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Introdução Atualmente o Estado é um ente personalizado, apresentando-se não apenas exteriormente, nas relações internacionais, como internamente, neste caso como pessoa jurídica de direito público, capaz de adquirir direitos e contrair obrigações. A ideia de Estado de direito está ligado ao fato de que ao mesmo tempo que o Estado cria o direito, deve sujeitar-se a ele. Poderes e funções O Estado possui segmentos estruturais em que se divide o poder geral e abstrato decorrente de sua soberania. Os poderes de Estado são: Poderes da União, independentes, harmônicos entre, o Legislativo, executivo e o judiciário. Cada poder tem sua determinada função, mas não exclusiva e sim preponderante. Além de exercerem funções típicas de seu poder, podem exercer funções atípicas (de outros poderes), desde que a Constituição autorize. Função administrativa Otto Mayer defendia a autonomia do Direito Administrativo e afirmou “a administrativa é a atividade do Estado para realizar seus fins, debaixo da ordem jurídica”. Identificação das funções administrativas (critérios): 1) subjetivo ou orgânico (que dá realce ao sujeito ou agente da função); 2) objetivo material (pelo qual se examina o conteúdo da atividade) 3) objetivo formal (que explica a função pelo regime jurídico em que se situa a sua disciplina). Função administrativa é aquela que exercida pelo Estado ou por seus delegados, subjacentes à ordem constitucional e legal, sob regime de direito público, com vistas a alcançar os fins colimados pela ordem jurídica. O Administrativo tem por alvo a gestão dos interesses coletivos na sua mais variada dimensão. Essa atividade é exercida por intermédio de processos administrativos. A função administrativa e função política, caracterizando-se esta por não ter subordinação jurídica direta, ao contrário daquela, sempre sujeita a regras jurídicas superiores. Exemplo de Funções materialmente administrativas: atividades desenvolvidas no Poder Judiciário, tais como decisões em processos de jurisdição voluntária e poder de polícia do juiz nas audiências; no Poder Legislativo nas “leis de efeitos concretos”, atos legislativos, que, ao invés de traçarem normas gerais e abstratas, interferem na órbita jurídica de pessoas determinadas, como, por exemplo, a lei que concede pensão vitalícia à viúva de ex-presidente. Em relação a elas a ideia é sempre residual: onde não há criação de direito novo ou solução de conflitos de interesses na via própria (judicial), a função exercida, sob o aspecto material, é a administrativa. MP e Defensoria são exemplos de órgãos que exercem função administrativa, pois não criam novos direitos mas desempenham papel estratégico no sistema das garantias coletivas. Federação Características: a) descentralização política (além do poder central, outros círculos de poder são conferidos a suas repartições) b)sistema de repartição de competências (União: matérias de predominante interesse nacional; Estado: Interesse regional; Município: interesse local) c) participação da vontade dos Estados na vontade nacional e o poder de autoconstituição (Os municípios não têm constituição formal, mas possuem lei orgânica, de efeito semelhante ao das constituições). Autonomia: capacidade de autodeterminação. Os entes federados possuem autonomia, ou seja, em seu sentido técnico-político significa ter e entidade integrante da federação capacidade de auto-organização, autogoverno e autodeterminação. Cria diploma constitutivo, organiza seu governo e elege seus dirigentes, organiza seus próprios serviços. Direito administrativo Introdução: Regulação da relação jurídica entre o Poder e os integrantes das sociedades de modo geral. Surgiu com o movimento dos Constitucionalistas no Séc. XVIII. Conceito: “conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que devem servir”. Representa 3 características principais: 1)constitui direito novo 2) espelha um direito mutável 3) é um direito em formação. Está inserido no âmbito do direito público, apesar de conter características do direito privado. O direito constitucional que alinha os parâmetros que serão seguidos pelo direito administrativo, assim como as normas sobre servidores públicos e as competências do Poder Executivo. A relação com o direito processual se encontra no fato de ambas as disciplinas terem procedimentos, tais como direito ao contraditório e à ampla defesa. Com o direito penal podemos fazer a ligação acerca dos crimes contra a administração pública. Além disso, normas penais em branco podem ser preenchidas com normas administrativas. Com o direito tributário encontramos a relação da outorga ao Poder Público e o exercício do poder de polícia, atividade tipicamente administrativa e remunerada por taxas.Tem relação íntima com o direito empresarial e o civil, através dos contratos, sociedades e empresas públicas, destinados a exploração de atividade econômica. Administração Pública: sentidos 1. Sentido objetivo Administrar indicar gerir, zelar. Gestão dos interesses públicos executados pelo Estado (tanto na esfera pública quanto na privada) 2. Sentido subjetivo Pessoas, órgãos, agentes que tenham o dever de executar as atividades administrativas. Essa expressão deve contar letras maiúsculas “Administração Pública”. Órgãos incumbidos pela execução da administração pública: autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações públicas. Administração Direta: responsável pelo desempenho das atividades administrativas centralizadas; administração indireta: exercendo as entidades integrantes a função administrativa Órgãos Públicos Estado: ente personalizado. Quando se trata de Federação, vigora o pliripersonlanismo (além da pessoa jurídica central existem outras internas que compõem o sistema político). O Estado manifesta sua vontade através de seus agentes. Repartições é o que constitui os órgãos públicos. Relação órgão/Pessoa A vontade da pessoa jurídica deve ser atribuída aos órgãos que a compõem. 1. Característica básica Princípio da imputação volitiva: vontade dos órgãos é imputada à pessoa jurídica a cuja estrutura pertence. Função de fato. Desde que a atividade provenha de um órgão, não tem relevância o fato de ter sido exercida por um agente que não tenha investidura legítima. 2. Criação e extinção Tanto a criação quanto extinção dependem de lei. A estruturação e as atribuições podem ser processadas por decreto do Chefe do executivo. São legítimos as transformações e a reengenharia de órgãos públicos por ato privativo do Chefe do Executivo quando tais fatos administrativos se incluírem no mero processo de organização da administração pública. Se a iniciativa de uma lei for apresentada por um órgão ou poder incompetente, ela é inconstitucional. Os atos praticados pelas casas legislativas são atos administrativos, e não leis. São estendidos aos municípios, estados e distrito. Teoria de caracterização do órgão3 teorias 1. subjetiva - órgãos - agentes (errada, pois se desaparecesse o agente, desapareceria o órgão). 2. objetiva - órgãos públicos = unidades funcionais da organização administrativa (errada, pois repudia o agente) 3. eclética - junta as duas teorias. Os dois elementos se reclamam entre si, mas não constituem uma só unidade. Conceito de órgão público Estrutura estatal a que são cometidas funções determinadas, sendo integrado por agentes que, quando as executam, manifestam a própria vontade do Estado. Capacidade processual Não possui capacidade processual, apenas em casos excepcionais, tal como ocorre com órgãos de elevado poder, de envergadura constitucional quando defendem suas prerrogativas e competências. Classificação dos órgãos públicos 1. quanto à pessoa federativa (federais, estaduais, distritais e municipais) 2. quanto à situação estrutural (situação do órgão ou estrutura estatal: diretivos, subordinados) 3. Quanto à composição (singulares e coletivos, sendo que este pode ser representado de forma unitária ou plúrima, como por exemplo órgãos colegiados). Agentes públicos todo aquele que executa uma função pública como preposto do Estado. trio: órgão, agente, função. Princípios administrativos No conflito entre eles deve ser verificado a ponderação de seus valores (qual o princípio preponderante e, pois, aplicável ao caso concreto). Princípios expressos (mencionados na constituição) 1. princípio da legalidade - toda e qualquer atividade administrativa deve ser autorizada por lei. Subordinação completa da adm. à lei. A administração pública só pode atuar onde a lei determina. 