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Direito Administrativo - Resumo para OAB

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
Regime jurídico administrativo – confere 
prerrogativas e impõe sujeições 
Supremacia do interesse público sobre o 
interesse privado 
Justifica prerrogativas estatais 
Estado pode restringir e limitar direitos 
individuais 
Limitações – indisponibilidade do interesse 
público 
O administrador não pode abrir mão do 
interesse público 
Regime jurídico administrativo  
prerrogativas x limitações|restrições 
Todos os princípios são constitucionais, ou 
seja, decorrem do texto constitucional 
LIMPE art. 37 
Legalidade 
Não contradição à lei (para os particulares: o 
que não está proibido, presume-se permitido) 
art. 5º 
Já para o administrador público art. 37 é 
subordinação a lei (o administrador só atua 
quando a lei permite, só pode fazer aquilo 
que a lei dispuser) 
Impessoalidade – Não discriminação das 
pessoas que serão atingidas pelo ato, nem 
para beneficiar nem para prejudicar 
Atuação administrativa se pauta em critérios 
objetivos 
A justiça é cega e a administração também 
Vedação ao nepotismo, ainda que não 
esteja descrito em lei formal 
Súmula vinculante nº 13 – A nomeação de 
cônjuge, companheiro ou parente em linha 
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro 
grau, inclusive, da autoridade nomeante ou 
de servidor da mesma pessoa jurídica 
investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo 
em comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na administração pública 
direta e indireta em qualquer dos poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante 
designações recíprocas, viola a Constituição 
Federal. 
Proibição de promoção pessoal 
Agente público – não é a pessoa do agente 
que está atuando, mas sim o Estado por meio 
do agente 
Art. 37, §1º 
Moralidade (jurídica) – Honestidade, 
Probidade, Lealdade no trato com atividade 
pública 
Publicidade – transparência da atividade 
pública 
Permite controle social da atuação 
administrativa e funciona como requisito de 
eficácia do ato administrativo direcionado 
para sociedade, pois só assim o particular 
tomará conhecimento da regra e será 
obrigado a obedecer 
Atos sigilosos são admitidos por relevante 
interesse coletivo, segurança nacional, 
intimidade, honra e vida privada 
Eficiência – admite aplicação imediata e 
busca por resultados positivos  mais 
atuação e bons resultados com mínimo de 
gastos 
Rendimento, atuação e organização 
eficiente 
Os princípios não são absolutos 
Sempre que houver conflitos deve ser feita a 
ponderação de interesses 
Art. 5º, LV – contraditório e ampla defesa – 
poder saber o que está acontecendo no 
processo e poder se defender  vale para 
processos judiciais e administrativos 
Em geral, esses princípios abarcam defesas 
prévias, técnicas e duplo grau de julgamento 
Súmula vinculante nº 5 – a ausência de 
defesa técnica (por escolha do particular) 
por advogado não gera nulidade no PAD 
Súmula vinculante nº 21 – inconstitucional a 
exigência de caução, garantia ou depósito 
prévio para interposição de recurso 
administrativo 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Autotutela ou autocontrole – súmula 473 do 
STF  poder-dever de controlar seus próprios 
atos independentemente de provocação 
Pode se dar de ofício ou mediante 
provocação 
Anulação de atos ilegais ou ilícitos 
Súmula 346: A Administração Pública pode 
declarar a nulidade dos seus próprios atos. 
Revogação dos atos válidos por motivos de 
mérito 
O direito da Administração Pública de anular 
os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis para os destinatários decai 
em 5 anos, contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé. 
Continuidade – atividade administrativa deve 
ser contínua, não interrupção da atividade 
estatal 
Servidor público tem direito de greve, 
baseado em lei ESPECÍFICA (entende-se por 
lei ordinária e NÃO complementar) 
Hoje, se tem direito de greve, mas o exercício 
desse direito ainda não está regulamentado 
em lei específica, ou seja, tem direito, mas 
não pode exercê-lo 
Por enquanto, vão usando a lei geral de 
greve 
EXCEÇÃO: servidores militares, art. 142, não 
tem direito de greve nem podem se reunir em 
sindicatos  intuito de proteção da 
segurança pública. 
Os policiais civis também não tem direito de 
greve, pelos mesmos motivos  segurança 
pública 
Servidores em estágio probatório – tem direito 
de greve 
Remuneração do servidor tem caráter 
contraprestacional, ou seja, se para de 
trabalhar na greve, não tem direito a 
remuneração, SALVO, se a greve decorrer de 
uma conduta ilícita da administração pública 
Art. 6º da Lei 8987 – é possível interromper um 
serviço por inadimplemento do usuário? 
Sim, não haverá violação do princípio de 
continuidade, por razões de ordem técnica e 
inadimplemento atual, desde que haja prévio 
aviso resguardados os interesses da 
coletividade (ex: se hospital não paga 
energia elétrica, não dá de cortar a energia) 
PORÉM, não podem ser interrompidos por 
inadimplemento em feriados, vésperas de 
feriado, sextas, sábados e domingos 
É possível se valer de exceção de contrato 
não cumprido em contratos administrativos? 
Sim, mas não imediatamente. 
Motivação – fundamentação dos atos, 
justificação daquela atuação 
Exceção: se dispensa a motivação na 
escolha de pessoas para cargos em comissão 
– livre nomeação e exoneração 
Porém, caso o administrador queira 
apresentar os motivos, ele ficará vinculado a 
eles, de forma que se não corresponderem a 
realidade dos fatos a exoneração deverá ser 
invalidada (trata-se da Teoria dos Motivos 
Determinantes). 
Razoabilidade e Proporcionalidade – 
Aceitabilidade da conduta, adequação 
entre fins e meios, limitação da 
discricionariedade – decisões administrativas 
devem indicar consequências jurídicas e 
administrativas de modo expresso 
 
PODERES ADMINISTRATIVOS 
Instrumentos necessários para atender o 
interesse da sociedade 
Abuso de poder – quando administrador 
público extrapola poder 
1. Excesso de poder: vício de 
competência – agente pratica ato 
extrapolando a competência prevista 
em lei. Tinha poder para atuar até 
determinado ponto, mas excede. Vício 
sanável. 
2. Desvio de poder: vício de finalidade – 
agente busca atender outra finalidade 
não prevista na lei 
Súmula 510: Praticado o ato por autoridade, 
no exercício de competência delegada, 
contra ela cabe o mandado de segurança 
ou a medida judicial. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Os poderes administrativos podem se 
manifestar de forma vinculada ou 
discricionária 
Todas as vezes que o administrador atua, ele 
tem que atuar dentro da lei 
Vinculado – critérios objetivos de atuação. 
Agente público não tem margem de escolha 
para decidir se vai atuar ou como vai atuar 
Discricionário – lei prevê a prática dos atos, 
mas permite e dá margens de escolha 
Nos limites da lei, cabe ao administrador 
definir a melhor forma de atuação, baseado 
em critérios de oportunidade e conveniência 
Poder discricionário não é poder jurisdicional 
Possível o controle jurisdicional de atos 
discricionários, no que se refere aos limites da 
lei 
Poder normativo – edição de normas gerais e 
abstratas dentro dos limites da lei 
Facilita a aplicação da própria lei 
Poder regulamentar – espécie de poder 
normativo 
Regulamento executivo – fiel execução de lei 
Regulamento autônomo – substituto de lei 
Para extinção de cargo vago e para 
organização administrativa desde que não 
gere despesas, crie ou extinga órgãos 
Poder hierárquico – poder de organização e 
estruturação interna da administração 
pública 
NÃO há hierarquia entre entes da 
administração direta e indireta 
A hierarquia se restringe a organização 
INTERNA 
Poder disciplinar – aplicação de penalidades,poder punitivo, sancionatório àqueles que 
têm vínculo especial com a administração 
(contratual, funcional...) 
Diferente de sanção a um particular 
Devido processo legal na esfera 
administrativa 
PODER DISCIPLINAR - se dirige as que têm 
específico vínculo com o Estado, (não 
coletividade), ou seja, aplica sanções aos 
demais agentes em infração funcional, como 
agentes públicos e cabe também às pessoas 
que mantém vínculo contratual com a 
administração e cometem alguma falta na 
execução do contrato. 
Poder de polícia (administrativa) – restrição 
de liberdades e uso da propriedade privada 
na busca do interesse público 
Limita e condiciona direitos individuais 
Se manifesta por meio de normas gerais ou 
atos individuais, aos preventivos ou repressivos 
Tem atributo imperativo, imposição unilateral, 
independentemente da concordância do 
particular, ele fica sujeito a obrigação 
imposta 
A aplicação de penalidade representa 
exercício do poder de polícia, mas não 
autoriza a apreensão de bens para a 
quitação da dívida. 
Súmula 323 do STF: É inadmissível a apreensão 
de mercadorias como meio coercitivo para 
pagamento de tributos. Multas aplicadas em 
razão do poder de polícia são uma exceção 
ao atributo da autoexecutoriedade, ou seja, 
deverá haver processo de execução fiscal. 
PODER DE POLÍCIA - se dirige à coletividade 
geral, condicionando as pessoas ao 
cumprimento da lei – limita o exercício das 
liberdades ou faculdades de proprietário em 
prol do interesse público – gera possibilidade 
de cobrança de taxas. 
1.Discricionariedade – liberdade para decidir 
perante o caso concreto 
2.Coercibilidade ou coercitividade – se vale 
de meios indiretos e diretos de coerção para 
que atos sejam obedecidos 
independentemente de vontade 
3.Autoexecutoriedade – se vale de meios 
diretos de coerção, executando suas próprias 
decisões sem interferência do Poder 
Judiciário 
Pode decorrer de lei ou de situações de 
urgência devidamente justificados 
Poder de polícia não pode ser exercido por 
pessoas jurídicas de direito privado, porque é 
atividade típica de Estado. As atividades de 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
execução podem ser delegadas, mas de 
resto, não. 
Norma de polícia, fiscalização de polícia, 
consentimento de polícia e a sanção de 
polícia 
Fiscalização e consentimento podem ser 
delegados. Normas e sanções NÃO. 
LEI 9.873 – Sanções de polícia prescrevem no 
prazo de 5 anos contados do ato ilícito ou de 
quando ele tiver cessado, se for ato 
continuado 
Se o processo administrativo ficar parado por 
3 anos, há prescrição intercorrente, mesmo se 
não tiver passado os 5 anos ainda 
Se a infração de polícia também configurar 
ilícito penal, os prazos são outros – sanção 
prescreve no mesmo prazo de prescrição do 
ilícito penal 
Súmula 323 do STF: É inadmissível a apreensão 
de mercadorias como meio coercitivo para 
pagamento de tributos. Multas aplicadas em 
razão do poder de polícia são uma exceção 
ao atributo da autoexecutoriedade, ou seja, 
deverá haver processo de execução fiscal. 
 
