Buscar

Pequena Resenha sobre Geografia Isto Serve em Primeiro Lugar Para Fazer a Guerra

Prévia do material em texto

Entendo que a colocação de Yves Lacoste para “(citaar aqui)” diz principalmente para destacar o quão ignorante somos sobre a geografia. Não pela falta de procura e sim por como os estaaos-maiores acabam nos cegando,nos impondo uma geografia tradicionalista e escondendo verdadeiros fatos históricos. 
O livro (inserir o nome) trás para a geografia, uma nova perspectiva. Muito criticado e ignorado em seu lançamento, Yves Lacoste expõe pontos que até então não haviam sido mencionados nessa ciência. Exemplifica sua teoria com base em fatos históricos, como a Guerra do Vietnã, colocando a geografia como forte instrumento para a guerra. Muitos mal interpretaram o que o autor quis dizer em sua obra, afirmando que o livro colocaria a geografia como apenas uma ferramenta de guerra. Por esses motivos, Lacoste lança nas próximas edições, prólogos e introduções dismistificando a afirmação de que ele havia colocada a geografia como único e apenas instrumento de guerra. O titulo, que carrega a frase, “serve em primeiro lugar para fazer a guerra”, em momento algum afirma que a geografia seria apenas para motivos militares ou que só a geografia que serviria para domínio dos Estados. 
O autor expõe a diferença entre a geografia do professor, geografia como disciplina escolar ou universitária, da geografia praticada e ocultada pelos chamados “estados-maiores”. Esta ultima, é quase completamente ignorada por todos aqueles que não a executam, pois essas informações são confidenciais ou secretas. Partir do pressuposto de que a geografia serve, primeiro, para fazer a guerra não significa afirmar que ela só serve para conduzir operações militares, ela serve também par organizar territórios, não só em campos de batalha, mas também em relação ao controle sobre os homens os quais o Estado exerce autoridade.	
“A geografia, enquanto descrição metodológica, tanto sob os aspectos que se convencionou chamar ‘físicos’, como sob suas características econômicas, sociais, demográficas, políticas (para nos referirmos a um certo corte do saber), deve absolutamente ser recolocada, como pratica e como poder, no quadro das funções que exerce o aparelho de Estado, para o controle e a organização dos homens que povoam seu território e para a guerra.”
A formulação do espaço em cartas, por exemplo, não é gratuita ou desinteressada, é o meio de dominação indispensável do domínio desse espaço. A carta foi criada por oficiais para oficiais. A confecção da mesma implica em certo domínio de poder sobre esse espaço e sobre as pessoas que vivem ali.
Além dos pontos já citados, vale lembrar de outra ferramenta da geografia que acaba por ajudar os estados maiores, a geopolítica. Atualmente, mais do que nunca, usufrui-se de argumentos geográficos em discurso políticos, referindo-se a problemas regionalistas, ou sobre os que giram, a nível planetário, em torno do centro e periferia, do norte e do sul. A geopolítica foi essencial ao período hitleriano, tendo sido a expressão mais significativa da função política e ideológica na geografia. 
“A geografia dos oficiais, para se fazer discreta, não deixa, não deixa contudo de existir com um pessoal especializado, cujo numero não é desprezível, com seus meios que se tornaram consideráveis (os satélites), seus métodos, e ela continua a ser como há séculos, um temível instrumento de poder. Esse conjunto de representações cartográficas e de conhecimentos bem variados, visto em sua relação com o espaço terrestre e nas diferente formas de práticas do poder, forma um saber claramente percebido como estratégico por uma minoria dirigente, que a utiliza como instrumento de poder. À geografia dos oficiais decidindo com o auxílio das cartas a sua tática e a sua estratégia, à geografia dos dirigentes do aparelho de Estado, estruturando o seu espaço em províncias, departamentos, distritos à geografia dos exploradores (oficiais frequentemente) que prepararam a conquista colonial e a ‘valorizaçã’ se anexou a geografia dos estados-maiores das grandes firmas e dos grandes bancos que decidem sobre a localização de seus investimentos em plano regional, nacional e internacional. Essas diferentes analises, formam aquilo que se pode chamar ‘a geografia dos estados-maiores’, desde os das força armadas até os dos grandes aparelhos capitalistas.”
“Preparar-se para a guerra, seja para a luta contra outros aparelhos do Estado, como para a luta interna contra aqueles que colocam em causa do poder, ou querem dele se apossar, é organizar o espaço de maneira a alii poder agir de modo mais eficaz possívvel.”
A organização do espaço por aqueles que tem poder, não tem apenas o objetivo de mmaximizar o lucro, visa também organizar estrategicamente o espaço econômico, social e politico, para que o Estado tenha controle de sua população, podendo assim abafar movimentos populares.
Afirmar que geogrrafia serve para fazer a guerra, nada mais é do que desmascarar uma de suas funções estratégicas essenciais desmentir as artimanhas que a fazem passar por simploria ou inútil.
A outra geografia apresentada no discurso de YvesLacoste, seria a geografia dos professores. A qual ele se dirige como a maneira de alienar a população, escondendo a utilidade pratica da analise do espaço, sobretudo para a condução de guerras, mas também para a organnização do estado e pratica do poder, mostrando assim a função ideoologica essencial do discurso geográfico nas escolas e universidades. Esta geografia “controlada” é apartada das praticas políticas e militares, de decisões econômicas, e dissimula aos olhos da maioria a eficácia dos intrumentos de poder desta ciência. Uma minoria da tem consciência de sua importância, monopolizando, por tanto, o conhecimento acerca desta área.

Continue navegando