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Equinodermos: Estrutura e Características

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ECHINODERMATA
Aproximadamente 6.000 espécies viventes e 13.000 espécies extintas (registros fósseis de 545 milhões de anos atrás). Equinodermos fossibilam bem por possuírem endoesqueleto composto de ossículos calcários, que podem se articular uns aos outros, como nas flexíveis estrelas-do-mar e serpentes-do-mar, ou podem ser fundidos entre si para formar uma carapaça esquelética rígida, como nos ouriços-do-mar e bolachas-da-praia. O esqueleto possui projeções para fora na forma de espinhos ou tubérculos, vindo daí o nome equinodermo (pele espinhosa). Os ossículos estão localizados em uma derme de tecido conjuntivo bem desenvolvida, a qual por si só fornece suporte ao esqueleto. 
Podem, de maneira reversível, variar a rigidez de sua derme e do tecido conjuntivo em geral (possuem tecido conjuntivo mutável). (colocar exemplos? – biologia geral)
Controle fisiológico do tecido conjuntivo mutável: é a matriz extracelular que se altera quanto à rigidez; dois tipos de nervos estão presentes, um cuja ação pode enrijecer a MEC, e outro cuja ação amolece a MEC. A rigidez da matriz é afetada por mudanças nas concentrações de Ca2+. Em geral, aumento na concentração de cálcio enrijece a matriz; decréscimo torna-a flexível, sugerindo que o cálcio possa formar pontes entre macromoléculas da matriz.
A simetria radial dos equinodermos é chamada de simetria pentâmera porque o corpo pode ser dividido em cinco partes similares arranjadas em torno de um eixo central. Essa simetria radial evoluiu entre os equinodermos e não indica uma relação evolutiva próxima com os cnidários. 
São tricelomados e algumas das cavidades celômicas desenvolvem divertículos que assumem funções únicas. A mais evidente é o sistema vascular aquífero, que inclui projeções tubulares da parede do corpo (os pés ambulacrais), que são usados para locomoção, alimentação, trocas gasosas e outras tarefas. O sistema hemal tem pouco ou nenhum papel no transporte de gases e o sangue flui e reflui ritmada e regularmente na maioria dos vasos, ao invés de fluir num circuito unidirecional. 
A metamorfose dos equinodermos tipicamente inclui dois eventos principais, uma mudança do eixo do corpo e uma torcedura, ou torção, do corpo em torno do novo eixo. À medida que o desenvolvimento prossegue, a maior parte dos celomas larvais bilateralmente simétricos é modificada e incorporada ao rudimento (jovem em desenvolvimento). A mesocele esquerda e ambas as metaceles sofrem torção, enrolam-se em anéis ao redor do novo eixo corpóreo, enquanto a mesocele direita se degenera. A mesocele esquerda, em forma de anel e suas projeções tornam-se o sistema vascular aquífero (SVA) e as metaceles fundidas, também anelares, porém, de diâmetro mais grosso, circundam as vísceras e ocupam os braços ocos como celoma perivisceral. Um divertículo da metacele esquerda enrola-se no eixo corpóreo para formar um canal circular genital associado às gônadas. A protocele larval esquerda, canal do poro e hidróporo transformam-se no canal pétreo e madreporito jovens, que conectam o SVA ao exterior. Os detalhes da metamorfose diferem entre os grupos. 
A simetria radial é superior à simetria bilateral quando um táxon adota um estilo de vida séssil e suspensivoro. O equinodermo ancestral, mesmo descendendo de um bilatério que se deslocava livremente, era um animal suspensívoro séssil e a paleontologia e a biologia sustentam essa interpretação (larva inicialmente bilateral; alimentação suspensívora e vida séssil são encontradas nos crinoides fósseis e retidos nos viventes; espécies derivadas são parcialmente móveis e nesses a bilatéria reaparece [bolacha e pepino do mar]). Vida séssil e alimentação de partículas em suspensão são características primitivas de equinodermos.
ASTEROIDEA
Se movem livremente, consistem em braços ocos ou raios, projetando-se de um disco central. Rastejam lentamente sobre rochas e conchas, ou vivem sobre fundos arenosos ou de lama. São encontrados em todo o mundo, principalmente em águas costeiras.
Estrutura
São tipicamente pentâmeros e a maioria das espécies tem 5 braços. Variam de 12 a 24 cm de diâmetro, mas alguns tem menos de 2cm. Os braços são amplos junto às bases e unem-se ao disco central gradual e suavemente. A boca está localizada no centro do lado inferior do disco, que é chamado de superfície oral e está em contato com o substrato. O sulco ambulacral estende-se radialmente ao longo de cada braço a partir da boca. Cada sulco ambulacral contém duas ou quatro fileiras de pequenas projeções tubulares chamadas pés ambulacrais. As margens dos sulcos são guarnecidas com espinhos móveis capazes de se fechas sobre eles. A extremidade de cada braço termina em um ou mais pés ambulacrais sensoriais pequenos, tentaculiformes e numa mancha ocelar vermelha.
A superfície aboral superior possui o ânus não visível (quando presente), no centro do disco e um grande madreporito em forma de botão sobre um dos lados do disco, entre dois dos braços. A superfície geral do corpo pode ser lisa ou coberta com espinhos, tubérculos ou cristas. 