2. 3. (COntinuação página 121 - demais anotações estão na pasta) 5 - Finalidade 5.1 - Sentido Todo ato deve estar direcionado ao interesse público. Motivo caminha em direção à finalidade. Desrespeito ao interesse público causa desvio de finalidade. (art. 37 C.F.). O desvio de poder pode ser conceituado como quando a autoridade administrativa, no uso de sua competência, movimenta-se tendente à concreção de um fim, ao qual não se encontra vinculada.O erro ou ineficiência pode causar ilegalidade, mas o desvio de finalidade é causado dolosamente (elemento subjetivo) 5.2 - Finalidade e objeto objeto: fim prático a ser alcançado pelo interesse público. FInalidade: interesse coletivo. Objeto é variável e finalidade invariável CARACTERÍSTICAS DO ATO ADMINISTRATIVO Emanam do agente público 1. Imperatividade: Todos são afetados pelo ato dentro dos limites impostos 2. Presunção de Legitimidade: pressupõe-se que o ato foi realizado dentro dos parâmetros legais. Presunção não é absoluta ou intocável. Por conta da presunção o ato tem a inversão do ônus da prova. 3. Autoexecutoriedade: procurar a eficiência e a rapidez do ato. títulos extrajudiciais. Não precisam de respaldo do judiciário. Poder de polícia. Exceção: cobrança de multa ou desapropriação (necessita ajuizar ação). Pode ser barrada com liminar. MÉRITO ADMINISTRATIVO Atreladas ao poder discricionário. Único caso que ocorre a valoração do ato administrativo. Agente deve verificar os fatores que integram o motivo e que constituem o objeto, com a condição de preordenar o ato ao interesse público. Não se pode falar em mérito administrativo quando é um ato vinculado à lei, pois não pode haver valoração. Isto não ocorre nos atos discricionários (ocorre valoração). Judiciário não pode interferir no mérito administrativo, pois interferiria no separação dos poderes. Judiciário só pode interferir no que diz se o ato está conforme à legalidade. Isso pode ter a discricionariedade como pretexto, o que pode ferir o princípio da proporcionalidade e razoabilidade. FORMAÇÃO E EFEITOS o ato só é perfeito quando se encerra seu ciclo de formação, não necessariamente tenha alcançado sua finalidade. O ato é eficaz quando atinge seu objetivo. Eficácia comporta três tipos de dimensão: a)temporal b)espacial c)subjetiva Exequibilidade é diferente de eficácia. O primeiro significa a disponibilidade para a administração executar o ato. Validade é a conformidade do ato com a lei. O ato pode ser válido, eficaz e inexequível quando embora compatível com a lei e apto a produzir efeitos, sujeita sua operatividade a termo ou condição futura. CLASSIFICAÇÃO 1. CRITÉRIO DOS DESTINATÁRIOS: ATOS GERAIS E INDIVIDUAIS Gerais: regulamentam uma quantidade indeterminada de indivíduos que se encontram na mesma situação jurídica (regulamentos e instruções normativas) Individuais: regulam situações jurídicas concretas; destinatários individualizados (licença para construção); podem ser questionados via judicial 2. CRITÉRIOS DAS PRERROGATIVAS: ATOS DE IMPÉRIO E DE GESTÃO Atos de império: poder de coerção; não intervindo a vontade dos administradores; poder de polícia; pode interferir na esfera privada 3. CRITÉRIO DA LIBERDADE DE AÇÃO: ATOS VINCULADOS E DISCRICIONÁRIOS Atos vinculados: previamente estabelecido pela lei Ato discricionário: lei autoriza a fazer valoração da conduta; traz grau de subjetivismo 4. CRITÉRIOS DA INTERVENÇÃO DA VONTADE ADMINISTRATIVA: ATOS SIMPLES, COMPOSTOS E COMPLEXOS Ato simples: emana de apenas um órgão ou agente; subdivide-se em atos complexos (necessita de intervenção de outros agentes ou órgãos; escolha do ministro do stf após escolha do presidente) e compostos (vontade autônoma embora múltipla; vários atos para um determinado fim; emissão de visto 5. CRITÉRIOS DOS EFEITOS: ATOS CONSTITUTIVOS, DECLARATÓRIOS E ENUNCIATIVOS Constitutivos: alteram uma relação jurídica, criando, modificando ou extinguindo direitos (ato de revogação) Declaratórios: (declarar que certa construção pode causar riscos à integridade física do transeuntes) enunciativos: indicam juízos de valor (pareceres) 6. CRITÉRIOS DA RETRATABILIDADE: ATOS REVOGÁVEIS E IRREVOGÁVEIS Irrevogáveis: não podem ser tirados do mundo jurídico (licença para exercer profissão) revogáveis: estão livres para sair do mundo jurídico ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS a) normativos b) ordinários (ordenam o funcionamento da administração) c) negociais (encerram uma declaração da administração conjugada com a vontade do particular) d) enunciativos (enunciam situação existente, sem manifestação material da administração) e) punitivos 1. ESPÉCIES QUANTO À FORMA DE EXTERIORIZAÇÃO DECRETOS E REGULAMENTOS decretos emanam do chefe do executivo (ministros do governo referendam os decretos, demonstrando que é um ato compostos); ato para regulamentar as leis; ato para que a lei possa ser executada; qualquer lei que não foi feita pelo parlamento; tem força independente Regulamentos conferem competência privativa, por exemplo a competência ao Presidente de expedir decretos e regulamentar sua sua fiel execução; regulamentos; são atos dependentes Resolução: atos normativos expedidos por autoridades de elevado escalão administrativo, tal como ministros; regulam matéria pertinente à função; pressupõe existência de lei; não se confundem com atos administrativos deliberações: atos de órgãos colegiados regimentos: demonstrar organização e funcionamento; está subordinado a um ato de aprovação Instrução, circulares,portarias, ordens de serviços, provimentos e avisos regulam e organizam as atividades e seus órgãos Alvará: deliberação da administração para que seja realizado determinado evento Ofícios: comunicação entre as autoridades administrativas (podem conter autorizações, imposições ou meras informações) Pareceres: demonstram opinião; podem ser facultativos ou obrigatórios Certidões: agente público dá fé a sua existência e expressa a existência de certo fato jurídico; corrobora fato já formalizado nos registros públicos; princípio da publicidade atestado Despachos: atos administrativos praticados no curso de um processo administrativo; mais amplo do que no sentido trazido pelo direito processual; pode ter caráter decisório 2. ESPÉCIES QUANTO AO CONTEÚDO Licença: consentimento da adm para que seja feito determinada atividade; poder de polícia é exercido pelo Estado; decorre da anuência do POder Público; nunca são concedidos ex officio; autoridade deve ser provocada para emitir a licença; cabe mandado de segurança caso quem requisitar preencha os quesitos e seja negado a licença Permissão: ato discricionário; autoriza particular a executar serviço público ou usufruir de serviço público; ato precário (tem duração); pode apresentar aspecto contratual (impondo limitações e condições). Diz-se permissão condicionada. Pode ser permissão de uso de bens públicos (ato administrativo unilateral) ou permissão de serviço público (ato bilateral com aspecto contratual, tal como licitaçao). Deve ser formalizado por licença ou autorização. Autorização: consentimento pelo qual o Poder autoriza a prestação de serviço ou utilização de bem público pelo particular. Ex: autorização para porte de arma VERIFICAR DIFERENÇA NO LINK A SEGUIR : https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/334798287/diferenca-entre-autorizac ao-permissao-e-concessao Admissão: confere ao indivíduo o direito de receber o serviço público; ex: admissão em universidade; administrador não tem qualquer liberdade de avaliação de sua conduta; mandado de segurança é cabível se comprovada a liquidez do direito Aprovação aprovação discricionária do administrador acerca de outro ato. Pode ser anterior ou posterior. Ex: homologação de licitação Visto: Verificação da legitimidade formal de outro ato.Um ato A encaminhado para C deve ter o visto de B. Atos Sancionatórios: penalizações; podem ser sanções internas (advertências, suspensão, demissão; decorrentes do regime funcional do serviço público); advertência externa: transgressão à norma administrativa (multa, multa tributária, fechamento do estabelecimento); sanções devem estar previstos em le; devido processo legal (princípio do contraditório e ampla defesa); princípio da proporcionalidade (sanção deve ser de acordo com a infração, não ultrapassando os limites); podem ser substituídas por providências administrativas. Atos Funcionais: determinados em estatutos e relacionam administração pública com agente público; aposentadoria, remoção, transferência, férias, licença; vinculação total à lei. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Sequência de atos; se a lei determina e não é seguido, a eficácia é inválida; princípio do devido processo legal; instrumento para alcançar determinado fim administrativo. EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS Pode ocorrer pelo cumprimento do ato. Extinção natural: Cumprimento normal dos efeitos (autorização para realização de determinada atividade por tempo determinado) Extinção subjetiva: portador do direito do desaparece. Direito não é transferível (ex: morte de alguém que poderia utilizar do ato, mas que não pode transferir a terceiro) Extinção objetiva: Objeto do ato é extinto (interdição: se o objeto interditado é demolido, o ato é extinto). Caducidade: advento de nova legislação que impede a situação anterior; perda dos efeitos jurídicos. Desfazimento volitivo: manifestação de vontade do administrador; cassação: punição a quem deixou de cumprir condição preexistente na lei (cassação de licença de trabalho caso haja descumprimento no regulamento da profissão). Perda automática da eficácia autorizada. Invalidação (anulação): análogos à legislação civil mas voltados para o Direito Público; a regra á nulidade do ato, sendo que a anulação é exceção; desfazimento do ato em virtude de vício de legalidade; pressuposto: vício de legalidade; na falta dos pressupostos do ato, este é inválido; vícios: competência, finalidade, forma, motivo (inexistência de fundamento para o ato, fundamento falso, fundamento desconexo), objeto. Quem pode invalidar ? O judiciário ou a própria administração. O judiciário determina a retirada do ato de dentro do mundo jurídico; súmulas vinculantes também não podem ser contrariadas por ato administrativo; a autotutela é utilizada para invalidar os atos administrativos. Atos discricionários também podem ser invalidados Dever de invalidar: se o ato tem vício de legalidade deve ser anulado; alguns atos, apesar de não atenderem ao princípio da legalidade, continuam a fazer efeito, pois prescreveu o prazo de anulação ou porque seus efeitos ganham respaldo em alguma outra norma ou têm proteção (teoria do fato consumado). Autotutela e contraditório: se for necessário rever seus atos, a administração de realizar por si ex officio usando sua autoexecutariedade; essa autotutela não é exercida na plenitude (tal como ocorre em condutas autoritárias e ilegais). Neste caso é concedido o contraditório para que a autoridade se defenda (devido processo legal, contraditório e apreciação judicial) Efeitos: ex tunc, atos nulos não se convalidam nem pelo decurso do tempo; desfazimento de todas as relações jurídicas que se originaram do ato. Atos inválidos prescrevem em 5 anos ou seja, o princípio do interesse público que decorre do princípio da estabilidade demonstra que o ato deve permanecer apesar de inválido por 5 anos se não foi anulado. Isso independe do vício que ele está enquadrado. A nulidade atos inválidos que trazem algum benefício a quem se destina decaem em 5 anos, contando da prática do ato Convalidação: saneamento de vício de ato para que este seja válido; ex tunc; 3 formas de convalidação: ratificação (sanear ato praticado); reforma (retirada de parte inválida do ato e manutenção da parte válida); conversão (retirada da parte inválida do ato e troca desta parte por uma válida, mantendo a parte válida anterior). Revogação: retirada de ato administrativo por razões de conveniência e oportunidade; necessidade de adaptação às situações novas do mundo jurídico. Para vícios de legalidade o instrumento é a anulação; a revogação se destina à retirada do ato por razões eminentemente administrativas; o pressuposto para a revogação é o interesse público; fundamento: poder discricionário que averiguará a circunstância a qual o ano não é mais adequado; origem: só pode ser apreciada pela administração e não pelo judiciário (revogação é um instituto que traduz valoração); Efeitos: revogação atende apenas aos atos válidos (contendo vício de legalidade então o termo é anulação ou invalidação), seus efeitos sãoex nunc. São insuscetíveis de revogação: atos que exauriram seus efeitos; atos vinculados; atos que geram direitos adquiridos ***; meros atos administrativos (pareceres, certidões e atestados). Ato revogado desaparece do mundo jurídico, não podendo retornar (não é possível a repristinação). CAPÍTULO 3 - PODER DE POLÍCIA Interesse público deve prevalecer sobre o particular (relação jurídica de direito público). Estado precisa, por meio de instrumentos e prerrogativas, garantir essa supremacia, barrando muitas vezes o interesse particular. Essa interferência na esfera privada é o Poder de Polícia. Poder de Polícia em sentido amplo: Poder de restringir e condicionar a liberdade e a propriedade (polícia administrativa); polícia função: função estatal propriamente dita e deve ser interpretada sob aspecto de órgão administrativo integrado nos sistemas de segurança pública e incumbido de prevenir os delitos e as condutas ofensivas à ordem pública (aspecto formal); polícia corporação: executa funções de polícia administrativa e é exercida por outros órgãos administrativos além da corporação policial. O poder de polícia é necessário para garantir os interesses coletivos e barrar interesses individuais que possam trazem prejuízos à coletividade. CF autoriza a instituição de taxas em razão do exercício do poder de polícia. É ilícito a instituição de tarifa para remunerar o poder de polícia. Competência: pessoa federativa a qual a CF conferiu o poder de regular a matéria. Os entes federativos (União, Estados e Municípios) regulam dentro dos seus limites o poder de polícia; a não competência acarreta em invalidação do poder de polícia; é possível a associação dos entes federativos para maior eficiência na atuação do poder de polícia. Poder de polícia originário: se os entes podem legislar dentro de suas limitações, podem estabelecer os limites do poder de polícia. Um ente maior pode interferir no ente menor. Poder de polícia delegado: aquele que recebe de um ente a prerrogativa de atuar utilizando o poder de polícia A delegação do poder de polícia deve ser feita por lei formal; essa delegação pode ser feita para paraestatais mesmo que sejam dotadas de personalidade jurídica de direito privado, desde que tenham sido delegadas por lei formal e o delegatário seja entidade integrante da administração pública. A polícia municipal aplicando multa é um grande exemplo sobre isso, pois apesar de pertencer à administração indireta, seus funcionários são celetistas e podem exercer o poder fiscalizatório sob 3 condições: 1) integrar à administração indireta; 2) competência deve ser delegada por lei; 3) poder de polícia deve ser restrito à fiscalização. Polícia administrativa e polícia judiciária representam atividades de gestão de interesses públicos. A polícia