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RESMUMO Manual de direito administrativo - JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO

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Introdução 
Atualmente o Estado é um ente personalizado, apresentando-se não apenas 
exteriormente, nas relações internacionais, como internamente, neste caso como 
pessoa jurídica de direito público, capaz de adquirir direitos e contrair obrigações. A 
ideia de Estado de direito está ligado ao fato de que ao mesmo tempo que o Estado 
cria o direito, deve sujeitar-se a ele. 
Poderes e funções 
O Estado possui segmentos estruturais em que se divide o poder geral e abstrato 
decorrente de sua soberania. Os poderes de Estado são: Poderes da União, 
independentes, harmônicos entre, o Legislativo, executivo e o judiciário. Cada poder 
tem sua determinada função, mas não exclusiva e sim preponderante. Além de 
exercerem funções típicas de seu poder, podem exercer funções atípicas (de outros 
poderes), desde que a Constituição autorize. 
Função administrativa 
Otto Mayer defendia a autonomia do Direito Administrativo e afirmou “a 
administrativa é a atividade do Estado para realizar seus fins, debaixo da ordem 
jurídica”. 
Identificação das funções administrativas (critérios): 1) subjetivo ou orgânico (que dá 
realce ao sujeito ou agente da função); 2) objetivo material (pelo qual se examina o 
conteúdo da atividade) 3) objetivo formal (que explica a função pelo regime jurídico 
em que se situa a sua disciplina). 
Função administrativa é aquela que exercida pelo Estado ou por seus delegados, 
subjacentes à ordem constitucional e legal, sob regime de direito público, com vistas 
a alcançar os fins colimados pela ordem jurídica. O Administrativo tem por alvo a 
gestão dos interesses coletivos na sua mais variada dimensão. Essa atividade é 
exercida por intermédio de processos administrativos. A função administrativa e 
função política, caracterizando-se esta por não ter subordinação jurídica direta, ao 
contrário daquela, sempre sujeita a regras jurídicas superiores. 
Exemplo de Funções materialmente administrativas: atividades desenvolvidas no 
Poder Judiciário, tais como decisões em processos de jurisdição voluntária e poder 
de polícia do juiz nas audiências; no Poder Legislativo nas “leis de efeitos 
concretos”, atos legislativos, que, ao invés de traçarem normas gerais e abstratas, 
interferem na órbita jurídica de pessoas determinadas, como, por exemplo, a lei que 
concede pensão vitalícia à viúva de ex-presidente. Em relação a elas a ideia é 
sempre residual: onde não há criação de direito novo ou solução de conflitos de 
interesses na via própria (judicial), a função exercida, sob o aspecto material, é a 
administrativa. 
MP e Defensoria são exemplos de órgãos que exercem função administrativa, pois 
não criam novos direitos mas desempenham papel estratégico no sistema das 
garantias coletivas. 
 
Federação 
Características: ​a) descentralização política (além do poder central, outros círculos 
de poder são conferidos a suas repartições) b)sistema de repartição de 
competências (União: matérias de predominante interesse nacional; Estado: 
Interesse regional; Município: interesse local) c) participação da vontade dos 
Estados na vontade nacional e o poder de autoconstituição (Os municípios não têm 
constituição formal, mas possuem lei orgânica, de efeito semelhante ao das 
constituições). 
Autonomia: capacidade de autodeterminação. ​Os entes federados possuem 
autonomia, ou seja, em seu sentido técnico-político significa ter e entidade 
integrante da federação capacidade de auto-organização, autogoverno e 
autodeterminação. Cria diploma constitutivo, organiza seu governo e elege seus 
dirigentes, organiza seus próprios serviços. 
Direito administrativo 
Introdução: ​Regulação da relação jurídica entre o Poder e os integrantes das 
sociedades de modo geral. Surgiu com o movimento dos Constitucionalistas no Séc. 
XVIII. 
Conceito: “conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse 
público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre 
este e as coletividades a que devem servir”. Representa 3 características principais: 
1)constitui direito novo 2) espelha um direito mutável 3) é um direito em formação. 
Está inserido no âmbito do direito público, apesar de conter características do direito 
privado. O direito constitucional que alinha os parâmetros que serão seguidos pelo 
direito administrativo, assim como as normas sobre servidores públicos e as 
competências do Poder Executivo. A relação com o direito processual se encontra 
no fato de ambas as disciplinas terem procedimentos, tais como direito ao 
contraditório e à ampla defesa. Com o direito penal podemos fazer a ligação acerca 
dos crimes contra a administração pública. Além disso, normas penais em branco 
podem ser preenchidas com normas administrativas. Com o direito tributário 
encontramos a relação da outorga ao Poder Público e o exercício do poder de 
polícia, atividade tipicamente administrativa e remunerada por taxas.Tem relação 
íntima com o direito empresarial e o civil, através dos contratos, sociedades e 
empresas públicas, destinados a exploração de atividade econômica. 
Administração Pública: sentidos 
1. Sentido objetivo 
Administrar indicar gerir, zelar. Gestão dos interesses públicos executados pelo 
Estado (tanto na esfera pública quanto na privada) 
2. Sentido subjetivo 
Pessoas, órgãos, agentes que tenham o dever de executar as atividades 
administrativas. Essa expressão deve contar letras maiúsculas “Administração 
Pública”. Órgãos incumbidos pela execução da administração pública: autarquias, 
sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações públicas. 
Administração Direta: responsável pelo desempenho das atividades administrativas 
centralizadas; administração indireta: exercendo as entidades integrantes a função 
administrativa 
Órgãos Públicos 
Estado: ente personalizado. Quando se trata de Federação, vigora o 
pliripersonlanismo (além da pessoa jurídica central existem outras internas que 
compõem o sistema político). 
O Estado manifesta sua vontade através de seus agentes. Repartições é o que 
constitui os órgãos públicos. 
Relação órgão/Pessoa 
A vontade da pessoa jurídica deve ser atribuída aos órgãos que a compõem. 
1. Característica básica 
Princípio da imputação volitiva: vontade dos órgãos é imputada à pessoa jurídica a 
cuja estrutura pertence. Função de fato. ​Desde que a atividade provenha de um 
órgão, não tem relevância o fato de ter sido exercida por um agente que não tenha 
investidura legítima. 
2. Criação e extinção 
Tanto a criação quanto extinção ​dependem de le​i. A estruturação e as atribuições 
podem ser processadas por decreto do Chefe do executivo. São legítimos as 
transformações e a reengenharia de órgãos públicos por ato privativo do Chefe do 
Executivo quando tais fatos administrativos se incluírem no mero processo de 
organização da administração pública. Se a iniciativa de uma lei for apresentada por 
um órgão ou poder incompetente, ela é inconstitucional. Os atos praticados pelas 
casas legislativas são atos administrativos​, e não leis. São estendidos aos 
municípios, estados e distrito. 
 
Teoria de caracterização do órgão3 teorias 
1. subjetiva - ​órgãos - agentes (errada, pois se desaparecesse o agente, 
desapareceria o órgão). 
2. objetiva - ​órgãos públicos = unidades funcionais da organização 
administrativa (errada, pois repudia o agente) 
3. eclética - ​junta as duas teorias. Os dois elementos se reclamam entre si, 
mas não constituem uma só unidade. 
Conceito de órgão público 
Estrutura estatal a que são cometidas funções determinadas, sendo integrado por 
agentes que, quando as executam, manifestam a própria vontade do Estado. 
 
 
 
Capacidade processual 
Não possui capacidade processual, apenas em casos excepcionais, tal como ocorre 
com órgãos de elevado poder, de envergadura constitucional quando defendem 
suas prerrogativas e competências. 
 
Classificação dos órgãos públicos 
1. quanto à pessoa federativa (federais, estaduais, distritais e municipais) 
2. quanto à situação estrutural (situação do órgão ou estrutura estatal: diretivos, 
subordinados) 
3. Quanto à composição (singulares e coletivos, sendo que este pode ser 
representado de forma unitária ou plúrima, como por exemplo órgãos colegiados). 
 
Agentes públicos 
todo aquele que executa uma função pública como preposto do Estado. trio: órgão, 
agente, função. 
 
