando uma tese inicialmente apresentada por Mannheim sobre o papel dos intelectuais, _e aproximando-se das m a "nova classe" (Daniel Bell; Alvin Gould-ner), status quo, um sistema distorcido de do, quer pelo dos mass media. que se recusa a legitimar ideologicamente as novas Mueller, a crise de autoridade de que sofrem os tirar total proveito do uso da moderna tecnologia das status quo. BIBLIOGRAFIA. K. W. DEUTCHE, I nervi del potere (1964), Etas Kompass. Milano 1972; Id., Le relazioni internazionali (1968), Il Mulino, Bologna 1970; R. R FAGEN, Politics and Communications. Litlle, Brownaud Co.. Boston 1966; C. MULLER, The politics of communication. Oxford University Press, London-New York 1973; L. PYE, Communications and political development, Pnnceton University Press. Princeton 1963. [ANGELO PANEBIANCO] Comunismo. E O COMUNISMO Costuma-se fazer sta. Na Lembre- superiores ou aos dirigentes do Estado: os guerreiros e os miliar tradicional. Como frisa Gom-perz, na Evangelhos (Mateus, VI, 19- Deus (Lucas, VI, 20); analogamente, em Marcos (X, -se de tudo aquilo - camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus". notavelmente alternados e COMUNISMO 205 temperados: "cada um lhe fixou" - -24 e o -8, se proclama: "Escravos -os com cuidado, como se se dos bens terrenos uso de todos; ela criou o direito co mundanizar-se da Igreja e com o seu progressivo identificar- os: assim, os -XIII) exaltam a pobreza e a modo os Valdenses repudiam a propriedade privada, XII) e na sua profecia de um iminente advento do universais, sem mais lutas para o meu e o teu. - ci de possuir, e sobre o movimento comunista de frei Dolcino (1304-1307). pelos anabatistas na guerra dos camponeses (1524- origens. II. UTOPIAS COMUNISTAS DA IDADE MODERNA: MORE E CAMPANELLA. grandes utopias comunistas, formuladas por eminentes -burgueses e ao afirmar- acaso que a primeira grande utopia dos tempos modernos que deu nome a todas as sucessivas -1535). ca -social: expulsos dos campos entram a trabalhar como manufaturas; parte constitui bandos de vagabundos sociais enfrentam Utopia "Parece-me que em todo lugar em que vigora a todas as coisas, seja bem prosperidade"... De fato, na ilha da Utopia, a -primas, oficinas, etc.) pertencem ao Estad suficiente para satisfazer as necessidades de todos, ho e sua destinados os trabalhos mais humildes e repugnantes. monge Tommaso Campanella (1568-1639). Na Cidade do Sol (publicada postu-mamente em 1643), o autor descreve uma ilha organizada em forma comunista, o horas de trabalho por 206 COMUNISMO Analogamente ao que acontece na de planificados pelas autoridades estatais, que III. IDEAIS COMUNISTAS NA . propugnados somente por personalidades eminentes e niveladores", que constituem a ala esquerda dos , do movimento radical- Sabine, pode- um primeiro exemplo de democracia burguesa radical com objetivos essencialmen etc), os verdadeiros niveladores ou cavadores podem ser considerados, antes, os primeiros representantes o fato de que especialmente da pequena burguesia, os cavadores pertencem a classes e grupos reduzido total. Ambos partem mais ou menos das mesmas Os cavadores aparecem pela primeira vez em 1649, quando um grupo deles entrou a cultivar terreno para distribuir seu produto aos pobres. O experimento durou apenas um ano, porque seus promotores foram dispersos. A doutrina do movimento pode ser expoente, Ge-rard Winstanley. Enquanto os niveladores acham que a lei de natureza se expressa direito comum aos meios de propriedade privada de todos os males e especialmente da propriedade dada por Deus a todos os homens em comum, deve ser cultivada em comum, de modo que cada um possa conseguir produtos dela de acordo com suas necessidades. IV. R BABUVISMO. I ROUSSEAU E MORELLY. Os ideais rande - -1797) foi influenciada profundamente pela leitura de Rousseau e de Morel Comunismo dos bens (embora no Projeto de tivesse previsto uma as obras, pela pequena propriedade independente: "Longe de desejar trabalho"), todavia, no Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, privada o ponto culminante de um fatal processo de as para aquele pelos ricos, do qual surgiram as sociedades civis modernas. privada como a origem de todos os males ("tirem a propriedade cega e o interesse cruel que a acompanha radical do que Rousseau, tinha pioclamado a sua aos olhos de Morelly, como uma sociedade necessidades. intelectual c espiritual. A comunidade estabeleceria o ao qual, no que conc COMUNISMO 207 contram no babuvista Manifeste propriedade privada introduz a desigualdade e de "durar mais que um comum; suprimir a propriedade privada; destinar cada -lo a depositar o fruto in nalura no mais escrupulosa igualdade". Conforme frisou G. Lefebvre, o programa bab - babuvista esteja baseado essencialmente nas formas produtivas, do que na expa destas. programa de Babeuf e de seus companheiros (An- -vain o dos iguais" entra destinadas a um desenvolvimento de grande de Babeuf e de Buonarroti, de fato, o corpo legislativo deve ser submetido ao mais rigoroso controle por legislativo, embora eleito pelo povo, tem somente o definitiva lado, segundo Babeuf e Buonarroti, a grande maioria caber somente a longamente as causas dos , querendo significar Engels. V. FOURIER, OWEN, CABET E OS SANSIMONISTAS. As escolas socialistas e claramente do programa babuvista pela diversa maneira de conceber a passagem da velha para a nova do exemplo de novas comunidades harmoniosas, componentes. Charles Fourier (1772-1837) teoriza os famosos interior dessas comunidades substancialmente trabalho perde, assim, todo o ca -1858) apresenta algumas analogias com a de Fourier. desemp uperar a economia de mercado. (Owen tentou efetivamente realizar os projetos -mony; outras foram fundadas pelos seus seguidores. Mas, em poucos anos, tais experimentos faliram.) 