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DENTÍSTICA II

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Dentística II	1	Yasmin Girardi
 
 Dentística ii
AULA 1 – 15/02 
1 - Amálgama
Prós:
 longevidade clínica custo reduzido técnica simples menor influência do operador
Contras:
coeficiente térmico de expansão mais alto que o dente
estética
ausência de adesividade
necessidade de preparos mais invasivos
comportamento mecânico independe da estrutura dental
corrosão
deformação/creep
não possibilita reparos
presença de mercúrio na composição
Restaurações em amálgama, funcionam como restaurações passivas em relação à resistência. Não devolvem à estrutura preparada, características mecânicas iniciais, não prevenindo também seu enfraquecimento. A ausência de adesão e esplintagem das cúspides, promove um considerável aumento do risco de fraturas.
Trincas e fraturas ocorrem em função da flexão das cúspides, causada por repetida expansão térmica e estresse mastigatório.
Em dentes restaurados com resina composta, o índice de fraturas longitudinais é de 4,7% e em amálgama é de 18,7%.
	Cracked teeth:
ausência de imagem radiográfica
sensibilidade térmica
sensibilidade a mordidas
difícil visualização clínica das trincas (transiluminação).
2 – Resina Composta
	Devem ser a 1ª alternativa para restaurações dos dentes com trincas. Restaurações indiretas só devem ser executadas após o desaparecimento dos sintomas. Tal procedimento resulta em manutenção da vitalidade pulpar em mais de 90% dos casos.
	O índice de sobrevivência para restaurações de resina é de 91,7% em 5 anos e de 82,2% em 10 anos, sendo a experiência do operador e a correta observância das técnicas adesivas e restauradoras, fatores primordiais para este desempenho.
3 – Cimento Ionômero de Vidro
	Pó = vidro de flúor-alumínio-silicato (Al2O3 – CaF2 – SiO2)
	Líquido = solução aquosa de ácido poliacrílico
Tipos: 
	1 – Cimentação C
	2 – Restauração R
	3 – Base, forramento e selamento de cicatrículas e fissuras F
Propriedades:
Adesividade ↑
Liberação de flúor ↑
Coeficiente de expansão térmica ↑
Resistência mecânica ↓
Manipulação:
Coloca-se a quantidade de pó recomendado para cada caso sobre a placa de vidro ou bloco de papel. Divide-se o pó em duas metades. Goteje o líquido com o frasco na posição perpendicular. Aglutina-se a primeira metade do pó ao líquido e manipula-se por 15 segundos. Adiciona-se o pó restante a massa e manipula-se por mais 15 segundos obtendo-se uma massa cremosa, vítrea e úmida. A modificação na proporção pó/líquido altera profundamente as propriedades do cimento.
Falta de líquido → pouca adesividade
Excesso de líquido → porosidade, aumento de solubilidade, diminuição da resistência à fratura e ao desgaste.
Inserção: 
	Tem que ter brilho superficial. Com seringa centrix.
Indicações:
Restaurações provisórias
Selantes
Núcleos de preenchimento
Obturação de perfurações
Restaurações definitivas (em áreas que não precisa de muita resistência mecânica)
Reabsorções externas
Forramento
Cimentação
Características:
Resistência de aproximadamente 10 anos
Perda da restauração ou de parte dela é a falha mais comum
Bom para restaurações em recessão gengival em lesões não-cariosas na cervical.
Excelente desempenho clínico (retenção)
Menor estabilidade de cor
Pobre polimento superficial
Menor resistência ao desgaste
AULA 2 – 22/02 e 01/03
Princípios de adesão
Adesão: Força que faz com que 2 substâncias se liguem quando colocadas em contato íntimo uma com a outra. As moléculas de uma se aderem ou são atraídas pela outra, capacidade de se grudar. Uma adesão eficiente vai depender do intimo contato entre adesivo e substrato, isso acontece com um bom molhamento.
Energia livre de superfície: Superfície lisa; quando polimos perdemos a ELS. No dente precisa aumentar a ELS para que o material grude nela, deixar áspera. Para colar alguma coisa precisa limpar a superfície antes, pois limpo cola mais.
Molhamento: Capacidade de um liquido se espalhar quando colocado sobre uma superfície sólida.
