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DNA: Estrutura e replicação MODELO HELICOIDAL DOS CROMOSSOMOS A Estrutura do DNA A estrutura tinha de atender aos principais requisitos de uma molécula hereditária: 1. Capacidade de estocar informação; 2. Capacidade de replicar-se; 3. Capacidade de sofrer mutação. ADN ou DNA Ácido DesoxirriboNucléico • A molécula de DNA é uma dupla-hélice, constituída por duas cadeias nucleotídicas, que se unem através de pontes de hidrogênio, pelo pareamento de A com T e G com C. Em 1953, o norte americano James Watson e o britânico Francis Crick, propuseram o modelo da dupla hélice antiparalela para a estrutura do DNA. • O DNA é composto de monômeros de nucleotídios. Os Elementos Estruturais do DNA Composição dos nucleotídeos: 1. Um açúcar (pentose) chamado de DESOXIRRIBOSE; 2. Ácido fosfórico (fosfato); 3. Uma das quatro bases nitrogenadas: - Purinas: Adenina (A) e Guanina (G), - Pirimidinas: Timina (T) e Citosina (C). PURINAS PIRIMIDINAS Adenina Guanina Citosina Timina Base Nitrogenada Fosfato Desoxirribose Os Elementos Estruturais do DNA Estrutura Tridimensional do DNA 1) Dois filamentos paralelos (lado a lado) de nucleotídeos, enrolados para a direita, formando a chamada DUPLA HÉLICE. Timina Adenina Citosina Guanina 2) Os dois filamentos de nucleotídios são mantidos juntos por pontes de hidrogênio entre as bases de cada filamento, formando uma estrutura como uma escada em espiral. O pareamento complementar ocorre entre A com T, através de duas pontes de hidrogênio e G com C, através de três pontes de hidrogênio. Estrutura Tridimensional do DNA 1. A quantidade total de nucleotídios pirimidínicos (T + C) é sempre igual à de nucleotídios purínicos (A + G); 2. A quantidade de T é sempre igual à de A e a de C é sempre igual à de G; 3. Mas a quantidade de A + T não é necessariamente igual à de G + C. Essa proporção varia entre organismos diferentes, mas é praticamente a mesma em tecidos diferentes do mesmo organismo. As regras de Chargaff 3) Os nucleotídeos de cada filamento são ligados uns aos outros por meio de LIGAÇÕES FOSFODIÉSTER. Estrutura Tridimensional do DNA Nucleosídeo monofosfato ligação fosfodiéster 4) A síntese do filamento de DNA ocorre sempre do sentido 5’ para 3’. • Os carbonos do açúcar (desoxirribose) são numerados de 1’ a 5’; • Uma ligação fosfodiéster conecta o átomo de carbono 5' de uma desoxirribose ao átomo de carbono 3' da desoxirribose adjacente. Estrutura Tridimensional do DNA Como se formam as ligações fosfodiéster? Fita molde de DNA Fita de DNA em síntese Deoxinucleosídio 5´-trifosfato 5) Os dois filamentos de DNA ocorrem em direções opostas (antiparalelas); 5’ 5’ 3’ 3’ Estrutura Tridimensional do DNA Estrutura do DNA 20Å 34Å 3,4Å Espaço ocupado por uma volta da molécula, ou 10 nucleotídeos Diâmetro da molécula Distância entre nucleotídeos Exercício • Qual a sequência complementar do DNA? • ATC GTA CTG ATA TAG CAT GAC TAT Ex.: O conteúdo GC de uma molécula de DNA é de 56%, quais são as porcentagens das quatro bases (A, T, G, C)? Resposta: Se o conteúdo de GC é de 56%, então, como G=C, o conteúdo de G é de 28%, e o conteúdo de C também é de 28%. O conteúdo de AT é 100 – 56 = 44%. Como A=T, o conteúdo de T e A é de 22% cada. Ex.: O conteúdo AT de uma molécula de DNA é de 84%, quais são as porcentagens das quatro bases (A, T, G, C)? Resposta: Se o conteúdo de AT é de 84%, então, como A=T, o conteúdo de A é de 42%, e o conteúdo de T também é de 42%. O conteúdo de CG é 100 – 84 = 16%. Como C=G, o conteúdo de C é 8% e de G é 8%. REPLICAÇÃO DO DNA ORIGEM DE REPLICAÇÃO Replicação em eucariontes Origem de replicação Síntese do DNA Síntese do DNA DNA cromossômico Três origens de replicação Duas cromátides irmãs O modelo semiconservativo da replicação do DNA proposto por Watson e Crick baseia-se na especificidade de pontes de hidrogênio dos pares de bases. Os filamentos parentais, mostrados em azul, servem como moldes para a polimerização. Os filamentos recém- polimerizados, mostrados em amarelo, têm sequências de bases que são complementares a seus respectivos moldes. Modelo semiconservativo da replicação do DNA Representação da forquilha de replicação, onde estão mostradas as principais enzimas e cofatores que formam o complexo de replicação (figura disponível no site www.ncbi.nlm.nhi.gov livro The Cell: A molecular Approach, de J. Cooper, Sinauer Assoc. Co.). Garfo de replicação 5. DNA polimerase III: adiciona desoxirribonucleotídios à ponta 3' de uma cadeia de nucleotídios em crescimento, usando como molde um único filamento de DNA que foi exposto pela deselicoidização localizada da dupla hélice. 