TERCEIRO SETOR 
LEI 9.790/99 
Dispõe sobre a qualificação das pessoas 
jurídicas de direito privado sem fins lucrativos 
(excedentes não são distribuídos entre os 
participantes), como as OSCIPs – 
Organizações da Sociedade Civil de Interesse 
Público 
Precisam ter sido constituídas e estarem em 
funcionamento há pelo menos 3 anos 
NÃO são OSCIPs: sociedades comerciais, 
sindicatos, associações de classe ou de 
representação profissional, instituições 
religiosas, organizações partidárias, entidades 
de benefício mútuo, entidades e empresas de 
planos de saúde, instituições hospitalares 
privadas, escolas privadas, organizações 
sociais, cooperativas, fundações públicas, 
organizações creditícias (exceção: 
microcrédito) 
As OSCIPs precisam ter finalidade de 
promoção de assistência social, promoção 
de cultura e defesa do patrimônio, 
educação, promoção gratuita de saúde, 
segurança alimentar e nutricional, 
preservação do meio ambiente, 
voluntariado, desenvolvimento econômico e 
social, combate à pobreza, novos modelos 
de comercio e produção, estudos e 
pesquisas, promoção da ética, paz e etc. 
Essas organizações devem ser regidas pelos 
princípios do LIMPEE 
Não devem visar benefícios ou vantagens 
pessoais 
Devem ter um conselho fiscal ou órgão 
equivalente para avaliação dos relatórios 
Em caso de dissolução da pessoa jurídica ou 
perda da qualificação como OSCIP, seu 
patrimônio deverá ser repassado para outra 
de mesmo objeto social ou parecido 
Pode ser instituída remuneração para 
dirigentes e outros prestadores de serviço da 
organização 
Deve ter normas de prestação de contas, 
com publicidade (com relatórios, 
demonstrações financeiras, certidões 
negativas de débitos...), realização de 
auditoria 
Se alguma pessoa jurídica com as 
qualificações necessárias quiser se tornar uma 
OSCIP basta fazer um requerimento escrito ao 
Ministério da Justiça, levando estatuto, ata de 
eleição da diretoria, balanço patrimonial e 
demonstração do resultado, declaração de 
isenção de imposto de renda, inscrição no 
cadastro geral de contribuintes 
Ministério da Justiça tem prazo de 30 dias 
para decidir e, se deferir, no prazo de 15 dias 
certificara como OSCIP. Se não deferir, tem 
que publicar no Diário Oficial 
As causas de indeferimento: requerente é 
uma das PJ vedadas, ou não cumpre os 
requisitos ou a documentação está 
incompleta 
 A qualificação de OSCIP é perdida por 
decisão em processo administrativo ou 
judicial (seja de iniciativa popular, seja do MP) 
Qualquer cidadão desde que tenha provas e 
não seja anônimo pode pedir a perda da 
qualificação a alguma OSCIP 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Termo de parceria – instrumento firmado entre 
Poder Público e OSCIPs – cooperação para 
fomento e execução de atividades de 
interesse público 
Antes de firmar o termo deve haver consulta 
ao Conselho de Políticas Públicas 
Cláusulas essenciais: o objeto que será 
fomentado e executado, plano de metas e 
resultados, quais os critérios de avaliação de 
desempenho, previsão de receitas, gastos, 
elaboração de relatórios, publicação do 
extrato do termo de parceria 
Execução do objeto será fiscalizada por 
órgão do poder público e pelos conselhos de 
políticas públicas 
Resultados devem ser analisados por 
comissão que encaminhará relatório para 
autoridade competente 
Ao ser averiguada alguma irregularidade  
haverá aviso ao Tribunal de Contas e ao MP, 
sob pena de responsabilidade solidária 
Haverá representação ao MP e à AGU para 
decretação de indisponibilidade dos bens da 
entidade e sequestro de bens dos dirigentes 
ou agente público ou terceiro que tenha se 
enriquecido 
Se algum imóvel for adquirido pela 
organização com recurso vindo da 
celebração do termo de parceria será 
inalienável 
Prestação de contas do termo de parceria se 
dará mediante da apresentação de: relatório 
de execução das atividades, demonstrativo 
de receita/despesa, extrato de execução, 
balanço patrimonial, demonstração da 
origem e aplicação dos recursos, de 
mutações no patrimônio, parecer e relatório 
de auditoria quando for o caso. 
OSCIPS não podem participar de campanhas 
de interesse político partidário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
 
