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DIREITO ADMINISTRATIVO PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO Regime jurídico administrativo – confere prerrogativas e impõe sujeições Supremacia do interesse público sobre o interesse privado Justifica prerrogativas estatais Estado pode restringir e limitar direitos individuais Limitações – indisponibilidade do interesse público O administrador não pode abrir mão do interesse público Regime jurídico administrativo prerrogativas x limitações|restrições Todos os princípios são constitucionais, ou seja, decorrem do texto constitucional LIMPE art. 37 Legalidade Não contradição à lei (para os particulares: o que não está proibido, presume-se permitido) art. 5º Já para o administrador público art. 37 é subordinação a lei (o administrador só atua quando a lei permite, só pode fazer aquilo que a lei dispuser) Impessoalidade – Não discriminação das pessoas que serão atingidas pelo ato, nem para beneficiar nem para prejudicar Atuação administrativa se pauta em critérios objetivos A justiça é cega e a administração também Vedação ao nepotismo, ainda que não esteja descrito em lei formal Súmula vinculante nº 13 – A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Proibição de promoção pessoal Agente público – não é a pessoa do agente que está atuando, mas sim o Estado por meio do agente Art. 37, §1º Moralidade (jurídica) – Honestidade, Probidade, Lealdade no trato com atividade pública Publicidade – transparência da atividade pública Permite controle social da atuação administrativa e funciona como requisito de eficácia do ato administrativo direcionado para sociedade, pois só assim o particular tomará conhecimento da regra e será obrigado a obedecer Atos sigilosos são admitidos por relevante interesse coletivo, segurança nacional, intimidade, honra e vida privada Eficiência – admite aplicação imediata e busca por resultados positivos mais atuação e bons resultados com mínimo de gastos Rendimento, atuação e organização eficiente Os princípios não são absolutos Sempre que houver conflitos deve ser feita a ponderação de interesses Art. 5º, LV – contraditório e ampla defesa – poder saber o que está acontecendo no processo e poder se defender vale para processos judiciais e administrativos Em geral, esses princípios abarcam defesas prévias, técnicas e duplo grau de julgamento Súmula vinculante nº 5 – a ausência de defesa técnica (por escolha do particular) por advogado não gera nulidade no PAD Súmula vinculante nº 21 – inconstitucional a exigência de caução, garantia ou depósito prévio para interposição de recurso administrativo DIREITO ADMINISTRATIVO Autotutela ou autocontrole – súmula 473 do STF poder-dever de controlar seus próprios atos independentemente de provocação Pode se dar de ofício ou mediante provocação Anulação de atos ilegais ou ilícitos Súmula 346: A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. Revogação dos atos válidos por motivos de mérito O direito da Administração Pública de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. Continuidade – atividade administrativa deve ser contínua, não interrupção da atividade estatal Servidor público tem direito de greve, baseado em lei ESPECÍFICA (entende-se por lei ordinária e NÃO complementar) Hoje, se tem direito de greve, mas o exercício desse direito ainda não está regulamentado em lei específica, ou seja, tem direito, mas não pode exercê-lo Por enquanto, vão usando a lei geral de greve EXCEÇÃO: servidores militares, art. 142, não tem direito de greve nem podem se reunir em sindicatos intuito de proteção da segurança pública. Os policiais civis também não tem direito de greve, pelos mesmos motivos segurança pública Servidores em estágio probatório – tem direito de greve Remuneração do servidor tem caráter contraprestacional, ou seja, se para de trabalhar na greve, não tem direito a remuneração, SALVO, se a greve decorrer de uma conduta ilícita da administração pública Art. 6º da Lei 8987 – é possível interromper um serviço por inadimplemento do usuário? Sim, não haverá violação do princípio de continuidade, por razões de ordem técnica e inadimplemento atual, desde que haja prévio aviso resguardados os interesses da coletividade (ex: se hospital não paga energia elétrica, não dá de cortar a energia) PORÉM, não podem ser interrompidos por inadimplemento em feriados, vésperas de feriado, sextas, sábados e domingos É possível se valer de exceção de contrato não cumprido em contratos administrativos? Sim, mas não imediatamente. Motivação – fundamentação dos atos, justificação daquela atuação Exceção: se dispensa a motivação na escolha de pessoas para cargos em comissão – livre nomeação e exoneração Porém, caso o administrador queira apresentar os motivos, ele ficará vinculado a eles, de forma que se não corresponderem a realidade dos fatos a exoneração deverá ser invalidada (trata-se da Teoria dos Motivos Determinantes). Razoabilidade e Proporcionalidade – Aceitabilidade da conduta, adequação entre fins e meios, limitação da discricionariedade – decisões administrativas devem indicar consequências jurídicas e administrativas de modo expresso PODERES ADMINISTRATIVOS Instrumentos necessários para atender o interesse da sociedade Abuso de poder – quando administrador público extrapola poder 1. Excesso de poder: vício de competência – agente pratica ato extrapolando a competência prevista em lei. Tinha poder para atuar até determinado ponto, mas excede. Vício sanável. 2. Desvio de poder: vício de finalidade – agente busca atender outra finalidade não prevista na lei Súmula 510: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial. DIREITO ADMINISTRATIVO Os poderes administrativos podem se manifestar de forma vinculada ou discricionária Todas as vezes que o administrador atua, ele tem que atuar dentro da lei Vinculado – critérios objetivos de atuação. Agente público não tem margem de escolha para decidir se vai atuar ou como vai atuar Discricionário – lei prevê a prática dos atos, mas permite e dá margens de escolha Nos limites da lei, cabe ao administrador definir a melhor forma de atuação, baseado em critérios de oportunidade e conveniência Poder discricionário não é poder jurisdicional Possível o controle jurisdicional de atos discricionários, no que se refere aos limites da lei Poder normativo – edição de normas gerais e abstratas dentro dos limites da lei Facilita a aplicação da própria lei Poder regulamentar – espécie de poder normativo Regulamento executivo – fiel execução de lei Regulamento autônomo – substituto de lei Para extinção de cargo vago e para organização administrativa desde que não gere despesas, crie ou extinga órgãos Poder hierárquico – poder de organização e estruturação interna da administração pública NÃO há hierarquia entre entes da administração direta e indireta A hierarquia se restringe a organização INTERNA Poder disciplinar – aplicação de penalidades,poder punitivo, sancionatório àqueles que têm vínculo especial com a administração (contratual, funcional...) Diferente de sanção a um particular Devido processo legal na esfera administrativa PODER DISCIPLINAR - se dirige as que têm específico vínculo com o Estado, (não coletividade), ou seja, aplica sanções aos demais agentes em infração funcional, como agentes públicos e cabe também às pessoas que mantém vínculo contratual com a administração e cometem alguma falta na execução do contrato. Poder de polícia (administrativa) – restrição de liberdades e uso da propriedade privada na busca do interesse público Limita e condiciona direitos individuais Se manifesta por meio de normas gerais ou atos individuais, aos preventivos ou repressivos Tem atributo imperativo, imposição unilateral, independentemente da concordância do particular, ele fica sujeito a obrigação imposta A aplicação de penalidade representa exercício do poder de polícia, mas não autoriza a apreensão de bens para a quitação da dívida. Súmula 323 do STF: É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos. Multas aplicadas em razão do poder de polícia são uma exceção ao atributo da autoexecutoriedade, ou seja, deverá haver processo de execução fiscal. PODER DE POLÍCIA - se dirige à coletividade geral, condicionando as pessoas ao cumprimento da lei – limita o exercício das liberdades ou faculdades de proprietário em prol do interesse público – gera possibilidade de cobrança de taxas. 