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O tecido muscular é responsável pelo movimento do corpo e de suas partes e por mudanças no tamanho e no formato dos órgãos internos

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O tecido muscular é responsável pelo movimento do corpo e de suas partes e por mudanças no tamanho e no formato dos órgãos internos. Caracteriza se por agregados de células alongadas e especializadas, dispostas em arranjos paralelos, cuja principal função é a contração. 
A interação de miofilamentos é responsável pela contração das células musculares.
Dois tipos de miofilamentos estão associados à contração celular:
Os filamentos finos (6 a 8 nm de diâmetro, com 1,0 μm de comprimento), compostos principalmente pela proteína actina. Cada filamento fino de actina fibrosa (actina F) é um polímero formado, principalmente, a partir de moléculas de actina globular (actina G)
Os filamentos espessos (cerca de 15 nm de diâmetro, com 1,5 μm de comprimento) são compostos principalmente pela proteína miosina II. Cada filamento espesso consiste em 200 a 300 moléculas de miosina II. Cada molécula contém
uma cabeça e uma cauda. A porção da cauda longa em formato de bastonete de cada molécula agrega se em um arranjo paralelo regular, enquanto as porções da cabeça da molécula projetam se para fora do conjunto e estão organizadas em um padrão helicoidal regular.
Os dois tipos de miofilamentos ocupam a maior parte do citoplasma que, nas células musculares, também é denominado sarcoplasma [Gr. sarcos, carne; plasma, coisa]. A actina e a miosina também são encontradas em muitos outros tipos de células (embora em quantidades consideravelmente menores), onde elas desempenham várias funções biológicas, como citocinese, exocitose e migração celular. As células musculares caracterizamse por conter um grande número de filamentos contráteis alinhados no citoplasma, utilizados pela célula com o único propósito de produzir trabalho mecânico.
O músculo é classificado de acordo com o fenótipo das células contráteis.
São reconhecidos dois tipos principais de músculos:
O músculo estriado, cujas células exibem estriações transversais ao microscópio óptico
O músculo liso, cujas células não exibem estriações transversais.
O tecido muscular estriado é ainda subclassificado de acordo com sua localização:
O músculo esquelético está inserido nos ossos e é responsável pelo movimento do esqueleto axial e esqueleto apendicular, bem como pela manutenção da posição e da postura do corpo. Além disso, os músculos esqueléticos do olho (músculos extraoculares) possibilitam o movimento preciso dos olhos
O músculo estriado visceral é morfologicamente idêntico ao músculo esquelético, mas está restrito aos tecidos moles; isto é, língua, faringe, parte lombar do diafragma e parte superior do esôfago. Esses músculos desempenham papel essencial na fala, na respiração e na deglutição
O músculo cardíaco é um tipo de músculo estriado encontrado na parede do coração. Encontra se também em um pequeno trecho da parede das grandes veias pulmonares, que desemboca no coração. 
Classificar tecido muscular
Tecido muscular esquelético células alongadas, formato de fibras, denominadas fibras musculares esqueléticas, multinucleada com núcleos localizados na periferia do citoplasma, abaixo da membrana plasmática da célula também denominada sarcolema e consiste em uma lâmina externa
e uma lâmina reticular circundante. Citoplasma de mil filamentos dando aspecto estriado, mantidas unidas por tecido conjuntivo, que, além disso, possibilita que a força de contração gerada por cada fibra atue sobre o musculo. 
O endomísio é a camada delicada de fibras reticulares que circunda cada fibra muscular. Apenas vasos sanguíneos de pequeno diâmetro e os ramos neuronais mais finos são encontrados no endomísio, que corre paralelamente às fibras musculares
O perimísio consiste em uma camada de tecido conjuntivo mais espessa, que circunda um grupo de fibras para formar um feixe ou fascículo. Os fascículos são unidades funcionais das fibras musculares, que tendem a atuar em conjunto
para a realização da contração. No perimísio, são encontrados vasos sanguíneos de maior calibre, além de nervos
O epimísio é a bainha de tecido conjuntivo denso que circunda um conjunto de fascículos, constituindo o músculo. O suprimento vascular e nervoso adentra o músculo através do epimísio. 