Princípios administrativos 
No conflito entre eles deve ser verificado a ponderação de seus valores (qual o 
princípio preponderante e, pois, aplicável ao caso concreto). 
Princípios expressos (mencionados na constituição) 
1. princípio da legalidade - toda e qualquer atividade administrativa deve ser 
autorizada por lei. Subordinação completa da adm. à lei. A administração 
pública só pode atuar onde a lei determina. 
2. 
3. 
 
(COntinuação página 121 - demais anotações estão na pasta) 
 
5 - Finalidade 
5.1 - Sentido 
Todo ato deve estar direcionado ao interesse público. Motivo caminha em direção à 
finalidade. Desrespeito ao interesse público causa desvio de finalidade. (art. 37 
C.F.). O desvio de poder pode ser conceituado como quando a autoridade 
administrativa, no uso de sua competência, movimenta-se tendente à concreção de 
um fim, ao qual não se encontra vinculada.O erro ou ineficiência pode causar 
ilegalidade, mas o desvio de finalidade é causado dolosamente (elemento subjetivo) 
5.2 - Finalidade e objeto 
objeto: fim prático a ser alcançado pelo interesse público. FInalidade: interesse 
coletivo. Objeto é variável e finalidade invariável 
 
CARACTERÍSTICAS DO ATO ADMINISTRATIVO 
Emanam do agente público 
1. Imperatividade: ​Todos são afetados pelo ato dentro dos limites impostos 
2. Presunção de Legitimidade: ​pressupõe-se que o ato foi realizado dentro 
dos parâmetros legais. ​Presunção não é absoluta ou intocável. Por conta da 
presunção o ato tem a inversão do ônus da prova. 
3. Autoexecutoriedade: ​procurar a eficiência e a rapidez do ato. títulos 
extrajudiciais. Não precisam de respaldo do judiciário. Poder de polícia. 
Exceção: cobrança de multa ou desapropriação (necessita ajuizar ação). 
Pode ser barrada com liminar. 
MÉRITO ADMINISTRATIVO 
Atreladas ao poder discricionário. Único caso que ocorre a valoração do ato 
administrativo. Agente deve verificar os fatores que integram o motivo e que 
constituem o objeto, com a condição de preordenar o ato ao interesse público. 
Não se pode falar em mérito administrativo quando é um ato vinculado à lei, pois 
não pode haver valoração. ​Isto não ocorre nos atos discricionários (ocorre 
valoração). ​Judiciário não pode interferir no mérito administrativo, pois 
interferiria no separação dos poderes. Judiciário só pode interferir no que diz se o 
ato está conforme à legalidade. 
Isso pode ter a discricionariedade como pretexto, o que pode ferir o princípio da 
proporcionalidade e razoabilidade. 
 
FORMAÇÃO E EFEITOS 
o ato só é perfeito quando se encerra seu ciclo de formação, não necessariamente 
tenha alcançado sua finalidade. 
O ato é eficaz quando atinge seu objetivo. Eficácia comporta três tipos de dimensão: 
a)temporal b)espacial c)subjetiva 
Exequibilidade é diferente de eficácia. O primeiro significa a disponibilidade para a 
administração executar o ato. 
Validade é a conformidade do ato com a lei. 
O ato pode ser válido, eficaz e inexequível quando embora compatível com a lei e 
apto a produzir efeitos, sujeita sua operatividade a termo ou condição futura. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
1. CRITÉRIO DOS DESTINATÁRIOS: ATOS GERAIS E INDIVIDUAIS 
 
Gerais: regulamentam uma quantidade indeterminada de indivíduos que se 
encontram na mesma situação jurídica (regulamentos e instruções normativas) 
Individuais: regulam situações jurídicas concretas; destinatários individualizados 
(licença para construção); podem ser questionados via judicial 
 
2. CRITÉRIOS DAS PRERROGATIVAS: ATOS DE IMPÉRIO E DE GESTÃO 
 
Atos de império: poder de coerção; não intervindo a vontade dos administradores; 
poder de polícia; pode interferir na esfera privada 
 
3. CRITÉRIO DA LIBERDADE DE AÇÃO: ATOS VINCULADOS E 
DISCRICIONÁRIOS 
Atos vinculados: previamente estabelecido pela lei 
Ato discricionário: lei autoriza a fazer valoração da conduta; traz grau de 
subjetivismo 
 
4. CRITÉRIOS DA INTERVENÇÃO DA VONTADE ADMINISTRATIVA: ATOS 
SIMPLES, COMPOSTOS E COMPLEXOS 
Ato simples: emana de apenas um órgão ou agente; subdivide-se em atos 
complexos (necessita de intervenção de outros agentes ou órgãos; escolha do 
ministro do stf após escolha do presidente) e compostos (vontade autônoma embora 
múltipla; vários atos para um determinado fim; emissão de visto 
 
5. CRITÉRIOS DOS EFEITOS: ATOS CONSTITUTIVOS, DECLARATÓRIOS E 
ENUNCIATIVOS 
Constitutivos: alteram uma relação jurídica, criando, modificando ou extinguindo 
direitos (ato de revogação) 
Declaratórios: (declarar que certa construção pode causar riscos à integridade física 
do transeuntes) 
enunciativos: indicam juízos de valor (pareceres) 
 
6. CRITÉRIOS DA RETRATABILIDADE: ATOS REVOGÁVEIS E 
IRREVOGÁVEIS 
Irrevogáveis: não podem ser tirados do mundo jurídico (licença para exercer 
profissão) 
revogáveis: estão livres para sair do mundo jurídico 
 
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
a) normativos 
b) ordinários (ordenam o funcionamento da administração) 
c) negociais (encerram uma declaração da administração conjugada com a 
vontade do particular) 
d) enunciativos (enunciam situação existente, sem manifestação material da 
administração) 
e) punitivos 
 
1. ESPÉCIES QUANTO À FORMA DE EXTERIORIZAÇÃO 
DECRETOS E REGULAMENTOS 
decretos emanam do chefe do executivo (ministros do governo referendam os 
decretos, demonstrando que é um ato compostos); ato para regulamentar as leis; 
ato para que a lei possa ser executada; qualquer lei que não foi feita pelo 
parlamento; tem força independente 
Regulamentos conferem competência privativa, por exemplo a competência ao 
Presidente de expedir decretos e regulamentar sua sua fiel execução; 
regulamentos; são atos dependentes 
Resolução: atos normativos expedidos por autoridades de elevado escalão 
administrativo, tal como ministros; regulam matéria pertinente à função; pressupõe 
existência de lei; não se confundem com atos administrativos 
deliberações: atos de órgãos colegiados 
regimentos: demonstrar organização e funcionamento; está subordinado a um ato 
de aprovação 
Instrução, circulares,portarias, ordens de serviços, provimentos e avisos regulam e 
organizam as atividades e seus órgãos 
Alvará: deliberação da administração para que seja realizado determinado evento 
Ofícios: comunicação entre as autoridades administrativas (podem conter 
autorizações, imposições ou meras informações) 
Pareceres: demonstram opinião; podem ser facultativos ou obrigatórios 
Certidões: agente público dá fé a sua existência e expressa a existência de certo 
fato jurídico; corrobora fato já formalizado nos registros públicos; princípio da 
publicidade 
atestado 
Despachos: atos administrativos praticados no curso de um processo administrativo; 
mais amplo do que no sentido trazido pelo direito processual; pode ter caráter 
decisório 
2. ESPÉCIES QUANTO AO CONTEÚDO 
Licença: consentimento da adm para que seja feito determinada atividade; poder de 
polícia é exercido pelo Estado; decorre da anuência do POder Público; nunca são 
concedidos ex officio; autoridade deve ser provocada para emitir a licença; cabe 
mandado de segurança caso quem requisitar preencha os quesitos e seja negado a 
licença 
Permissão: ato discricionário; autoriza particular a executar serviço público ou 
usufruir de serviço público; ato precário (tem duração); pode apresentar aspecto 
contratual (impondo limitações e condições). Diz-se permissão condicionada. Pode 
ser permissão de uso de bens públicos (ato administrativo unilateral) ou permissão 
de serviço público (ato bilateral com aspecto contratual, tal como licitaçao). Deve ser 
formalizado por licença ou autorização. 
Autorização: consentimento pelo qual o Poder autoriza a prestação de serviço ou 
utilização de bem público pelo particular. Ex: autorização para porte de arma 
 
VERIFICAR DIFERENÇA NO LINK A SEGUIR 
: 
https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/334798287/diferenca-entre-autorizac
ao-permissao-e-concessao 
 
 
Admissão: confere ao indivíduo o direito de receber o serviço público; ex: admissão 
em universidade; administrador não tem qualquer liberdade de avaliação de sua 
conduta; mandado de segurança é cabível se comprovada a liquidez do direito 
 
Aprovação aprovação discricionária do administrador acerca de outro ato. Pode ser 
anterior ou posterior. Ex: homologação de licitação 
Visto: Verificação da legitimidade formal de outro ato.Um ato A encaminhado para C 
deve ter o visto de B. 
 