1.Discricionariedade – liberdade para decidir perante o caso concreto 2.Coercibilidade ou coercitividade – se vale de meios indiretos e diretos de coerção para que atos sejam obedecidos independentemente de vontade 3.Autoexecutoriedade – se vale de meios diretos de coerção, executando suas próprias decisões sem interferência do Poder Judiciário Pode decorrer de lei ou de situações de urgência devidamente justificados Poder de polícia não pode ser exercido por pessoas jurídicas de direito privado, porque é atividade típica de Estado. As atividades de DIREITO ADMINISTRATIVO execução podem ser delegadas, mas de resto, não. Norma de polícia, fiscalização de polícia, consentimento de polícia e a sanção de polícia Fiscalização e consentimento podem ser delegados. Normas e sanções NÃO. LEI 9.873 – Sanções de polícia prescrevem no prazo de 5 anos contados do ato ilícito ou de quando ele tiver cessado, se for ato continuado Se o processo administrativo ficar parado por 3 anos, há prescrição intercorrente, mesmo se não tiver passado os 5 anos ainda Se a infração de polícia também configurar ilícito penal, os prazos são outros – sanção prescreve no mesmo prazo de prescrição do ilícito penal Súmula 323 do STF: É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos. Multas aplicadas em razão do poder de polícia são uma exceção ao atributo da autoexecutoriedade, ou seja, deverá haver processo de execução fiscal. TERCEIRO SETOR LEI 9.790/99 Dispõe sobre a qualificação das pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos (excedentes não são distribuídos entre os participantes), como as OSCIPs – Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público Precisam ter sido constituídas e estarem em funcionamento há pelo menos 3 anos NÃO são OSCIPs: sociedades comerciais, sindicatos, associações de classe ou de representação profissional, instituições religiosas, organizações partidárias, entidades de benefício mútuo, entidades e empresas de planos de saúde, instituições hospitalares privadas, escolas privadas, organizações sociais, cooperativas, fundações públicas, organizações creditícias (exceção: microcrédito) As OSCIPs precisam ter finalidade de promoção de assistência social, promoção de cultura e defesa do patrimônio, educação, promoção gratuita de saúde, segurança alimentar e nutricional, preservação do meio ambiente, voluntariado, desenvolvimento econômico e social, combate à pobreza, novos modelos de comercio e produção, estudos e pesquisas, promoção da ética, paz e etc. Essas organizações devem ser regidas pelos princípios do LIMPEE Não devem visar benefícios ou vantagens pessoais Devem ter um conselho fiscal ou órgão equivalente para avaliação dos relatórios Em caso de dissolução da pessoa jurídica ou perda da qualificação como OSCIP, seu patrimônio deverá ser repassado para outra de mesmo objeto social ou parecido Pode ser instituída remuneração para dirigentes e outros prestadores de serviço da organização Deve ter normas de prestação de contas, com publicidade (com relatórios, demonstrações financeiras, certidões negativas de débitos...), realização de auditoria Se alguma pessoa jurídica com as qualificações necessárias quiser se tornar uma OSCIP basta fazer um requerimento escrito ao Ministério da Justiça, levando estatuto, ata de eleição da diretoria, balanço patrimonial e demonstração do resultado, declaração de isenção de imposto de renda, inscrição no cadastro geral de contribuintes Ministério da Justiça tem prazo de 30 dias para decidir e, se deferir, no prazo de 15 dias certificara como OSCIP. Se não deferir, tem que publicar no Diário Oficial As causas de indeferimento: requerente é uma das PJ vedadas, ou não cumpre os requisitos ou a documentação está incompleta A qualificação de OSCIP é perdida por decisão em processo administrativo ou judicial (seja de iniciativa popular, seja do MP) Qualquer cidadão desde que tenha provas e não seja anônimo pode pedir a perda da qualificação a alguma OSCIP DIREITO ADMINISTRATIVO Termo de parceria – instrumento firmado entre Poder Público e OSCIPs – cooperação para fomento e execução de atividades de interesse público Antes de firmar o termo deve haver consulta ao Conselho de Políticas Públicas Cláusulas essenciais: o objeto que será fomentado e executado, plano de metas e resultados, quais os critérios de avaliação de desempenho, previsão de receitas, gastos, elaboração de relatórios, publicação do extrato do termo de parceria Execução do objeto será fiscalizada por órgão do poder público e pelos conselhos de políticas públicas Resultados devem ser analisados por comissão que encaminhará relatório para autoridade competente Ao ser averiguada alguma irregularidade haverá aviso ao Tribunal de Contas e ao MP, sob pena de responsabilidade solidária Haverá representação ao MP e à AGU para decretação de indisponibilidade dos bens da entidade e sequestro de bens dos dirigentes ou agente público ou terceiro que tenha se enriquecido Se algum imóvel for adquirido pela organização com recurso vindo da celebração do termo de parceria será inalienável Prestação de contas do termo de parceria se dará mediante da apresentação de: relatório de execução das atividades, demonstrativo de receita/despesa, extrato de execução, balanço patrimonial, demonstração da origem e aplicação dos recursos, de mutações no patrimônio, parecer e relatório de auditoria quando for o caso. OSCIPS não podem participar de campanhas de interesse político partidário DIREITO ADMINISTRATIVO LEI DO PREGÃO Para aquisição de bens e serviços comuns pode ser adotada a licitação na modalidade pregão É facultada a participação de bolsas de mercadorias no apoio técnico e operacional essas bolsas devem estar organizadas sob a forma de sociedades civis sem fins lucrativos Fase preparatória do pregão: A necessidade da contratação tem que ser justificada Deve ser definido o objeto do certame As exigênciasda habilitação Os critérios de aceitação das propostas As sanções por inadimplemento As cláusulas do contrato Os prazos para fornecimento Orçamento elaborado pelo órgão ou entidade promotora da licitação Serão designados os pregoeiros, equipe de apoio que receberá as propostas, analisará, habilitará e adjudicará o objeto do certame equipe deverá ser composta preferencialmente por ocupantes de cargos efetivos No ministério de defesa – equipe pode ser composta por militares Fase externa: Começa com convocação dos interessados por meio de publicação em diário oficial ou jornais de circulação local e facultativamente por meios eletrônicos Prazo para apresentação de propostas é de no mínimo 8 dias Na sessão os interessados declaram ciência de que cumprem os requisitos e entregam os envelopes com indicação do objeto e preço No curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor Examinada a proposta classificada em primeiro lugar, caberá ao pregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua aceitabilidade A habilitação é feita depois de verificada a situação do interessado perante a fazenda nacional, seguridade social e FGTS, fazendas estaduais e municipais Depois disso é consagrado o vencedor Se não houver atendimento as exigências, verifica-se a habilitação dos interessas subsequentes Se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato vê as propostas subsequentes também É VEDADA a exigência de garantia de proposta, aquisição do edital pelos licitantes como condição de participação no certame e pagamento de taxas e emolumentos O prazo de validade das propostas é de 60 dias Fica impedido de licitar e será descadastrado do sicaf quem deixa de apresentar documentação ou apresenta documentação falsa, ou ainda retarda execução e etc. Atos essenciais do pregão são documentados no processo para que sua regularidade seja aferida pelos agentes de controle Aquisição de bens e serviços comuns da área da saúde modalidade do pregão Quando o quantitativo total estimado para a contratação ou fornecimento não puder ser atendido pelo licitante vencedor, admitir-se- á a convocação de tantos licitantes quantos forem necessários para o atingimento da totalidade do quantitativo, respeitada a ordem de classificação, desde que os DIREITO ADMINISTRATIVO referidos licitantes aceitem praticar o mesmo preço da proposta vencedora. LEI DE LICITAÇÕES NÃO são abrangidas por esta lei – as empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias Lei aplicada à alienação e concessão de direito real de uso de bens, compra, locação, concessão ou permissão de uso de bens públicos, prestação de serviços, obras e serviços de arquitetura e engenharia, contratações de TI e comunicação NÃO se subordinam ao regime da lei: contratações relacionadas a operação de crédito e gestão de dívida pública Exceção: contratações relativas a serviços em geral e de engenharia de EPPs Concorrência: licitação para contratação de Bens e serviços especiais (por sua alta heterogeneidade ou complexidade, não podem ser descritos) Obras e serviços comuns (padrões de desempenho e qualidade podem ser objetivamente definidos) Obras e serviços especiais de engenharia O critério será pelo menor preço, melhor técnica ou conteúdo artístico, técnica e preço, maior retorno econômico e maior desconto Concurso: licitação para trabalho técnico, científico ou artístico Critério é o de melhor técnica ou conteúdo artístico Leilão: licitação para alienação de bens imóveis ou móveis Critério é para quem oferecer maior lance Pregão: licitação para aquisição de bens e serviços comuns Critério é menor preço e maior desconto Lei nº 8.666/93: Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: II - ser processadas através de sistema de registro de preços; Art. 11, Lei 10.520. As compras e contratações de bens e serviços comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de registro de preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, poderão adotar a modalidade de pregão, conforme regulamento específico. DIREITO ADMINISTRATIVO AGÊNCIAS REGULADORAS ANATEL, ANEEL e ANP – foram agencias reguladoras surgidas na década de 90 com as privatizações Agências reguladoras são entidades descentralizadas, são autarquias que não possuem total independência, pois estão vinculadas a um ministério supervisor independência administrativa mitigada A própria lei que cria cada uma das Agências Reguladoras define e regulamenta as relações de submissão e controle, fundado no poder de supervisão dos Ministérios a que cada uma se encontra vinculada, em razão da matéria, e na superintendência atribuída ao chefe do Poder Executivo, como chefe superior da Administração Pública. Foram criadas no sentido de que elas ficariam a cargo de autoridades que não teriam vínculo com o poder e, portanto, protegeria sua atuação de mudanças políticas o que confere certa autonomia, sem estar a mercê das mudanças de governo ou político da vez Agências reguladoras são autarquias com regime especial não confundir com as autarquias comuns Esse regime é especial por que seus dirigentes são estáveis e tem mandatos fixos. Características que tornam o regime especial: 1. Dirigentes estáveis – nomeados pelo chefe executivo e aprovados pelo legislativo – não podem ser desligados politicamente. Não é cargo comissionado/de confiança. Não existe exoneração ad nutum (por nada, imotivada ou somente por interesses políticos). Assim, as agências têm maior autonomia para tomar as decisões técnicas mais adequadas. Eles só perdem o mandato em caso de renúncia, condenação transitada em julgado ou PAD e infringência ao que é vedado na lei específica das agências 2. Mandato fixo – dirigente fica na função por um prazo pré-definido. O prazo varia de uma agencia para outra. Os mandatos fixos não podem ser coincidentes, ou seja, terminar e começar ao mesmo tempo. Isso serve para que os dirigentes não sejam todos trocados ao mesmo tempo. Em um ano termina o mandato de um e em outro termina de outro, por exemplo. 3. Quarentena – período após o desligamento da função em que o ex-dirigente não pode atuar no setor regulado. Prazo da quarentena é de 6 meses não pode atuar dentro daquela seara nesse tempo e por conta disso receberá uma indenização As agências reguladoras não têm sistema presidencialista. Elas são dirigidas obrigatoriamente por um colegiado, um conjunto de diretores. 1 presidente e 4 conselheiros Estado passou a ocupar posição de fiscal/controlado, com quebra do monopólio estatal, delegando as funções de exercício para empresas privadas Capacidade técnica gera estabilidade no mercado Agências federais – ANATEL, ANEEL, ANP, ANVISA, ANA, ANS e etc. Estados, Distrito Federal e Municípios podem ter suas agências reguladoras Todos os estados brasileiros e o distrito federal tem pelo menos uma agencia reguladora e 10 municípios também tem agências reguladoras municipais Diferença entre as agências federais, estaduais e municipais – mudam as autoridades encarregadas de nomear os dirigentes DIREITO ADMINISTRATIVO As agências reguladoras federais têm seus dirigentes nomeados pelo presidente da república com aprovação do senado No caso de diretores de agências estaduais quem indicaé o governador com aprovação da assembleia No distrito é governador com aprovação da câmara legislativa E nos municípios é o prefeito com aprovação da câmara municipal Em resumo, chefe do executivo nomeia e parlamento aprova Direito regulatório – normas de direito constitucional, administrativo e econômico que disciplinam as agências reguladoras Gerações de agências reguladores esse modelo cronológico só se aplica ao âmbito federal Primeira geração (1994-1999) ANATEL, ANEEL e ANP Agências monosetoriais – telecomunicações, energia elétrica e petróleo Surgiram como consequência do modelo de privatizações dos anos 90 – saída do estado da prestação direta de serviços, com concessão a particulares e a agencia ocupando papel de fiscalização Exercem papel de PODER CONCEDENTE Segunda geração (2000-2004) Atuam em setores sociais que não são serviços públicos Exercem PODER DE POLÍCIA ANA – água ANVISA – vigilância sanitária ANS – agência nacional de saúde suplementar Terceira geração (2005-até hoje) Atuação multi-setorial Mesma agencia reguladora atuando em vários ramos Agências plenipotenciárias sozinhas atuam com poder de polícia, prestação de serviço e fomento ANAC – agencia nacional de aviação civil ANM – agencia nacional de mineração Desagencificação – extinção de agências reguladoras em mercados que eram regulados ADA e ADEN – foram extintas, eram de fomento, para atuar na região da Amazônia e no Nordeste Agências reguladoras são autarquias com regime especial não confundir com as autarquias comuns Seus dirigentes são estáveis tem mandatos fixos LEI Nº 13.848, DE 25 DE JUNHO DE 2019 Marco regulatório das agências: Mudou o período de quarentena, de quatro meses para seis meses Lista de agências reguladoras federais: ANATEL, ANEEL, ANP, ANVISA, ANS, ANA, ANTT, ANTAQ, ANCINE, ANAC, ANM (11) – lista exemplificativa, ou seja, podem ser criadas novas agências sujeitas a esse marco regulatório Novos requisitos para nomeação dos dirigentes: 1. Notório reconhecimento no mercado regulado pela agência. 