 
LEI DO PREGÃO 
Para aquisição de bens e serviços comuns 
pode ser adotada a licitação na modalidade 
pregão 
É facultada a participação de bolsas de 
mercadorias no apoio técnico e operacional 
 essas bolsas devem estar organizadas sob 
a forma de sociedades civis sem fins lucrativos 
Fase preparatória do pregão: 
A necessidade da contratação tem que ser 
justificada 
Deve ser definido o objeto do certame 
As exigênciasda habilitação 
Os critérios de aceitação das propostas 
As sanções por inadimplemento 
As cláusulas do contrato 
Os prazos para fornecimento 
Orçamento elaborado pelo órgão ou 
entidade promotora da licitação 
Serão designados os pregoeiros, equipe de 
apoio que receberá as propostas, analisará, 
habilitará e adjudicará o objeto do certame 
 equipe deverá ser composta 
preferencialmente por ocupantes de cargos 
efetivos 
No ministério de defesa – equipe pode ser 
composta por militares 
Fase externa: 
Começa com convocação dos interessados 
por meio de publicação em diário oficial ou 
jornais de circulação local e facultativamente 
por meios eletrônicos 
Prazo para apresentação de propostas é de 
no mínimo 8 dias 
Na sessão os interessados declaram ciência 
de que cumprem os requisitos e entregam os 
envelopes com indicação do objeto e preço 
No curso da sessão, o autor da oferta de valor 
mais baixo e os das ofertas com preços até 
10% (dez por cento) superiores àquela 
poderão fazer novos lances verbais e 
sucessivos, até a proclamação do vencedor 
Examinada a proposta classificada em 
primeiro lugar, caberá ao pregoeiro decidir 
motivadamente a respeito da sua 
aceitabilidade 
A habilitação é feita depois de verificada a 
situação do interessado perante a fazenda 
nacional, seguridade social e FGTS, fazendas 
estaduais e municipais 
Depois disso é consagrado o vencedor 
Se não houver atendimento as exigências, 
verifica-se a habilitação dos interessas 
subsequentes 
Se o licitante vencedor, convocado dentro 
do prazo de validade da sua proposta, não 
celebrar o contrato  vê as propostas 
subsequentes também 
É VEDADA a exigência de garantia de 
proposta, aquisição do edital pelos licitantes 
como condição de participação no certame 
e pagamento de taxas e emolumentos 
O prazo de validade das propostas é de 60 
dias 
Fica impedido de licitar e será descadastrado 
do sicaf quem deixa de apresentar 
documentação ou apresenta 
documentação falsa, ou ainda retarda 
execução e etc. 
Atos essenciais do pregão são 
documentados no processo para que sua 
regularidade seja aferida pelos agentes de 
controle 
Aquisição de bens e serviços comuns da área 
da saúde  modalidade do pregão 
Quando o quantitativo total estimado para a 
contratação ou fornecimento não puder ser 
atendido pelo licitante vencedor, admitir-se-
á a convocação de tantos licitantes quantos 
forem necessários para o atingimento da 
totalidade do quantitativo, respeitada a 
ordem de classificação, desde que os 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
referidos licitantes aceitem praticar o mesmo 
preço da proposta vencedora. 
 
 
 
 
 
 
LEI DE LICITAÇÕES 
NÃO são abrangidas por esta lei – as 
empresas públicas, as sociedades de 
economia mista e suas subsidiárias 
Lei aplicada à alienação e concessão de 
direito real de uso de bens, compra, locação, 
concessão ou permissão de uso de bens 
públicos, prestação de serviços, obras e 
serviços de arquitetura e engenharia, 
contratações de TI e comunicação 
NÃO se subordinam ao regime da lei: 
contratações relacionadas a operação de 
crédito e gestão de dívida pública 
Exceção: contratações relativas a serviços 
em geral e de engenharia de EPPs 
Concorrência: licitação para contratação de 
 Bens e serviços especiais (por sua alta 
heterogeneidade ou complexidade, não 
podem ser descritos) 
 Obras e serviços comuns (padrões de 
desempenho e qualidade podem ser 
objetivamente definidos) 
 Obras e serviços especiais de engenharia 
O critério será pelo menor preço, melhor 
técnica ou conteúdo artístico, técnica e 
preço, maior retorno econômico e maior 
desconto 
Concurso: licitação para trabalho técnico, 
científico ou artístico 
Critério é o de melhor técnica ou conteúdo 
artístico 
Leilão: licitação para alienação de bens 
imóveis ou móveis 
Critério é para quem oferecer maior lance 
Pregão: licitação para aquisição de bens e 
serviços comuns 
Critério é menor preço e maior desconto 
Lei nº 8.666/93: Art. 15. As compras, sempre 
que possível, deverão: II - ser processadas 
através de sistema de registro de preços; 
Art. 11, Lei 10.520. As compras e contratações 
de bens e serviços comuns, no âmbito da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, quando efetuadas pelo sistema 
de registro de preços previsto no art. 15 da Lei 
nº 8.666, de 21 de junho de 1993, poderão 
adotar a modalidade de pregão, conforme 
regulamento específico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGÊNCIAS REGULADORAS 
ANATEL, ANEEL e ANP – foram agencias 
reguladoras surgidas na década de 90 com 
as privatizações 
Agências reguladoras são entidades 
descentralizadas, são autarquias que não 
possuem total independência, pois estão 
vinculadas a um ministério supervisor  
independência administrativa mitigada 
A própria lei que cria cada uma das Agências 
Reguladoras define e regulamenta as 
relações de submissão e controle, fundado no 
poder de supervisão dos Ministérios a que 
cada uma se encontra vinculada, em razão 
da matéria, e na superintendência atribuída 
ao chefe do Poder Executivo, como chefe 
superior da Administração Pública. 
Foram criadas no sentido de que elas ficariam 
a cargo de autoridades que não teriam 
vínculo com o poder e, portanto, protegeria 
sua atuação de mudanças políticas  o que 
confere certa autonomia, sem estar a mercê 
das mudanças de governo ou político da vez 
Agências reguladoras são autarquias com 
regime especial  não confundir com as 
autarquias comuns 
Esse regime é especial por que seus dirigentes 
são estáveis e tem mandatos fixos. 
Características que tornam o regime 
especial: 
1. Dirigentes estáveis – nomeados pelo chefe 
executivo e aprovados pelo legislativo – não 
podem ser desligados politicamente. Não é 
cargo comissionado/de confiança. Não 
existe exoneração ad nutum (por nada, 
imotivada ou somente por interesses 
políticos). Assim, as agências têm maior 
autonomia para tomar as decisões técnicas 
mais adequadas. 
Eles só perdem o mandato em caso de 
renúncia, condenação transitada em julgado 
ou PAD e infringência ao que é vedado na lei 
específica das agências 
2. Mandato fixo – dirigente fica na função por 
um prazo pré-definido. O prazo varia de uma 
agencia para outra. 
Os mandatos fixos não podem ser 
coincidentes, ou seja, terminar e começar ao 
mesmo tempo. Isso serve para que os 
dirigentes não sejam todos trocados ao 
mesmo tempo. Em um ano termina o 
mandato de um e em outro termina de outro, 
por exemplo. 
3. Quarentena – período após o desligamento 
da função em que o ex-dirigente não pode 
atuar no setor regulado. Prazo da quarentena 
é de 6 meses  não pode atuar dentro 
daquela seara nesse tempo e por conta disso 
receberá uma indenização 
As agências reguladoras não têm sistema 
presidencialista. Elas são dirigidas 
obrigatoriamente por um colegiado, um 
conjunto de diretores.  1 presidente e 4 
conselheiros 
Estado passou a ocupar posição de 
fiscal/controlado, com quebra do monopólio 
estatal, delegando as funções de exercício 
para empresas privadas 
Capacidade técnica gera estabilidade no 
mercado 
Agências federais – ANATEL, ANEEL, ANP, 
ANVISA, ANA, ANS e etc. 
Estados, Distrito Federal e Municípios podem 
ter suas agências reguladoras 
Todos os estados brasileiros e o distrito federal 
tem pelo menos uma agencia reguladora e 
10 municípios também tem agências 
reguladoras municipais 
Diferença entre as agências federais, 
estaduais e municipais – mudam as 
autoridades encarregadas de nomear os 
dirigentes 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
As agências reguladoras federais têm seus 
dirigentes nomeados pelo presidente da 
república com aprovação do senado 
No caso de diretores de agências estaduais 
quem indicaé o governador com aprovação 
da assembleia 
No distrito é governador com aprovação da 
câmara legislativa 
E nos municípios é o prefeito com aprovação 
da câmara municipal 
Em resumo, chefe do executivo nomeia e 
parlamento aprova 
Direito regulatório – normas de direito 
constitucional, administrativo e econômico 
que disciplinam as agências reguladoras 
Gerações de agências reguladores  esse 
modelo cronológico só se aplica ao âmbito 
federal 
Primeira geração (1994-1999) 
ANATEL, ANEEL e ANP  Agências 
monosetoriais – telecomunicações, energia 
elétrica e petróleo 
Surgiram como consequência do modelo de 
privatizações dos anos 90 – saída do estado 
da prestação direta de serviços, com 
concessão a particulares e a agencia 
ocupando papel de fiscalização 
Exercem papel de PODER CONCEDENTE 
Segunda geração (2000-2004) 
Atuam em setores sociais que não são 
serviços públicos 
Exercem PODER DE POLÍCIA 
ANA – água 
ANVISA – vigilância sanitária 
ANS – agência nacional de saúde 
suplementar 
Terceira geração (2005-até hoje) 
Atuação multi-setorial 
Mesma agencia reguladora atuando em 
vários ramos 
Agências plenipotenciárias  sozinhas atuam 
com poder de polícia, prestação de serviço e 
fomento 
ANAC – agencia nacional de aviação civil 
ANM – agencia nacional de mineração 
Desagencificação – extinção de agências 
reguladoras em mercados que eram 
regulados 
ADA e ADEN – foram extintas, eram de 
fomento, para atuar na região da Amazônia 
e no Nordeste 
Agências reguladoras são autarquias com 
regime especial  não confundir com as 
autarquias comuns 
Seus dirigentes são estáveis tem mandatos 
fixos 
 