administrativa atua dentro dos limites do direito administrativo, enquanto a judiciária prepara a atuação da função jurisdicional penal. Polícia administrativa se concentra na ação e no ato, enquanto a judiciária se concentra na pessoa para fazer relatório e encaminhar ao MP para averiguar propositura da ação penal. Fundamentos:Prerrogativa do Poder Público (interesse público); supremacia da administração pública. Finalidade: proteção dos interesses coletivos. âmbito de incidência: “Não há direitos individuais absolutos”. Onde tiver atuação do indivíduo sempre poderá ocorrer intervenção do Estado (supremacia do interesse público). A atuação se dá de 2 formas: 1) atos normativos (portarias, regulamentos, resolução e decretos que determinam restrições) 2) atos concretos (aplicação de multa, interdição). Fiscalização ocorre por meio dos agentes Limites: determinadas pelo limite jurídico (direitos do cidadão, prerrogativas individuais e liberdades públicas asseguradas pela CF). Passar os limites configura abuso de poder e arbitrariedade. Características: discricionariedade (valoração das decisões) e vinculação (já está determinado em lei o limite do poder); autoexecutoriedade (impor desde logo o controle em prol do interesse público; não precisa de intervenção judicial) (observação: a autoexecutoriedade não deve ser utilizada como abuso de poder, e o poder de polícia exercido pelas multas deve ter o contraditório através de ação). coercibilidade:poder imperativo do poder de polícia; todos agentes devem atender ao que é imposto pela administração pública; poder pode utilizar a força se necessário. Legitimidade da polícia administrativa: atos da polícia devem preencher todos os requisitos de validade (ver requisitos do ato administrativo); finalidade, motivo e objeto (por se tratar de ato administrativo, a polícia administrativa deve atender a todos os requisitos de validade); Princípio da proporcionalidade: deve ser averiguado a medida para o fim a que se destina (não utilização de meios enérgicos em casos desnecessários). Mandado de segurança é utilizado para coibir abusos de autoridade. Exemplos: utilização de força para desocupação ou repressão de manifestações; aplicação de multas de elevado valor quando não necessárias. Sanções de polícia: somente a lei pode instituir sanções; legitimidade do poder de polícia; mais comuns: multa, inutilização de bens privados, interdição de atividade, embargos de obra, cassação de patentes, proibição de fabricar produtos; sanções devem obedecer ao devido processo legal (contraditório, ampla defesa). Capítulo 5 - contratos administrativos 1.Introdução Acordo de vontades com objetivo determinado, pelo qual as pessoas se comprometem a honrar as obrigações ajustadas. Estado é pessoa jurídica, portanto, pode adquirir direitos e contrair obrigações. 2 Contratos da administração Adm figura em um dos polos da relação contratual.Os critérios de conveniência do contrato são os praticados e determinados na administração pública. Contratos privados da administração: direito civil e empresarial regulam. Administração não possui qualquer vantagem sobre o privado(as partes são iguais); ex: compra e venda, doação e permuta. Contratos administrativos: regime jurídico de direito público; não basta apenas o Estado estar em um dos polos. O contrato deve ser regido pelo regime jurídico de direito público. 3 Conceito “Ajuste firmado entre a administração pública e um particular, regulado basicamente pelo direito público, e tendo por objeto uma atividade que, de alguma forma, traduza interesse público”. 4 Disciplina normativa a) disciplina constitucional: CF estabelece a competência legislativa para dispor sobre contratos em geral. União legisla sobre contratos administrativos em geral (ver art. 37 da CF e lei de licitações Lei no 8.666/93) b) Disciplina Legal: regulado pela lei de licitações(caracteriza como norma específica - utilizada por municípios e estados para contratação). 5 Sujeitos do Contrato Cenário geral - Administração como contratante e do outro lado pessoa física ou jurídica que firma o ajuste (contratado). Pode ser feito entre duas pessoas administrativas (regime jurídico de direito público - prevalece a hierarquia entreeles). Normas específicas: microempresas e empresas de pequeno porte Lei 123 de 14/12/2006 fala acerca do tratamento diferenciado que estas empresas têm (art. 179 CF em conflito com art. 37). Empresas são favorecidas no processo licitatório. Não pode passar R$ 80 mil no valor da licitação. Estimular o desenvolvimento destas empresas. 6 Características Relação contratual : a) formalismo entre as partes b) comutatividade (equivalência entre as obrigações) c) confiança recíproca d) bilateralidade Posição preponderante da administração: Posição do Estado prevalece sobre a do contratado (regime jurídico de direito público) . Sujeito administrativo e o objeto: sujeito deve ser pessoa administrativa com administração direta ou indireta e o objeto deve atender aos interesses da coletividade. 7 Espécies Contratos de obras: construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de determinado bem público; Condições específicas de contratação: projeto básico (definição da prévia obra a ser contratada, com tempo para realização, objetos, motivos que levam à sua realização), projeto executivo (elementos necessários à execução completa da obra) e integralidade da obra (a obra deve ser programada em sua totalidade. Só deve ser parcelada quando há motivo justificado). Regime de execução: direta (quando realizada pelos próprios órgãos administrativos) e indireta (quando realizada por terceiros). 4 formas de execução indireta: 1) empreitada por preço global (leva em consideração o preço total da obra) 2) empreitada por preço unitário (leva em conta unidades determinadas da obra) 3) empreitada integral (adm contrata um empreendimento em sua integralidade, com todas as suas etapas, obras, serviços e instalações) 4) de tarefa (ajusta-se mão de obra para pequenos trabalhos, por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais. Independem de prévia licitação) Contratos de serviços: Determinada atividade para obter determinada utilidade concreta de interesse para administração. Obra visa à construção ou modificação de um imóvel, sendo que serviço destina-se a sua realização. Deve ter prévia programação através de projetos básicos e do projeto executivo. Dividem-se em “comuns” (não há necessidade de específica habilitação - pintura, limpeza e vigilância) e “técnicos” (curso superior ou registro nos órgãos competentes determinados). Terceirização é lícita desde que não seja para atividade-fim. Serviços de publicidade Lei no 12.232, de 29.04.2010. Não é qualquer atividade que se enquadra como serviço de publicidade. Este traduz o conjunto de atividades que alvitrem o estudo, o planejamento, a conceituação, a concepção, a criação, a execução interna, a supervisão da execução externa, bem como a distribuição de publicidade aos meios de divulgação. Contratos de fornecimento (ou compra) Adquirir bens móveis para execução de serviços. Assemelha-se aos contratos do setor privado mas com as peculiaridades da administração pública. Princípios da padronização: os materiais comprados devem ter as mesmas características técnicas (aplica-se o princípio da razoabilidade para conciliar interesse público e processo licitatório). Registro de preços: o vencedor da licitação firma ata de registro de preços o qual se compromete a entregar objetos dentro de um prazo de 1 ano no mesmo preço. Contrato de concessão e de permissão Concessão de serviço público: delegação da execução de serviço público a pessoa privada. Concessão de uso de bem público: Estado consente que pessoa privada utilize bem público. Concessões comuns: prestação de serviço público delegado. São de duas formas: 1) concessão de serviços públicos simples 2) concessão de serviços públicos precedido da execução de obra pública (usuários pagam tarifa). Capítulo 