Atos Sancionatórios: penalizações; podem ser sanções internas (advertências, 
suspensão, demissão; decorrentes do regime funcional do serviço público); 
advertência externa: transgressão à norma administrativa (multa, multa tributária, 
fechamento do estabelecimento); sanções devem estar previstos em le; devido 
processo legal (princípio do contraditório e ampla defesa); princípio da 
proporcionalidade (sanção deve ser de acordo com a infração, não ultrapassando os 
limites); podem ser substituídas por providências administrativas. 
 
Atos Funcionais: determinados em estatutos e relacionam administração pública 
com agente público; aposentadoria, remoção, transferência, férias, licença; 
vinculação total à lei. 
 
 
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
Sequência de atos; se a lei determina e não é seguido, a eficácia é inválida; 
princípio do devido processo legal; instrumento para alcançar determinado fim 
administrativo. 
EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
Pode ocorrer pelo cumprimento do ato. 
Extinção natural: Cumprimento normal dos efeitos (autorização para realização de 
determinada atividade por tempo determinado) 
Extinção subjetiva: portador do direito do desaparece. Direito não é transferível (ex: 
morte de alguém que poderia utilizar do ato, mas que não pode transferir a terceiro) 
Extinção objetiva: Objeto do ato é extinto (interdição: se o objeto interditado é 
demolido, o ato é extinto). 
Caducidade: advento de nova legislação que impede a situação anterior; perda dos 
efeitos jurídicos. 
Desfazimento volitivo: manifestação de vontade do administrador; cassação: 
punição a quem deixou de cumprir condição preexistente na lei (cassação de 
licença de trabalho caso haja descumprimento no regulamento da profissão). Perda 
automática da eficácia autorizada. 
Invalidação (anulação): análogos à legislação civil mas voltados para o Direito 
Público; a regra á nulidade do ato, sendo que a anulação é exceção; desfazimento 
do ato em virtude de vício de legalidade; pressuposto: vício de legalidade; na falta 
dos pressupostos do ato, este é inválido; vícios: competência, finalidade, forma, 
motivo (inexistência de fundamento para o ato, fundamento falso, fundamento 
desconexo), objeto. 
Quem pode invalidar ? O judiciário ou a própria administração. O judiciário 
determina a retirada do ato de dentro do mundo jurídico; súmulas vinculantes 
também não podem ser contrariadas por ato administrativo; a autotutela é utilizada 
para invalidar os atos administrativos. Atos discricionários também podem ser 
invalidados 
Dever de invalidar: se o ato tem vício de legalidade deve ser anulado; alguns atos, 
apesar de não atenderem ao princípio da legalidade, continuam a fazer efeito, pois 
prescreveu o prazo de anulação ou porque seus efeitos ganham respaldo em 
alguma outra norma ou têm proteção (teoria do fato consumado). 
Autotutela e contraditório: se for necessário rever seus atos, a administração de 
realizar por si ex officio usando sua autoexecutariedade; essa autotutela não é 
exercida na plenitude (tal como ocorre em condutas autoritárias e ilegais). Neste 
caso é concedido o contraditório para que a autoridade se defenda (devido processo 
legal, contraditório e apreciação judicial) 
Efeitos: ex tunc, atos nulos não se convalidam nem pelo decurso do tempo; 
desfazimento de todas as relações jurídicas que se originaram do ato. Atos inválidos 
prescrevem em 5 anos ou seja, o princípio do interesse público que decorre do 
princípio da estabilidade demonstra que o ato deve permanecer apesar de inválido 
por 5 anos se não foi anulado. Isso independe do vício que ele está enquadrado. A 
nulidade 
atos inválidos que trazem algum benefício a quem se destina decaem em 5 anos, 
contando da prática do ato 
Convalidação: saneamento de vício de ato para que este seja válido; ex tunc; 3 
formas de convalidação: ratificação (sanear ato praticado); reforma (retirada de 
parte inválida do ato e manutenção da parte válida); conversão (retirada da parte 
inválida do ato e troca desta parte por uma válida, mantendo a parte válida anterior). 
Revogação: retirada de ato administrativo por razões de conveniência e 
oportunidade; necessidade de adaptação às situações novas do mundo jurídico. 
Para vícios de legalidade o instrumento é a anulação; a revogação se destina à 
retirada do ato por razões eminentemente administrativas; o pressuposto para a 
revogação é o interesse público; fundamento: poder discricionário que averiguará a 
circunstância a qual o ano não é mais adequado; origem: só pode ser apreciada 
pela administração e não pelo judiciário (revogação é um instituto que traduz 
valoração); Efeitos: revogação atende apenas aos atos válidos (contendo vício de 
legalidade então o termo é anulação ou invalidação), seus efeitos sãoex nunc. São 
insuscetíveis de revogação: atos que exauriram seus efeitos; atos vinculados; atos 
que geram direitos adquiridos ***; meros atos administrativos (pareceres, certidões e 
atestados). Ato revogado desaparece do mundo jurídico, não podendo retornar (não 
é possível a repristinação). 
 