LEI Nº 13.848, DE 25 DE JUNHO DE 2019 
Marco regulatório das agências: 
Mudou o período de quarentena, de quatro 
meses para seis meses 
Lista de agências reguladoras federais: 
ANATEL, ANEEL, ANP, ANVISA, ANS, ANA, ANTT, 
ANTAQ, ANCINE, ANAC, ANM (11) – lista 
exemplificativa, ou seja, podem ser criadas 
novas agências sujeitas a esse marco 
regulatório 
Novos requisitos para nomeação dos 
dirigentes: 
1. Notório reconhecimento no mercado 
regulado pela agência. 
2. Experiência comprovada no setor – tempo 
de atuação no mercado. O nomeado tem 
que ter trabalhado pelo menos 10 anos 
naquele âmbito. 
3. Formação científica na área específica da 
agência – formação compatível na área de 
atuação da agência 
Se uma pessoa que não tem esses requisitos 
for nomeada, o poder legislativo pode 
rejeitar, mas isso geralmente não acontece. A 
análise dos requisitos é feita efetivamente 
pelo Poder Judiciário, desde que provocado 
por algum interessado. 
Quarentena é temporária, remunerada (ex-
dirigente continua recebendo pelo prazo da 
quarentena). 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Serve para evitar a captura, que é a prática 
de contratar ex agente público para 
trabalhar contra interesse do estado no 
interesse privado. Exemplo: pessoa que 
trabalhava na agencia nacional de saúde 
suplementar passa a trabalhar numa 
empresa de plano de saúde, ou seja, de 
interesse contrário. 
Agências reguladoras são dotadas de 
competência de PODER NORMATIVO 
ANATEL exerce poder normativo na área das 
telecomunicações 
Se ato normativo expedido por agencia 
reguladora for contrário à lei, prevalece a lei 
sobre esse ato normativo. Ato normativo será 
NULO. 
Atos normativos não revogarão normas de lei. 
 
 
 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
Requisitos ou elementos estão ligados à 
estrutura, formação, validade, existência. 
Requisitos são indispensáveis 
Ausência de um deles faz com que o ato seja 
ilegal 
CO FO FI MO OB 
Competência – atribuição, demonstração de 
como pode ou não agir. 
Conferida em razão da matéria, território, 
hierarquia 
Irrenunciável – titular não pode abrir mão da 
competência, mas pode transferir a 
execução através da delegação e 
avocação 
Avocação – superior hierárquico toma a 
competência 
Avocação é só vertical 
Delegação – você delegou e depois pega de 
volta 
1. Delegação vertical 
2. Delegação horizontal 
É vedada a delegação quando se tratar de 
CE – competência exclusiva: se houver 
delegação o ato é NULO e não cabe 
delegação 
*Se for competência privativa pode delegar 
e pode convalidar 
NO – normativos 
RA – recursos administrativos 
A lei pode admitir a renúncia, não há 
discricionariedade para dispor sobre isso 
Improrrogável e inderrogável – competência 
não pode ser aumentada nem diminuída 
Imprescritível - 
Função, poder, legitimidade 
Sujeito – quem é que pode fazer isso? Órgão, 
indivíduo, agente público 
Se eu tenho competência (decorre da lei), eu 
tenho capacidade (físico-mental). Mas nem 
sempre quando tenho capacidade tenho 
competência. 
Forma – exteriorização, o visual do ato 
Ex: decreto, lei, resolução... 
Ato verbal é possível, mas é exceção 
Finalidade – objetivo, efeito futuro/mediato 
Sua prática não deve ser diversa daquela 
prevista 
Motivo – é a causa, o que originou o ato, fato, 
fundamento 
Razões de fato e de direito 
Motivo é obrigatório sempre 
Vício de motivo (falso, inexistente) – NULO 
Teoria dos motivos determinantes 
Motivação é justificação/explicação/razões 
dos fundamentos – é regra, mas não é 
obrigatório em todos os atos 
Todo ato tem motivo, mas nem todo ato terá 
motivação 
Objeto – conteúdo, efeito imediato/presente 
Efeito jurídico que o ato produz 
Exemplos: licença, autorização... 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Motivo (passado)  objeto (presente)  
finalidade (futuro) 
Dica: em questões que falarem de vício de 
requisito e elas tratarem de desavença, 
inimizade, perseguição  vício na finalidade, 
pois tem o desvio na finalidade/poder em 
razão de um motivo 
____________________________________________ 
Já os atributos ou características tratam de 
prerrogativa, supremacia, poder da 
administração, qualidades e não precisam 
obrigatoriamente estar presentes 
Nem todos os atos possuirão todos os atributos 
Ou seja, a falta de um atributo não tornará 
ilegal 
O requisito é o alicerce do ato 
Os atributos são as qualidades 
PAI QUE ÀS VEZES VEM COM TIO 
PATI 
Presunção de veracidade – premissa de que 
o ato é verdadeiro – tem relação com os fatos 
e a presunção de legalidade diz respeito ao 
ordenamento jurídico 
Todo ato possui presunção, mas é relativa 
Mesmo que o ato seja ilegal, ele vai nascer 
sendo considerado legal 
Presunção de legitimidade, suposição 
Um ato mesmo que ilegal, produzirá 
imediatamente seus defeitos, porque é 
presumido, ainda que erroneamente, que 
tudo seja legítimo 
Autoexecutoriedade – a própria 
administração executa as suas atividades 
Ex: multa do poder de polícia. Administração 
impõe a multa, mas se você não pagar, ela 
não pode pegar seu veículo para compensar 
a multa não paga. 
Multa não tem autoexecutoriedade. 
A administração pública pode anular seus 
próprios atos quando eivados de vício, com 
necessidade de controle judicial. OBS: não 
precisa de ordem judicial, mas ao executar, 
cabe ao Judiciário o controle 
Não precisa da interferência do poder 
judiciário, mas ele vai poder controlar 
Imperatividade – poder de impor as medidas 
administrativas 
Tipicidade – o que é previsto, expresso 
Para cada ato que se quer fazer, existe uma 
previsão ilegal 
É proibido o ato inominado, ato sem nome 
A tipicidade é indicação de Maria Zanella de 
Pietro 
Pela doutrina clássica geralmente não tem a 
Tipicidade 
 
Espécies de ato administrativo 
Se tem R é discricionário – autorização, 
permissão, renúncia 
Se não tem R é vinculado – homologação, 
visto, licença 
 
 
 
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
Revogação – efeitos ex nunc, irretroativo 
Motivos – vontade da administração, 
conveniência/oportunidade, juízo de valor, 
mérito administrativo 
Só pode revogar atos discricionários 
Pode revogar atos válidos, eficazes 
Não serevoga – ato vinculado, exaurido, 
enunciativo, que integra procedimento 
administrativo, ou que tenha produzido direito 
adquirido 
Não tem prazo de prescrição 
Só a administração pública é competente 
para revogar 
Anulação – efeitos ex tunc, tem 
retroatividade 
Motivos – ilegalidade, irregularidade, vício, 
defeito 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Não atinge terceiros de boa-fé (aqui terá 
efeitos ex nunc) 
Decadência de 5 anos, salvo má-fé 
Tanto a Administração Pública como o Poder 
Judiciário são competentes para anular 
 