16 - bens públicos Domínio público: Conjunto de bens móveis e imóveis destinados ao uso direto do Poder Público ou à utilização direta ou indireta da coletividade, regulamentados pela Administração e submetidos a regime de direito público. Domínio eminente: Poder político do Estado de submeter à sua vontade todos os bens situados em seu território. Apesar de não ser proprietário de todos os bens, o Estado pode instituir regimes jurídicos específicos que regulam inclusive o setor privado. Conceito de bem público: todo aquele que, de qualquer natureza e qualquer título, pertençam Pas pessoas jurídicas de direito público, sejam elas federativas, como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, seja, da Administração descentralizada, como as autarquias, nestas incluindo-se as fundações de direito público e as associações públicas. Os titulares são as pessoas jurídicas públicas, e não os órgãos que as compõem. Bens das pessoas administrativas privadas: pessoas administrativas privadas (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas) possuem bens privados (possuem personalidade jurídica de direito privado). Classificação a) Bens Federais: bens da união e do Estado. Terras devolutas necessárias à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares; os lagos e rios limítrofes com outros países; o mar territorial; os terrenos de marinha e seus acrescidos. Justiça Federal é competente para julgar casos envolvendo bens federais, mesmo que terceiro tenha responsabilidade direta pela gestão dos bens. b) Bens Estaduais e Distritais: Águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, com a ressalva daquelas que se originem de obras da União; áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras que estiverem no seu domínio. ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; terras devolutas não compreendidas entre as da União. c) Bens Municipais: ruas, praças, jardins públicos, logradouros, dinheiros públicos municipais, títulos de crédito e dívida ativa. Destinação a) Bens de uso comum do povo: utilização geral ; destinação pública; mares, praias, ruas, praças, estradas e logradouros públicos. b) Bens de uso especial: visam à execução dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral. Aparelhamento material da administração para atingir os seus fins. Podem ser bens móveis e imóveis. Ex: universidades, hospitais, prédios do executivo, legislativo e judiciário, quartéis, cemitérios, aeroporto, museus, mercados públicos, terras reservadas aos indígenas, veículos oficiais, navios militares. Não perdem a característica de bens de uso especial aqueles quem objetivando a prestação de serviços públicos, estejam sendo utilizados por particulares, sobretudo sob regime de delegação. c) Bens dominicais: patrimônio das pessoas jurídicas de direito público. Todos os bens que não se caracterizam como de uso comum ou uso especial (classificação por exclusão). Ex: terras sem destinação pública (devolutas), prédios públicos desativados, bens móveis inservíveis e a dívida ativa. Conceito: bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Bens dominicais podem seralienados. Quanto à disponibilidade a) Bens indisponíveis: não podem ser alienados; são os bens de uso comum do povo. b) Bens patrimoniais indisponíveis: apresentam valor pecuniário (é possível mensurar seu valor), mas são indisponíveis (não podem ser alienados); são os bens de uso especial. c) Bens Patrimoniais Disponíveis: têm caráter patrimonial e podem ser alienados (bens dominicais). Afetação e desafetação Fins para os quais o bem público está sendo destinado. “Afetado” quer dizer que o bem está determinado para um certo fim público. Ex: praça para utilização pública, prédio para atendimento ambulatorial. “Desafetado” significa que o bem não está sendo utilizado para qualquer finalidade pública. Ambos são fatos administrativos que determinam a destinação do bem público. A desafetação pode implicar na alienação do bem. A privatização é um exemplo de desafetação. Regime Jurídico Alienabilidade condicionada: bens públicos podem ser alienados respeitando o que a lei prevê. Bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. Os bens públicos podem ser vendidos por contrato de compra e venda, doação, dação em pagamento e permuta. Impenhorabilidade: bens públicos não são penhoráveis. Art. 100 da CF dispõe que os créditos da Fazenda Pública serão pagos em forma de precatório, em que o judiciário recomenda ao Executivo que introduza crédito, em ordem cronológica, na relação de credores para ulterior pagamento. Imprescritibilidade: bens públicos não podem ser alvo de usucapião. Não onerabilidade: bens públicos não servem como forma de pagamento para satisfação de crédito. Se as partes fizerem acordo colocando o bem público como satisfação, o acordo é nulo. Aquisição Contratos: as entidades do Estado possuem personalidade jurídica, portanto, podem adquirir direitos e contrair obrigações. Doação e dação são juridicamente possíveis para o privado solver dívidas com o Estado. Estes contratos colocam em equidade o Estado e terceiro privado. A predominância do setor pública retorna quando há a compra de bens móveis necessários aos fins administrativos. Esses contratos devem estar ajustados à lei (não possuem a mesma liberdade do setor privado). A aquisição se consuma por meio da tradição. Usucapião: Consumação aquisitiva, como posse do bem por determinado período, boa-fé em alguns casos e a sentença declaratória da propriedade. Desapropriação: bens desapropriados permanecem como bem público enquanto não há o repasse para terceiro. Acessão: tudo que adere à propriedade pertence ao proprietário. Podemos mencionar a formação de ilhas, aluvião, avulsão, abandono de álveo, construção de obras ou plantações. Aquisição causa mortis: não sobrevivendo nenhum parente ou herdeiro, os bens passam a ser do Estado. Adjudicação: meio pelo qual o credor obtém o direito de adquirir os bens penhorados e praceados, oferecendo preço não inferior ao fixado na avaliação. Resgate na enfiteuse Aquisição ex vi legis: Gestão de bens públicos Administrador deve zelar pelo patrimônio público, mesmo que implique em conduta coercitiva. Uso dos bens públicos: utilização por particulares deve atender à finalidade do interesse público. Utilização anormal de bens públicos (interesse privado) deve ser autorizada, ou será ilegítima. Repartição Pública deve autorizar. Formas de uso: 1) uso comum: utilização de um bem público pelos membros da coletividade sem que haja discriminação entre os usuários, nem consentimento estatal para este fim. 2) uso especial: indivíduo se sujeita a regras específicas e consentimento estatal, ou se submete à incidência da obrigação de pagar pelo uso. O uso é remunerado. A entidade administrativa que estabelece o preço a ser pago pelo uso. Pagamento de pedágio, pagamento de museu são exemplos de uso especial. 3)Uso compartilhado: a pessoa pública ou privada, prestadora de serviços públicos, precisam utilizar-se de espaços integrantes de áreas da propriedade de pessoas diversas. Utilização de área público mediante concessão ou permissão.As empresas que usam podem cobrar pela utilização, mas não podem auferir o lucro. O preço é estipulado pelo concessionário e o Estado (respeitando o princípio da razoabilidade e do interesse público). 4) cemitérios públicos: para cemitério particular o Estado deve delegar a atividade ao particular. Em regra os cemitérios são públicos. Os cemitérios pertencem, em regra, aos municípios. Uso Privativo: É o direito de utilização de bens públicos conferido pela administração a pessoa determinada, mediante instrumento jurídico específico para tal fim. Ex: consentimento dado pelo Poder Público para utilização da calçada por comerciante para colocação de mesas e cadeiras de bar; utilização de boxe de mercado produtor pertencente ao município. Empresas públicas e sociedades de economia mista não podem permitir ou conceder. Para isto, elas devem utilizar o comodato e a locação. Características do uso especial privativo dos bens públicos: 1)privatividade do uso. Quem utiliza o bem não concorre com os outros; uso exclusivo; 2) instrumentalidade da forma: título jurídico estabelecendo o consentimento da Administração Pública. 