E em cada fibra muscular existem diversos miofilamentos ou miofibrilas, são um conjunto de sarcomero, que com suas repetições formam as estriações da miofibrila, da função de contração a célula. Cada sarcômero é delimitado por linha Z, semi banda I (actina), apresenta banda A (miosina), ao centro banda H e a parte mais escura da banda H linha M. 
Muscular cardíaco mesmos tipos e arranjos de filamentos contráteis do músculo esquelético, mas apresentam poucos núcleos e estão sempre no centro das células, Além disso, as fibras musculares cardíacas exibem bandas transversais densamente coradas, denominadas discos intercalares, que cruzam as fibras musculares de modo linear e com frequência, liga uma célula a outra célula por junções de adesão ou comunicantes GAP. As fibras são envoltas por tecido conjuntivo que contem rede de capilares sanguíneos. 
Muscular liso é encontrado em todas as vísceras, formada pela associação das células alongadas (fibras muscular lisa), um núcleo alongado localizado no centro, possui citoplasma homogêneo. E o sarcolema apresenta depressões denominadas cavéolas, vesículas relacionadas a membrana essas caveolas possuem cálcio que promove as contrações. No sarcoplasma apresenta algumas mitocôndrias, cisternas do reticulo endoplasmático granuloso, grânulos de glicogênio e complexo de golgi pouco desenvolvido. As células apresentam corpos densos localizados na membrana das células e também no citoplasma, possuem importante papel na contração das células. 
Aspectos morfológicos ao M.O e M.E (microscópio óptico e eletrônico) do tecido muscular.
M.E.: No tecido muscular estriado cardíaco, é possível ver o núcleo mais central dessas células musculares e suas delimitações, além de grânulos de glicogênio próximos a ele. Em relação as fibras musculares estriadas, mais precisamente os miofilamentos, essa microscopia nos revela a organização do sarcômero, além de também fornecer detalhadamente a organização da actina e miosina. É possível ver também o ponto de conexão entre duas fibras musculares cardíacas – o disco intercalar –. O MET revela, ainda, que as miofibrilas do musculo cardíaco se separam para passar ao redor do núcleo, com isso delineando uma região justa nuclear bicôncava na qual as organelas celulares estão concentradas, sendo essa região rica em mitocôndrias e contém o aparelho de Golgi, grânulos do pigmento lipofuscina e glicogênio.
No tecido muscular estriado esquelético, é possível ver o núcleo mais na parte da periferia da célula e suas delimitações. Em relação ao miofilamento desse tecido, é possível ver os sarcômeros e as tríades entre os miofilamentos. Além disso, é visível a placa motora (ponto de contato entre o neurônio e a superfície da fibra muscular). 
No tecido muscular liso, mostra o núcleo central e a ausência de organização em sarcômeros, além de apontar que a maioria das organelas citoplasmáticas está concentrada em cada extremidade do núcleo e essas extremidades incluem numerosas mitocôndrias, algumas cisternas do RER, ribossomos livres, grânulos de glicogênio e um pequeno aparelho de Golgi
M.O.: No tecido muscular estriado cardíaco, observa-se os discos intercalares. No tecido muscular estriado esquelético é possível ver a disposição dos núcleos nas fibras e as estriações transversais em evidência. No musculo liso, o citoplasma é corado uniformemente, graças às concentrações de actina e miosina e observa-se, ainda, a forma alongada com extremidades afiladas das células e seus respectivos núcleos centrais. 
Descrever a morfologia e função das díades e tríades:
A tríade é a expansão ou cisterna terminal do reticulo sarcoplasmático em cada lado do túbulo T, complexo este, formado por túbulo T e duas expansões do reticulo sarcoplasmático (cisternas), encontradas no musculo esquelético. Já as díades frequentes no musculo cardíaco, constituídapor um túbulo T uma cisterna do reticulo sarcoplasmático. 