Capacidade de molhamento: Capacidade que o material tem de se espalhar, quando a bolha fica mais unida. Ângulo formado entre adesivo e substrato (parte sólida) ideia é diminuir o ângulo de contato. Quanto < o ângulo de contato entre a superfície da qual pretendemos fazer adesão e o liquido, nós estamos aumentando a capacidade de molhamento. Quanto > o ângulo, < a ELS e > capacidade de molhamento.
Como alterar a energia livre de superfície? Se aumentar a área de contato aumenta a adesão.
Sistema adesivo: São materiais que possibilitam intervenções menos invasivas e mais conservadoras, mínima intervenção.
Classificação
Convencionais ou condicionamento total
Autocondicionantes
Convencionais: Subclassificados de acordo com o número de etapas técnicas.
3 passos: ácido, primer, adesivo.
2 passos: ácido, primer + adesivo. Encontram-se no mesmo frasco.
São colocados nessa classificação por terem a etapa de aplicação do ácido como etapa separada.
Autocondicionantes:
2 passos: primer ácido, adesivo.
1 passo: primer ácido + adesivo. Frasco único.
Ácido fosfórico 37% :
	Consistência gel, mais estável, escoa menos. O melhor ácido para colocar na superfície áspera é o ácido fosfórico (35 a 40%). O ideal na quantidade de desmineralização é 37%. Se desmineralizar demais, a água e o adesivo não penetram.
Quanto tempo deixar o ácido? 30 segundos.
	O ácido é removido com água pelo mesmo tempo de condicionamento, 30 segundos. O procedimento consiste em limpar o dente com escovinha Robbins e Pedra Pomis, depois o ácido é passado durante 30 segundos, lavado por 30 segundos e depois seca com ar, pelo mesmo tempo.
	Na última camada de esmalte não temos prismas formados totalmente (aprismático). Por isso deve ser tirada essa camada com óxido de alumínio ou broca, para melhorar a adesão dos cristais e prismas de esmalte.
	O agente adesivo tem uma molécula bifuncional chamada B25 GMA, ela tem duas mãos para poder unir o dente em um lado e a resina em outro (formato de Y).
Primer:
	Molécula bifuncional que permite a ligação entre dentina e adesivo, estabiliza a matriz colágena dentinária que foi exposta após o condicionamento ácido. Formado por monômeros hidrofílicos (tem afinidade por água) e por solventes, por isso é necessário entrar em contato com a dentina levemente umedecida. 
	O sistema de 3 passos é composto pelos monômeros hidrofílicos e solventes, temos ele associado ao adesivo (convencional de 2 passos), temos sistema autocondicionante de 2 passos e temos ele junto com adesivos, em um frasco só.
	É um veículo que penetra nos tubos e seca suave e constantemente até evaporar.
No esmalte só precisa de adesivo, na dentina precisa do primer para ao adesivo penetrar nas fibras colágenas. Esmalte: ácido fosfórico, lava, seca e Bond. Dentina: ácido fosfórico, lava, seca levemente, primer adesivo e Bond. Se passar primer sobre esmalte sem querer precisa secar, não acontece nada, mas precisa secar mesmo assim.
	Para fazer com que a molécula endureça precisa de luz azul, por isso passa o fotopolimerizador.
Adesivo:
	Resina muito fluida e polimerizada formada por monômeros resinosos de característica + hidrofóbica e que se ligam nos monômeros + hidrofílicos presentes no primer. Temos adesivos em frasco separado (convencionais de 3 passos), junto com o primer (convencionais de 2 passos), temos como etapa separada (autocondicionantes de 2 passos) ou todos juntos (autocondicionantes de passo único).
	Não deve ser feito espalhamento do adesivo com jato de ar da seringa tríplice, pois pode fazer com que desloque uma área que já estava com adesivo e fazer com que saia comprometendo a eficiência da adesão. 
Todas as paredes da cavidade devem ter brilho superficial.
Ordem:
1.	Ácido fosfórico: esmalte 30s; Dentina 15s.
2.	Primer: 20 segundos (depende a marca) molha e espalha sobre a dentina para penetrar mais sobre as fibras colágenas e túbulos.
3.	Adesivo: só espalha.
O sistema adesivo de três passos é impermeável e melhor.