2. Experiência comprovada no setor – tempo de atuação no mercado. O nomeado tem que ter trabalhado pelo menos 10 anos naquele âmbito. 3. Formação científica na área específica da agência – formação compatível na área de atuação da agência Se uma pessoa que não tem esses requisitos for nomeada, o poder legislativo pode rejeitar, mas isso geralmente não acontece. A análise dos requisitos é feita efetivamente pelo Poder Judiciário, desde que provocado por algum interessado. Quarentena é temporária, remunerada (ex- dirigente continua recebendo pelo prazo da quarentena). DIREITO ADMINISTRATIVO Serve para evitar a captura, que é a prática de contratar ex agente público para trabalhar contra interesse do estado no interesse privado. Exemplo: pessoa que trabalhava na agencia nacional de saúde suplementar passa a trabalhar numa empresa de plano de saúde, ou seja, de interesse contrário. Agências reguladoras são dotadas de competência de PODER NORMATIVO ANATEL exerce poder normativo na área das telecomunicações Se ato normativo expedido por agencia reguladora for contrário à lei, prevalece a lei sobre esse ato normativo. Ato normativo será NULO. Atos normativos não revogarão normas de lei. ATOS ADMINISTRATIVOS Requisitos ou elementos estão ligados à estrutura, formação, validade, existência. Requisitos são indispensáveis Ausência de um deles faz com que o ato seja ilegal CO FO FI MO OB Competência – atribuição, demonstração de como pode ou não agir. Conferida em razão da matéria, território, hierarquia Irrenunciável – titular não pode abrir mão da competência, mas pode transferir a execução através da delegação e avocação Avocação – superior hierárquico toma a competência Avocação é só vertical Delegação – você delegou e depois pega de volta 1. Delegação vertical 2. Delegação horizontal É vedada a delegação quando se tratar de CE – competência exclusiva: se houver delegação o ato é NULO e não cabe delegação *Se for competência privativa pode delegar e pode convalidar NO – normativos RA – recursos administrativos A lei pode admitir a renúncia, não há discricionariedade para dispor sobre isso Improrrogável e inderrogável – competência não pode ser aumentada nem diminuída Imprescritível - Função, poder, legitimidade Sujeito – quem é que pode fazer isso? Órgão, indivíduo, agente público Se eu tenho competência (decorre da lei), eu tenho capacidade (físico-mental). Mas nem sempre quando tenho capacidade tenho competência. Forma – exteriorização, o visual do ato Ex: decreto, lei, resolução... Ato verbal é possível, mas é exceção Finalidade – objetivo, efeito futuro/mediato Sua prática não deve ser diversa daquela prevista Motivo – é a causa, o que originou o ato, fato, fundamento Razões de fato e de direito Motivo é obrigatório sempre Vício de motivo (falso, inexistente) – NULO Teoria dos motivos determinantes Motivação é justificação/explicação/razões dos fundamentos – é regra, mas não é obrigatório em todos os atos Todo ato tem motivo, mas nem todo ato terá motivação Objeto – conteúdo, efeito imediato/presente Efeito jurídico que o ato produz Exemplos: licença, autorização... DIREITO ADMINISTRATIVO Motivo (passado) objeto (presente) finalidade (futuro) Dica: em questões que falarem de vício de requisito e elas tratarem de desavença, inimizade, perseguição vício na finalidade, pois tem o desvio na finalidade/poder em razão de um motivo ____________________________________________ Já os atributos ou características tratam de prerrogativa, supremacia, poder da administração, qualidades e não precisam obrigatoriamente estar presentes Nem todos os atos possuirão todos os atributos Ou seja, a falta de um atributo não tornará ilegal O requisito é o alicerce do ato Os atributos são as qualidades PAI QUE ÀS VEZES VEM COM TIO PATI Presunção de veracidade – premissa de que o ato é verdadeiro – tem relação com os fatos e a presunção de legalidade diz respeito ao ordenamento jurídico Todo ato possui presunção, mas é relativa Mesmo que o ato seja ilegal, ele vai nascer sendo considerado legal Presunção de legitimidade, suposição Um ato mesmo que ilegal, produzirá imediatamente seus defeitos, porque é presumido, ainda que erroneamente, que tudo seja legítimo Autoexecutoriedade – a própria administração executa as suas atividades Ex: multa do poder de polícia. Administração impõe a multa, mas se você não pagar, ela não pode pegar seu veículo para compensar a multa não paga. Multa não tem autoexecutoriedade. A administração pública pode anular seus próprios atos quando eivados de vício, com necessidade de controle judicial. OBS: não precisa de ordem judicial, mas ao executar, cabe ao Judiciário o controle Não precisa da interferência do poder judiciário, mas ele vai poder controlar Imperatividade – poder de impor as medidas administrativas Tipicidade – o que é previsto, expresso Para cada ato que se quer fazer, existe uma previsão ilegal É proibido o ato inominado, ato sem nome A tipicidade é indicação de Maria Zanella de Pietro Pela doutrina clássica geralmente não tem a Tipicidade Espécies de ato administrativo Se tem R é discricionário – autorização, permissão, renúncia Se não tem R é vinculado – homologação, visto, licença EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Revogação – efeitos ex nunc, irretroativo Motivos – vontade da administração, conveniência/oportunidade, juízo de valor, mérito administrativo Só pode revogar atos discricionários Pode revogar atos válidos, eficazes Não serevoga – ato vinculado, exaurido, enunciativo, que integra procedimento administrativo, ou que tenha produzido direito adquirido Não tem prazo de prescrição Só a administração pública é competente para revogar Anulação – efeitos ex tunc, tem retroatividade Motivos – ilegalidade, irregularidade, vício, defeito DIREITO ADMINISTRATIVO Não atinge terceiros de boa-fé (aqui terá efeitos ex nunc) Decadência de 5 anos, salvo má-fé Tanto a Administração Pública como o Poder Judiciário são competentes para anular O uso anormal de bens públicos por particulares pode se dar por meio de concessão, permissão e autorização. As duas últimas se caracterizam por serem atos administrativos (portanto, sendo atos, só podem ser unilaterais, pois não são contratos) do tipo negocial e por serem precárias (ou seja, podem ser revogadas pelo poder público sem que reste direito à indenização pelo particular). Mas a doutrina mais moderna costuma diferenciar uma e outra por ver a permissão ser utilizada em situações em que predomina o interesse público, enquanto a autorização seria empregada em situações nas quais predominam o interesse do particular. O instituto da caducidade é uma forma de extinção do ato administrativo, em razão de lei nova não mais permitir a pratica do ato autorizado anteriormente pela Administração Pública. Lei nº 