6. Substratos da DNA pol III: trifosfato dos desoxirribonucleosídios, dATP, dGTP, dCTP e dTTP. 4. Primase: é um tipo de RNA polimerase que sintetiza os primers de RNA (8 a 12 nucleotídeos) complementar a regiões específicas dos cromossomos. 2. Helicase: são enzimas que rompem as pontes de hidrogênio que mantêm os dois filamentos da dupla hélice juntos. 1. Topoisomerase: relaxam o DNA super-helicoidizado quebrando um único filamento de DNA ou ambos os filamentos, o que permite que o DNA gire, tornando-se uma molécula relaxada. 3. Proteínas de ligação à fita simples (SSB): se ligam ao DNA unifilamentar e impedem a reestruturação da dupla hélice. 7. DNA polimerase I: remove os primers de RNA com sua atividade de exonuclease de 5' para 3' e preenche os espaços com sua atividade de polimerase de 5‘ para 3'.. 8. DNA Ligase: une a ponta 3' do DNA que preencheu o espaço à ponta 5‘ do fragmento de Okazaki posterior. Ler: pg. 230 a 233 VÍDEO https://www.youtube.com/watch?v=tBkhK3t6Aw0 A telomerase leva uma pequena molécula de RNA (letras vermelhas), que atua como molde para a adição de uma sequencia complementar de DNA, que é adicionada ao prolongamento em 3’ pela enzima telomerase. Para adicionar outra repetição, a telomerase transloca-se para a ponta da repetição que foi adicionada. REPLICAÇÃO DO TELÔMERO O prolongamento de 3’ pode servir então como molde para a replicação convencional do DNA. REPLICAÇÃO DO TELÔMERO https://www.youtube.com/watch?v=vf9tSkgDTpE REPLICAÇÃO DO TELÔMERO REVESTIMENTO PROTEICO DOS TELÔMEROS - embora a maioria das células germinativas tenha bastante telomerase, as células somáticas produzem muito pouca ou nenhuma telomerase; - os cromossomos das células somáticas proliferativas ficam progressivamente mais curtos a cada divisão celular, até que a célula cessa todas as divisões e entra em fase de senescência; - Essa observação levou muitos pesquisadores a suspeitar que há uma ligação entre o encurtamento do telômero e o envelhecimento; As pessoas com síndrome de Werner têm telômeros mais curtos que as pessoas normais, em decorrência de uma mutação em um gene chamado WRN, que codifica uma proteína (uma helicase) que faz parte da estrutura de revestimento do telômero. TELÔMEROS E ENVELHECIMENTO TELÔMEROS E CÂNCER - Ao contrário das células somáticas normais, a maioria das célulascancerosas tem atividade de telomerase; - as células cancerosas, mas não as normais, podem crescer em culturas de células por décadas, e são consideradas imortais; - indústria farmacêutica está tentando capitalizar essa diferença entre as células normais e as cancerosas desenvolvendo fármacos que tenham como alvo seletivo as células cancerosas, inibindo a atividade da telomerase. O Ciclo Celular Fase G2 (gap2): Nova fase de crescimento. Ocorre a síntese de RNA e proteínas. Fase G1 (gap1): A célula aumenta de tamanho e há uma intensa síntese protéica e de ácido ribonucléico. Fase S (síntese): É a fase de síntese, no qual ocorre a replicação do cromossomo. Cada cromossomo é duplicado e passa a ter 2 cromátides irmãs que partilham de um centrômero comum. Técnica usada para amplificar in vitro uma região específica de DNA, visando produzir grandes quantidades de DNA PCR: Reação em Cadeia da Polimerase 94OC 50-60OC 72OC 1 min. 1 min. 2 min. Desnaturação Anelamento Extensão PROGRAMA DE TEMPERATURA TERMOCICLADOR VIDEO PCR DNA dobra a cada ciclo 0 Ciclos Número de moléculas 3 8 2 4 1 2 4 16 5 32 6 64 O que determina a especificidade da reação? PRIMER TTATGGGAGCGAAGAGTTCCAGTGCGACGGTT GCAAGACCCCCGGGAATGGCCTCCGA AATACCC TCGCT TCTCAAGGTCACGCT GCCAACGTT CTGGGGGCCCTTACCGGAGGCT 5` 3` 5` 3` TTATGGGAGCGAAGAGTTCC GGGGGCCCTTACCGGAGGCT P: (1/4)20 = 9,1x10-13 Genoma da videira: ~475 Mb (4,75x108) ROTEIRO PARA ESTUDO: Livro: Introdução à Genética Capítulo 7; pg. 231-247
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