Descrever morfologia e função do disco intercalar: 
As fibras musculares cardíacas exibem bandas transversais densamente coradas, denominadas discos intercalares, que cruzam as fibras musculares de modo linear e com frequência. Os componentes transverso e lateral do disco contem junções intercalares especializadas entre as células adjacentes: zônula de adesão: representa a principal especificação da membrana da parte transversal do disco, também são encontradas nas partes laterais e servem para ancorar os filamentos de actina dos sarcomeros terminais. Desmossomos unem as células , impossibilitando que se separem durante a atividade contrátil. Junções comunicantes fornecem continuidade iônica entre células musculares adjacentes, possibilitando a passagem de macromoléculas sinalizadoras ou ligantes de uma célula em outra, protegendo das forças geradas durante a contração. 
Sistema cardiovascular: 
Descrever os componentes histológicos das túnicas do coração e sistema condutor.
Túnicas do coração:
Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no mediastino. O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. 
O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e não elástico. Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele. 
O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla camada, circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração. 
Epicárdio/camada visceral do pericárdio seroso: aderida à superfície externa do coração. Consiste em uma única camada de células mesoteliais e tecido conjuntivo e adiposo subjacentes. Os vasos sanguíneos e os nervos que suprem o coração situam-se no epicárdio e são circundados por tecido adiposo. O epicárdio reflete-se de volta na parede dos grandes vasos que entram no coração e saem dele como camada parietal do pericárdio seroso, que reveste a superfície interna do pericárdio que circunda o coração e as raízes dos grandes vasos. 
Miocárdio: consiste em musculo cardíaco, sendo o principal componente do coração e trabalhando como um sincício (movimentos de contração e relaxamento). O miocárdio dos átrios é substancialmente mais fino que o dos ventrículos, devido a maior pressão necessária para os ventrículos bombearem o sangue através das circulações. 
Endocárdio: camada interna de endotélio e de tecido conjuntivo subendotelial, uma camada média de tecido conjuntivo e células musculares lisas e uma camada mais profunda do tecido conjuntivo.
No sistema condutor, as células de condução cardíaca que compõem o feixe de His originam-se no nó AV, atravessam o esqueleto fibroso do coração, percorrendo ambos os lados do septo interventricular e terminam como fibras de Purkinje no miocárdio dos ventrículos. As células que formam essas fibras são maiores que as células musculares ventriculares, cujas miofibrilas estão localizadas na periferia da célula e seus núcleos são esféricos e maiores do que os das células musculares cardíacas do miocárdio. Devido ao glicogênio armazenado, as células das fibras de Purkinje são mais resistentes à hipóxia que as células musculares ventriculares. 
Aspectos morfológicos ao M.O e M.E (microscópio óptico e eletrônico) células de Purkinje, do sistema de condução elétrica do coração.
O sistema de condução de impulsos é formado por fibras musculares cardíacas modificadas, denominadas fibras de Purkinje. As células que formam as fibras de Purkinje, em corte transversal, têm formato irregular, com miofibrilas espalhadas e numerosas mitocôndrias, muitas das quais organizadas em agregados, ocupando o citoplasma. 
As características das células de Purkinje à M.E.T são: feixes de miofilamentos esparsos e desorganizados, localizados sob o sarcolema. As mitocôndrias são uma característica típica e dominante. Apresentam citoesqueleto incomumente bem desenvolvido, o qual consiste principalmente em filamentos intermediários constituídos por desmina. O sarcoplasma também contém quantidades variáveis de gotículas lipídicas, mas não possui um sistema de túbulos transversais. Suas miofibrilas estão localizadas na periferia da célula, cujos núcleos são esféricos e maiores que os núcleos das células musculares cardíacas no miocárdio. 
Sob o microscópio óptico, a porção central da célula rica em glicogênio aparece homogênea e com coloração pálida.
Classificar, descrever e comparar os componentes histológicos dos vasos sanguíneos: artérias, veias.