 
CAPÍTULO 3 - PODER DE POLÍCIA 
 
Interesse público deve prevalecer sobre o particular (relação jurídica de direito 
público). Estado precisa, por meio de instrumentos e prerrogativas, garantir essa 
supremacia, barrando muitas vezes o interesse particular. 
Essa interferência na esfera privada é o Poder de Polícia. 
Poder de Polícia em sentido amplo: Poder de restringir e condicionar a liberdade e a 
propriedade (polícia administrativa); polícia função: função estatal propriamente dita 
e deve ser interpretada sob aspecto de órgão administrativo integrado nos sistemas 
de segurança pública e incumbido de prevenir os delitos e as condutas ofensivas à 
ordem pública (aspecto formal); polícia corporação: executa funções de polícia 
administrativa e é exercida por outros órgãos administrativos além da corporação 
policial. 
O poder de polícia é necessário para garantir os interesses coletivos e barrar 
interesses individuais que possam trazem prejuízos à coletividade. 
CF autoriza a instituição de taxas em razão do exercício do poder de polícia. É ilícito 
a instituição de tarifa para remunerar o poder de polícia. 
Competência: pessoa federativa a qual a CF conferiu o poder de regular a matéria. 
Os entes federativos (União, Estados e Municípios) regulam dentro dos seus limites 
o poder de polícia; a não competência acarreta em invalidação do poder de polícia; 
é possível a associação dos entes federativos para maior eficiência na atuação do 
poder de polícia. 
Poder de polícia originário: se os entes podem legislar dentro de suas limitações, 
podem estabelecer os limites do poder de polícia. Um ente maior pode interferir no 
ente menor. 
Poder de polícia delegado: aquele que recebe de um ente a prerrogativa de atuar 
utilizando o poder de polícia 
A delegação do poder de polícia deve ser feita por lei formal; essa delegação pode 
ser feita para paraestatais mesmo que sejam dotadas de personalidade jurídica de 
direito privado, desde que tenham sido delegadas por lei formal e o delegatário seja 
entidade integrante da administração pública. 
A polícia municipal aplicando multa é um grande exemplo sobre isso, pois apesar de 
pertencer à administração indireta, seus funcionários são celetistas e podem exercer 
o poder fiscalizatório sob 3 condições: 1) integrar à administração indireta; 2) 
competência deve ser delegada por lei; 3) poder de polícia deve ser restrito à 
fiscalização. 
Polícia administrativa e polícia judiciária representam atividades de gestão de 
interesses públicos. A polícia administrativa atua dentro dos limites do direito 
administrativo, enquanto a judiciária prepara a atuação da função jurisdicional penal. 
Polícia administrativa se concentra na ação e no ato, enquanto a judiciária se 
concentra na pessoa para fazer relatório e encaminhar ao MP para averiguar 
propositura da ação penal. 
Fundamentos:Prerrogativa do Poder Público (interesse público); supremacia da 
administração pública. 
Finalidade: proteção dos interesses coletivos. 
âmbito de incidência: “Não há direitos individuais absolutos”. Onde tiver atuação do 
indivíduo sempre poderá ocorrer intervenção do Estado (supremacia do interesse 
público). 
A atuação se dá de 2 formas: 1) atos normativos (portarias, regulamentos, resolução 
e decretos que determinam restrições) 2) atos concretos (aplicação de multa, 
interdição). 
Fiscalização ocorre por meio dos agentes 
Limites: determinadas pelo limite jurídico (direitos do cidadão, prerrogativas 
individuais e liberdades públicas asseguradas pela CF). Passar os limites configura 
abuso de poder e arbitrariedade. 
Características: discricionariedade (valoração das decisões) e vinculação (já está 
determinado em lei o limite do poder); autoexecutoriedade (impor desde logo o 
controle em prol do interesse público; não precisa de intervenção judicial) 
(observação: a autoexecutoriedade não deve ser utilizada como abuso de poder, e o 
poder de polícia exercido pelas multas deve ter o contraditório através de ação). 
coercibilidade:poder imperativo do poder de polícia; todos agentes devem atender 
ao que é imposto pela administração pública; poder pode utilizar a força se 
necessário. 
Legitimidade da polícia administrativa: atos da polícia devem preencher todos os 
requisitos de validade (ver requisitos do ato administrativo); finalidade, motivo e 
objeto (por se tratar de ato administrativo, a polícia administrativa deve atender a 
todos os requisitos de validade); Princípio da proporcionalidade: deve ser 
averiguado a medida para o fim a que se destina (não utilização de meios enérgicos 
em casos desnecessários). Mandado de segurança é utilizado para coibir abusos de 
autoridade. Exemplos: utilização de força para desocupação ou repressão de 
manifestações; aplicação de multas de elevado valor quando não necessárias. 
Sanções de polícia: somente a lei pode instituir sanções; legitimidade do poder de 
polícia; mais comuns: multa, inutilização de bens privados, interdição de atividade, 
embargos de obra, cassação de patentes, proibição de fabricar produtos; sanções 
devem obedecer ao devido processo legal (contraditório, ampla defesa). 
 
Capítulo 5 - contratos administrativos 
 
1.​Introdução 
Acordo de vontades com objetivo determinado, pelo qual as pessoas se 
comprometem a honrar as obrigações ajustadas. Estado é pessoa jurídica, portanto, 
pode adquirir direitos e contrair obrigações. 
 
2 Contratos da administração 
Adm figura em um dos polos da relação contratual.Os critérios de conveniência do 
contrato são os praticados e determinados na administração pública. 
Contratos privados da administração: ​direito civil e empresarial regulam. 
Administração não possui qualquer vantagem sobre o privado(as partes são iguais); 
ex: compra e venda, doação e permuta. 
Contratos administrativos: ​regime jurídico de direito público; não basta apenas o 
Estado estar em um dos polos. O contrato deve ser regido pelo regime jurídico de 
direito público. 
 
3 Conceito 
“​Ajuste firmado entre a administração pública e um particular, regulado basicamente 
pelo direito público, e tendo por objeto uma atividade que, de alguma forma, traduza 
interesse público”. 
 
4 Disciplina normativa 
a) disciplina constitucional: ​CF estabelece a competência legislativa para 
dispor sobre contratos em geral. União legisla sobre contratos administrativos 
em geral (ver art. 37 da CF e lei de licitações Lei no 8.666/93) 
b) Disciplina Legal​: regulado pela lei de licitações(caracteriza como norma 
específica - utilizada por municípios e estados para contratação). 
 
5 Sujeitos do Contrato 
Cenário geral - ​Administração como contratante e do outro lado pessoa física ou 
jurídica que firma o ajuste (contratado). 
Pode ser feito entre duas pessoas administrativas (regime jurídico de direito público 
- prevalece a hierarquia entreeles). 
Normas específicas: microempresas e empresas de pequeno porte 
Lei 123 de 14/12/2006 fala acerca do tratamento diferenciado que estas empresas 
têm (art. 179 CF em conflito com art. 37). Empresas são favorecidas no processo 
licitatório. Não pode passar R$ 80 mil no valor da licitação. Estimular o 
desenvolvimento destas empresas. 
 
6 Características 
 
Relação contratual : ​a) formalismo entre as partes b) comutatividade (equivalência 
entre as obrigações) c) confiança recíproca d) bilateralidade 
Posição preponderante da administração: ​Posição do Estado prevalece sobre a 
do contratado (regime jurídico de direito público) . 
Sujeito administrativo e o objeto: ​sujeito deve ser pessoa administrativa com 
administração direta ou indireta e o objeto deve atender aos interesses da 
coletividade. 
 
7 Espécies 
Contratos de obras: ​construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de 
determinado bem público; Condições específicas de contratação: projeto básico 
(definição da prévia obra a ser contratada, com tempo para realização, objetos, 
motivos que levam à sua realização), projeto executivo (elementos necessários à 
execução completa da obra) e integralidade da obra (a obra deve ser programada 
em sua totalidade. Só deve ser parcelada quando há motivo justificado). Regime de 
execução: direta (quando realizada pelos próprios órgãos administrativos) e indireta 
(quando realizada por terceiros). 4 formas de execução indireta: 1) empreitada por 
preço global (leva em consideração o preço total da obra) 2) empreitada por preço 
unitário (leva em conta unidades determinadas da obra) 3) empreitada integral (adm 
contrata um empreendimento em sua integralidade, com todas as suas etapas, 
obras, serviços e instalações) 4) de tarefa (ajusta-se mão de obra para pequenos 
trabalhos, por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais. Independem de 
prévia licitação) 
Contratos de serviços: ​Determinada atividade para obter determinada utilidade 
concreta de interesse para administração. Obra visa à construção ou modificação de 
um imóvel, sendo que serviço destina-se a sua realização. Deve ter prévia 
programação através de projetos básicos e do projeto executivo. Dividem-se em 
“comuns” (não há necessidade de específica habilitação - pintura, limpeza e 
vigilância) e “técnicos” (curso superior ou registro nos órgãos competentes 
determinados). Terceirização é lícita desde que não seja para atividade-fim. 
 
Serviços de publicidade 
Lei no 12.232, de 29.04.2010. Não é qualquer atividade que se enquadra como 
serviço de publicidade. Este traduz o conjunto de atividades que alvitrem o estudo, o 
planejamento, a conceituação, a concepção, a criação, a execução interna, a 
supervisão da execução externa, bem como a distribuição de publicidade aos meios 
de divulgação. 
 
Contratos de fornecimento (ou compra) 
Adquirir bens móveis para execução de serviços. Assemelha-se aos contratos do 
setor privado mas com as peculiaridades da administração pública. Princípios da 
padronização: os materiais comprados devem ter as mesmas características 
técnicas (aplica-se o princípio da razoabilidade para conciliar interesse público e 
processo licitatório). Registro de preços: o vencedor da licitação firma ata de registro 
de preços o qual se compromete a entregar objetos dentro de um prazo de 1 ano no 
mesmo preço. 
 
Contrato de concessão e de permissão 
Concessão de serviço público: delegação da execução de serviço público a pessoa 
privada. Concessão de uso de bem público: Estado consente que pessoa privada 
utilize bem público. 
Concessões comuns: prestação de serviço público delegado. São de duas formas: 
1) concessão de serviços públicos simples 2) concessão de serviços públicos 
precedido da execução de obra pública (usuários pagam tarifa). 
 