3) precariedade do uso: interesse público predominante sobre particular; administração pública pode revogar contrato se achar conveniente, sem pagar qualquer indenização. 4) regime de direito público. Autorização de uso: ato administrativo pelo qual o Poder Público Consente que determinado indivíduo utilize o bem público de modo privativo, atendendo primordialmente o seu próprio interesse (privado). Ato unilateral, precário; atende exclusivamente ao interesse privado. Não depende de lei nem licitação prévia. Ex: utilização de terrenos baldios, de área para estacionamento, de retirada de água de fontes não abertas ao público. Autorização urbanística: aquele que até 30 de junho de 2001 possuiu, como seu, por cinco, de forma pacífica e ininterrupta o imóvel público de até 250m², tem autorização gratuita para uso comercial. Permissão de uso: ato administrativo pelo qual a administração consente que certa pessoa utilize privativamente bem público, atendendo ao mesmo tempo aos interesses público e privado. Administração tem interesse, mas particular quer obter lucros com a utilização. Ato discricionário e precário. Transferência para terceiros só é possível mediante expresso consentimento. Concessão de uso: é o contrato administrativo pelo qual o POder Público confere a pessoa determinada o uso privativo de bem público, independentemente de maior ou menor interesse público da pessoa concedente. Forma jurídica: e formalizada por meio de contrato, e não ato administrativo (bilateral); discricionariedade (concessão é possível só se a administração entender que é conveniente). Concessionário assume obrigações perante terceiros, portanto, deve ter um prazo maior para trabalhar . Admite-se duas formas: 1) concessão remunerada de uso de bem público 2) concessão gratuita de uso de bem público; deve ser feitalicitação. Concessionário não paga IPTU, pois o imposto é de competência do proprietário. Concessão de direito real de uso: contrato administrativo pelo qual o Poder Público confere ao particular o direito real resolúvel de uso de terreno público ou sobre o espaço aéreo que o recobre, para os fins que, prévia e determinadamente, o justificaram. Ex: concessão de direito real de uso de terrenos públicos quando o município deseja incentivar a edificação em determinada área. Ou a concessão do uso de área estadual quando o Estado pretende implantar região industrial para desenvolver a economia em seu território. A atividade deve ser de interesse público. Concessão de uso especial para fins de moradia: instituto similar ao usucapião; ocupação de imóvel público; deve ter sido atendido às condições de usucapião até 2001. Cessão de uso: é aquela em que o POder público consente o uso gratuito de bem público por ´rgãos da mesma pessoa ou de pessoa diversa, incubida de desenvoler atividade que, de algum modo, traduza interesse para a coletividade. Ex: Estado cedo grupo de salas situado em prédio de uma de suas dependências para órgão da secretaria de saúde. O prazo pode ser determinado ou indeterminado, e o cedente pode reaver a qualquer momento. O fundamento básico da cessão está na colaboração entre entidades públicas e privadas com o objetivo de atender, global ou parcialmente, a interesses coletivos. Formas de direito privado: apesar do consentimento, a utilização pelo privado deve atender ao interesse público. Enfiteuse: Estado permite ao particular o uso privativo de bem público a título de domínio útil, mediante a obrigação de pagar ao proprietário uma pensão ao foro anual, certo e invariável. Direito de superfície: poder público concede ao administrado a utilização da superfície; requer lei autorizadora; deve ser formalizado por contrato; deve ser averbado no respectivo cartório do registro de imóveis. Locação: é o contrato de direito privado pelo qual o proprietário-locador transfere a posse do bem ao locatário, que tem a obrigação de pagar certa importância (aluguel) por período determinado de uso do bem. Comodato: empréstimo gratuito de coisa não fungível. Difere da locação devido à onerosidade. Alienação A alienação deve ser condicionada. Os bens devem ser desafetados, tornado-se dominicais, podendo ser alienados. A CF atribui à União Federal competência privativa para legislar sobre normas gerais de contratação e licitação para toda a administração da própria União. As regras específicas podem ser criadas pelas demais entidades. O artigo 17 da CF afirma que a alienação deve estar dentro dos seguintes parâmetros: caráter de generalidade, exigência de prévia avaliação, autorização legislativa, realização de concorrência e justificação de interesse público para a alienação. Instrumentos comuns: As partes estarão niveladas, pois a alienação tem natureza de direito privado. 1) venda: requisitos a) autorização legislativa; b) interesse público devidamente justificado; c) avaliação prévia d) licitação, ressalvadas situações especiais contempladas na respectiva lei (Haverá dispensa de licitação no caso de alienação gratuita ou onerosa de bens imóveis residenciais construídos ou efetivamente utilizados, dentro de programas habitacionais e também de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área até 250m²). 2) doação: são requisitos a) autorização legal b)avaliação prévia e c) interesse público justificado. É vedada doação à particulares, exceto em caso de programas habitacionais ou de regularização fundiária. 3) Permuta: é o contrato em que um dos contratantes transfere a outrem bem de seu patrimônio e deste recebe outro bem equivalente. Deve ter autorização legal, avaliação prévia dos bens a serem permutados e interesse público justificado. Licitação normalmente é dispensada. 4) Dação: credor recebe prestação diversa da que fora estabelecida. É inexigível licitação pois não se trata de uma modalidade de concorrência. Instrumento específico Concessão de domínio: instrumento de direito público pelo qual uma entidade de direito público transfere a outrem, gratuita ou remuneradamente, bem público de seu domínio. Tratando-se de relação entre entidades públicas, podemos falar de transferência. Mas quando se trata de relação do público com o particular podemos falar de doação ou compra e venda. Investidura: alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, quando esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação, e desde que o preço nã ultrapasse a determinado valor. Incorporação: alienação a qual o Estado, ao instituir entidade administrativa privada, faz integrar no seu capital dinheiro ou bens móveis ou imóveis. Retrocessão: A entidade que processou a desapropriação do bem oferece-o de volta ao ex-proprietário, pagando o preço atual, isso quando o bem não tiver o destino para o qual fora preordenado, ou se não houver sua utilização em obras e serviços públicos. Legitimidade da posse: Poder público reconhece a legitimidade da posse legítima do interessado e retorna a ele a propriedade. Requisitos: ter licença de ocupação por 4 anos, extensão máxima fosse de 100 hectares, nela o posseiro tivesse moradia permanente, explorasse diretamente o cultivo da área e não fosse proprietário rural. Após decurso do prazo e atendimento das condições o interessado recebe o título de domínio. Após 5 anos o interessado pode pedir a conversão do título em registro de propriedade. Espécies de bens públicos Terras devolutas: toda terra, sem título de propriedade particular, se insere no domínio público. Conceito: são áreas que, integrando o patrimônio das pessoas federativas, não são utilizadas para quaisquer finalidades públicas específicas. São caracterizadas como bens dominicais. Pertencem à União. Terrenos de marinha: áreas banhadas pela água do