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Implementação de um Inversor Usando a Tecnologia AMS 350 nm Rodrigo Nogueira Wuerdig Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre - Brasil rodrigo.wuerdig@inf.ufrgs.br Abstract— This document describes the development workflow of a CMOS inverter cell using the austriamicrosystems (AMS) 0.35 µm technology. Is described the possible techniques of circuit design, as full-custom and semi-custom (or also called cell-based), the steps taken to develop since from the schematic to the finished cell so as the electrical simulations to validate the inverter are also described. Keywords— Inverter, Full-custom, Microelectronics, SNM. I. INTRODUÇÃO O uso de soluções em micro e nanoeletrônica já é tendência há alguns anos [1]. Dada a importância desta área no cenário atual, saber as etapas necessárias para o desenvolvimento de soluções em microeletrônica é de grande valia. Este documento aborda o desenvolvimento de uma célula inversora, a qual é uma das mais utilizadas na microeletrônica, desde o desenvolvimento do esquemático até a caracterização elétrica. O desenvolvimento da célula é feito sobre a tecnologia de 350nm da austriamicrosystems (AMS) e é desenvolvida utilizando as ferramentas da empresa Cadence, como o software Virtuoso. O ambiente foi configurado em um servidor remoto e o acesso, via SSH, possibilita o uso das ferramentas da Cadence presentes na universidade. O desenvolvimento do inversor foi feito durante as aulas práticas da disciplina de Concepção de Circuitos Integrados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o auxílio dos professores presentes. As técnicas de projeto podem ser full-custom e semi-custom, também conhecido como cell-based. Aqui, vamos abordar a técnica full-custom ou “totalmente customizado”, onde todas as camadas de abstração foram projetadas individualmente, com um intuito específico, desde o esquemático até o leiaute. Os projetos que utilizam a técnica semi-custom dependem de uma biblioteca de células já pronta para desenvolver um circuito, haja visto que a técnica usa células “genéricas”, que podem ser utilizadas em diversos circuitos diferentes. II. ESQUEMÁTICO ELÉTRICO Para o desenvolvimento do esquemático elétrico da célula inversora, foi utilizado os transistores “pmos4” e “nmos4”, PMOS e NMOS respectivamente, da biblioteca analógica disponibilizada. Haja visto que os transistores do tipo P têm uma menor mobilidade de elétrons do que os transistores do tipo N [2], é recomendável um diferente dimensionamento entre os transistores do tipo P e do tipo N, assim compensando o tempo de transição com a diminuição da resistência proporcionada pelo maior dimensionamento do transistor P. Fig. 1 Comparação entre difusões do tipo P e N, mostrando que há um “buraco”, causado pela ausência de um elétron no tipo P e um elétron livre no tipo N. Haja visto tais diferenças de mobilidade de elétrons, entre materiais com elétrons livres e os chamados “buracos”, foi adotado ao nosso esquemático uma relação de 1.5x do transistor PMOS em relação ao transistor NMOS (observar o parâmetro “wtot”). Fig. 2 Esquemático Elétrico. Captura de tela feita sobre software Virtuoso e vetorizada utilizando o software Inkscape. Vale ressaltar que usualmente a relação entre o tamanho do transistor do tipo P em relação ao transistor do tipo N é de 2.5x a até mesmo 3x. III. LEIAUTE Seguindo uma série de regras definidas pela fabricante AMS, destas que vão de simples dimensões de tamanho da célula a até mesmo a distância entre as vias e as camadas de metais disponíveis para o uso do projetista. Fig. 3 Leiaute Inversor, onde a difusão P está representada em amarelo, difusão N está representado em laranja. Captura de tela feita sobre software Virtuoso e vetorizada utilizando o software Inkscape. Medidas em nm. O DRC (Design Rules Check) é um software de verificação que partindo de um arquivo com uma série de regras definidas pelo fabricante, é feita uma verificação sobre o leiaute para ver se o mesmo obedece tais especificações. O LVS (Layout Versus Schematic) é um software de verificação capaz de fazer uma comparação entre a netlist do esquemático com a netlist extraída do leiaute para verificar se as mesmas são equivalentes. Fig. 5 Resultado do LVS. O Quantus QRC é um software da empresa Cadence capaz de extrair do leiaute as capacitâncias parasitas do circuito. Fig. 6 Resultado do QRC. IV.CARACTERIZAÇÃO A. Análise transiente B. Análise DC Foi montado um esquemático elétrico baseado na figura a seguir [fig. 7] e mudado os valores de tensão de entrada de 0 até 3,3V (onde está assinalado como “vdc=x” no canto esquerdo do esquemático). Assim como foram traçadas as curvas “Vin x Vout” do inversor e medido os valores de “Vil , Vih , Vol , Voh” [fig. 8]. Fig. 7 Resultado do LVS. Fig. 8 Resultado do LVS. Captura de tela feita sobre software Virtuoso e vetorizada utilizando o software Inkscape. As margens de ruído ou SNM (Static Noise Margin) é um escopo de possíveis valores onde o valor lógico de saída é sabido. A região entre as margens Alta (SNMH) e Baixa (SNML) é indefinida e o valor lógico da saída é dependente de muitas condições. Os cálculos das áreas citadas anteriormente podem ser facilmente calculadas, seguindo tais fórmulas: Cálculo da margem Low (Baixa): NM V VS L = il − ol NM 912 250S L = − NM 662 mVS L = Cálculo da margem High (Alta): NM VS H = V oh − ih NM 3.08 1.51S H = − NM 1.57 VS H = V. CONCLUSÃO Apesar de todas as dificuldades encontradas com a conexão SSH, o desenvolvimento do inversor mostrou-se consistente e concreto, capaz de ser fabricado. O desenvolvimento de algo assim torna o conhecimento prazeroso, além disso complementa as aulas teóricas, visto que, durante as aulas práticas somos desafiados a utilizar softwares e tecnologias reais. REFERENCIAS [1] S. Thompson, S. Parthasarathy, “Moore's law: the future of Si microelectronics”, Materials Today (Volume 9, Issue 6, June 2006, Pages 20–25). [2] G. Masetti, M. Severi and S. Solmi, “Modeling of carrier mobility against carrier concentration in arsenic-, phosphorus-, and boron-doped silicon”, IEEE Transactions on Electron Devices (Volume: 30, Issue: 7, Jul 1983).
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