Capítulo 16 - bens públicos 
 
Domínio público: ​Conjunto de bens móveis e imóveis destinados ao uso direto do 
Poder Público ou à utilização direta ou indireta da coletividade, regulamentados pela 
Administração e submetidos a regime de direito público. 
Domínio eminente: ​Poder político do Estado de submeter à sua vontade todos os 
bens situados em seu território. Apesar de não ser proprietário de todos os bens, o 
Estado pode instituir regimes jurídicos específicos que regulam inclusive o setor 
privado. 
Conceito de bem público: ​todo aquele que, de qualquer natureza e qualquer título, 
pertençam Pas pessoas jurídicas de direito público, sejam elas federativas, como a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, seja, da Administração 
descentralizada, como as autarquias, nestas incluindo-se as fundações de direito 
público e as associações públicas. Os titulares são as pessoas jurídicas públicas, e 
não os órgãos que as compõem. 
Bens das pessoas administrativas privadas: ​pessoas administrativas privadas 
(empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas) possuem 
bens privados (possuem personalidade jurídica de direito privado). 
 
Classificação 
a) Bens Federais: ​bens da união e do Estado. Terras devolutas necessárias à 
defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares; os lagos e 
rios limítrofes com outros países; o mar territorial; os terrenos de marinha e 
seus acrescidos. Justiça Federal é competente para julgar casos envolvendo 
bens federais, mesmo que terceiro tenha responsabilidade direta pela gestão 
dos bens. 
b) Bens Estaduais e Distritais: ​Águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, 
emergentes e em depósito, com a ressalva daquelas que se originem de 
obras da União; áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras que estiverem no seu 
domínio. ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; terras devolutas 
não compreendidas entre as da União. 
c) Bens Municipais: ​ruas, praças, jardins públicos, logradouros, dinheiros 
públicos municipais, títulos de crédito e dívida ativa. 
Destinação 
a) Bens de uso comum do povo: ​utilização geral ; destinação pública; mares, 
praias, ruas, praças, estradas e logradouros públicos. 
b) Bens de uso especial: ​visam à execução dos serviços administrativos e dos 
serviços públicos em geral. Aparelhamento material da administração para 
atingir os seus fins. Podem ser bens móveis e imóveis. Ex: universidades, 
hospitais, prédios do executivo, legislativo e judiciário, quartéis, cemitérios, 
aeroporto, museus, mercados públicos, terras reservadas aos indígenas, 
veículos oficiais, navios militares. Não perdem a característica de bens de 
uso especial aqueles quem objetivando a prestação de serviços públicos, 
estejam sendo utilizados por particulares, sobretudo sob regime de 
delegação. 
c) Bens dominicais: ​patrimônio das pessoas jurídicas de direito público. Todos 
os bens que não se caracterizam como de uso comum ou uso especial 
(classificação por exclusão). Ex: terras sem destinação pública (devolutas), 
prédios públicos desativados, bens móveis inservíveis e a dívida ativa. 
Conceito: bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se 
tenha dado estrutura de direito privado. Bens dominicais podem seralienados. 
 
Quanto à disponibilidade 
a) Bens indisponíveis: ​não podem ser alienados; são os bens de uso comum 
do povo. 
b) Bens patrimoniais indisponíveis: ​apresentam valor pecuniário (é possível 
mensurar seu valor), mas são indisponíveis (não podem ser alienados); são 
os bens de uso especial. 
c) Bens Patrimoniais Disponíveis: ​têm caráter patrimonial e podem ser 
alienados (bens dominicais). 
 
 
Afetação e desafetação 
 
Fins para os quais o bem público está sendo destinado. “Afetado” quer dizer que o 
bem está determinado para um certo fim público. Ex: praça para utilização pública, 
prédio para atendimento ambulatorial. “Desafetado” significa que o bem não está 
sendo utilizado para qualquer finalidade pública. Ambos são fatos administrativos 
que determinam a destinação do bem público. A desafetação pode implicar na 
alienação do bem. A privatização é um exemplo de desafetação. 
 
Regime Jurídico 
Alienabilidade condicionada: ​bens públicos podem ser alienados respeitando o 
que a lei prevê. Bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as 
exigências da lei. Os bens públicos podem ser vendidos por contrato de compra e 
venda, doação, dação em pagamento e permuta. 
Impenhorabilidade: ​bens públicos não são penhoráveis. Art. 100 da CF dispõe que 
os créditos da Fazenda Pública serão pagos em forma de precatório, em que o 
judiciário recomenda ao Executivo que introduza crédito, em ordem cronológica, na 
relação de credores para ulterior pagamento. 
Imprescritibilidade: ​ bens públicos não podem ser alvo de usucapião. 
Não onerabilidade: ​bens públicos não servem como forma de pagamento para 
satisfação de crédito. Se as partes fizerem acordo colocando o bem público como 
satisfação, o acordo é nulo. 
 
Aquisição 
Contratos: ​as entidades do Estado possuem personalidade jurídica, portanto, 
podem adquirir direitos e contrair obrigações. Doação e dação são juridicamente 
possíveis para o privado solver dívidas com o Estado. Estes contratos colocam em 
equidade o Estado e terceiro privado. A predominância do setor pública retorna 
quando há a compra de bens móveis necessários aos fins administrativos. Esses 
contratos devem estar ajustados à lei (não possuem a mesma liberdade do setor 
privado). A aquisição se consuma por meio da tradição. 
Usucapião: ​Consumação aquisitiva, como posse do bem por determinado período, 
boa-fé em alguns casos e a sentença declaratória da propriedade. 
Desapropriação: ​bens desapropriados permanecem como bem público enquanto 
não há o repasse para terceiro. 
Acessão: ​tudo que adere à propriedade pertence ao proprietário. Podemos 
mencionar a formação de ilhas, aluvião, avulsão, abandono de álveo, construção de 
obras ou plantações. 
Aquisição causa mortis: ​não sobrevivendo nenhum parente ou herdeiro, os bens 
passam a ser do Estado. 
Adjudicação: ​meio pelo qual o credor obtém o direito de adquirir os bens 
penhorados e praceados, oferecendo preço não inferior ao fixado na avaliação. 
Resgate na enfiteuse 
Aquisição ex vi legis: 
 