Parede do corpo e esqueleto
A parede do corpo consiste em cutícula fina, epiderme uniestratificada, espessa derme de tecido conjuntivo e epitélio celômico de células mioepiteliais, formadoras da musculatura e peritônio. As células ciliadas da epiderme e do peritônio são monociliadas com colarinho. Também tem células não ciliadas, células secretoras de muco e células sensoriais. Detrito que caia sobre o corpo é aprisionado no muco e varrido para fora pelos cílios epiteliais. A derme aloja os ossículos esqueléticos e várias células de tecido conjuntivo, incluindo os esclerócitos, que produzem os ossículos esqueléticos. Dentro da parede do celoma, encontra-se uma rede de neurônios, principalmente motores, que fazem parte do sistema hiponeural, o qual inerva os músculos e o tecido conjuntivo mutável.
O endoesqueleto se localiza na derme e é coberto com epiderme. Possui dois componentes: tecido conjuntivo de colágeno e ossículos calcários. 
Ossículos
Assumem uma variedade de formas e microscopicamente, consistem numa treliça chamada estereoma. A estrutura de favo dos ossículos pode reduzir o peso, aumentar a força e prevenir fraturas corriqueiras. O ossículo se forma dentro da célula, em um sincício de esclerócitos dérmicos fundidos. Os espaços labirínticos dos ossículos, denominados estroma, permitem a entrada dos escleróticos para o crescimento e a modificação do estereoma e para a fixação dos ligamentos de colágeno. Os ligamentos suturam os ossículos entre si para formar uma malha esquelética. Fagócitos especializados são capazes de reabsorver calcita dos ossículos. 
Ossículos articulados compostos e especializados: paxilas e pedicelárias. As paxilas cobrem a superfície aboral de muitos asteroides que se escondem no sedimento. Cada paxila assemelha-se a um guarda-sol em miniatura, com seu cabo fixado à superfície do animal, a coroa, lembrando as varetas e o pano do guarda-sol. O perímetro da coroa possui uma franja de diminutos espinhos móveis. As coroas de paxilas adjacentes tocam-se umas nas outras e juntas formam uma “segunda pele” acima da parede do corpo. O espaço preenchido por água entre essa segunda pele e o corpo em si do animal é protegido contra a intrusão de sedimento e contém brânquias delicadas e o madreporito. 
Pedicelárias são móveis e funcionam como pinças. São usadas primariamente para proteger a superfície aboral contra a fixação de larvas e outros pequenos animais. Em geral compõem-se de um pedúnculo carnoso coroado por ossículos móveis dispostos a formar mandíbulas que agarram. Podem estar espalhadas sobre a superfície aboral ou localizadas na superfície dos espinhos.
Sistema Vascular Aquífero 
Compõe-se de pés ambulacrais locomotores hidráulicos e um arranjo pentâmero de canais celômicos internos. Os canais internos compreendem um canal circular, do qual se estende um canal radial para dentro de cada braço. Perpendicularmente a cada canal radial, há uma sequência bilateral de canais laterias, cada um delesterminando em uma ampola, pé ambulacral e uma ventosa. Um canal pétreo ascende em direção à superfície aboral a partir do canal circular e se abre para pequena câmara, a ampola do madreporito, que se liga ao madreporito, um ossículo poroso especializado, localizado na superfície do disco. O SVA é bem desenvolvido nos asteroides e usado para locomoção, adesão, manipulação de presas e troca gasosa. 
O movimento cíclico de cada pé ambulacral consiste em extensão-adesão, geração de força (tração) e desprendimento-retração. A extensão ocorre quando a musculatura longitudinal da ampola se contrai, a válvula do canal lateral se fecha e a água é forçada para o interior do pé ambulacral, que então se alonga. A adesão é química e se dá pela secreção de uma substancia aderente à superfície por parte do pé ambulacral. 
Trocas gasosas
Possuem brânquias especializadas denominadas pápulas associadas ao celoma, e se localizam na superfície aboral dos braços grossos. As pápulas fornecem oxigênio ao celoma perivisceral, que depois é passado a intestino, gônadas e músculos do disco central e braços. Uma pápula é similar a um pé ambulacral, mas lhe falta uma ventosa e é uma saliência do celoma perivisceral, não do SVA. São banhadas externamente por água do mar e, internamente, por liquido celômico. 
Sistema nervoso
SNC é composto de um anel nervoso circum-oral e cinco nervos radiais que se originam do anel nervoso e se estendem, cada um, ao longo de um ambulacro. O SN periférico inclui duas redes intra-epiteliais, o sistema ectoneural, sensorial, na epiderme e o sistema hiponeural, motor, no epitélio celômico. O componente motor do nervo radial inerva as ampolas, os pés ambulacrais e os músculos da parede do corpo, enquanto a parte sensorial recebe estímulos de células e órgãos sensoriais.
Na maioria das estrelas-do-mar, qualquer braço pode agir como dominante e tal dominância é determinada por reações a estímulos externos. 
Órgãos sensoriais: são as manchas ocelares e os pés ambulacrais sensoriais em forma de tentáculos, estruturas localizadas nas pontas dos braços. A mancha ocelar é composta de uma massa de 80 a 200 ocelos. Células sensoriais individuais estão espalhadas por toda a epiderme e provavelmente atuem na recepção de estímulos luminosos, táteis e químicos. Essas células prevalecem nas ventosas dos pés ambulacrais e ao longo das margens do sulco ambulacral.