9.784/99, art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. §1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se- á da percepção do primeiro pagamento. § 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida (inclusive instauração de processo administrativo) de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. DIREITO ADMINISTRATIVO BENS PÚBLICOS – pertencentes a todas as pessoas jurídicas de direito público, união, estados, municípios, distrito federal, fundações públicas, autarquias... No código civil os bens públicos também só pertencem às pessoas jurídicas de direito público. O restante são bens particulares. De acordo com o código civil, mesmo que uma empresa pública e uma sociedade de economia mista prestem serviços públicos, seus bens são particulares. Seus bens, ainda sim, são impenhoráveis e inalienáveis. Competência para legislar sobre bens públicos: 1. Da união – competência privativa 2. Demais entes da federação – vão ter leis específicas sobre seus respectivos bens Classificação dos bens públicos Quanto à destinação: 1.Bens de uso comum do povo são aqueles de uso normal da população, uso livre, gratuito. Ex: ruas, praças, avenidas... Exceção: utilização exclusiva dos bens deve seguir uma regulamentação estatal. Ex: interditar rua. São INALIENÁVEIS E AFETADOS não podem ser vendidos OBS: podem ser desafetados por lei ou por autorização administrativa 2. Bens de uso especial bens para prestação de serviços públicos pela administração pública. Ex: escola pública, hospital público, repartições públicas, automóvel oficial... Bens de uso especial indireto: bens protegidos pelo interesse da coletividade. Ex: terras protegidas pelos índios, terras sob proteção ambiental São INALIENÁVEIS e AFETADOS OBS: podem ser desafetados por lei ou por autorização administrativa 3. Bens dominicais ou dominiais são aqueles que não tem destinação pública. Ex: terras devolutas São ALIENÁVEIS e DESAFETADOS podem ser vendidos Afetação/consagração de bens públicos: dar uma destinação pública, tornar utilizável para sociedade Desafetação/desconsagração: suprimir a destinação pública de um bem Garantias *Impenhorabilidade – É proibida a penhora de bens públicos *Não onerabilidade – bens públicos não podem ser objeto de direito real de garantia. Não pode ser objeto de penhora, anticrese, hipoteca... *Imprescritibilidade – bens de propriedade do poder público serão bens públicos Usucapião: é impossível nos bens de uso comum e bens de uso especial. Súmula 340 do STF: os bens dominicais NÃO podem ser objeto de usucapião Ou seja, nenhum dos bens pode ser objeto de usucapião DIREITO ADMINISTRATIVO *Inalienabilidade – não podem ser vendidos se estão afetados Bens imóveis da administração pública – dependem de autorização legislativa para que se possa vender esses bens modalidade de licitação será obrigatoriamente a de CONCORRÊNCIA Utilização de bens públicos por particulares 1. Utilização normal do bem público: quando bem está atendendo sua finalidade originária coletiva, sem distinção de usuários. Ex: ruas para transito de pessoas e automóveis 2. Utilização especial ou anormal: utilização de forma diversa. Ex: rua e praia para shows Remunerada: cobrança de pedágio Cessão de uso: órgão cede um bem para outro órgão público Aquisição de bens públicos 1. Aquisição originária – independe da vontade do particular Ex: desapropriação 2. Aquisição derivada – consenso entre as partes (adm e particular) Ex: contrato de compra INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE Estado restringe direito de propriedade do particular, mesmo sendo uma garantia constitucional Supremacia do interesse público sobre o privado Intervenções restritivas – limita e condiciona de propriedade, mas não retira o bem das mãos do particular – decorrentes do poder de polícia Ex: servidões, tombamentos... Intervenções supressivas – o Estado suprime o direito de propriedade do particular – desapropriação Desapropriação Forma originária de aquisição de propriedade – a propriedade chega aos mãos do Estado de forma livre e desembaraçada Qualquer direito que recaia sobre o bem vira indenização Art. 5º, XXIV Desapropriação por utilidade ou necessidade pública – mediante prévia e justa indenização em dinheiro Desapropriação comum ↓ Desapropriação por interesse social – para garantir função social da propriedade. As vezes a propriedade não vai nem ser usada pelo Estado, mas sim repassada para terceiros – também mediante previa e justa indenização em dinheiro Para ser justa – calculada pela administração por meio de perícia, deve abarcar valor de mercado do imóvel somado a todos os danos que decorram dessa desapropriação Exceções: 1.desapropriação especial urbana – art. 182 da CF Se imóvel não cumpre a função social o poder público municipal poderá tomar algumas providencias, tais como: 1.Notificação do proprietário para que ele faça parcelamento/edificação compulsória Depois de notificado, ele tem 1 ano para apresentar o projeto e 2 anos para dar início às obras 2.Incidência de IPTU com alíquota progressiva durante 5 anos – essa alíquota pode chegar até 15%, mas não é possível que se aumente mais que o dobro de ano a ano 1% 2% 4% 8% 15% 3.Desapropriação – essa desapropriação especial urbana tem caráter sancionatório, com pagamentos de indenização com títulos da dívida pública resgatáveis em até 10 anos pelo particular que foi desapropriado Essas medidas só podem estão limitadas ao poder público municipal – e só é para municípios que tenham plano diretor O Plano diretor é obrigatório para municípios que tem mais de 20.000 habitantes e facultativo para municípios que tem menos que essa quantidade DIREITO ADMINISTRATIVO Se o município tem menos de 20.000 habitantes e tem plano diretor – PODE se valer dessas medidas (facultativo) 2.Desapropriação especial rural Só pode serfeita pelo município que tenha um plano diretor votado e aprovado pela câmara municipal Se imóvel rural não cumpre função social, será desapropriado para fins de reforma agrária Súmula 164 do STF: "No processo de desapropriação, são devidos juros compensatórios desde a antecipada imissão de posse, ordenada pelo juiz, por motivo de urgência." Súmula 69 do STJ "Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão na posse e, na desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel." SERVIÇOS PÚBLICOS 1. Atividade material 2. Atuação ampliativa – utilidade e comodidade ao beneficiário 3. Dever do Estado 4. Regime Jurídico de Direito Público Serviço público – prestação em relação ao usuário – Estado fazendo algo em favor do usuário Segurança pública não é serviço público. É poder de polícia. Serviço público: Uti universi – aquele prestado pelo Estado mas sem criar benefícios individuais. Cria serviços difusos. Exemplo: iluminação pública – porque favorece todo mundo que passa pela rua. Não tem como individualizar. Não pode ser remunerado por taxa Indivisível Uti singuli – pode separar o custo em favor de cada usuário Divisível Favorece separadamente cada usuário Exemplo: energia elétrica residencial, água, transporte, telefonia fixa Podem ser taxados Serviços públicos de competência da União: serviço postal e correio aéreo, radiodifusão sonora e de imagens (rádios e TVs se forem gratuitas), transporte aéreo de passageiros... De competência dos estados: gás canalizado De competência dos municípios: transporte urbano coletivo de pessoas (empresas de ônibus, taxistas) Atividade notarial – exercida nos tabelionatos e cartórios Serviços notariais e de serviços são exercidos em caráter privado – cartório funciona como