Gestão de bens públicos 
Administrador deve zelar pelo patrimônio público, mesmo que implique em conduta 
coercitiva. 
Uso dos bens públicos: ​utilização por particulares deve atender à finalidade do 
interesse público. Utilização anormal de bens públicos (interesse privado) deve ser 
autorizada, ou será ilegítima. Repartição Pública deve autorizar. 
Formas de uso: 1) uso comum: ​utilização de um bem público pelos membros da 
coletividade sem que haja discriminação entre os usuários, nem consentimento 
estatal para este fim. ​2) uso especial: ​indivíduo se sujeita a regras específicas e 
consentimento estatal, ou se submete à incidência da obrigação de pagar pelo uso. 
O uso é remunerado. A entidade administrativa que estabelece o preço a ser pago 
pelo uso. Pagamento de pedágio, pagamento de museu são exemplos de uso 
especial. 3)Uso compartilhado: ​a pessoa pública ou privada, prestadora de 
serviços públicos, precisam utilizar-se de espaços integrantes de áreas da 
propriedade de pessoas diversas. Utilização de área público mediante concessão ou 
permissão.As empresas que usam podem cobrar pela utilização, mas não podem 
auferir o lucro. O preço é estipulado pelo concessionário e o Estado (respeitando o 
princípio da razoabilidade e do interesse público). ​4) cemitérios públicos: ​para 
cemitério particular o Estado deve delegar a atividade ao particular. Em regra os 
cemitérios são públicos. Os cemitérios pertencem, em regra, aos municípios. 
Uso Privativo: ​É o direito de utilização de bens públicos conferido pela 
administração a pessoa determinada, mediante instrumento jurídico específico para 
tal fim. Ex: consentimento dado pelo Poder Público para utilização da calçada por 
comerciante para colocação de mesas e cadeiras de bar; utilização de boxe de 
mercado produtor pertencente ao município. Empresas públicas e sociedades de 
economia mista não podem permitir ou conceder. Para isto, elas devem utilizar o 
comodato e a locação. 
Características do uso especial privativo dos bens públicos: 1)privatividade do 
uso​. Quem utiliza o bem não concorre com os outros; uso exclusivo; ​2) 
instrumentalidade da forma: ​título jurídico estabelecendo o consentimento da 
Administração Pública. ​3) precariedade do uso: interesse público predominante 
sobre particular; administração pública pode revogar contrato se achar conveniente, 
sem pagar qualquer indenização. ​ 4) regime de direito público. 
Autorização de uso: ​ato administrativo pelo qual o Poder Público Consente que 
determinado indivíduo utilize o bem público de modo privativo, atendendo 
primordialmente o seu próprio interesse (privado). Ato unilateral, precário; atende 
exclusivamente ao interesse privado. Não depende de lei nem licitação prévia. Ex: 
utilização de terrenos baldios, de área para estacionamento, de retirada de água de 
fontes não abertas ao público. Autorização urbanística: aquele que até 30 de junho 
de 2001 possuiu, como seu, por cinco, de forma pacífica e ininterrupta o imóvel 
público de até 250m², tem autorização gratuita para uso comercial. 
Permissão de uso: ​ato administrativo pelo qual a administração consente que certa 
pessoa utilize privativamente bem público, atendendo ao mesmo tempo aos 
interesses público e privado. Administração tem interesse, mas particular quer obter 
lucros com a utilização. Ato discricionário e precário. Transferência para terceiros só 
é possível mediante expresso consentimento. 
Concessão de uso: ​é o contrato administrativo pelo qual o POder Público confere a 
pessoa determinada o uso privativo de bem público, independentemente de maior 
ou menor interesse público da pessoa concedente. Forma jurídica: e formalizada por 
meio de contrato, e não ato administrativo (bilateral); discricionariedade (concessão 
é possível só se a administração entender que é conveniente). Concessionário 
assume obrigações perante terceiros, portanto, deve ter um prazo maior para 
trabalhar . Admite-se duas formas: 1) concessão remunerada de uso de bem público 
2) concessão gratuita de uso de bem público; deve ser feitalicitação. 
Concessionário não paga IPTU, pois o imposto é de competência do proprietário. 
Concessão de direito real de uso: ​contrato administrativo pelo qual o Poder 
Público confere ao particular o direito real resolúvel de uso de terreno público ou 
sobre o espaço aéreo que o recobre, para os fins que, prévia e determinadamente, 
o justificaram. Ex: concessão de direito real de uso de terrenos públicos quando o 
município deseja incentivar a edificação em determinada área. Ou a concessão do 
uso de área estadual quando o Estado pretende implantar região industrial para 
desenvolver a economia em seu território. A atividade deve ser de interesse público. 
Concessão de uso especial para fins de moradia: ​instituto similar ao usucapião; 
ocupação de imóvel público; deve ter sido atendido às condições de usucapião até 
2001. 
Cessão de uso: ​é aquela em que o POder público consente o uso gratuito de bem 
público por ´rgãos da mesma pessoa ou de pessoa diversa, incubida de desenvoler 
atividade que, de algum modo, traduza interesse para a coletividade. Ex: Estado 
cedo grupo de salas situado em prédio de uma de suas dependências para órgão 
da secretaria de saúde. O prazo pode ser determinado ou indeterminado, e o 
cedente pode reaver a qualquer momento. O fundamento básico da cessão está na 
colaboração entre entidades públicas e privadas com o objetivo de atender, global 
ou parcialmente, a interesses coletivos. 
Formas de direito privado: ​apesar do consentimento, a utilização pelo privado 
deve atender ao interesse público. ​Enfiteuse: ​Estado permite ao particular o uso 
privativo de bem público a título de domínio útil, mediante a obrigação de pagar ao 
proprietário uma pensão ao foro anual, certo e invariável. ​Direito de superfície​: 
poder público concede ao administrado a utilização da superfície; requer lei 
autorizadora; deve ser formalizado por contrato; deve ser averbado no respectivo 
cartório do registro de imóveis. ​Locação​: é o contrato de direito privado pelo qual o 
proprietário-locador transfere a posse do bem ao locatário, que tem a obrigação de 
pagar certa importância (aluguel) por período determinado de uso do bem. 
Comodato: ​empréstimo gratuito de coisa não fungível. Difere da locação devido à 
onerosidade. 
Alienação 
A alienação deve ser condicionada. Os bens devem ser desafetados, tornado-se 
dominicais, podendo ser alienados. A CF atribui à União Federal competência 
privativa para legislar sobre normas gerais de contratação e licitação para toda a 
administração da própria União. As regras específicas podem ser criadas pelas 
demais entidades. O artigo 17 da CF afirma que a alienação deve estar dentro dos 
seguintes parâmetros: caráter de generalidade, exigência de prévia avaliação, 
autorização legislativa, realização de concorrência e justificação de interesse público 
para a alienação. 
Instrumentos comuns: ​As partes estarão niveladas, pois a alienação tem natureza 
de direito privado. ​1) venda: ​requisitos a) autorização legislativa; b) interesse 
público devidamente justificado; c) avaliação prévia d) licitação, ressalvadas 
situações especiais contempladas na respectiva lei (Haverá dispensa de licitação no 
caso de alienação gratuita ou onerosa de bens imóveis residenciais construídos ou 
efetivamente utilizados, dentro de programas habitacionais e também de bens 
imóveis de uso comercial de âmbito local com área até 250m²). ​2) doação: ​são 
requisitos a) autorização legal b)avaliação prévia e c) interesse público justificado. É 
vedada doação à particulares, exceto em caso de programas habitacionais ou de 
regularização fundiária. ​3) Permuta: ​é o contrato em que um dos contratantes 
transfere a outrem bem de seu patrimônio e deste recebe outro bem equivalente. 
Deve ter autorização legal, avaliação prévia dos bens a serem permutados e 
interesse público justificado. Licitação normalmente é dispensada. ​4) Dação: ​credor 
recebe prestação diversa da que fora estabelecida. É inexigível licitação pois não se 
trata de uma modalidade de concorrência. 
 