Sistema digestivo
Ocupa a maior parte do espaço interno do disco e braços. A boca está localizada no centro de uma membrana peristomial circular e resistente, que é muscular e tem um esfíncter. A boca abre-se para um curto esôfago que leva a um grande estomago, o qual ocupa a maior parte do disco. O estomago está dividido em uma grande câmara oral, o estomago cardíaco e um estomago pilórico aboral menor e achatado. As paredes do estomago cardíaco glandular tem bolsas e estão conectadas aos ossículos ambulacrais de cada braço por um par de mesentérios triangulares denominados ligamentos gástricos. Os cecos pilóricos são extensores ramificadas alongadas e ocas do estomago pilórico. Do estomago pilórico, um curto intestino tubular une-se ao reto, que se abre para um ânus diminuto no centro da superfície aboral do disco. Células glandulares estão em todo o SD, mas são particularmente abundantes no estomago cardíaco e nos cecos pilóricos.
Muitos asteroides digerem alimento extra-oralmente pela eversão do estomago cardíaco. A contração dos músculos da parede do corpo aumenta a pressão celômica e leva o estômago cardíaco, junto com sua superfície digestiva mais externa, a everter-se pela boca. O estômago evertido, ancorado por ligamentos gástricos, libera enzimas digestivas e envolve a presa. 
A maioria se alimenta de animais vivos ou mortos, caramujos, bivalves, crustáceos, poliquetas, outros equinodermos e peixes. Alguns tem dietas restritas, enquanto outros capturam uma ampla variedade de presas. Detectam e localizam a presa percebendo substancias por ela liberadas na agua. 
Ao se alimentar, a estrela curva-se sobre o bivalve, mantendo a abertura da concha voltada para cima e contra sua boca, ao mesmo tempo em que aplica braços e pés ambulacrais nos lados das valvas. A tração dos pés ambulacrais aderidos às valvas afastam-nas uma da outra levemente ou a estrela pode encontrar uma falha natural. Uma vez encontrada uma entrada, a estrela everte seu estomago e secreta enzimas digestivas nas partes moles da presa, digerindo-a na própria concha.
Suspensivoria: consomem material depositado que entra em contato com a superfície do corpo. O material é retido no muco e então varrido em direção à superfície oral pelos cílios epidérmicos. Chegando aos sulcos ambulacrais, os fios de muco carregados de alimento são carreados para a boca por correntes ciliares.
O estomago evertido é um órgão de alimentação eficiente para muitas estrelas onívoras e não predadoras. 
Transporte interno
Fazem uso da circulação celômica para transporte interno de gases e nutrientes. O sistema hemal compartilha a simetria radial básica do corpo. Bombas para o sistema hemal (coração) e o SVA (canal pétreo) estão axialmente localizados no disco. Os ramos radiais estendem-se para dentro dos braços e terminam em fundo cego na extremidade dos mesmos. Em sistemas celômicos, cílios criam um fluxo bidirecional em cada um dos canais. O fluxo de sangue no sistema hemal é resultado de contrações musculares, mas o padrão de circulação é desconhecido. Possuem 4 sistemas circulatórios celômicos: SVA (músculos locomotores dos pés ambulacrais); celoma perivisceral (disco e braços e vísceras); celoma hiponeural (SN hiponeural) e celoma genital (gônadas). 
Excreção
O coração-rim desempenha função incerta na excreção. Excretam nitrogênio na forma de amônia, que se difunde através de áreas finas da parede do corpo, como os pés ambulacrais e as pápulas. 
Regeneração e reprodução clonal: recontroem braços perdidos e partes danificadas do disco. Sofrem autotomia de um braço se ele for devidamente machucado. A regeneração acontece se houver um braço e um quinto do disco central. Podem sofrer fissão, amolecendo o tecido conjuntivo mutável no plano de fissão (divisão do disco, separa o animal em duas metades). Também podem reproduzir-se assexuadamente na fase larval: desenvolvem brotos sobre seus braços que se diferenciam em novas larvas.
Reprodução sexuada: são gonocóricos. Possuem 10 gônadas, duas por braço. Cada gônada libera gametas por intermédio de seu próprio gonóporo, localizado entre as bases dos braços. A maioria libera óvulos e esperma na agua do mar, onde se dá a fertilização. Os ovos e os últimos estágios de desenvolvimento são planctônicos.
Desenvolvimento
Os estágios iniciais seguem o padrão do dos equinodermos. Os embriões eclodem e nadam no estágio de blástula. A larva suspensívora, bilateralmente simétrica, é conhecida como bipinária. 
A bipinaria torna-se uma braquiolária com o aparecimento de três braços adicionais na extremidade anterior. Geralmente, a braquiolária é o estágio larval que se fixa e se metamorfoseia.
Metamorfose
Larvas trocam sua fototaxia de positiva para negativa à medida que a larva se prepara para assentar e sofrer metamorfose. Quando se fixa, adere sua extremidade anterior ao fundo com braços e ventosas. A metamorfose converte a larva bilateral em um jovem pentâmero. À medida que o rudimento se diferencia e cresce formando a estrela-do-mar jovem, o lado esquerdo do corpo da larva se torna a superfície oral, e o lado direito, a superfície aboral. 