O uso anormal de bens públicos por 
particulares pode se dar por meio de 
concessão, permissão e autorização. As duas 
últimas se caracterizam por serem atos 
administrativos (portanto, sendo atos, só 
podem ser unilaterais, pois não são contratos) 
do tipo negocial e por serem precárias (ou 
seja, podem ser revogadas pelo poder 
público sem que reste direito à indenização 
pelo particular). Mas a doutrina mais 
moderna costuma diferenciar uma e outra 
por ver a permissão ser utilizada em situações 
em que predomina o interesse público, 
enquanto a autorização seria empregada 
em situações nas quais predominam o 
interesse do particular. 
O instituto da caducidade é uma forma de 
extinção do ato administrativo, em razão de 
lei nova não mais permitir a pratica do ato 
autorizado anteriormente pela Administração 
Pública. 
Lei nº 9.784/99, art. 54. O direito da 
Administração de anular os atos 
administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários decai em 
cinco anos, contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé. 
§1o No caso de efeitos patrimoniais 
contínuos, o prazo de decadência contar-se-
á da percepção do primeiro pagamento. 
§ 2o Considera-se exercício do direito de 
anular qualquer medida (inclusive 
instauração de processo administrativo) de 
autoridade administrativa que importe 
impugnação à validade do ato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENS PÚBLICOS – pertencentes a todas as 
pessoas jurídicas de direito público, união, 
estados, municípios, distrito federal, 
fundações públicas, autarquias... 
No código civil os bens públicos também só 
pertencem às pessoas jurídicas de direito 
público. O restante são bens particulares. 
De acordo com o código civil, mesmo que 
uma empresa pública e uma sociedade de 
economia mista prestem serviços públicos, 
seus bens são particulares. Seus bens, ainda 
sim, são impenhoráveis e inalienáveis. 
Competência para legislar sobre bens 
públicos: 
1. Da união – competência privativa 
2. Demais entes da federação – vão ter leis 
específicas sobre seus respectivos bens 
Classificação dos bens públicos 
Quanto à destinação: 
1.Bens de uso comum do povo  são aqueles 
de uso normal da população, uso livre, 
gratuito. 
Ex: ruas, praças, avenidas... 
Exceção: utilização exclusiva dos bens deve 
seguir uma regulamentação estatal. Ex: 
interditar rua. 
São INALIENÁVEIS E AFETADOS  não podem 
ser vendidos 
OBS: podem ser desafetados por lei ou por 
autorização administrativa 
2. Bens de uso especial  bens para 
prestação de serviços públicos pela 
administração pública. 
Ex: escola pública, hospital público, 
repartições públicas, automóvel oficial... 
Bens de uso especial indireto: bens protegidos 
pelo interesse da coletividade. Ex: terras 
protegidas pelos índios, terras sob proteção 
ambiental 
São INALIENÁVEIS e AFETADOS 
OBS: podem ser desafetados por lei ou por 
autorização administrativa 
3. Bens dominicais ou dominiais  são 
aqueles que não tem destinação pública. 
Ex: terras devolutas 
São ALIENÁVEIS e DESAFETADOS  podem ser 
vendidos 
Afetação/consagração de bens públicos: 
dar uma destinação pública, tornar utilizável 
para sociedade 
Desafetação/desconsagração: suprimir a 
destinação pública de um bem 
 
Garantias 
*Impenhorabilidade – É proibida a penhora 
de bens públicos 
*Não onerabilidade – bens públicos não 
podem ser objeto de direito real de garantia. 
Não pode ser objeto de penhora, anticrese, 
hipoteca... 
*Imprescritibilidade – bens de propriedade do 
poder público serão bens públicos 
Usucapião: é impossível nos bens de uso 
comum e bens de uso especial. 
Súmula 340 do STF: os bens dominicais NÃO 
podem ser objeto de usucapião 
Ou seja, nenhum dos bens pode ser objeto de 
usucapião 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
*Inalienabilidade – não podem ser vendidos 
se estão afetados 
Bens imóveis da administração pública – 
dependem de autorização legislativa para 
que se possa vender esses bens  
modalidade de licitação será 
obrigatoriamente a de CONCORRÊNCIA 
Utilização de bens públicos por particulares 
1. Utilização normal do bem público: 
quando bem está atendendo sua 
finalidade originária coletiva, sem 
distinção de usuários. Ex: ruas para 
transito de pessoas e automóveis 
2. Utilização especial ou anormal: 
utilização de forma diversa. Ex: rua e 
praia para shows 
Remunerada: cobrança de pedágio 
Cessão de uso: órgão cede um bem 
para outro órgão público 
Aquisição de bens públicos 
1. Aquisição originária – independe da 
vontade do particular 
Ex: desapropriação 
2. Aquisição derivada – consenso entre 
as partes (adm e particular) 
Ex: contrato de compra 
 
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE 
Estado restringe direito de propriedade do 
particular, mesmo sendo uma garantia 
constitucional 
Supremacia do interesse público sobre o 
privado 
Intervenções restritivas – limita e condiciona 
de propriedade, mas não retira o bem das 
mãos do particular – decorrentes do poder de 
polícia 
Ex: servidões, tombamentos... 
Intervenções supressivas – o Estado suprime o 
direito de propriedade do particular – 
desapropriação 
Desapropriação  Forma originária de 
aquisição de propriedade – a propriedade 
chega aos mãos do Estado de forma livre e 
desembaraçada 
Qualquer direito que recaia sobre o bem vira 
indenização 
Art. 5º, XXIV 
Desapropriação por utilidade ou necessidade 
pública – mediante prévia e justa 
indenização em dinheiro 
Desapropriação comum ↓ 
Desapropriação por interesse social – para 
garantir função social da propriedade. As 
vezes a propriedade não vai nem ser usada 
pelo Estado, mas sim repassada para terceiros 
– também mediante previa e justa 
indenização em dinheiro 
Para ser justa – calculada pela administração 
por meio de perícia, deve abarcar valor de 
mercado do imóvel somado a todos os danos 
que decorram dessa desapropriação 
Exceções: 
1.desapropriação especial urbana – art. 182 
da CF 
Se imóvel não cumpre a função social o 
poder público municipal poderá tomar 
algumas providencias, tais como: 
1.Notificação do proprietário para que ele 
faça parcelamento/edificação compulsória 
Depois de notificado, ele tem 1 ano para 
apresentar o projeto e 2 anos para dar início 
às obras 
2.Incidência de IPTU com alíquota progressiva 
durante 5 anos – essa alíquota pode chegar 
até 15%, mas não é possível que se aumente 
mais que o dobro de ano a ano  1%  2%  
4%  8%  15% 
3.Desapropriação – essa desapropriação 
especial urbana tem caráter sancionatório, 
com pagamentos de indenização com títulos 
da dívida pública resgatáveis em até 10 anos 
pelo particular que foi desapropriado 
Essas medidas só podem estão limitadas ao 
poder público municipal – e só é para 
municípios que tenham plano diretor 
O Plano diretor é obrigatório para municípios 
que tem mais de 20.000 habitantes e 
facultativo para municípios que tem menos 
que essa quantidade 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Se o município tem menos de 20.000 
habitantes e tem plano diretor – PODE se valer 
dessas medidas (facultativo) 
 
2.Desapropriação especial rural 
Só pode serfeita pelo município que tenha 
um plano diretor votado e aprovado pela 
câmara municipal 
Se imóvel rural não cumpre função social, 
será desapropriado para fins de reforma 
agrária 
Súmula 164 do STF: "No processo de 
desapropriação, são devidos juros 
compensatórios desde a antecipada imissão 
de posse, ordenada pelo juiz, por motivo de 
urgência." 
Súmula 69 do STJ "Na desapropriação direta, 
os juros compensatórios são devidos desde a 
antecipada imissão na posse e, na 
desapropriação indireta, a partir da efetiva 
ocupação do imóvel." 
 