uma espécie de empresa e funcionários são empregados particulares do titular (celetistas). Não precisam de concurso público. A única pessoa que precisa de concurso é o titular Art. 236 da CF Os cartórios não têm personalidade jurídica própria – é uma delegação despersonalizada Se houver algum prejuízo causado pelo cartório, o usuário tem que acionar o Estado, já que o cartório é despersonalizado Não existe nepotismo no serviço notarial, porque os empregados não são agentes públicos Emolumentos – remuneração que o usuário paga pelo serviço prestado pelo cartório (tributo). Existe repasse para o respectivo tribunal de justiça (taxa de polícia) Princípios dos serviços públicos: Adequação Modicidade da remuneração/taxa – valor cobrado para o usuário tem que ser o menor possível Tarifa ou preço público – não é tributo. Cobrado via concessão ou permissão. Taxa – é tributo e tem que ser baseado na anterioridade e legalidade. Tributo cobrado diretamente pelo Estado. DIREITO ADMINISTRATIVO Obrigatoriedade – porque a lei e CF mandam. Prestação de serviços não pode ser interrompida ou paralisada pelo Estado. Continuidade – serviço não pode ter prestação interrompida/suspensa Hipóteses de corte: segurança das instalações e inadimplemento (corte de segunda a quinta. Não pode finais de semana, sexta e feriados. A notificação tem que dizer a data exata em que será cortado) Cortesia Generalidade – serviço tem que ser aproveitado pela maior quantidade de pessoas possível Outorga – Quando se cria pessoa jurídica para um serviço público específico Delegação – poder público contrata particular que presta serviço por conta dele e atua diretamente com o usuário concessão e permissão Concessão de serviço público – contrato administrativo onde o estado, poder concedente, delega uma prestação de serviço a uma empresa concessionária que será remunerada pelo usuário por meio de tarifa A titularidade do serviço ainda é do ente federativo. A delegação é da prestação de serviços públicos. Retomada de serviço mal prestado – encampação Exemplo: rádios e tvs (tv a cabo NÃO é concessão de serviço), rodovias com pedágio, empresas de transporte rodoviário de passageiros transporte urbano de passageiros dentro ou entre cidades e contrato com empresas aéreas Relação jurídica triangular Contrato TRILATERAL 1. Poder concedente – entidade federativa constitucionalmente competente para realizar o serviço 2. Empresa concessionária – presta o serviço para o usuário 3. Usuário – paga tarifa para ter prestação de serviços Não existe relação jurídica direta entre poder concedente e usuário, apenas entre empresa concessionária e usuário O Estado não paga remuneração para a empresa concessionária, quem paga é o usuário Não se admite delegação de serviço público a uma pessoa física. É apenas para pessoa jurídica da iniciativa privada. Essa empresa tem que vencer uma licitação na modalidade concorrência. Permitida arbitragem entre ente federativo e empresa concessionária. Tarifa e preço público são a mesma coisa não tem natureza de tributo. É diferente de taxa!!! Trata-se remuneração administrativa que não tem garantias típicas do contribuinte, como legalidade ou anterioridade. Poder concedente pode por ato administrativo determinar aumento da tarifa, que poderá valer de imediato Modicidade das tarifas – valor cobrado pela prestação de serviço tem que ser o mais baixo possível para abarcar uma quantidade maior de pessoas Pode cortar os serviços por inadimplemento – mas tem que ter no aviso prévio com data exata do dia que será feito. O corte só pode ser feito de segunda a quinta. Não pode em feriados, sexta, sábado e domingo. Todo risco do negócio fica por conta do concessionário Contrato administrativo autossustentável – modelo de negócio faz com que a própria relação se pague. Não há dinheiro do orçamento público sendo utilizado para pagamento desses serviços. Toda concessão tem um prazo determinado, mas não envolve os 12 meses da lei orçamentária anual, porque justamente não se usa dinheiro do orçamento Competência para legislar em matéria de concessão de serviço público competência privativa da União em relação às normas gerais DIREITO ADMINISTRATIVO Nada impede que estado, DF e municípios tenha suas legislações sobre concessão, basta que respeite as normas gerais Concessão de serviço público tem muitos contratos derivados – ex: concessão precedida de obra pública e parceria público privada “Contrato mãe/matriz” Modelos de negócios distintos Custo, risco e forma de pagamento Amortização (como o investimento é devolvido) Concessão precedida de obra – concessionária tem que pagar execução de uma obra com seus próprios recursos e o investimento será amortizado ao longo de vários anos mediante a tarifa. Ou seja, o risco do negócio é muito maior do que na concessão normal de serviços públicos Exemplo: ponte rio niterói, construída por uma empresa privada. Poder público não pagou nada. A amortização acontece até hoje, pois para passar pela ponte tem que pagar a tarifa. Somente podem ser prestados mediante concessão os serviços uti singuli – serviços específicos e divisíveis Existem serviços indivisíveis – serviços públicos uti universi. Exemplo: lâmpadas nas ruas que beneficiam qualquer pessoa e não pode ser concedido em favor de cada usuário. Nesse caso, a própria entidade federativa custeia. Responsabilidade pelos prejuízos causados ao usuário pelos serviços concedidos – a indenização fica por conta da concessionária e a responsabilidade vai ser objetiva (independentemente de dolo ou culpa) lembrar que o risco do negócio fica por conta do concessionário Independentemente de a vítima ser beneficiário/usuário no momento do dano, o concessionário será responsabilizado objetivamentePermissão – delegação a título precário (provisório), mediante licitação (não diz qual tipo), da prestação de serviços públicos a pessoa física ou jurídica. Cabe revogabilidade unilateral. A permissão é feita mediante contrato de adesão ____________________________________________ Resumindo: Concessão Sempre precedida de licitação na modalidade concorrência ou diálogo competitivo; Pode ser para pessoa jurídica ou consórcio (nunca para pessoa física); Prazo determinado (não é precário); Natureza contratual (bilateral); Obra ou obra + serviço. A diferença principal entre a PPP e a concessão é a fonte do pagamento que deve ser realizado ao ente privado. Nas concessões, o pagamento vem unicamente das tarifas cobradas pelo usuário Já nas parcerias público-privadas, diferentemente, há duas possibilidades de pagamento: o Estado arca com ele unicamente (PPP administrativa) ou os recursos são provenientes de uma combinação entre as tarifas pagas As PPPs podem ser de 2 formas: Patrocinada e Administrativa. Patrocinada --> além do pagamento das tarifas pelos particulares, há a contraprestação por parte do ESTADO. (RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA) Administrativa --> o ESTADO é usuário DIRETO E INDIRETO, ou seja, só há contraprestação do ESTADO. Permissão Sempre precedida de licitação (qualquer modalidade); Pode ser para pessoa física ou jurídica (nunca para consórcio); Título precário (prazo indeterminado que não gera direito adquirido); Natureza contratual (contrato de adesão); Só serviço (nunca obra). DIREITO ADMINISTRATIVO Autorização Não exige licitação Pode ser para pessoa física ou jurídica (nunca para consórcio); Título precário (prazo indeterminado que não gera direito adquirido); Natureza unilateral Só serviço (nunca obra). *Advento do termo BIZU: Termo --> ERMO - para lembrar de solitário, para