mar ou dos rios navegáveis, em sua foz, se estendem à distância de 33 metros para a área terrestre, contados da linha do preamar médio de 1831. Pertencem à União. O uso de particular é feito mediante enfiteuse (transferência de uso ao particular, mediante pagamento anual). Terrenos acrescidos: são os que tiverem formado, naturalmente ou artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos da marinha. Terrenos reservados: são aqueles que, banhados pelas concorrentes navegáveis, fora do alcance das marés, se estendem até a distância de 15 metros para a parte da terra, contados desde a linha média das enchentes ordinárias. Terrenos ocupados por índios: são bens da união. Tem a afetação neste terreno, que é a preservação dos índios (caráter protetivo). A proteção se consuma através de alguns aspectos especiais: a posse permanente das áreas pelos índios, usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos neles situados, a inalienabilidade, a imprescritibilidadee a indisponibilidade das terras, a nulidade dos efeitos jurídicos dos atos que visem ocupação, o domínio e a posse das terras, a participação dos índios nos resultados de lavra de riquezas minerais. Plataforma continental: extensão das áreas continentais sob o mar até a profundidade de cerca de 200m. Bem Federal. Ilhas: ilhas marítimas, oceânicas ou costeiras pertencem ao domínio da União, mas é admissível que Estados e Municípios tenham domínio parcial ou total sobre elas. As ilhas oceânicas e costeiras podem pertencem ao Estado, Município ou terceiros particulares. Faixas de fronteira: área de 150km de largura que corre paralelamente à linha terrestre demarcatória da divisa entre o território nacional e países estrangeiros, considerada fundamental para a defesa do território nacional. Subsolo e riquezas minerais: Pertencem ao proprietário os frutos e os produtos oriundos da propriedade. No entanto, as jazidas que possuem recursos minerais, tais como os de potencial hidráulico, constituem propriedade distinta da do solo. Pertencem à União. Petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos são de monopólio da União para a pesquisa e lavra. ÁGUAS PÚBLICAS ***: são aquelas que compõem os mares, rios e os lagos do domínio público. Águas públicas de domínio comum são as águas dos lagos, bem como dos cursos d’agua naturais, que, em algum trecho, sejam flutuáveis ou navegáveis por tipo qualquer de embarcações. São águas públicas dominicais todas as situadas em terrenos também dominicais, quando não se configurem como águas públicas de uso comum ou não se qualificarem como águas comuns. São do domínio da União os lagos, rios e quaisquer correntes de água que estejam em terrenos de seu domínio, banhem mais de um Estado, façam limites com outros países e se estendam a território estrangeiro ou dele provenham. A competência para legislar sobre as águas é da União Federal. Mar territorial: pertence à União e tem a extensão de 12 milhas medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular. Servidores públicos (anotações de vídeo aula) .São as pessoas físicas que trabalham na administração pública. Elas ingressaram pelo serviço público, respeitando o princípio da isonomia. O concurso é obrigatório. A situação da pessoa que trabalha na administração sem concurso não se convalida. Quem pode prestar concurso público: brasileiros e estrangeiros (ressalvado cargos expressos na constituição. Verificar quais são esses cargos). Ao assumir um cargo o ingressante não pode exercer outro cargo (desvio de função). As regras estão estabelecidas pelo edital (“lei do concurso”). Não pode prever nada além do que a Lei estabeleça. É possível que tenha algum requisito discriminatório: Ex: carcereira para prisão feminina, limite de idade, tamanho para exercer cargo de segurança. O edital deve ter previsão mínima de 60 dias. Caso seja liberado com menor prazo, deve conter justificativa. O edital pode ser modificado mesmo durante o concurso. Mas esta modificação apenas pode incluir nova legislação. Ex: lei posterior à primeira fase da OAB. Banca pode incluir na segunda fase. O edital é controlado tanto pela administração pública quanto pelo poder judiciário. O STF decidiu que o poder judiciário não pode anular questões objetivas, pois a administração pública entende como certa tal resposta. A questão só pode ser anulada se vai contra a Constituição Federal. A validade do concurso é de 2 anos, prorrogáveis por mais 2 anos. A prorrogação é discricionária. Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. Provimento em caráter efetivo significa que a pessoa passou em concurso. Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração. Teoricamente qualquer pessoa poderia ser indicada para cargo comissionado. Exoneração é desligamento dos quadros da administração pública e não consiste na demissão. Aquela pode ser feita sem justificação, mas a demissão deve ser fundamentada. O princípio da moralidade foi agredido quando havia nepotismo. STF barrou isto, afirmando que não pode haver nomeação até parente de terceiro grau. Esta súmula aos cargos políticos, mas apenas os da administração pública.Os cargos em comissão servem apenas para funções de direção, chefia ou assessoramento. Essa atribuições são de alta importância, pois quem nomeia deve ter confiança em quem em nomeado. Dentre os cargos de comissão é necessário uma porcentagem de cargos efetivos, ou seja, a pessoa passou previamente em concurso e foi nomeada para cargo de comissão. Neste caso, a pessoa que é exonerada volta a exercer cargo efetivo (igual o caso do Mané que é escrevente). Servidores temporários entram no quadro da administração pública através de um processo seletivo simplificado e não concurso. Elas exercerão atribuições temporárias, exceto se tiver necessidade de prolongamento da atividade ou questões emergenciais. O vínculo não é estatutário nem celetista, mas vínculo jurídico administrativo. Os direitos básicos do servidor público são: 1) livre associação sindical 2) direito à greve (ele não é algo exercitável igual ao setor privado. A greve está condicionada à lei de eficácia limitada, ou seja, está subordinada a outra lei ordinária que delimitam seus termos e condições. Militares não podem se sindicalizar ou fazerem greve. Os direitos previstos pelo artigo 7º da Constituição se estendem ao servidor público. A remuneração é através de subsídios pagos em parcelas única. CF proíbe que sejam agregadas premiações ou gratificações. A alteração da remuneração só pode ocorrer por meio da lei. A iniciativa que altera a remuneração dos servidores públicos depende de qual função é exercida. Existem limites para a remuneração previstos pela CF: 1) teto-geral (nenhuma remuneração ultrapassará o que ranha os ministros do STF) 2)sub-teto (Estados e DF podem estabelecer que o teto dos procuradores, membros do MP e defensoria estão limitados aos que os desembargadores recebem, chegando ao máximo de 90, 25% do salário dos ministros do STF. Essas limitações não se aplicam aos juízes estaduais.) 