OPHIUROIDEA
Cerca de 2.000 espécies. É um grupo diversificado, mas são principalmente crípticos. São comuns em habitats marinhos bentônicos. A capacidade dos ofiúros de viver sobre, sob ou entre pedras, conchas e organismos vivos, ou sedimentos, contribui para a alta diversidade de espécies. Alguns são comensais internos de esponjas ou externos de corais, crinoides e bolachas-da-praia.
Estrutura
Tem em sua maioria, fora de estrela de cinco braços, mas os braços articulados e delgados são distintamentedestacados do disco central. Em espécies cavadoras, os braços são excepcionalmente longos e finos. Embora muitos ofiuroides sejam pequenos, a envergadura dos braços de outras espécies é igual àquela de asteroides comuns. Os braços não possuem sulco ambulacral e os pés ambulacrais sem ventosas são raramente utilizados para locomoção.
Parede do corpo e esqueleto
A epiderme não possui cílios exceto em áreas especificas. Poucas espécies possuem cromatóforos na epiderme que as capacitam a mudar cor e padrão do colorido do corpo. A derme produz e contem ossículos esqueléticos, mas pedicelárias estão ausentes. Os ossículos podem ter a forma de placas, chamadas de escudos, quando grandes e associadas aos braços e à periferia da boca. Outros ossículos são espinhos, vértebras, tubérculos e pequenas escamas.
Braços: são compostos de uma série de seções semelhantes a segmentos ou artículos. Cada artículo é formado por um anel periférico composto de quatro escudos: um escudo lateral em cada lado, escudo aboral em cima e escudo oral abaixo. Internamente, cada artículo é sustentado por um grande ossículo chamado de vértebra. Os escudos alterais costumam ter espinhos braquiais grandes dispostos em fileiras verticais. Os braços carecem de sulco ambulacral porque o sulco original, bem como nervo radial, canal radial e os ossículos ambulacrais tornaram-se internos. Os ossículos ambulacrais são modificados e aumentados para formar as vértebras. Os pés ambulacrais tentaculiformes emergem entre os escudos laterais e orais. 
Disco: a superfície oral do disco é ocupada por um arranjo complexo de escudos orais que moldam a boca e formam cinco mandíbulas. Um escudo oral é modificado para formar o madreporito. Aboralmente, o disco, com frequência, é coberto com escamas semelhantes aquelas de peixes, pequenos espinhos, ou ambos. 
Sistema nervoso
É composto de anel nervoso circum-oral e nervos radiais, mas os componentes sensoriais do anel e do cordão ectoneural de cada nervo radial ficam dentro do revestimento epitelial do canal epineural. Não há órgãos sensoriais especializados e células sensoriais individuais compõem o sistema sensorial. Apresentam fototaxia engativa e são capazes de detectar alimento sem contato direto.
Locomoção
São os mais ágeis equinodermos. Durante o movimento, o disco é mantido erguido do substrato, enquanto um ou dois braços se estendem para frente. Movimentos de remada dos dois braços laterais propelem o corpo para frente. Os espinhos dos braços fornecem tração. 
Ocorre enterramento na família Amphiuridae: usando pés ambulacrais e ondulações dos braços, o animal cava uma galeria revestida de muco com canais tubulares para a superfície da lama ou areia.
Sistema vascular aquífero e outros celomas
O SVA é basicamente semelhante de asteroides, exceto pelo madreporito posicionar-se oralmente. O escudo oral que forma o madreporito tem apenas um poro e um canal. O canal pétreo ascende do madreporito para o canal circular, que se localiza em um sulco na superfície aboral das mandíbulas. Os pés ambulacrais sem ventosas possuem numerosas papilas adesivas. Há uma válvula entre o pé ambulacral e o canal lateral. A pressão do fluido para prostração é gerada por uma seção dilatada, em forma de ampola, do canal do pé ambulacral ou pela contração localizada do canal radial. 
Os ossículos vertebrais restringem o celoma à parte aboral dos braços; estomago, bursas e gônadas deixam lugar suficiente para apenas pequenos espaços celômicos dentro do disco.
Sistema digestivo e nutrição
O SD é um saco de fundo cego restrito ao disco. Intestino e anus não estão presentes. Digestão extra e intracelular, bem como a absorção, ocorrem no estomago. São carnívoros, comedores de carniça, de depósitos ou suspensívoros.
Suspensívoros: levantam os braços do fundo e os agitam na água; plâncton e detritos aderem aos fios de muco lançados entre espinhos de braços adjacentes; as partículas retidas podem ser varridas para baixo por correntes ciliares ou removidas dos espinhos pelos pés ambulacrais.
Carnívoros: a presa é agarrada com as pontas dos numerosos braços, que se enrolam em torno da presa; o braço se flexiona e leva a presa para o lado de baixo do disco, mandíbulas e boca. 
Troca gasosa, excreção e transporte interno
As brânquias são os pés ambulacrais e invaginações especializadas chamadas de bursas, localizadas na superfície oral do disco. As bursas são sacos de fundo cego que se abrem oralmente por fendas em cada lado da base de um braço. Cílios do revestimento da Bursa criam uma corrente de água que entra pelo canto externo da fenda, circula dentro da Bursa e sai pelo canto oposto da fenda. 