lembrar de finalizado. O prazo de vigência do contrato terminou. *Encampação BIZU: PODER PÚBLICO ACAMPA – Poder público “toma conta” sem a concessionária nada ter feito de “errado”. Ocorre uma rescisão unilateral pelo poder público (e antes de finalizar a vigência do contrato). A concessionária nada fez, apenas, o Poder Público deseja “tomar para si” o serviço”. Cabe indenização? Poder Público para a concessionária. *Caducidade BIZU: CADUCO – uma analogia para lembrar que a concessionária não está prestando o serviço como deveria. Ocorre uma rescisão unilateral pelo poder público (e antes de finalizar a vigência do contrato). Isso porque a concessionária não está prestando um serviço adequado. Como ocorre? Poder Público (PP) primeiro notifica para a concessionária “melhorar” a prestação de serviço por determinado prazo. Depois, não havendo “melhora”, PP instaura processo administrativo e decreta caducidade. Cabe indenização? A concessionária pode ser responsabilizada. *Rescisão BIZU: ReSCinde --> ConCeSsionária – a extinção do contrato ocorre por iniciativa do concessionário em razão de inadimplemento do Poder Concedente. Entrar com ação própria no Poder Judiciário Concessionária continuará a prestar serviço até o trânsito em julgado. Cabe indenização? Sim. CONSÓRCIOS PÚBLICOS Reunião de vários entes estatais que tem objetivo/problema em comum para conseguir mais eficiência, produtividade e menos custo É formado exclusivamente por entes da federação, ou seja, particular não participa do consórcio e entidade administrativa também não Tem personalidade jurídica própria O consórcio público constitui associação pública ou pessoa jurídica de direito privado Sócios participantes não precisam de licitação Consórcio pode ser de direito público ou direito privado Se for de direito público, no caso de constituir uma associação pública – integra administração pública indireta No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público observará as normas de direito público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. DIREITO ADMINISTRATIVO Consórcio Público Constituído Como Pessoa Jurídica De Direito Privado: assume a forma de associação civil - não integra a administração pública Protocolo de intenções – aprovado pelas câmaras municipais de cada um dos municípios O representante do consorcio é um prefeito Responsabilidade subsidiaria dos entes consorciados Contrato de rateio – ratear, dividir Contrato de programa – onde estão constituídas as obrigações de cada ente da federação Para o cumprimento dos objetivos o consórcio poderá firmar convênios, contratos, acordos, receber auxílios, contribuições de outras entidades e órgãos do governo Pode promover desapropriações, instituir servidões Pode ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da federação consorciados, dispensada licitação Consórcios poderão cobrar e arrecadar tarifas mediante autorização específica É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio de contrato de rateio para o atendimento de despesas genéricas Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio REVISÃO Modo de criação Das autarquias e fundações públicas de direito público – são criadas por lei Das fundações públicas de direito privado, sociedades de economia mista e empresa pública – são autorizadas por lei. Para alienar empresas públicas e sociedades de economia mista – banco do brasil, correios, caixa econômica federal – é preciso de autorização legislativa e licitação Responsabilidade Civil – dever de reparação de dano da União, Estados, Municípios e particulares que prestam serviço público Responsabilidade objetiva – não requer demonstração de dolo ou culpa Há direito de regresso contra o agente público pois a relação entre pessoa jurídica de direito público com o agente público será pautada pela responsabilidade subjetiva Teoria do risco administrativo Quando a pessoa deu causa ao acidente há a exclusão de responsabilidade Teoria do risco integral NÃO comporta excludentes – dano nuclear, queda de aeronave brasileira por ataque de guerra ou terrorista Improbidade administrativa Objetivo de responsabilizar o agente público (estagiário, funcionário, mesário...) Enriquecimento ilícito – pode perder os bens e valores acrescidos, suspensão dos direitos políticos até 14 anos, perda da função pública, multa, impossibilidade de contratar com a administração pública por até 14 anos Prejuízo à administração pública – sanções iguais – perda de bens e valores, perda da função pública, multa, suspensão de direitos políticos e impossibilidade de contratar por até 12 anos Violação dos princípios – pagamento de multa. NÃO tem suspensão dos direitos políticos e nem perda da função pública. Ler art. 9, 10, 11 e 12 da LIA – exige DOLO Prescrição geral de improbidade administrativa é de 8 anos Prescrição intercorrente – dentro do processo Da inicial até a sentença passou 4 anos PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE Da sentença até o acórdão passou 4 anos PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE Ressarcimento do erário – imprescritível É possível o acordo de não persecução civil DIREITO ADMINISTRATIVO Princípio do bis in idem – não pode processar por lei anticorrupção e lei de improbidade ao mesmo tempo *mas pode processar por lei de improbidade e licitações ao mesmo tempo Lei anticorrupção Permite sanções administrativas e sanções judiciais cumuladas – art. 18 da lei Licitações Competitividade e maior vantagem possível, para se gastar menos adquirindo bons serviços Licitações nãopodem exigir demais, porque isso dificulta a competitividade, a participação Fase preparatória com elaboração do edital, a publicação do edital para que os interessados tomem conhecimento e possam inclusive impugnar, apresentação de propostas, julgamento das propostas, habilitação (primeiro julga as propostas e a única vencedora será a habilitada), recursos e homologação com adjudicação do objeto licitado para o vencedor rito comum aplicado para o pregão e para a concorrência Rito diferente para concurso (melhor trabalho artístico/projeto), leilão (venda de bens), diálogo competitivo Bens e serviços comuns – bem objetivamente descrito obrigatório o pregão Se for bem e serviço especial concorrência (quando as pessoas são especiais, tem muita concorrência) Critérios de julgamento: Pregão – menor preço, maior desconto Concorrência – técnica Concurso – melhor trabalho técnico, cientifico, artístico Leilão – alienação de bens Diálogo competitivo – inovações alternativas Contratação direta Inexigibilidade de licitação – competição inviável, impossível, rol exemplificativo de situações: 1. Fornecedor exclusivo 2. Artista consagrado 3. Serviços técnicos especializados + Natureza intelectual + notória especialização – vedado publicidade e divulgação, marketing – 4. Credenciamento 5. Imóvel sui generis) Dispensa de licitação – é possível licitar, mas a lei autoriza a não licitar, rol taxativo Situação emergencial, calamidade pública Contratos De regra o contrato é escrito. Exceção: prestação de serviços de até 10 mil pode ser por contrato verbal Cláusulas exorbitantes – próprias dos contratos administrativos e que dão um poder maior para um dos contratantes, nesse caso, Administração Pública Serviços contínuos: 5 + 5 Contrato com prazo indeterminado: Administração pública usuária de serviços públicos prestados em monopólio (luz, água, etc.) Alteração pode ser unilateral Pode ser por iniciativa do contratado também – direito a pedir revisão contratual, equilíbrio econômico financeiro, em virtude de causa superveniente