Instrumento específico 
Concessão de domínio: ​instrumento de direito público pelo qual uma entidade de 
direito público transfere a outrem, gratuita ou remuneradamente, bem público de seu 
domínio. Tratando-se de relação entre entidades públicas, podemos falar de 
transferência. Mas quando se trata de relação do público com o particular podemos 
falar de doação ou compra e venda. 
Investidura: ​alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente 
ou resultante de obra pública, quando esta que se tornar inaproveitável 
isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação, e desde que o preço nã 
ultrapasse a determinado valor. 
Incorporação: ​alienação a qual o Estado, ao instituir entidade administrativa 
privada, faz integrar no seu capital dinheiro ou bens móveis ou imóveis. 
Retrocessão: ​A entidade que processou a desapropriação do bem oferece-o de 
volta ao ex-proprietário, pagando o preço atual, isso quando o bem não tiver o 
destino para o qual fora preordenado, ou se não houver sua utilização em obras e 
serviços públicos. 
Legitimidade da posse: ​Poder público reconhece a legitimidade da posse legítima 
do interessado e retorna a ele a propriedade. Requisitos: ter licença de ocupação 
por 4 anos, extensão máxima fosse de 100 hectares, nela o posseiro tivesse 
moradia permanente, explorasse diretamente o cultivo da área e não fosse 
proprietário rural. Após decurso do prazo e atendimento das condições o 
interessado recebe o título de domínio. Após 5 anos o interessado pode pedir a 
conversão do título em registro de propriedade. 
Espécies de bens públicos 
Terras devolutas: ​toda terra, sem título de propriedade particular, se insere no 
domínio público. Conceito: são áreas que, integrando o patrimônio das pessoas 
federativas, não são utilizadas para quaisquer finalidades públicas específicas. São 
caracterizadas como bens dominicais. Pertencem à União. 
Terrenos de marinha: ​áreas banhadas pela água do mar ou dos rios navegáveis, 
em sua foz, se estendem à distância de 33 metros para a área terrestre, contados 
da linha do preamar médio de 1831. Pertencem à União. O uso de particular é feito 
mediante enfiteuse (transferência de uso ao particular, mediante pagamento anual). 
Terrenos acrescidos: ​são os que tiverem formado, naturalmente ou artificialmente, 
para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos da marinha. 
Terrenos reservados: ​são aqueles que, banhados pelas concorrentes navegáveis, 
fora do alcance das marés, se estendem até a distância de 15 metros para a parte 
da terra, contados desde a linha média das enchentes ordinárias. 
Terrenos ocupados por índios: ​são bens da união. Tem a afetação neste terreno, 
que é a preservação dos índios (caráter protetivo). A proteção se consuma através 
de alguns aspectos especiais: a posse permanente das áreas pelos índios, usufruto 
exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos neles situados, a 
inalienabilidade, a imprescritibilidadee a indisponibilidade das terras, a nulidade dos 
efeitos jurídicos dos atos que visem ocupação, o domínio e a posse das terras, a 
participação dos índios nos resultados de lavra de riquezas minerais. 
Plataforma continental: ​extensão das áreas continentais sob o mar até a 
profundidade de cerca de 200m. Bem Federal. 
Ilhas: ​ilhas marítimas, oceânicas ou costeiras pertencem ao domínio da União, mas 
é admissível que Estados e Municípios tenham domínio parcial ou total sobre elas. 
As ilhas oceânicas e costeiras podem pertencem ao Estado, Município ou terceiros 
particulares. 
Faixas de fronteira: ​área de 150km de largura que corre paralelamente à linha 
terrestre demarcatória da divisa entre o território nacional e países estrangeiros, 
considerada fundamental para a defesa do território nacional. 
Subsolo e riquezas minerais: ​Pertencem ao proprietário os frutos e os produtos 
oriundos da propriedade. No entanto, as jazidas que possuem recursos minerais, 
tais como os de potencial hidráulico, constituem propriedade distinta da do solo. 
Pertencem à União. Petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos são de 
monopólio da União para a pesquisa e lavra. 
ÁGUAS PÚBLICAS ***: ​são aquelas que compõem os mares, rios e os lagos do 
domínio público. Águas públicas de domínio comum são as águas dos lagos, bem 
como dos cursos d’agua naturais, que, em algum trecho, sejam flutuáveis ou 
navegáveis por tipo qualquer de embarcações. São águas públicas dominicais todas 
as situadas em terrenos também dominicais, quando não se configurem como 
águas públicas de uso comum ou não se qualificarem como águas comuns. São do 
domínio da União os lagos, rios e quaisquer correntes de água que estejam em 
terrenos de seu domínio, banhem mais de um Estado, façam limites com outros 
países e se estendam a território estrangeiro ou dele provenham. A competência 
para legislar sobre as águas é da União Federal. Mar territorial: pertence à União e 
tem a extensão de 12 milhas medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral 
continental e insular. 
 