Algumas espécies possuem hemoglobina: posiciona alguns de seus braços na agua e transporta o oxigênio internamente ligando-o a suas células vermelhas.
As bursas respiratórias podem ser locais para liberação de celomócitos carregados de excretas. O sistema hemal é como o de asteroides. Os celomas são considerados relevantes para a circulação no corpo. 
Reprodução
Assexuadamente: regeneração do disco/braço e fissão.
Sexuadamente: são gonocóricos. As gônadas ficam presas ao lado da Bursa. Espécies hermafroditas podem possuir testículos ou ovários simultaneamente ou serem protândricas.
As gônadas liberam seus conteúdos dentro das bursas e então são levados para fora do corpo pela corrente de agua que circula dentro da Bursa. Na maioria, a fertilização e o desenvolvimento acontecem no mar, mas incubação é comum. As bursas são usadas como câmaras incubadoras. 
Desenvolvimento e metamorfose
Em não incubadores, o desenvolvimento inicial é similar ao dos asteroides. a metamorfose é similar as do asteroides, mas ocorre enquanto a larva é livre-natante e não há estágio de fixação no substrato. 
ECHINOIDEA
Conhecidos como ouriços-do-mar e bolachas-da-praia. O nome “Echinoidea” refere-se aos espinhos móveis que cobrem o corpo. Os ossículos da parede do corpo estão fundidos para formar uma testa ou carapaça. Braços estão ausentes e o corpo é esférico ou achatado. a simetria pentâmera é evidente no padrão de ambulacros e pés ambulacrais que ocupam muito da superfície do corpo. Toda a superfície coberta pelos pés ambulacrais é oral, ficando a superfície aboral tecnicamente limitada a uma pequena área no polo aboral do corpo.
OURIÇOS – Estrutura
O corpo é dividido em hemisférios oral e aboral, com as partes arranjadas radialmente em torno do eixo polar. O polo oral porta a boca e é voltado para o substrato. O ânus está situado no lado oposto, no polo aboral do corpo.
Cinco seções que apresentam os pés ambulacrais são chamadas de áreas ambulacrais, se alternam com seções chamadas de áreas interambulacrais. 
A boca é rodeada por uma membrana peristomial flexível, que possui várias estruturas dispostas radialmente (pés ambulacrais chamadas de pés bucais e cinco pares de brânquias ramificadas), também inclui pequenos espinhos e pedicelárias.
Ânus, periprocto e sistema apical estão situados no polo aboral. O periprocto é uma pequena membrana circular que tem o ânus no centro. O sistema apical é um anel de placas especializadas em torno do periprocto e consiste em placas genitais, uma delas o madreporito, e placas ocelares. 
Os espinhos mais longos estão ao redor do equador e os mais curtos junto aos polos. Uma articulação condilo-e-alvéolo na base de cada espinho permite que ele se movimente. Podem ser pontiagudos ou cilíndricos, sólidos ou ocos (se regeneram e podem conter toxinas e farpas, são posicionados para defesa).
Pedicelárias distribuem-se sobre a superfície geral do corpo e sobre o peristômio. É composta de um pedúnculo móvel longo com mandíbulas na ponta, que pode conter um bastão de sustentação. Podem apresentar veneno por meio de glândulas, ou serem usadas para defesa e alimentação. 
Parede do corpo
Uma epiderme ciliada reveste a superfície externa. Na parte basal da epiderme encontra-se uma camada nervosa e, abaixo, uma derme de tecido conjuntivo que contém placas esqueléticas achatadas e fundidas. Não hácamada muscular porque os ossículos são imóveis.
Locomoção
Os pés ambulacrais funcionam da mesma maneira que os das estrelas e os espinhos podem ser usados para empurrar e afastar a superfície oral do substrato. Podem se mover em qualquer direção sem se virar. Possuem auxilio dos espinhos e podem fixar-se em rochas. 
SVA: semelhante as estrelas. Uma das placas genitais em torno do periprocto é modificada em madreporito. 
Extensão: ampola se contrai e válvula se fecha
Contato com substrato e adesão: secreção de adesivo/vácuo
Tração: contração dos musc. long. do pé (arrasta o corpo)
Desprendimento: secreção de anti-adesivo
Recolhimento do pé: abertura da válvula, líquido para ampola, contração da mucs. long. do pé (recolhe)
Sistema circulatório e respiratório
O fluido celômico é o principal meio circulatório. O sistema hemal é bem desenvolvido, tendo a organização básica dos asteroides. Possuem cinco pares de brânquias peristomiais, cada brânquia é uma evaginacao do celoma. Fluido celomático é bombeado para dentro e para fora das brânquias por um sistema de músculos e ossículos associados à lanterna de Aristóteles. Os pés ambulacrais funcionam como brânquias que suprem o SVA e as cavidades periviscerais. 
Nutrição
Usam um aparato de mandíbulas altamente desenvolvido e protátil denominado lanterna de Aristóteles, que se compõe de um conjunto complexo de ossículos e músculos circunfaríngeos. Consiste em cinco placas calcarias, as pirâmides, que ligam-se às pirâmides adjacentes por músculos transversais. Ao longo da linha vertical mediana, no lado interno de cada pirâmide, encontra-se uma banda dental longa e calcária. A ponta oral da banda se projeta além da extremidade da pirâmide como um dente pontiagudo. Existem cinco dentes projetando-se da extremidade oral da lanterna. A extremidade superior da banda dental está encapsulada em um saco dental, que é o local de crescimento do dente. 