por exemplo – teoria da imprevisão Intervenção do Estado na propriedade Servidão Requisição administrativas Intervenções restritivas Desapropriação – poder público tira a propriedade DIREITO ADMINISTRATIVO 1. Ordinária – situação de utilidade ou necessidade pública e interesse social Indenização antecipada Mediante decreto 2. Urbanística – feita somente pelo município 3. Rural – para fins de reforma agrária, feita somente pela União – títulos da dívida pública 4. Confiscatória – expropriação, confisco – plantio de psicotrópicos e trabalho escravo – feita pela União Desapropriação tem uma fase declaratória (União, Estado e municípios fazem declaração de direito, utilidade pública e tem caducidade de 5 anos) Fase executória – empresa particular pode executar a fase de desapropriação. Empresa concedente “faz as vezes”/faz o papel do poder público, desde que autorizada em contrato AGENTES PÚBLICOS Empregados públicos – estão nas empresas públicas, sociedades de economia mista, as estatais Servidor público regido pelo estatuto – está na administração direta, autarquias e fundações Pode ser ocupante de um cargo efetivo e cargo em comissão Cago efetivo Concurso – nomeação – posse – exercício e estágio probatório de 3 anos – estabilidade Pessoa com deficiência – surdez unilateral (não vai entrar na cota de deficiente) e visão monocular (entra na cota de deficiente) Cotas de ATÉ 20% para pessoas com deficiência e de EXATOS 20% para pessoas negras Concursos regidos pela 8112 – NÃO pode abrir outro concurso público se ainda tiver gente para nomear Concursos regidos pela CF – PODE abrir outro concurso, mas tem que chamar primeiro os nomeados no concurso anterior NÃO cabe acumulação de cargos públicos. Exceção: compatibilidade de horários 1. 2 cargos de professor 2. 1 cargo de professor e 1cargo técnico ou científico (professor e delegado/juiz/defensor ao mesmo tempo) 3. 2 cargos de profissões regulamentadas da saúde (médico concursado que atende em dois municípios) 4. Vereador (compatibilidade de horários com outro cargo, emprego ou função) Poder de polícia – conflito envolvendo direito ou liberdade individual e interesse público Autoexecutoriedade, coercibilidade e discricionariedade O poder público pode delegar o poder de polícia – consentir (licença, alvará, autorização) e fiscalizar – delegável Atos de normatizar e sancionar são só do poder público – não cabe delegação SERVIÇOS PÚBLICOS Concessão tem que ser por contrato, modalidade de licitação é a concorrência e diálogo Tem prazo, garantias e segurança Concessão pode ser: Comum (paga tarifa que vai custeando serviço público) Especial Patrocinada – pessoas pagam tarifa e poder público também dá contraprestação Administrativa – contraprestação é integralmente pública. Pessoas não pagam tarifas Tem formas específicas de extinção: 1. Advento do termo contratual – fim do contrato, acabou o prazo 2. Encampação – Retomada da prestação. Por razoes de interesse público, mediante lei autorizativa e indenização, a administração pública retoma a prestação do serviço DIREITO ADMINISTRATIVO 3. Caducidade – descumprimento das normas contratuais pela empresa concessionária *por meio de decreto 4. Rescisão – Descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente (Administração Pública) *** intervenção não é forma de extinção da concessão – ela apenas corrige as falhas e a concessionária continua atuando – é feita por decreto Permissão Precária – não tem um prazo determinado Pode ser revogada a qualquer momento Pessoa física ou jurídica RESOLUÇÃO DE QUESTÕES Intervenção na propriedade privada Bens públicos das estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) autorização por decreto do presidente da república O contrato pode ser mudado unilateralmente pela administração com aumento de até 25% do valor inicial – a mudança tem que ser escrita Cargos de confiança são para servidores que já são efetivos – cargo de diretoria, chefia e assessoramento REVERSAO – VOLTA, exemplo de aposentado que volta ao cargo REINTEGRADO – DEMISSAO ILEGAL ressarcido de todas as vantagens READAPTAÇÃO – limitação, servidor tem limitação, então vai ser adaptado em novo cargo RECONDUÇÃO – RE que sobrou, servidor que sobrou, servidor que foi inabilitado, reconduzido para o cargo anterior e se outro servidor volta para o cargo APROVEITAMENTO – servidor que está disponível PROMOÇÃO – merecimento, em cargos da mesma carreira VÉSPERA Organização da administração pública Autarquia – a lei cria – pessoa jurídica de direito público Empresa pública, sociedade de economia mista, fundação de direito privado – lei só autoriza a criação – são pessoas jurídicas de direito privado Lei também precisa autorizar a criação das subsidiárias Prescrição em improbidade – 8 ANOS (do tempo do fato até ajuizamento da ação) Quem pode ajuizar – ministério público e pessoa jurídica prejudicada Prescrição intercorrente – 4 ANOS (da inicial até a sentença ou da sentença até o acórdão) Controle de atos Anulação – ato administrativo praticado pela ADM com vício/ilegalidade Revogação – se ADM não quer mais manter a relação. Não tem vício ou ilegalidade, é por questão de conveniência e oportunidade. Controle pelo poder judiciário – só se for controle de legalidade. Poder judiciário não pode revogar ato de outro poder. Pessoa foragida do sistema prisional – se estiver no ato da fuga – responsabilidade objetiva Possibilidade de alteração dos contratos administrativosADM pode modificar unilateralmente observado interesse público – 25% de redução ou de acréscimo contratado é obrigado a aceitar Nulidade do contrato – contratado recebe pelo que ele já fez e pelos prejuízos Intervenção do estado DIREITO ADMINISTRATIVO Desapropriação – desde que indenize, previa e em dinheiro Fase declaratória – publicação do decreto expropriatório Fase executória (mediante autorização expressa) – concessionárias, entidades públicas, entidades delegadas, autorizatárias p/ exploração de ferrovias Imissão provisória na posse – alegação de urgência e depósito de quantia arbitrada pelo juiz – Estado pode ser imitido na posse, então já tira o dono de lá logo, ou seja, dono perde a posse antes do processo de desapropriação terminar Na contestação só é discutido o valor indenizatório e questões processuais – sobre a desapropriação não discute nada Administração pode usar meios alternativos para solução de controvérsias – conciliação, mediação e arbitragem (Em direitos patrimoniais disponíveis. Se envolver moralidade já não vai poder arbitragem) Arbitragem tem que ser de direito e não de equidade – tem que ser critérios do ordenamento, respeitando publicidade Reserva de vagas Pessoa com deficiência – até 20% das vagas Negros – 20% Deficiente auditivo unilateral – não concorre dentro das vagas Visão monocular – concorre dentro das vagas Prazo do concurso público – 2 anos e pode ser prorrogado Servidores públicos da lei 8112 – não abre novo concurso enquanto tiver candidatos aprovados Na CF – pode abrir, mas vão ter que chamar primeiro os aprovados do anterior Estáveis demitidos – só por sentença transitada em julgado, infração... Cumulação de cargos – regra: vedado Compatibilidade de horários Exceções: Dois cargos de professor, professor e técnico (advogado, defensor, promotor, juiz), dois cargos de profissionais da saúde e vereador que acumula seu cargo na câmara e sua profissão Pode acumular rendimentos e o teto vale de forma isolada de cada cargo 3 atributos do poder de polícia – discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade
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