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Contabilidade financeira
Porto Seguro Seguros
Maio/2019
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Elaborado por: Caleb Costa Ribeiro
Disciplina: Contabilidade Financeira
Turma: 0419-9_2
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Introdução
Objeto de estudo desse trabalho, a Lojas Americanas, reconhecida como a maior rede de vendas online da América Latina, passa por uma análise contábil sobre seus exercícios nos anos de 2016 e 2017. Foram usadas as demonstrações contábeis divulgadas pela empresa, haja vista que deve ser transparente com seu investidores e com o público em geral. Essa análise, visa concluir se seria viável investir ou não na empresa, usando de embasamento a saúde financeira da marca.
Além disso, a análise criteriosa de seus investimentos, custos, lucros e patrimônios é primordial para que se possa traçar estratégias nos demais setores, como marketing, produto e comercial, de forma a melhorar as formas de captação de recursos e aumentar receitas, bem como dominuir gastos e direcionar os investimentos para os locais adequados no tempo certo.
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Análise Vertical
Como objeto de estudo deste trabalho, os quadros 1, 2 e 3 apresentam o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício da empresa Lojas Americanas S/A nos anos de 2016 e 2017.
Quadro 1 - Balanço Patrimonial - Ativos
Conforme observado no quadro 1, as contas mais significantes nos ativos do ano de 2016 foram os Investimentos (20,87%), Estoque (16,81%) e as Aplicações financeiras (15,60%), pois juntas represetam mais da metade de todo o ativo da empresa, haja vista que o Imobilizado representa 18,38% dos ativos, porém, como o ativo imobilizado compreende os bens tangíveis que a empresa deve manter para seu exercício, esses não estão sendo levados em consideração. O imobilizado sofre depreciação até quando não contribuir mais para o rendimento do exercício da empresa.
No ano de 2017, as contas mais relevantes continuaram a mesmas, porém com variações de importância. Os investimentos representaram 18,33% dos ativos, apresentando uma queda de 2,54 pontos percentuais, mas ainda liderando. As aplicações financeiras cresceram 1,73 ponto percentual, assumindo a segunda maior importância nos ativos. Em seguida aparece os ativos imobilizados, com 16,15%, apresentando uma queda. Já estoque também caiu, descrescendo 3,01 pontos percentuais, o que pode ser enxergado com uma boa fase comercial da empresa, já que houve um crescimento na receita, podendo-se entender que as vendas tem atingido os estoques rapidamente.
Quadro 2 - Balanço Patrimonial - Passivos e Patrimônio Líquido
O quadro 2 apresenta o detalhamento dos passivos no mesmo período. Em 2016, os Fornecedores (19,08%) e o Empréstimos e financiamentos (49,39% PNC + 9,66% PC) representam quase que a totalidade do passivo total, ou seja, são as maiores contas que a empresa tem e são indispensáveis para gerar sua operação. No patrimônio líquido, o mais relevante é o Capital social de 11,29%.
Em 2017, o patrimônio líquido da empresa subiu e, consequentemente, o capital social saltou para 22,57%, se tornando ainda mais relevante, haja vista que os acionistas tem um melhor retorno e, assim, queiram investir mais na empresa. Os custos com Empréstimos e financiamentos diminuíram para 40,24%, no passivo não circulante, e aumentaram no passivo circulante para 12,47%, mostrando que a empresa tem preferido realizar empréstimos a prazos maiores. O custo com fornecedores também diminuiu sua participação no total, caindo 3,57 pontos percentuais.
Observa-se, no quadro 3, que o custo dos bens e serviços da empresa mantém uma importância muito parecda nos dois anos, variando poucas casas decimais. Esse custo representa em média 64,5% do faturamento. As despesas operacionais também não sofreram grandes variações, se mantendo nos 22% de representação do faturamento. Nota-se que apenas 2,16% da receita da empresa, em 2017, representa o lucro líquido, apresentando um leve crescimento em relação ao ano de 2016 (2,04%).