As paredes dos vasos são formadas por três túnicas: 
Túnica intima a camada mais interna do vaso, consiste em três componentes: (1) uma única camada de células epiteliais pavimentosas, o endotélio; (2) a lâmina basal das células endoteliais (uma fina camada extracelular, composta principalmente de colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas); e (3) a camada subendotelial, que consiste em tecido conjuntivo frouxo e ocasionalmente células musculares lisas. Nas artérias a túnica intima esta separada da túnica media por uma lamina elástica interna, nutre células situadas mais profundamente na parede dos vasos. 
Túnica media consiste em camadas de células musculares lisas vasculares dispostas circunferencialmente. Nas artérias, essa camada é relativamente espessa e estende-se da lâmina elástica interna até a lâmina elástica externa. A lâmina elástica externa é uma camada de fibras e lamelas elásticas, que separa a túnica média da túnica adventícia.
Túnica adventícia camada mais externa do tecido conjuntivo, consiste em fibras de colágenos e fibras elásticas, a túnica adventícia das grandes artérias e veias contém um sistema de vasos, denominado vasos dos vasos (vasa vasorum), que supre de sangue as próprias paredes vasculares, bem como uma rede de nervos autônomos, denominados nervos dos vasos (vasculares), que controla a contração do músculo liso nas paredes dos vasos. As veias, entretanto, apresentam a túnica adventícia mais espessa que nas artérias.
Já as artérias se desenvolvem em: 
Artéria de grande calibre (artérias elástica); apresentam túnica media que consiste em múltiplas camadas de células musculares lisas entremeadas por lamelas elásticas, não há fibroblastos na túnica média;
Artérias de calibre médio/artérias musculares: apresentam uma túnica média com maior quantidade de músculo liso (muitas células) e menor quantidade de lamela elástica do que a artéria elástica além de apresentarem uma membrana elástica interna proeminente da túnica intima;
Artérias de pequeno calibre/arteríolas: distinguem-se pelo número de camadas de musculo liso na túnica media. As arteríolas apresentam uma ou duas camadas de musculo liso, enquanto que as médias apresentam até oito camadas. 
As veias dividem-se em: 
As vênulas pós capilares apresentam revestimento endotelial com sua lâmina basal e periquitos (representam células tronco mesenquimatosas indiferenciadas, que
formam conexões com as células endoteliais).O endotélio das vênulas pós capilares constitui o principal local de ação dos agentes vasoativos, como a histamina e a serotonina.
Veias de pequeno calibre são uma continuação das vênulas musculares. Todas as três túnicas estão presentes e podem ser identificadas em uma preparação de rotina. ***A maioria das veias é de pequeno ou médio calibre. A intima apresenta uma camada subendotelial fina composta por tecido conjuntivo que pode estar ausente. A túnica média células musculares lisas entremeadas com fibras reticulares. A túnica adventícia é a mais desenvolvida e espessa delas. 
Perto do coração, os troncos venosos, são veias de grande calibre. Possuem túnica intima bem desenvolvida porem, a média é muito fina, com poucas camadas de células musculares lisas e muito tecidoconjuntivo. A adventícia contem feixes longitudinais de musculo liso e fibra colágena. As veias de grande calibre possuem válvulas (composta de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas revestidas dos lados por endotélio), que são dobram da túnica intima, em formato de meia lua e se projetam para o interior da luz do vaso, e também impedem o fluxo retrógado do sangue. 
Classificar, descrever e comparar os componentes morfológicos dos capilares sanguíneos.
Os capilares formam as redes vasculares sanguíneas que possibilitam o movimento dos líquidos contendo gases, metabólitos e produtos de degradação através de suas paredes finas. São classificados em: 
capilares contínuos – caracterizados por endotélio vascular ininterrupto; 
fenestrados – caracterizados por numerosas aberturas na parede dos capilares e pela lamina basal contínua; 
e descontínuos ou sinusoidais – caracterizados por um diâmetro maior, aberturas grandes, lacunas intercelulares e uma lamina basal descontínua.

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