 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
1. Atividade material 
2. Atuação ampliativa – utilidade e 
comodidade ao beneficiário 
3. Dever do Estado 
4. Regime Jurídico de Direito Público 
Serviço público – prestação em relação ao 
usuário – Estado fazendo algo em favor do 
usuário 
Segurança pública não é serviço público. É 
poder de polícia. 
Serviço público: 
 Uti universi – aquele prestado pelo 
Estado mas sem criar benefícios 
individuais. Cria serviços difusos. 
Exemplo: iluminação pública – porque 
favorece todo mundo que passa pela 
rua. Não tem como individualizar. 
Não pode ser remunerado por taxa 
Indivisível 
 Uti singuli – pode separar o custo em 
favor de cada usuário 
Divisível 
Favorece separadamente cada 
usuário 
Exemplo: energia elétrica residencial, 
água, transporte, telefonia fixa 
Podem ser taxados 
Serviços públicos de competência da União: 
serviço postal e correio aéreo, radiodifusão 
sonora e de imagens (rádios e TVs se forem 
gratuitas), transporte aéreo de passageiros... 
De competência dos estados: gás canalizado 
De competência dos municípios: transporte 
urbano coletivo de pessoas (empresas de 
ônibus, taxistas) 
Atividade notarial – exercida nos tabelionatos 
e cartórios 
Serviços notariais e de serviços são exercidos 
em caráter privado – cartório funciona como 
uma espécie de empresa e funcionários são 
empregados particulares do titular 
(celetistas). Não precisam de concurso 
público. A única pessoa que precisa de 
concurso é o titular  Art. 236 da CF 
Os cartórios não têm personalidade jurídica 
própria – é uma delegação despersonalizada 
Se houver algum prejuízo causado pelo 
cartório, o usuário tem que acionar o Estado, 
já que o cartório é despersonalizado 
Não existe nepotismo no serviço notarial, 
porque os empregados não são agentes 
públicos 
Emolumentos – remuneração que o usuário 
paga pelo serviço prestado pelo cartório 
(tributo). Existe repasse para o respectivo 
tribunal de justiça (taxa de polícia) 
Princípios dos serviços públicos: 
 Adequação 
 Modicidade da remuneração/taxa – 
valor cobrado para o usuário tem que 
ser o menor possível 
Tarifa ou preço público – não é tributo. 
Cobrado via concessão ou permissão. 
Taxa – é tributo e tem que ser baseado 
na anterioridade e legalidade. Tributo 
cobrado diretamente pelo Estado. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 Obrigatoriedade – porque a lei e CF 
mandam. Prestação de serviços não 
pode ser interrompida ou paralisada 
pelo Estado. 
 Continuidade – serviço não pode ter 
prestação interrompida/suspensa 
Hipóteses de corte: segurança das 
instalações e inadimplemento (corte 
de segunda a quinta. Não pode finais 
de semana, sexta e feriados. A 
notificação tem que dizer a data 
exata em que será cortado) 
 Cortesia 
 Generalidade – serviço tem que ser 
aproveitado pela maior quantidade 
de pessoas possível 
Outorga – Quando se cria pessoa jurídica 
para um serviço público específico 
Delegação – poder público contrata 
particular que presta serviço por conta dele e 
atua diretamente com o usuário  
concessão e permissão 
Concessão de serviço público – contrato 
administrativo onde o estado, poder 
concedente, delega uma prestação de 
serviço a uma empresa concessionária que 
será remunerada pelo usuário por meio de 
tarifa 
A titularidade do serviço ainda é do ente 
federativo. A delegação é da prestação de 
serviços públicos. 
Retomada de serviço mal prestado – 
encampação 
Exemplo: rádios e tvs (tv a cabo NÃO é 
concessão de serviço), rodovias com 
pedágio, empresas de transporte rodoviário 
de passageiros transporte urbano de 
passageiros dentro ou entre cidades e 
contrato com empresas aéreas 
Relação jurídica triangular 
Contrato TRILATERAL 
1. Poder concedente – entidade 
federativa constitucionalmente 
competente para realizar o serviço 
2. Empresa concessionária – presta o 
serviço para o usuário 
3. Usuário – paga tarifa para ter 
prestação de serviços 
Não existe relação jurídica direta entre poder 
concedente e usuário, apenas entre empresa 
concessionária e usuário 
O Estado não paga remuneração para a 
empresa concessionária, quem paga é o 
usuário 
Não se admite delegação de serviço público 
a uma pessoa física. É apenas para pessoa 
jurídica da iniciativa privada. 
Essa empresa tem que vencer uma licitação 
na modalidade concorrência. 
Permitida arbitragem entre ente federativo e 
empresa concessionária. 
Tarifa e preço público são a mesma coisa  
não tem natureza de tributo. É diferente de 
taxa!!! 
Trata-se remuneração administrativa que não 
tem garantias típicas do contribuinte, como 
legalidade ou anterioridade. 
Poder concedente pode por ato 
administrativo determinar aumento da tarifa, 
que poderá valer de imediato 
Modicidade das tarifas – valor cobrado pela 
prestação de serviço tem que ser o mais 
baixo possível para abarcar uma quantidade 
maior de pessoas 
Pode cortar os serviços por inadimplemento – 
mas tem que ter no aviso prévio com data 
exata do dia que será feito. O corte só pode 
ser feito de segunda a quinta. Não pode em 
feriados, sexta, sábado e domingo. 
Todo risco do negócio fica por conta do 
concessionário 
Contrato administrativo autossustentável – 
modelo de negócio faz com que a própria 
relação se pague. Não há dinheiro do 
orçamento público sendo utilizado para 
pagamento desses serviços. 
Toda concessão tem um prazo determinado, 
mas não envolve os 12 meses da lei 
orçamentária anual, porque justamente não 
se usa dinheiro do orçamento 
Competência para legislar em matéria de 
concessão de serviço público  
competência privativa da União em relação 
às normas gerais 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Nada impede que estado, DF e municípios 
tenha suas legislações sobre concessão, 
basta que respeite as normas gerais 
Concessão de serviço público tem muitos 
contratos derivados – ex: concessão 
precedida de obra pública e parceria 
público privada 
“Contrato mãe/matriz” 
Modelos de negócios distintos 
Custo, risco e forma de pagamento 
Amortização (como o investimento é 
devolvido) 
Concessão precedida de obra – 
concessionária tem que pagar execução de 
uma obra com seus próprios recursos e o 
investimento será amortizado ao longo de 
vários anos mediante a tarifa. Ou seja, o risco 
do negócio é muito maior do que na 
concessão normal de serviços públicos 
Exemplo: ponte rio niterói, construída por uma 
empresa privada. Poder público não pagou 
nada. A amortização acontece até hoje, pois 
para passar pela ponte tem que pagar a 
tarifa. 
Somente podem ser prestados mediante 
concessão os serviços uti singuli – serviços 
específicos e divisíveis 
Existem serviços indivisíveis – serviços públicos 
uti universi. Exemplo: lâmpadas nas ruas que 
beneficiam qualquer pessoa e não pode ser 
concedido em favor de cada usuário. Nesse 
caso, a própria entidade federativa custeia. 
Responsabilidade pelos prejuízos causados 
ao usuário pelos serviços concedidos – a 
indenização fica por conta da 
concessionária e a responsabilidade vai ser 
objetiva (independentemente de dolo ou 
culpa)  lembrar que o risco do negócio fica 
por conta do concessionário 
Independentemente de a vítima ser 
beneficiário/usuário no momento do dano, o 
concessionário será responsabilizado 
objetivamentePermissão – delegação a título precário 
(provisório), mediante licitação (não diz qual 
tipo), da prestação de serviços públicos a 
pessoa física ou jurídica. Cabe 
revogabilidade unilateral. 
A permissão é feita mediante contrato de 
adesão 
____________________________________________ 
Resumindo: 
Concessão 
Sempre precedida de licitação na 
modalidade concorrência ou diálogo 
competitivo; 
Pode ser para pessoa jurídica ou consórcio 
(nunca para pessoa física); 
Prazo determinado (não é precário); 
Natureza contratual (bilateral); 
Obra ou obra + serviço. 
A diferença principal entre a PPP e a 
concessão é a fonte do pagamento que 
deve ser realizado ao ente privado. Nas 
concessões, o pagamento vem unicamente 
das tarifas cobradas pelo usuário 
Já nas parcerias público-privadas, 
diferentemente, há duas possibilidades de 
pagamento: o Estado arca com ele 
unicamente (PPP administrativa) ou os 
recursos são provenientes de uma 
combinação entre as tarifas pagas 
As PPPs podem ser de 2 formas: Patrocinada 
e Administrativa. 
 
Patrocinada --> além do pagamento das 
tarifas pelos particulares, há a 
contraprestação por parte do ESTADO. 
(RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA) 
Administrativa --> o ESTADO é usuário DIRETO 
E INDIRETO, ou seja, só há contraprestação do 
ESTADO. 
Permissão 
Sempre precedida de licitação (qualquer 
modalidade); 
Pode ser para pessoa física ou jurídica (nunca 
para consórcio); 
Título precário (prazo indeterminado que não 
gera direito adquirido); 
Natureza contratual (contrato de adesão); 
Só serviço (nunca obra). 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
Autorização 
Não exige licitação 
Pode ser para pessoa física ou jurídica (nunca 
para consórcio); 
Título precário (prazo indeterminado que não 
gera direito adquirido); 
Natureza unilateral 
Só serviço (nunca obra). 
 