Quadro 3 - Demonstração do Resultado do Exercício
Análise Horizontal
De acordo com o quadro 4, o ativo disponível cresceu 592% no de 2017, mostrando que a receita gerada tem sido por recebimentos a curto prazo, o que elevou o ativo total da empresa também. Com isso, as aplicações financeiras também cresceram 51,38%, no ano de 2017. Outras informações interessantes é que as contas a receber em curto prazo também aumentaram em 8,03%, projetando uma melhora no próximo exercício. Único fator que não foi positivo em 2017 no ativos foram as despesas antecipadas, que diminuiram, apesar de ser bem próximo do valor usado em 2016. As despesas antecipadas podem ser vistas como benefícios para a empresa, haja vista que custeiam serviços ou bens do exercício seguinte a preços atuais. Os investimentos e o imobilizado da empresa cresceram na casa dos 19%, o que mostra o poder de compra e movimentação da empresa em boa fase.
Quadro 4 - Balanço Patrimonial - Ativos 2
No quadro 5, observa-se que também cresceram no ano de 2017 os custos da empresa. O passivo circulante subiu 27,29%, porém isso pode representar uma boa fase da empresa também, já que as obrigações sociais e trabalhistas também subiram 69,58%, representando um aumento no quadro de funcionários ou melhoria nos salários, por exemplo. Os custos com fornecedores também aumentaram 10,79%, mostrando uma maior necessidade de matérias ou serviços para manter o exercício. Com todo esse crescimento nos gastos, houve também um crescimento nos empréstimos ou investimentos, que aumentou 75,89%. O melhor de tudo isso é que diminuíram os dividendos a pagar em relação ao ano de 2016.
O patrimônio líquido da empresa também cresceu devido ao crescimento do capital social, que teve um salto de 172,36%, aumentando também as reservas da empresa, como as reservas de capital que subiram em 55,14%.
Quadro 5 - Balanço Patrimonial - Passivos 2
Por último, analisando o quadro 6, observa-se uma crescente na receita da empresa do ano de 2016 para 2017 de 6,05%. Obviamente, o custo dos bens e serviços oferecidos pela empresa também cresceram na faixa dos 6%. De forma geral, houve um pequeno aumento em todos os lucros e despesas, com exceção do resultado de equivalência patrimonial que diminuiu em 13,77% e o imposto de renda que cresceu quase que 100%. As despesas financeiras também apresentaram uma melhora, decrescendo em 0,53%. Por fim, o lucro líquido do exercício apresentou um crescimento de 12,27%, ou seja, R$25.971.000,00.
Quadro 6 - Demonstração de Resultado de Exercício 2
Cálculo dos índices de liquidez
O índice de liquidez imediata das Lojas Americanas em 2016 era de 0,07, o que significa que a cada 1 real de dívida de curto prazo, a empresa tem aproximadamente 0,07 centavos disponível no caixa ou bancos para realizar o pagamento. Em 2017, o índice aumentou para 0,37, consequência do aumento de receita.
O índice de liquidez corrente em 2017 (1,52) também foi superior ao de 2016 (1,82), mostrando que a empresa tem total capacidade honrar com suas dívidas de curto prazo usando do capital de giro.
A liquidez seca da empresa em 2016 foi de 1,03, ou seja, a empresa não depende de seu estoque para quitar sua dívidas a curto a prazo. Esse resultado ficou ainda melhor em 2017, com o índice de 1,38.
Por fim, a liquidez geral da Lojas Americanas em 2016 apresentou resultado de 0,68, o que significa que de todos seus recursos a curto e longo prazos, a empresa dispõe de 0,68 centavos para cada 1 real de dívida. Em 2017, o resultado apresenta expressiva melhora, aumentando para 0,86 o seu índice, o que pode significar que a empresa tem aumentado a captação de recursos a curto prazo.
Cálculo da estrutura de capital
Em 2016, a empresa usava 84% dos ativos captados de terceiros para saldar as dívidas de curto e longo prazos, porém, em 2017, houve uma melhora e o índice caiu para 73%, ou seja, 27% das dívidaspodiam ser saldadas com recursos próprios, diminuindo a dependência dos recursos de terceiros.
Na composição do endividamento, em 2016, observa-se que que a cada 100 reais de dívidas, 40 se concentravam no passivo circulante, ou seja, recursos de longo prazo predomina na composição da dívida, o que alivia e mostra que ela tem boa política de captação de recursos. Em 2017, o índce sobre um pouco para 43%, mas ainda assim a situação é confortável.