Smear layer: sujeira,lama dentinária que fica sobre a dentina.
1º sistema adesivo: usa o sistema de ácido fosfórico para fazer condicionamento, sistema total et, 3 passos.
Esmalte:
	Alto conteúdo inorgânico 97%. Tecido epitelial, parte externa. É formado por ameloblastos, que formam os prismas de esmalte, hidróxiapatita e cálcio. Entre os prismas existe 3% de água.
É homogêneo: facilidade na técnica. 
Condicionamento convencional
Ácido fosfórico aplicado por 30 segundos e lava pelo mesmo tempo.
O ácido desmineraliza a superfície causando microporosidades, que aumentam a ELS do esmalte e melhora o molhamento, melhor adesão. 
Secagem é feita com jato de ar, a superfície fica branca e opaca. O adesivo ou primer adesivo é aplicado sobre a superfície toda condicionada e existe uma penetração do adesivo nas microporosidades. Após isso é feita a polimerização e tem uma adesão micromecânica.
Primer 3 passos: a aplicação do primer não é necessária quando for adesão apenas em esmalte.
Adesivo 3 passos
Primer + adesivo 2 passos
Fotopolimeriza o adesivo de acordo com o tempo indicado pelo fabricante.
Sistemas autocondicionantes
	Não aplica ácido fosfórico separado. Em esmalte é aplicado o produto, seja em primer ácido ou primer ácido com adesivo diretamente sobre a superfície do esmalte e essa parte acídica vai criar a desmineralização do tecido e ao mesmo tempo vai existir uma infiltração nessas irregularidades criadas para ser feita a fotopolimerização.
Primer ácido 2 passos e depois aplica o adesivo.
Primer ácido + adesivo no 1 passo, se fizer esse fotopolimeriza logo após. 
	Nos sistemas autocondicionantes não faz lavagem após aplicação dos produtos.
A ação do primer acídico tem desempenho inferior, quando comparado a resistência com os sistemas convencionais, onde existe aplicação do ácido fosfórico separada. 	Existe a recomendação de que exista a aplicação do ácido fosfórico como etapa adicional, previamente a aplicação do primer adesivo. 
Dentina:
	70% inorgânica, 20% orgânico (fibras colágenas) e 10% fluido dentinário. É heterogêneo: complexidade na técnica. Existem túbulos dentinários, dentina pari e intertubular, fluido dentinário. Os túbulos próximos a polpa tem diâmetro maior e maior umidade. Teste de resistência na dentina profunda é menor. Próximo à polpa é mais difícil colar. Na superfície, próximo ao esmalte, o túbulo é pequeno, já próximo a polpa os túbulos são maiores. Os odontoblastos secretam a matriz, parecida com uma gelatina e depois é mineralizada.
•	Dentina intertubular
•	Dentina peritubular
•	Prolongamentos dos odontoblastos.
Para poder aderir coloca um ácido que mineraliza a parte orgânica. Com isso, vão ser criadas microvilosidades e fibras colágenas (não pode deixar que elas obliterem/abaixem) não pode jogar ar.
	O ácido fosfórico deve ser deixado por 15 segundos, porque tem < quantidade de material inorgânico, depois lava bem. Precisa tirar a água mas sem secar demais por causa das fibras colágenas. Secar levemente com jato de ar mais fraco, mais longe, por 15 a 20 segundos. A superfície deve ficar levemente brilhante. 
	Camada híbrida: íntimo contato entre esmalte, dentina e sistema adesivo. 
Camada H esmalte: esmalte + adesivo
Camada H dentina: dentina + fibras colágenas + adesivo.
Sobre o tecido dentinário é formado, durante o preparo, uma camada composta por debris de esmalte, dentina, bactérias, grânulos das brocas, óleo, etc. essa camada que fica depositada sobre a dentina é chamada de lama dentinária ou Smear Layer e pode ficar até dentro dos túbulos.
Condicionamento convencional
	Durante a execução aplicamos o ácido fosfórico sobre a superfície dentinária, onde pretende fazer a adesão e o ácido vai agir sobre a dentina e lama dentinária. Espera 30 segundos e lava.