*Advento do termo 
 BIZU: Termo --> ERMO - para lembrar de 
solitário, para lembrar de finalizado. 
 
O prazo de vigência do contrato terminou. 
*Encampação 
 BIZU: PODER PÚBLICO ACAMPA – Poder 
público “toma conta” sem a concessionária 
nada ter feito de “errado”. 
Ocorre uma rescisão unilateral pelo poder 
público (e antes de finalizar a vigência do 
contrato). 
A concessionária nada fez, apenas, o Poder 
Público deseja “tomar para si” o serviço”. 
Cabe indenização? Poder Público para a 
concessionária. 
*Caducidade 
BIZU: CADUCO – uma analogia para lembrar 
que a concessionária não está prestando o 
serviço como deveria. 
Ocorre uma rescisão unilateral pelo poder 
público (e antes de finalizar a vigência do 
contrato). Isso porque a concessionária não 
está prestando um serviço adequado. 
Como ocorre? Poder Público (PP) primeiro 
notifica para a concessionária “melhorar” a 
prestação de serviço por determinado prazo. 
Depois, não havendo “melhora”, PP instaura 
processo administrativo e decreta 
caducidade. 
Cabe indenização? A concessionária pode 
ser responsabilizada. 
 
*Rescisão 
BIZU: ReSCinde --> ConCeSsionária – a 
extinção do contrato ocorre por iniciativa do 
concessionário em razão de inadimplemento 
do Poder Concedente. 
Entrar com ação própria no Poder Judiciário 
Concessionária continuará a prestar serviço 
até o trânsito em julgado. 
Cabe indenização? Sim. 
 
 
 
 
CONSÓRCIOS PÚBLICOS 
Reunião de vários entes estatais que tem 
objetivo/problema em comum para 
conseguir mais eficiência, produtividade e 
menos custo 
É formado exclusivamente por entes da 
federação, ou seja, particular não participa 
do consórcio e entidade administrativa 
também não 
Tem personalidade jurídica própria 
O consórcio público constitui associação 
pública ou pessoa jurídica de direito privado 
Sócios participantes não precisam de 
licitação 
Consórcio pode ser de direito público ou 
direito privado 
Se for de direito público, no caso de constituir 
uma associação pública – integra 
administração pública indireta 
No caso de se revestir de personalidade 
jurídica de direito privado, o consórcio 
público observará as normas de direito 
público no que concerne à realização de 
licitação, celebração de contratos, 
prestação de contas e admissão de pessoal, 
que será regido pela Consolidação das Leis 
do Trabalho - CLT. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Consórcio Público Constituído Como Pessoa 
Jurídica De Direito Privado: assume a forma 
de associação civil - não integra a 
administração pública 
Protocolo de intenções – aprovado pelas 
câmaras municipais de cada um dos 
municípios 
O representante do consorcio é um prefeito 
Responsabilidade subsidiaria dos entes 
consorciados 
Contrato de rateio – ratear, dividir 
Contrato de programa – onde estão 
constituídas as obrigações de cada ente da 
federação 
Para o cumprimento dos objetivos o 
consórcio poderá firmar convênios, contratos, 
acordos, receber auxílios, contribuições de 
outras entidades e órgãos do governo 
Pode promover desapropriações, instituir 
servidões 
Pode ser contratado pela administração 
direta ou indireta dos entes da federação 
consorciados, dispensada licitação 
Consórcios poderão cobrar e arrecadar 
tarifas mediante autorização específica 
É vedada a aplicação dos recursos entregues 
por meio de contrato de rateio para o 
atendimento de despesas genéricas 
Os entes consorciados somente entregarão 
recursos ao consórcio público mediante 
contrato de rateio 
 
REVISÃO 
Modo de criação 
Das autarquias e fundações públicas de 
direito público – são criadas por lei 
Das fundações públicas de direito privado, 
sociedades de economia mista e empresa 
pública – são autorizadas por lei. 
Para alienar empresas públicas e sociedades 
de economia mista – banco do brasil, 
correios, caixa econômica federal – é preciso 
de autorização legislativa e licitação 
 
Responsabilidade Civil – dever de reparação 
de dano da União, Estados, Municípios e 
particulares que prestam serviço público 
Responsabilidade objetiva – não requer 
demonstração de dolo ou culpa 
Há direito de regresso contra o agente 
público pois a relação entre pessoa jurídica 
de direito público com o agente público será 
pautada pela responsabilidade subjetiva 
Teoria do risco administrativo 
Quando a pessoa deu causa ao acidente há 
a exclusão de responsabilidade 
Teoria do risco integral NÃO comporta 
excludentes – dano nuclear, queda de 
aeronave brasileira por ataque de guerra ou 
terrorista 
 
Improbidade administrativa 
Objetivo de responsabilizar o agente público 
(estagiário, funcionário, mesário...) 
Enriquecimento ilícito – pode perder os bens e 
valores acrescidos, suspensão dos direitos 
políticos até 14 anos, perda da função 
pública, multa, impossibilidade de contratar 
com a administração pública por até 14 anos 
Prejuízo à administração pública – sanções 
iguais – perda de bens e valores, perda da 
função pública, multa, suspensão de direitos 
políticos e impossibilidade de contratar por 
até 12 anos 
Violação dos princípios – pagamento de 
multa. NÃO tem suspensão dos direitos 
políticos e nem perda da função pública. 
Ler art. 9, 10, 11 e 12 da LIA – exige DOLO 
Prescrição geral de improbidade 
administrativa é de 8 anos 
Prescrição intercorrente – dentro do processo 
Da inicial até a sentença passou 4 anos  
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE 
Da sentença até o acórdão passou 4 anos  
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE 
Ressarcimento do erário – imprescritível 
É possível o acordo de não persecução civil 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Princípio do bis in idem – não pode processar 
por lei anticorrupção e lei de improbidade ao 
mesmo tempo 
*mas pode processar por lei de improbidade 
e licitações ao mesmo tempo 
 
Lei anticorrupção 
Permite sanções administrativas e sanções 
judiciais cumuladas – art. 18 da lei 
 
Licitações 
Competitividade e maior vantagem possível, 
para se gastar menos adquirindo bons 
serviços 
Licitações nãopodem exigir demais, porque 
isso dificulta a competitividade, a 
participação 
Fase preparatória com elaboração do edital, 
a publicação do edital para que os 
interessados tomem conhecimento e possam 
inclusive impugnar, apresentação de 
propostas, julgamento das propostas, 
habilitação (primeiro julga as propostas e a 
única vencedora será a habilitada), recursos 
e homologação com adjudicação do objeto 
licitado para o vencedor  rito comum 
aplicado para o pregão e para a 
concorrência 
Rito diferente para concurso (melhor trabalho 
artístico/projeto), leilão (venda de bens), 
diálogo competitivo 
Bens e serviços comuns – bem objetivamente 
descrito  obrigatório o pregão 
Se for bem e serviço especial  concorrência 
(quando as pessoas são especiais, tem muita 
concorrência) 
Critérios de julgamento: 
Pregão – menor preço, maior desconto 
Concorrência – técnica 
Concurso – melhor trabalho técnico, 
cientifico, artístico 
Leilão – alienação de bens 
Diálogo competitivo – inovações alternativas 
 
Contratação direta 
Inexigibilidade de licitação – competição 
inviável, impossível, rol exemplificativo de 
situações: 
1. Fornecedor exclusivo 
2. Artista consagrado 
3. Serviços técnicos especializados + 
Natureza intelectual + notória 
especialização – vedado publicidade 
e divulgação, marketing – 
4. Credenciamento 
5. Imóvel sui generis) 
Dispensa de licitação – é possível licitar, mas 
a lei autoriza a não licitar, rol taxativo 
 Situação emergencial, calamidade 
pública 
 
Contratos 
De regra o contrato é escrito. Exceção: 
prestação de serviços de até 10 mil pode ser 
por contrato verbal 
Cláusulas exorbitantes – próprias dos 
contratos administrativos e que dão um poder 
maior para um dos contratantes, nesse caso, 
Administração Pública 
Serviços contínuos: 5 + 5 
Contrato com prazo indeterminado: 
Administração pública usuária de serviços 
públicos prestados em monopólio (luz, água, 
etc.) 
Alteração pode ser unilateral 
Pode ser por iniciativa do contratado 
também – direito a pedir revisão contratual, 
equilíbrio econômico financeiro, em virtude 
de causa superveniente por exemplo – teoria 
da imprevisão 
 