Referente ao patrimônio líquido imobilizado, em 2016, a empresa imobilizou 100% de seu capital, porém tinha alto índice de dependência do capital de terceiros para isso, chegando a 170% além dos 100% de recursos próprios. Em 2017, esse índice deu uma melhorada, apresentando valor total de 138%, ou seja, apenas 38% de dependência de recursos de terceiros.
Em 2016, houve a necessidade de usar de capital de terceiros a longo prazo para complementar os investimentos realizados nos ativos investimentos. Esse índice foi de 64%, o que protege o capital de terceiros de curto prazo. Em 2017, o índice melhorou, abaixando para 53% essa dependência.
Foram usados 60% de recursos onerosos de terceiros em 2016 para financiar as aplicações feitas no ativo. Esse índice também deu uma melhorada no ano seguinte, caindo para 54%.
Cálculo da lucratividade e rentabilidade
A Lojas Americanas teve, em 2016, 36% de lucro sobre os produtos vendidos, representando sobra para arcar com as despesas operacionais e geração de novos lucros. Esse lucro praticamente se manteve em 2017, caindo apenas 1 ponto percentual aproximadamente.
Em 2016, a empresa obteve um retorno operacional de 3% sobre seu faturamento líquido. Esse índice foi melhorado no ano de 2017 e subiu para 4%, mostrando que o operacionl tem contribuído mais para a receita.
O retorno do faturamento líquido da empresa também não é grande, se apresentando com 2% nos dois anos. Outra característica importante, é observar o giro do ativo, que apresenta se a empresa conseguiu ou não vender o suficiente para pagar os investimentos da empresa. Em 2016, esse índice foi de 81%, ou seja, não foi o suficiente para arcar com os investimentos. Em 2017, as vendas representaram menos ainda a parcela de participação dos investimentos realizados, apresentando resultado de 63%.
Com um índice de 11% de rentabilidade do patrimônio líquido em 2016, os investidores tiveram essa porcentagem de retorno de seus investimentos na empresa. Porém, em 2017, houve uma considerável queda no retorno aos acionistas, apresentando um índce de rentabilidade de apenas 5%.
Da quantidade investida na empresa no ano de 2016, 2% representa o lucro líquido do exercício no total investido na empresa. Esse índice sofreu uma queda, e aproximandamente 1% do total investido em 2017 representou o lucro líquido do exercício.
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Conclusão 
De modo geral, a Lojas Americanas apresentou melhora do ano de 2016 para o ano de 2017, crescendo a receita, realizando mais investimentos e dependendo menos de recursos de terceiros a curto prazo e longo prazo. Porém, do ponto de vista do investidor, o ano de 2017 não foi uma boa fase para se investir na empresa, haja vista que a rentabilidade do patrimônio líquido da empresa caiu no ano de 2017, acompanhando a queda da rentabilidade dos investimentos realizados.
Apesar do aumento na receita e diminuição em certos custos, se analisada friamente, precebe-se que a receita cresceu menos do que o investimenro realizado, ou seja, de um ano para o outro, a receita adquirida se tornou mais insuficiente para saldar os investimentos feitos, revelando-se não estar em um bom ano de vendas quantitativamente falando, em relação a 2016.
Resumindo os dados apresentados, percebeu-se que os números na análise horizontal de vertical cresceram, alguns timidamente e outros consideravelmente, mas, quando analisadas as forças de pagamento, formas de captação de recursos, lucratividade e rentabilidade dos investimentos, conclui-se que o ano de 2017 não foi um bom ano para a empresa ou acionistas, em comparação com 2016, já que grande parte dos investimentos e recursos de terceiros representavam os recursos necessários para quitar as dívidas a curto prazo da empresa.
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Referências bibliográficas
LIMEIRA, André Luis Fernandes et al. Gestão contábil financeira. Rio de Janeiro: FGV, 2015. E-book.
LOJAS AMERICANAS. História. [S. l.], 10 maio 2019. Disponível em: http://www.americanas.com.br/estatica/sobre-americanas. Acesso em: 6 maio 2019.
PORTAL DE CONTABILIDADE. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE). [S. l.], 20--?. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm. Acesso em: 6 maio 2019.
PORTAL DE CONTABILIDADE. BALANÇO PATRIMONIAL. [S. l.], 20--?. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm. Acesso em: 6 maio 2019.
PORTAL DE CONTABILIDADE. CÁLCULO E ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ. [S. l.], 20--?. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm. Acesso em: 6 maio 2019.
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