3) teto-específico (nos municípios o teto é o salário do prefeito). Nos casos de servidor concursado que foi eleito prefeito, ele poderá escolher entre manter o salário anterior ou receber o salário de prefeito. Neste caso, o servidor é afastado de sua função para exercer o cargo político. Se o servidor for eleito vereador e tiver compatibilidade de horário, o servidor poderá acumular os cargos. Desta forma as remunerações serão acumuladas. Isto se aplica aos cargos eletivos. Não existe equiparação de salário. Se um servidor exerce a função que não lhe é própria, terá o direito de receber a diferença salarial pelo tempo trabalhado, masnão estará equiparado à função que exercia. Em regra geral não se acumula cargos, mas cabe exceções. Hipóteses de remuneração de cargos: Dois cargos de professor, cargo de professor + cargo técnico, cargo de professor + cargo científico, dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, vereador + cargo, emprego ou função.Para isto, deve ter compatibilidade de horário. A estabilidade é adquirida após 3 anos de efetivo exercício da função. Em caso de afastamento, não é contado o tempo que o servidor não exerce a função. A estabilidade assegura que o servidor não se sinta pressionado político, financeiro ou economicamente. O servidor só poderá ser desligado através de sentença transitada em julgado, decisão definitiva em processo administrativo ou comprovação de insuficiência de desempenho. Esta estabilidade é adquirida no serviço público como um todo. Provimento é o ato administrativo que preenche o cargo público. POde ser originário, que é quando o indivíduo não tivera estabelecido vínculo com a administração pública, e derivado que é quando ela já ocupou algum cargo público. As formas de provimento são : 1) nomeação (única forma de provimento originário. Serve tanto para cargos efetivos quanto para os em comissão). A nomeação é o ato administrativo unilateral que gera o direito subjetivo a pessoa criar um vínculo com a administração pública. E este vínculo com a administração público é materializado com a posse. A posse tem que se dar dentro de 30 dias da nomeação. Se isto não acontecer a posse não terá efeito. 2) Readaptação: ocorre quando o servidor público sofre uma limitação física ou mental (o novo cargo deve ser condizente com suas novas condições físicas ou mentais. Esse cargo deve ser compatível com sua escolaridade). 3) reintegração: o servidor público é demitido de forma ilegal, procura o poder judiciário e anula a demissão. O servidor tem o direito, então, de voltar à administração pública. Esse retorno ao cargo que anteriormente ocupava se chama reintegração. A CF e a lei 8112 afirmam que a reintegração só serve para servidores estáveis. 4)recondução: o servidor é demitido, seu cargo fica vago e foi preenchido por outra pessoa. O servidor foi demitido e consegue anulação da demissão. Sendo assim, retorna ao seu cargo. Aquele servidor que estava ocupando seu cargo será reconduzido ao cargo que exercia anteriormente. Se o substituto não for estável ele será exonerado. A recondução pode acontecer a pedido. 5)aproveitamento: é uma forma de provimento, se dá quando existe o retorno do servidor que está em disponibilidade. O servidor retorna e é aproveitado para outro cargo. 6) promoção: ascensão na carreira. Não se dá em cargos isolados, sendo possível apenas em casos de carreira que aceitem progressão. 7) reversão: volta à ativa do servidor aposentado. Ela se dá de ofício ou a pedido. Ocorre quando a junta médica afirma que o servidor não precisa estar afastado ou aposentado de sua função. Esta se chama reversão obrigatória. A reversão a pedido ocorre de forma voluntária, respeitando certos quesitos, como o interesse da administração pública no retorno do servidor, a aposentadoria do servidor deve ter sido voluntária, aposentadoria deve ter ocorrido até 5 anos antes do pedido de reversão e deve existir cargo vago. A posse é um ato bilateral que forma um vínculo entre indivíduo e a administração pública. Deve acontecer em 30 dias da nomeação, e é um prazo improrrogável. O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. O servidor tem 15 dias para entrar em exercício da data da posse. No entanto, caso a nomeação tenha sido feito para cargo na nomeação, o servidor deve entrar em exercício na mesma nada da publicação da sua nomeação. Caso seja o exercício em outra cidade, o cargo comissionado deve ser feito em 10 dias. O estágio probatório avalia a capacidade do servidor exercer as atribuições do cargo. No entanto, o estágio probatório deve preencher requisitos objetivos, tais como os previstos no artigo 20 da lei 8112. Os requisitos são: assiduidade, disciplina, iniciativa, produtividade e responsabilidade. O STF afirma que o estágio probatório deve ser de 3 anos (a lei afirma que é de 2 anos, mas o entendimento do STF prevalece sobre a lei). O Estágio probatório é obrigatório para todos os cargos. O estágio probatório não se confunde com estabilidade. Se o servidor é reprovado no estágio probatório e possui estabilidade, ele será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. Se não possui estabilidade então será exonerado. Caso o servidor seja inassíduo em razão de greve no estágio probatório, ele não poderá ser exonerado. Vacância ocorre quando o cargo fica vago. Ocorre quando há exoneração, promoção, aposentadoria, recondução, posse em outro cargo inacumulado, e morte do servidor. Remoção: é o deslocamento do servidor para exercer sua função em outra localidade. Pode se dar tanto de ofício (atender interesse da administração pública) ou a pedido (existem 3 casos que são obrigatórios: 1) servidor que pede remoção para acompanhar seu cônjuge que foi removido de ofício; 2) cuidar de problemas de saúde próprio ou da família 3) concurso de remoção, ou seja, quando existe mais interessados na remoção do que vagas. A administração faz um concurso, e quem passar nesse concurso será removido). Redistribuição: é o deslocamento do cargo (e não do servidor) para outra localidade. Regime disciplinar do servidor público: está previsto na lei 8112. Os deveres gerais são: ser leal, assíduo, dever de obediência (decorre do poder hierárquico. Não deve acontecer em relação a ilegalidade da ordem. O servidor deverá representar seu superior à autoridade competente. Se não fizer isso, o servidor deverá sofrer punições). Proibições para os servidores e suas proibições estão previstas na lei 8112 (verificar na lei, pois é um extenso rol). O servidor não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que foi demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência como crime à administração pública, lesão aos cofres públicos, corrupção, improbidade administrativa e aplicação errada do dinheiro público. As penalidades (direito de punir) decorre do poder disciplinar. Ela é tanto vinculada quando discricionária (diz respeito a como aplicar a pena, qual será a pena). A advertência será feita por escrito e será registrada na ficha do servidor, sendo extinta após 3 anos. A suspensão tem prazo máximo de 90 dias, e pode ser substituída por multa (ganha metade do salário por . tempo de suspensão). Só existe multa em razão da pena de suspensão. Será excluída do registro após 5 anos. A demissão ocorre nas situações previstas na Lei 8112. Prazos prescricionais: advertência são 180 dias; 2 anos em caso de suspensão e 5 anos para todo o resto. Caso a infração administrativa também seja um crime o prazo prescricional será o previsto no Código penal. A pena cívil e penal podem ser aplicadas de formaautônoma. Ou seja, apesar de ganhar absolvição no âmbito penal, poderá responder no âmbito civil. No entanto, existem 2 hipóteses em que a absolvição penal gera obrigatoriamente a absolvição civil e administrativa: 1) negativa de autoria (se não foi a pessoa que cometeu a infração, não tem como ela ser punida) 2) inexistência do fato (se o fato não existiu, não há punição). Observação: apesar de ser conduta atípica do Código Penal, a ação ainda pode representar infração no âmbito penal e administrativo. A responsabilidade administrativa é apurada através de 2 procedimentos: 1) sindicância (procedimento mais célere. Só será usada em casos como advertência ou suspensão de até 30 dias) 2) processo administrativo disciplinar (PAD - A autoridade competente instaura o inquérito administrativo - instrução, coleta de provas - não necessita de advogado no inquérito. Se o servidor for indiciado então procederá a citação - deve ser apresentada a defesa em 10 dias. Se a citação ocorreu por edital então a defesa será apresentada em 15 dias. Se tiver mais de um indiciado a defesa deverá ser apresentada em 20 dias. Caso o servidor não apresente defesa, não se aplica a revelia do processo civil, pois será concedido servidor dativo ao réu. A comissão avaliará os dados e remeterá à autoridade que instaurou o PAD, a qual procederá o julgamento).