Servidores públicos (anotações de vídeo aula) 
.São as pessoas físicas que trabalham na administração pública. Elas ingressaram 
pelo serviço público, respeitando o princípio da isonomia. O concurso é obrigatório. 
A situação da pessoa que trabalha na administração sem concurso não se 
convalida. 
Quem pode prestar concurso público: brasileiros e estrangeiros (ressalvado cargos 
expressos na constituição. Verificar quais são esses cargos). 
Ao assumir um cargo o ingressante não pode exercer outro cargo (desvio de 
função). 
As regras estão estabelecidas pelo edital (“lei do concurso”). Não pode prever nada 
além do que a Lei estabeleça. 
É possível que tenha algum requisito discriminatório: Ex: carcereira para prisão 
feminina, limite de idade, tamanho para exercer cargo de segurança. 
O edital deve ter previsão mínima de 60 dias. Caso seja liberado com menor prazo, 
deve conter justificativa. 
O edital pode ser modificado mesmo durante o concurso. Mas esta modificação 
apenas pode incluir nova legislação. Ex: lei posterior à primeira fase da OAB. Banca 
pode incluir na segunda fase. O edital é controlado tanto pela administração pública 
quanto pelo poder judiciário. 
O STF decidiu que o poder judiciário não pode anular questões objetivas, pois a 
administração pública entende como certa tal resposta. A questão só pode ser 
anulada se vai contra a Constituição Federal. 
A validade do concurso é de 2 anos, prorrogáveis por mais 2 anos. A prorrogação é 
discricionária. 
Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura 
organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Os cargos públicos, 
acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e 
vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em 
comissão. Provimento em caráter efetivo significa que a pessoa passou em 
concurso. Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração. 
Teoricamente qualquer pessoa poderia ser indicada para cargo comissionado. 
Exoneração é desligamento dos quadros da administração pública e não consiste 
na demissão. Aquela pode ser feita sem justificação, mas a demissão deve ser 
fundamentada. O princípio da moralidade foi agredido quando havia nepotismo. STF 
barrou isto, afirmando que não pode haver nomeação até parente de terceiro grau. 
Esta súmula aos cargos políticos, mas apenas os da administração pública.Os 
cargos em comissão servem apenas para funções de direção, chefia ou 
assessoramento. Essa atribuições são de alta importância, pois quem nomeia deve 
ter confiança em quem em nomeado. Dentre os cargos de comissão é necessário 
uma porcentagem de cargos efetivos, ou seja, a pessoa passou previamente em 
concurso e foi nomeada para cargo de comissão. Neste caso, a pessoa que é 
exonerada volta a exercer cargo efetivo (igual o caso do Mané que é escrevente). 
Servidores temporários entram no quadro da administração pública através de um 
processo seletivo simplificado e não concurso. Elas exercerão atribuições 
temporárias, exceto se tiver necessidade de prolongamento da atividade ou 
questões emergenciais. O vínculo não é estatutário nem celetista, mas vínculo 
jurídico administrativo. 
Os direitos básicos do servidor público são: 1) livre associação sindical 2) direito à 
greve (ele não é algo exercitável igual ao setor privado. A greve está condicionada à 
lei de eficácia limitada, ou seja, está subordinada a outra lei ordinária que delimitam 
seus termos e condições. Militares não podem se sindicalizar ou fazerem greve. Os 
direitos previstos pelo artigo 7º da Constituição se estendem ao servidor público. 
A remuneração é através de subsídios pagos em parcelas única. CF proíbe que 
sejam agregadas premiações ou gratificações. A alteração da remuneração só pode 
ocorrer por meio da lei. A iniciativa que altera a remuneração dos servidores 
públicos depende de qual função é exercida. 
Existem limites para a remuneração previstos pela CF: 1) teto-geral (nenhuma 
remuneração ultrapassará o que ranha os ministros do STF) 2)sub-teto (Estados e 
DF podem estabelecer que o teto dos procuradores, membros do MP e defensoria 
estão limitados aos que os desembargadores recebem, chegando ao máximo de 
90, 25% do salário dos ministros do STF. Essas limitações não se aplicam aos 
juízes estaduais.) 3) teto-específico (nos municípios o teto é o salário do prefeito). 
Nos casos de servidor concursado que foi eleito prefeito, ele poderá escolher entre 
manter o salário anterior ou receber o salário de prefeito. Neste caso, o servidor é 
afastado de sua função para exercer o cargo político. 
Se o servidor for eleito vereador e tiver compatibilidade de horário, o servidor poderá 
acumular os cargos. Desta forma as remunerações serão acumuladas. Isto se aplica 
aos cargos eletivos. 
Não existe equiparação de salário. Se um servidor exerce a função que não lhe é 
própria, terá o direito de receber a diferença salarial pelo tempo trabalhado, masnão 
estará equiparado à função que exercia. 
Em regra geral não se acumula cargos, mas cabe exceções. Hipóteses de 
remuneração de cargos: Dois cargos de professor, cargo de professor + cargo 
técnico, cargo de professor + cargo científico, dois cargos ou empregos privativos de 
profissionais da saúde, vereador + cargo, emprego ou função.Para isto, deve ter 
compatibilidade de horário. 
A estabilidade é adquirida após 3 anos de efetivo exercício da função. Em caso de 
afastamento, não é contado o tempo que o servidor não exerce a função. A 
estabilidade assegura que o servidor não se sinta pressionado político, financeiro ou 
economicamente. O servidor só poderá ser desligado através de sentença 
transitada em julgado, decisão definitiva em processo administrativo ou 
comprovação de insuficiência de desempenho. Esta estabilidade é adquirida no 
serviço público como um todo. 
Provimento é o ato administrativo que preenche o cargo público. POde ser 
originário, que é quando o indivíduo não tivera estabelecido vínculo com a 
administração pública, e derivado que é quando ela já ocupou algum cargo público. 
As formas de provimento são : 1) nomeação (única forma de provimento originário. 
Serve tanto para cargos efetivos quanto para os em comissão). A nomeação é o ato 
administrativo unilateral que gera o direito subjetivo a pessoa criar um vínculo com a 
administração pública. E este vínculo com a administração público é materializado 
com a posse. A posse tem que se dar dentro de 30 dias da nomeação. Se isto não 
acontecer a posse não terá efeito. 2) Readaptação: ocorre quando o servidor 
público sofre uma limitação física ou mental (o novo cargo deve ser condizente com 
suas novas condições físicas ou mentais. Esse cargo deve ser compatível com sua 
escolaridade). 3) reintegração: o servidor público é demitido de forma ilegal, procura 
o poder judiciário e anula a demissão. O servidor tem o direito, então, de voltar à 
administração pública. Esse retorno ao cargo que anteriormente ocupava se chama 
reintegração. A CF e a lei 8112 afirmam que a reintegração só serve para servidores 
estáveis. 4)recondução: o servidor é demitido, seu cargo fica vago e foi preenchido 
por outra pessoa. O servidor foi demitido e consegue anulação da demissão. Sendo 
assim, retorna ao seu cargo. Aquele servidor que estava ocupando seu cargo será 
reconduzido ao cargo que exercia anteriormente. Se o substituto não for estável ele 
será exonerado. A recondução pode acontecer a pedido. 5)aproveitamento: é uma 
forma de provimento, se dá quando existe o retorno do servidor que está em 
disponibilidade. O servidor retorna e é aproveitado para outro cargo. 6) promoção: 
ascensão na carreira. Não se dá em cargos isolados, sendo possível apenas em 
casos de carreira que aceitem progressão. 7) reversão: volta à ativa do servidor 
aposentado. Ela se dá de ofício ou a pedido. Ocorre quando a junta médica afirma 
que o servidor não precisa estar afastado ou aposentado de sua função. Esta se 
chama reversão obrigatória. A reversão a pedido ocorre de forma voluntária, 
respeitando certos quesitos, como o interesse da administração pública no retorno 
do servidor, a aposentadoria do servidor deve ter sido voluntária, aposentadoria 
deve ter ocorrido até 5 anos antes do pedido de reversão e deve existir cargo vago. 
A posse é um ato bilateral que forma um vínculo entre indivíduo e a administração 
pública. Deve acontecer em 30 dias da nomeação, e é um prazo improrrogável. 
O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. O servidor tem 15 
dias para entrar em exercício da data da posse. No entanto, caso a nomeação tenha 
sido feito para cargo na nomeação, o servidor deve entrar em exercício na mesma 
nada da publicação da sua nomeação. Caso seja o exercício em outra cidade, o 
cargo comissionado deve ser feito em 10 dias. 
O estágio probatório avalia a capacidade do servidor exercer as atribuições do 
cargo. No entanto, o estágio probatório deve preencher requisitos objetivos, tais 
como os previstos no artigo 20 da lei 8112. Os requisitos são: assiduidade, 
disciplina, iniciativa, produtividade e responsabilidade. O STF afirma que o estágio 
probatório deve ser de 3 anos (a lei afirma que é de 2 anos, mas o entendimento do 
STF prevalece sobre a lei). O Estágio probatório é obrigatório para todos os cargos. 
O estágio probatório não se confunde com estabilidade. Se o servidor é reprovado 
no estágio probatório e possui estabilidade, ele será reconduzido ao cargo 
anteriormente ocupado. Se não possui estabilidade então será exonerado. 
Caso o servidor seja inassíduo em razão de greve no estágio probatório, ele não 
poderá ser exonerado. 
Vacância ocorre quando o cargo fica vago. Ocorre quando há exoneração, 
promoção, aposentadoria, recondução, posse em outro cargo inacumulado, e morte 
do servidor. 
Remoção: é o deslocamento do servidor para exercer sua função em outra 
localidade. Pode se dar tanto de ofício (atender interesse da administração pública) 
ou a pedido (existem 3 casos que são obrigatórios: 1) servidor que pede remoção 
para acompanhar seu cônjuge que foi removido de ofício; 2) cuidar de problemas de 
saúde próprio ou da família 3) concurso de remoção, ou seja, quando existe mais 
interessados na remoção do que vagas. A administração faz um concurso, e quem 
passar nesse concurso será removido). 
Redistribuição: é o deslocamento do cargo (e não do servidor) para outra localidade. 
Regime disciplinar do servidor público: está previsto na lei 8112. Os deveres gerais 
são: ser leal, assíduo, dever de obediência (decorre do poder hierárquico. Não deve 
acontecer em relação a ilegalidade da ordem. O servidor deverá representar seu 
superior à autoridade competente. Se não fizer isso, o servidor deverá sofrer 
punições). 
Proibições para os servidores e suas proibições estão previstas na lei 8112 (verificar 
na lei, pois é um extenso rol). 
O servidor não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que foi demitido 
ou destituído do cargo em comissão por infringência como crime à administração 
pública, lesão aos cofres públicos, corrupção, improbidade administrativa e 
aplicação errada do dinheiro público. 
As penalidades (direito de punir) decorre do poder disciplinar. Ela é tanto vinculada 
quando discricionária (diz respeito a como aplicar a pena, qual será a pena). 
A advertência será feita por escrito e será registrada na ficha do servidor, sendo 
extinta após 3 anos. 
A suspensão tem prazo máximo de 90 dias, e pode ser substituída por multa (ganha 
metade do salário por . tempo de suspensão). Só existe multa em razão da pena de 
suspensão. Será excluída do registro após 5 anos. 
A demissão ocorre nas situações previstas na Lei 8112. 
Prazos prescricionais: advertência são 180 dias; 2 anos em caso de suspensão e 5 
anos para todo o resto. Caso a infração administrativa também seja um crime o 
prazo prescricional será o previsto no Código penal. 
A pena cívil e penal podem ser aplicadas de formaautônoma. Ou seja, apesar de 
ganhar absolvição no âmbito penal, poderá responder no âmbito civil. 
No entanto, existem 2 hipóteses em que a absolvição penal gera obrigatoriamente a 
absolvição civil e administrativa: 1) negativa de autoria (se não foi a pessoa que 
cometeu a infração, não tem como ela ser punida) 2) inexistência do fato (se o fato 
não existiu, não há punição). 
Observação: apesar de ser conduta atípica do Código Penal, a ação ainda pode 
representar infração no âmbito penal e administrativo. 
A responsabilidade administrativa é apurada através de 2 procedimentos: 1) 
sindicância (procedimento mais célere. Só será usada em casos como advertência 
ou suspensão de até 30 dias) 2) processo administrativo disciplinar (PAD - A 
autoridade competente instaura o inquérito administrativo - instrução, coleta de 
provas - não necessita de advogado no inquérito. Se o servidor for indiciado então 
procederá a citação - deve ser apresentada a defesa em 10 dias. Se a citação 
ocorreu por edital então a defesa será apresentada em 15 dias. Se tiver mais de um 
indiciado a defesa deverá ser apresentada em 20 dias. Caso o servidor não 
apresente defesa, não se aplica a revelia do processo civil, pois será concedido 
servidor dativo ao réu. A comissão avaliará os dados e remeterá à autoridade que 
instaurou o PAD, a qual procederá o julgamento).