	Após a lavagem, a dentina se encontra sem a lama dentinária, existe a desmineralização do tecido dentinário com a exposição da malha de fibras colágenas. Importante ter umidade entre as fibras colágenas, pois vai garantir espaço para penetração futura do adesivo. 
	A ausência de água faz com que as fibrilas se liguem por ligações de hidrogênio, causando colabamento das fibras colágenas, elas ficam compactadas, não deixando espaço para o adesivo penetrar.
	Também não pode ficar muito úmido, pois muita água faz com que o adesivo sofra diluição com comprometimento da adesividade, em função da falta de capacidade do solvente evaporar toda água para penetração da porção resinosa do mesmo.
	Como controlar a umidade? Podemos usar bolinhas de algodão, desde que não fiquem fiapos sobre a dentina, cuidar pq ele absorve muita água. 
	Podemos usar jato de ar também, desde que seque de forma lenta e constante por 20 segundos, sem colabar as fibras. Pode usar papel absorvente. 
	A dentina deve ficar com brilho superficial.
	Aplicação do primer e adesivo vai penetrar não só na região desmineralizada, como também nos túbulos dentinários. Uma limitação que existe é a falta de garantia de que toda a zona desmineralizada da dentina pelo ácido fosfórico seja infiltrada pelo adesivo aplicado.
Lava por 30 segundos ou mais e depois aplica o fotopolimerizador.
 Obs. importante: após a aplicação do primer devemos aguardar a evaporação do solvente ou acelerar a evaporação com jato de ar. O solvente vai ajudar remover a agua que permeava s fibrilas colágenas pós condicionamento ácido e permitirá penetração do adesivo e formação de camada hibrida de qualidade. Não fotopolimerize logo após penetração do primer, pois precisa dar o tempo para evaporação do solvente. No caso do de três passos, não aplique o adesivo logo após o primer. Aguarde em torno de 20 a 30 segundos a evaporação. Depois pode fazer a fotopolimerização. 
Primer + adesivo
Alguns fabricantes usam primer + bond em um líquido só. Se a molécula não gasta água é hidrofoga. Para poder misturar o primer + Bond as moléculas devem ser hidrofogas e hidrofílicas.
A dificuldade do sistema adesivo é padronizar o quanto deverá secar a dentina. Se ficar água na dentina, mesmo depois da secagem, o passo dois não se adere direito e vai causar sensibilidade pós operatória.
A dentina pode ser secada com algodão ou filtro de café cortado. O primer deve ser esfregado na dentina para facilitar a adesão.
Primer + ácido
Desenvolveram uma molécula ácida no primer, ele vai fazer a desmineralização que o ácido faria. Isso faz com que não precise secar na hora. 
O que acontece com o Smear layer se passo o primer direto? A lama, ou Smear layer, vai ser modificada e não precisa ser removida.
Corrige o problema de padronização secagem, etc., adesão vai ser mais superficial. 
A altura da camada hibrida não muda, mas deve ser homogênea. 
Sobre o esmalte o sistema adesivo não funciona muito bem, por isso usa ácido fosfórico para fazer o condicionamento. Depois usa o Bond, que vai ser hidrofóbico, bom para adesão pois não tem água. 
Se estou em dentina superficial, perto de esmalte, eu tenho problema com o sistema adesivo Scott Bond? Na dentina superficial tem pouca água, pouca fibra colágena, sistema parecido com esmalte. É necessário para dentina média e profunda, onde não usa ácido fosfórico.
Na dentina media e profunda não usa ac. Fosf. E não removemos o Smirlay, modificamos esfregando primer ácido, impregnar o BGma para receber o Bond com as moléculas bifuncionais.
Limpar a cavidade
Lava e seca bem, porque ainda não removeu o Smirlay da dentina, por isso pode secar bem.
Esfrega primer ácido sobre a lamina dentinária com a dentina seca por 20 segundos cada superfície.
Evapora o solvente, secando um pouco mais antes. O sistema adesivo deve ser secado de forma lenta e constante, devagar, por 20 segundos. Não pode mexer as fibras colágenas para não atrapalhar a camada hibrida. 
Agua que fica facilita infiltração.
Depois passa o Bond.
Se não tem mais parece de fundo pulpar, quais sistemas uso? Dentina profunda, usa primer ácido.
Sistema adesivo de 2 passos com primer ácido.