Os movimentos da lanterna e dentes (por músculos especializados) permitem os animais raspar, agarrar, puxar e rasgar. A maioria dos ouriços “pastam” no substrato com seus dentes. A lanterna envolve a cavidade bucal e a faringe, que continua pelo esôfago, que desce externamente a lanterna e se abre para o estômago, que se liga ao intestino, o qual se abre para o ânus.
Sistema nervoso e órgãos sensoriais
Similar ao dos ofiuroides. Um anel nervoso circum-oral rodeia a faringe dentro da lanterna e os nervos radiais passam entre as pirâmides. As numerosas células sensoriais do epitélio, particularmente de espinhos, pedicelárias e pés ambulacrais compõem a parte principal do sistema sensorial. Os pés orais e ambulacrais são importantes para recepção sensorial.
Possuem estatocistos localizados em corpos esféricos chamados de esferídios. Poucos a muitos esferídeos são pedunculados e situados em vários locais ao longo dos ambulacros. Atuam na orientação gravitacional.
Em geral, são fototáticos negativos e tendem a procurar a sombra de fendas em rochas e ou sob conchas.
Excreção: são amoniotélicos, por difusão através dos pés ambulacrais e parede do corpo.
BOLACHA DO MAR
“equinoideos irregulares” adaptados aos fundos arenosos. Possuem corpo achatado, com simetria bilateral com espinhos cursos. Corpo dividido em oral/aboral e anterior/posterior.
Movem-se para frente ao longo de um eixo ântero-posterior fixo, com a extremidade anterior opondo-se à extremidade posterior portadora do ânus. A carapaça é coberta por espinhos curtos, utilizados na locomoção em substituição aos pés ambulacrais; também são usados para remover sedimento da superfície do corpo. 
Região oral: possui boca e ânus. Os pés ambulacrais (manipular alimento ou aderência) estão na área ambulacral, chamada de filódio.
Região aboral: pés ambulacrais nos petaloides (modificados em brânquias), gonóporos e madreporito
Sistema digestório: semelhante aos ouriços. Capturam e transportam o alimento pelos pés ambulacrais da superfície oral até o sulco alimentar e, então, ao longo destes para a boca. As mandíbulas (lanterna de Aristóteles) trituram partículas.
Respiração: pés ambulacrais aborais (petaloides). A corrente de água promovida pelo batimento ciliar sobre os pés ambulacrais desloca-se em sentido contrário ao fluxo do líquido celomático do SVA dentro das brânquias; esse sistema assegura um gradiente favorável à tomada de oxigênio.
Locomoção: movimento dos espinhos + água
Reprodução: animais gonocóricos e dioicos. Gônadas suspensas (gonóporos aborais – placas genitais). Fertilização externa. Ovos liberados no plancton, com eclosão na fase embrionária. Espécies que incubam ovos utilizam os espinhos para segurar.
Larva planctônica. Surgimento da larva (equinoplúteo) vários meses
Embrião Alimenta-se por meses; surgimento do rudimento jovem (diferenciação de tecidos); afunda gradativamente; fixação com pés ambulacrais
Metamorfose: bilaterial pentâmero. Fototaxia positiva negativa (preparação para fixação)
Fixação pelos pés ambulacrais braços e disco glandular. Degeneração e morfogênese da forma jovem. Esquerdo se torna superfície oral, direito superfície aboral. Assume a vida livre e cresce
HOLOTHYROIDEA
Pepinos-do-mar 1.200 espécies. Ampla distribuição geográfica, a maioria são bentônicos. Em fundo arenoso: escavam e rastejam; em fundo rochoso: superfícies e frestas. Algumas espécies nadam.
Não possuem braços e a superfície oral e ambulacros estão expandidos na direção aboral, ao longo do eixo polar alongado. O lado do corpo que se apoia no substrato (superfície ventral funcional) tem três áreas ambulacrais (trívio), o lado dorsal possui dois ambulacros (bívio). Esse arranjo impõe uma simetria bilateral. Espécies cavadoras não possuem trívio e exibem simetria pentâmera.
Os pés ambulacrais podem estar concentrados em fileiras ambulacrais ou podem estar ausentes. Quando presentes, são situados na superfície ventral portando ventosas. Os pés ambulacrais dorsas podem possuir ventosas, mas quase sempre são reduzidos a verrugas ou papilas delgadas.
A boca e o ânus estão localizados em extremidades opostas. A boca é rodeada por grandes pés bucais (tentáculos – pés ambulacrais especializados). A não ser que o animal esteja se alimentando, os tentáculos ficam retraídos. 
Parede do corpo
Tem epiderme não ciliada e derme espessa. A derme contém ossículos, que são usados para enrijecer e proteger suas paredes corporais. A derme é o tecido conjuntivo mutável que pode se entrelaçar até se tornar tão duro quanto uma rocha ou tão mole a ponto de o corpo se desintegrar. Internamente a derme, fina camada de musculatura circular seguida por cinco bandas de músculos longitudinais; cada banda situa-se ao longo de um ambulacro. 