Intervenção do Estado na propriedade 
Servidão 
Requisição administrativas 
Intervenções restritivas 
Desapropriação – poder público tira a 
propriedade 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
1. Ordinária – situação de utilidade ou 
necessidade pública e interesse social 
Indenização antecipada 
Mediante decreto 
2. Urbanística – feita somente pelo 
município 
3. Rural – para fins de reforma agrária, 
feita somente pela União – títulos da 
dívida pública 
4. Confiscatória – expropriação, confisco 
– plantio de psicotrópicos e trabalho 
escravo – feita pela União 
Desapropriação tem uma fase declaratória 
(União, Estado e municípios fazem 
declaração de direito, utilidade pública e 
tem caducidade de 5 anos) 
Fase executória – empresa particular pode 
executar a fase de desapropriação. Empresa 
concedente “faz as vezes”/faz o papel do 
poder público, desde que autorizada em 
contrato 
 
AGENTES PÚBLICOS 
Empregados públicos – estão nas empresas 
públicas, sociedades de economia mista, as 
estatais 
Servidor público regido pelo estatuto – está na 
administração direta, autarquias e fundações 
Pode ser ocupante de um cargo efetivo e 
cargo em comissão 
Cago efetivo 
Concurso – nomeação – posse – exercício e 
estágio probatório de 3 anos – estabilidade 
Pessoa com deficiência – surdez unilateral 
(não vai entrar na cota de deficiente) e visão 
monocular (entra na cota de deficiente) 
Cotas de ATÉ 20% para pessoas com 
deficiência e de EXATOS 20% para pessoas 
negras 
Concursos regidos pela 8112 – NÃO pode 
abrir outro concurso público se ainda tiver 
gente para nomear 
Concursos regidos pela CF – PODE abrir outro 
concurso, mas tem que chamar primeiro os 
nomeados no concurso anterior 
NÃO cabe acumulação de cargos públicos. 
Exceção: compatibilidade de horários 
1. 2 cargos de professor 
2. 1 cargo de professor e 1cargo técnico 
ou científico (professor e 
delegado/juiz/defensor ao mesmo 
tempo) 
3. 2 cargos de profissões regulamentadas 
da saúde (médico concursado que 
atende em dois municípios) 
4. Vereador (compatibilidade de horários 
com outro cargo, emprego ou função) 
 
Poder de polícia – conflito envolvendo direito 
ou liberdade individual e interesse público 
Autoexecutoriedade, coercibilidade e 
discricionariedade 
O poder público pode delegar o poder de 
polícia – consentir (licença, alvará, 
autorização) e fiscalizar – delegável 
Atos de normatizar e sancionar são só do 
poder público – não cabe delegação 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
Concessão tem que ser por contrato, 
modalidade de licitação é a concorrência e 
diálogo 
Tem prazo, garantias e segurança 
Concessão pode ser: 
Comum (paga tarifa que vai custeando 
serviço público) 
Especial 
Patrocinada – pessoas pagam tarifa e poder 
público também dá contraprestação 
Administrativa – contraprestação é 
integralmente pública. Pessoas não pagam 
tarifas 
Tem formas específicas de extinção: 
1. Advento do termo contratual – fim do 
contrato, acabou o prazo 
2. Encampação – Retomada da prestação. 
Por razoes de interesse público, mediante lei 
autorizativa e indenização, a administração 
pública retoma a prestação do serviço 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
3. Caducidade – descumprimento das 
normas contratuais pela empresa 
concessionária 
*por meio de decreto 
4. Rescisão – Descumprimento das normas 
contratuais pelo poder concedente 
(Administração Pública) 
*** intervenção não é forma de extinção da 
concessão – ela apenas corrige as falhas e a 
concessionária continua atuando – é feita por 
decreto 
Permissão 
Precária – não tem um prazo determinado 
Pode ser revogada a qualquer momento 
Pessoa física ou jurídica 
 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
Intervenção na propriedade privada 
Bens públicos das estatais (empresas públicas 
e sociedades de economia mista)  
autorização por decreto do presidente da 
república 
O contrato pode ser mudado unilateralmente 
pela administração com aumento de até 25% 
do valor inicial – a mudança tem que ser 
escrita 
 
Cargos de confiança são para servidores que 
já são efetivos – cargo de diretoria, chefia e 
assessoramento 
 
 
REVERSAO – VOLTA, exemplo de aposentado 
que volta ao cargo 
REINTEGRADO – DEMISSAO ILEGAL ressarcido 
de todas as vantagens 
READAPTAÇÃO – limitação, servidor tem 
limitação, então vai ser adaptado em novo 
cargo 
RECONDUÇÃO – RE que sobrou, servidor que 
sobrou, servidor que foi inabilitado, 
reconduzido para o cargo anterior e se outro 
servidor volta para o cargo 
APROVEITAMENTO – servidor que está 
disponível 
PROMOÇÃO – merecimento, em cargos da 
mesma carreira 
 
VÉSPERA 
Organização da administração pública 
Autarquia – a lei cria – pessoa jurídica de 
direito público 
Empresa pública, sociedade de economia 
mista, fundação de direito privado – lei só 
autoriza a criação – são pessoas jurídicas de 
direito privado 
Lei também precisa autorizar a criação das 
subsidiárias 
Prescrição em improbidade – 8 ANOS (do 
tempo do fato até ajuizamento da ação) 
Quem pode ajuizar – ministério público e 
pessoa jurídica prejudicada 
Prescrição intercorrente – 4 ANOS (da inicial 
até a sentença ou da sentença até o 
acórdão) 
Controle de atos 
Anulação – ato administrativo praticado pela 
ADM com vício/ilegalidade 
Revogação – se ADM não quer mais manter a 
relação. Não tem vício ou ilegalidade, é por 
questão de conveniência e oportunidade. 
Controle pelo poder judiciário – só se for 
controle de legalidade. Poder judiciário não 
pode revogar ato de outro poder. 
Pessoa foragida do sistema prisional – se 
estiver no ato da fuga – responsabilidade 
objetiva 
Possibilidade de alteração dos contratos 
administrativosADM pode modificar unilateralmente 
observado interesse público – 25% de 
redução ou de acréscimo contratado é 
obrigado a aceitar 
Nulidade do contrato – contratado recebe 
pelo que ele já fez e pelos prejuízos 
Intervenção do estado 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Desapropriação – desde que indenize, previa 
e em dinheiro 
Fase declaratória – publicação do decreto 
expropriatório 
Fase executória (mediante autorização 
expressa) – concessionárias, entidades 
públicas, entidades delegadas, autorizatárias 
p/ exploração de ferrovias 
Imissão provisória na posse – alegação de 
urgência e depósito de quantia arbitrada 
pelo juiz – Estado pode ser imitido na posse, 
então já tira o dono de lá logo, ou seja, dono 
perde a posse antes do processo de 
desapropriação terminar 
Na contestação só é discutido o valor 
indenizatório e questões processuais – sobre a 
desapropriação não discute nada 
Administração pode usar meios alternativos 
para solução de controvérsias – conciliação, 
mediação e arbitragem (Em direitos 
patrimoniais disponíveis. Se envolver 
moralidade já não vai poder arbitragem) 
Arbitragem tem que ser de direito e não de 
equidade – tem que ser critérios do 
ordenamento, respeitando publicidade 
Reserva de vagas 
Pessoa com deficiência – até 20% das vagas 
Negros – 20% 
Deficiente auditivo unilateral – não concorre 
dentro das vagas 
Visão monocular – concorre dentro das vagas 
Prazo do concurso público – 2 anos e pode ser 
prorrogado 
Servidores públicos da lei 8112 – não abre 
novo concurso enquanto tiver candidatos 
aprovados 
Na CF – pode abrir, mas vão ter que chamar 
primeiro os aprovados do anterior 
Estáveis demitidos – só por sentença 
transitada em julgado, infração... 
Cumulação de cargos – regra: vedado 
Compatibilidade de horários 
Exceções: 
Dois cargos de professor, professor e técnico 
(advogado, defensor, promotor, juiz), dois 
cargos de profissionais da saúde e vereador 
que acumula seu cargo na câmara e sua 
profissão 
Pode acumular rendimentos e o teto vale de 
forma isolada de cada cargo 
3 atributos do poder de polícia – 
discricionariedade, autoexecutoriedade e 
coercibilidade

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