208 COMUNISMO Se Fourier e Owen baseiam seus projetos de comunidades, Etienne Cabet (1788-1856) projeta, ao ier e de Owen exclui qualquer devem ser de propriedade comum da coletividade, a coletividade uma quantidade igual de trabalho e essencialmente evolucionista: a nova sociedade deve No que diz respeito a estes autores, a escola conjuga estritamente os ideais socialistas e moderno. Falamos de "escola sansimonista", porque na obra de Saint- les industrieis. Cabe a alguns seguidores de Saint- Simon (especialmente a Bazard e Leroux) a tarefa de mestre, colocando- - -se, dessa forma, o contraste entre a propriedade privada c o funcionamento perfeito do sistema industrial: porque, produzir uma quantidade enorme de riquezas, a parte dos mais radicais dos sansimonistas, da ipsis literis, por Marx abolido, porque, dando a uma certa classe de i de viver do trabalho dos outros e em completa favor daqueles que somente consomem". Trata-se,portanto, de transferir ao Estado, transformando em que constitui o fundamento da propriedade privada, de modo que terra e capital se tornem verdadeiramente instrumentos de trabalho e dos produtores. VI. O COMUNISMO MARXISTA. Ta -1883) e de Engels (1820- nenhuma Manifesto do partido comunista clas - - pode existir sem revolucionar continuamente os instrumentos envelhecem antes de terem conseguido formar os ossos. as Cruzadas. Ela modificou a face da Terra numa cessidade de mercados cada vez mais amplos para os seus produtos a levou para todo o globo terrestre. mercadorias foram a artilharia pesada com que ela derrubou todas as muralhas chinesas. COMUNISMO 209 - - Cessa, dessa forma, qualquer isolamento local e outras. Mas a burguesia, que suscitou como que por - contraste se manifesta nas crises comerciais, que em sociedade burguesa. Nas crises explode uma epidemia contra- as riquezas produzidas. A burguesia supera as crises, de um lado, produtivas e, por outro lado, conquistando novos mercados e explorando mais intensamente os extensas e mais violentas c reduz os meios para prevenir as crises futuras. As armas com que ela derrubou o feudalismo ago morte. Manifesto, -social, em tudo e por tudo semelhante a um processo de A duas classes sociais), que constitui um de seus elementos mais essenciais. Segundo Marx, o capitalismo, na s mais alto do desenvolvimento capitalista, se defrontam somente duas classes: burguesia e proletariado. burguesa se distingue de todas as precedentes classes dentro - - s classes -se no Manifesto foram movimentos de minoria ou no movimento independente da enorme maioria no interesse da enorme maioria". socialista e a fase da "ditadura do proletariado", que a violentas e coercitivas (em primeiro lugar da da ditadura da burguesia: v. MARXISMO), sustentadas pela grande maioria -blanquistas: qualquer tentativa de apressar arbitrariamente os tas, que Mas o desenvolvimento capitalista plenamente generalizado constitui o pressuposto essencial da realiza aquele enorme aumento de riqueza social que de cada um segundo suas capacidades e a cada um segundo as necessidades. 210 CONCILIARISMO egativa da literatura socialista e comunista que o antecedeu o fato de que ela propugna "um ascetismo universal e uma desenvolvido nos - de 1844, percorre todas as obras de do programa de Gotha: abstratamente nivelador, porque aplica a todos os homens uma medida igual, sem ter em conta suas sociedade comunista, o augusto e as fontes da riqueza social produzam com toda sua plenitude. VII. K COM OS BOLCHE- VIQUES. profunda do marxismo. Segundo Kautsky, quanto altamente desenvolvida significa alta produtividade, trabalho socializado, proletariado numeroso, quer Kautsky - se manifesta no fato de que eles baseiam seu projeto - sobre um voluntarism bolcheviques se configura, assim, necessariamente, inevitavelmente um regime fundado nos meios de deve suprimir nem limitar as liberdades civis e e Governo legal da maioria socialista. Desta forma, Kautsky retorna e tiblanquista (v. BLANQUISMO) do pensamento de Marx, embora o inove num ponto essencial: enquanto Marx sempre uma democracia direta, Kautsky acha, por sua vez, que a democracia representativa seja um instrumento elementos de democracia direta ou participativa. Asperamente combatida por Lenin c pelos no lenini mais tarde, quando alguns partidos comunistas da , no livre confronto parlamentar e nas regras de uma sociedade pluralista, o quadro essencial e da sociedade. ta a -se os verbetes: LENINISMO, ESTALINISMO, TROTSKISMO, M -MO, EUROCOMUNISMO. 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