Locomoção
Alguns cavam por peristaltismo ou expandem e contraem o corpo, mudando o volume corpóreo, ou ritmicamente flexionam o corpo e nadam. Os que possuem trívio, rastejam com os pés ambulacrais. Todos os movimentos são lentos, muitos animais são quase sésseis, principalmente os que vivem em fendas nas rochas.
Sistema digestório
É completo. A boca se localiza no centro de uma membrana bucal junto à base dos tentáculos, abre-se para uma faringe musculosa, que se abre para esôfago curto e depois para um estomago. A cloaca é uma câmara retal dilatada que precede o ânus, recebe as fezes vindas do intestino e a corrente ventilatória das arvores respiratórias. 
A faringe e o esôfago secretam muco. Usam os tentáculos para se alimentar de material em suspensão ou depositado. 
SVA
Típico com madreporito interno, ficando suspenso no celoma perivisceral, na extremidade do canal pétreo. O fluido celômico entra no SVA pelo madreporito. O fluido celômico pode ser reposto por água do mar que entra pelo ânus e cloaca. 
Trocas gasosas, transporte interno e excreção
Tentáculos e pés ambulacrais funcionam como brânquias, mas os principais órgãos de troca gasosa são as arvores respiratórias internas. Cada árvore surge como um divertículo da parede da cloaca, que se ramifica repetidas vezes para formar um sistema de tubos ocosde fundo cego dentro do celoma perivisceral. A água do interior das árvores respiratórias é renovada pelo bombeamento muscular da cloaca e pela contração das próprias árvores respiratórias. Peixes tropicais do gênero Carapus vivem no tronco da árvore respiratória de alguns pepinos-do-mar; o peixe deixa o hospedeiro durante a noite para procurar alimento, retornando à segurança da árvore respiratória quando o pepino-do-mar dilata o ânus para inalar água.
Tanto as cavidades celômicas como o sistema hemal são bem desenvolvidos e usados no transporte interno. As cavidades celômicas incluem o espaçoso celoma perivisceral, o SVA e os canais celômicos hiponeurais. Apesar do sistema hemal ser desenvolvido, não existe coração e os vasos são contráteis. Células contendo hemoglobina podem estar no SVA, celoma perivisceral e sistema hemal. O liquido flui nos dois sentidos dentro do celoma e nos vasos hemais por alguma extensão.
A excreção se dá ao nível dos tecidos e células, mas detalhes dos processos são incompletos. Amônia provavelmente se difunda pelas paredes do corpo e árvores respiratórias. 
Sistema nervoso
É similar ao de ofiuroides e equinoides. O anel nervoso circum-oral, que se situa na membrana bucal próximo à base dos tentáculos, emite nervos para os tentáculos e a faringe.
Órgãos sensoriais: estatocisto próximo ao ponto em que o nervo deixa o anel calcário, e manchas ocelares na base dos tentáculos.
Túbulos de Couvier: são túbulos pegajosos e tóxicos ejetados pelo ânus em direção a um predador em potencial. Após a descarga, os túbulos se regeneram. Túbulos não ejetados permanecem ligados à base de uma ou de ambas as árvores respiratórias. 
Evisceração: ocorre em resposta ao estresse extremo. A extremidade anterior ou a posterior se rompe e partes do trato digestivo e órgãos associados são expelidos. É seguida pela regeneração das partes perdidas. Serve para despistar o predador.
Reprodução
Possuem apenas uma gônada que se ramifica em muitos túbulos. A maioria é dióica e a gônada liga-se anteriormente a um mesentério sob o interambulacro médio-dorsal. O gonóporo abre-se entre as bases de dois tentáculos. Liberam seus gametas na água e a fertilização ocorre no mar. Algumas espécies incubam seus jovens (pegam os ovos com os tentáculos e os transferem para a superfície dorsal ou ventral do corpo para incubação). 
Com exceção das espécies incubadoras e vivíparas, o desenvolvimento de embriões planctônicos acontece externamente ao corpo, na água do mar. O desenvolvimento é igual ao de asteroides. O embrião se diferencia em larva planctotrófica chamada auriculária, carece dos ossículos mas tem bandas ciliares. Essa larva se desenvolve em larva doliolária, estágio em que começa a metamorfose. 
Larvas não formam um rudimento jovem e a metamorfose larval gradualmente transforma a doliolária em um pepino-do-mar jovem. O eixo do corpo da larva é mantido e cinco tentáculos se diferenciam antes dos pés ambulacrais. Nesse estágio, é chamado de pentáctula. A pentáctula se assenta no fundo e assume o modo de vida do adulto.
CRINOIDEA
As 700 espécies viventes são representadas pelos lírios-do-mar e penas-do-mar. Vivem com a boca virada para cima, sendo todas suspensívoras, radialmente simétricas e sésseis ou semi-sésseis. Coletam alimento com os pés ambulacrais localizados em seus braços longos, em geral ramificados. Os braços constituem a maior parte do corpo, sendo o disco pequeno e com frequência não visível. Um longo pedúnculo liga os lírios do mar ao substrato.
Estrutura
O corpo consiste em pedúnculo para fixação, que dá sustentação a uma coroa pentâmera, que inclui o disco e braços. o pedúnculo pode alcançar quase um metro de comprimento. O animal se fixa no substrato por um disco ou projeções radiculares chamadas de cirros, dispostas em verticilos. 
O pedúnculo se liga à superfície aboral da coroa pentâmera e, assim, a superfície oral é dirigida para cima. O disco é composto por duas partes, o cálice aboral altamente calcificado e que contém as vísceras, e a parede oral membranosa do disco, chamada de tégmen, que é fracamente calcificada e cobre o cálice. Boca e ânus (cone anal).
Braços: pínulas (“espinhos”) e pés ambulacrais. Pedúnculo/cirros: ossículos articulados.
Parede do corpo
Possui epiderme não ciliada (ciliada apenas nos sulcos ambulacrais) e derme pouco desenvolvida com ossículos evidentes. Pedúnculo, cirros, braços e pínulas são quase sólidos, com os interiores ocupados por ossículos articulados. As superfícies articuladas dos ossículos dos braços (braquiais) permitem movimentos limitados. Os ossículos do pedúnculo estão mais firmemente encaixados mas permitem alguma flexão. Os ossículos são unidos uns aos outros por fibras de colágeno chamadas de ligamentos. Esses ligamentos podem rapidamente mudar seu estado de mole para rígido, permitindo ao animal enrolar os braços para cima, usando os músculos flexores ou travá-los na posição estendida para alimentação. O interior do disco abriga o trato digestivo, canais celômicos e hemais.
Musculatura e locomoção
Músculos flexores obliquamente estriados estendem-se entre as margens orais dos ossículos dos braços e pínulas flexionam (enrolam) braços e pínulas. A extensão resulta da retração elástica dos ligamentos interbraquiais. Os lírios do mar são limitados a movimentos de curvatura do pedúnculo e flexão/extensão de braços e pínulas, mas alguns podem rastejar no fundo do mar. Os sem pedúnculo movem-se livremente e são capazes de nadar e rastejar. Nadam levantando e abaixando os braços alternadamente. Nadam e rastejam por curtas distâncias, sendo a natação uma resposta de fuga. 
Sistema digestivo e nutrição
São comedores passivos de suspensões que contam com as correntes de água para suprimento de plâncton e detritos. Durante a alimentação, braços e pínulas são mantidos estendidos e os pés ambulacrais ficam eretos. Os pés ambulacrais assemelham-se a tentáculos diminutos e possuem longas pápulas secretoras de muco. Partículas de alimento que aderem a um pé ambulacral são jogadas para dentro do sulco ambulacral revestido de muco; cílios transportam as partículas pelo sulco em direção à boca. 
O SD é confinado ao disco. A boca leva a um curto esôfago, que se abre para o intestino, que liga-se ao reto curto, que se abre para o ânus, na extremidade do cone anal.
SVA e transporte interno
SVA assemelha-se ao padrão geral com duas diferenças significativas. A primeira é que falta um madreporito: a superfície oral possui poros tegumentares que levam diretamente ao celoma perivisceral. A segunda é que o canal circular dá origem a canais pétreos que também se abrem para o celoma. A água do mar penetra pelos poros tegumentares e celoma perivisceral, sendo então bombeada para o SVA através dos canais pétreos. Ampolas estão ausentes e pressão hidráulica é gerada para estender os pés ambulacrais por contração do canal radial, que possui fibras musculares por toda parte. O celoma perivisceral ocupa o disco e se prolonga para braços e pínulas.
O centro do sistema hemal é o anel hemal oral, que dá origem ao órgão axial, uma rede de vasos hemais dentro dos mesentérios celômicos e a um ou dois vasos hemais para cada braço. Não existe um coração, mas o órgão axial pulsa.
Troca gasosa e excreção
Os pés ambulacrais são os principais locais de troca gasosa e a grande superfície corpórea gerada pelos braços ramificados torna desnecessárias quaisquer outras superfícies respiratórias. Não são conhecidos órgãos excretores especializados, mas são provavelmente amoniotélicos.
Sistema nervoso
É complexo e divido em 3 partes. O sistema ectoneural oral, sensorial, consiste em anel nervoso intra-epidérmico ao redor da boca e cinco nervos radiais inerva as células sensoriais da epiderme e dos pés ambulacrais. As duas divisões restantes, os sistemas hipo e endoneural, tem função motora e ambos podem ser homólogos ao sistema hiponeural dos outros equinodermos. Contudo, nenhum está localizado no epitélio mas sim no tecido conjuntivo do corpo. 
ReproduçãoParte de um braço ou todo pode ser auto-amputado, o braço perdido pode se regenerar. A massa visceral dentro do cálice pode se regenerar; isso é importante para sobrevivência à predação por peixe. Não há reprodução clonal.
São dioicos, com gônadas em suas pínulas ou braços. Cada gônada compõe-se de tubo genital envolvido por seio hemal, que é rodeado pelo celoma genital. Quando os gametas estão maduros, são liberados pela ruptura das paredes das pínulas e são lançados na água do mar.
O desenvolvimento até o estágio inicial de gástrula é similar àquele de asteroides. Durante a formação dos sacos celômicos, o embrião se alonga e progride para o estágio larval livre-natante. Após, a doliolária (larva) assenta-se no fundo e se fixa. Segue uma metamorfose prolongada que resulta na formação de um pequeno crinoide pedunculado séssil. A metamorfose também resulta num estágio pedunculado séssil, que lembra um lírio do mar diminuto. Depois de vários meses, durante os quais são formados os cirros, a coroa se liberta do pedúnculo e o jovem assume sua existência adulta.

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