1.Limpa a cavidade
2.Condiciona o esmalte com ácidofosfórico, por 30 segundos. Usa ácido pois o primer não desmineraliza o esmalte.
3.Lava bem por 30 segundos, mesmo tempo de condicionamento.
4.Seca bem, pois não mexeu na dentina ainda, ele fica branco e opaco.
5.Aplica o primer, esfregando por 20 segundos na dentina para aderir bem. Formando a camada hibrida.
6.Evapora o solvente por 20 segundos com jato de ar leve e constante, até a superficie ficar brilhosa.
7.Aplica o adesivo (bond), e para não deixar poças pode utilizar o brush seco.
8.Aplica o fotopolimerizador pelo tempo indicado pelo fabricante.
Sistema adesivo de 1 passo com ácido, primer e Bond juntos.
Funciona ou não? Esse sistema adesivo tem que ser hidrofílico, pq se tem primer junto tem água, tem que gostar de água. Sistemas de adesivo que tem a molécula do Bond hidrofílica são mais solúveis, mais permeáveis. O sistema de 1 passo é um sistema que tem ácido, primer e Bond juntos. 
Quando vou usar esse sistema adesivo? Se é permeável e tem primer ácido, esse primer ácido não leva ácido fosfórico, não tento poder sobre esmalte, não funciona bem. 
	Muito permeável tem resultados de adesão bom mas ao longo do tempo vai passando água através dele, solubilizando o sistema adesivo, inicialmente funciona bem mas depois perde resistência adesiva. Esse sistema é mais útil em dentina profunda e possibilita padronizar o problema da secagem da dentina. 
	O problema da secagem é solucionado pois não precisa mais lavar a cavidade, apenas limpar, secar e aplicar o adesivo. 
Cavidade superficial 
Se não é uma dentina profunda não precisa de primer ácido (autocondicionante de 2 passos). Usa o de 3 passos.
Limpa a cavidade
Condiciona o esmalte com ácido fosfórico por 30 segundos e a dentina por 15 segundos.
Lava bem por 30 segundos, mesmo tempo de condicionamento.
Seca. A secagem deve ser lenta e constante por 20 segundos, para não colabar as fibras colágenas da dentina, pois foi aplicado ácido na dentina também. Se o ácido tivesse sido aplicado apenas no esmalte não teria problema secar rápido.
Aplica o primer, esfregando por 20 segundos na dentina para aderir bem. Formando a camada hibrida.
Evapora o solvente por 20 segundos com jato de ar leve e constante, até a superficie ficar brilhosa.
Aplica o adesivo (bond), e para não deixar poças pode utilizar o brush seco.
Aplica o fotopolimerizador pelo tempo indicado pelo fabricante.
Cavidade média
Limpa a cavidade
Condiciona o esmalte com ácido fosfórico por 30 segundos e a dentina por 15 segundos. Nesse caso, vai estar removendo o Smear Layer (lama dentinária).
Lava bem por 30 segundos, mesmo tempo de condicionamento.
Seca. A secagem deve ser lenta e constante por 20 segundos, para não colabar as fibras colágenas da dentina, pois foi aplicado ácido na dentina também.
Aplica o primer, esfregando por 20 segundos na dentina para aderir bem e para formar a camada hibrida.
Evapora o solvente por 20 segundos com jato de ar leve e constante, até a superficie ficar brilhosa.
Aplica o adesivo (bond), e para não deixar poças pode utilizar o brush seco.
Aplica o fotopolimerizador pelo tempo indicado pelo fabricante.
Cavidade pronfunda
Limpa a cavidade
Condiciona o esmalte com ácido fósforico, por 30 segundos.
Lava, no mesmo tempo de condicionamento.
Seca bem, agora pode secar bem pois o ácido fósforico não foi aplicado sobre a dentina. 
Aplica o primer ácido na dentina, esfregando por 20 segundos para aderir bem e para formar a camada hibrida.
Evapora o solvente por 20 segundos com jato de ar leve e constante, até a superficie ficar brilhosa.
Aplica o adesivo (bond), e para não deixar poças pode utilizar o brush seco.
Aplica o fotopolimerizador pelo tempo indicado pelo fabricante.
Cavidade profunda
Limpa a cavidade com pedra pomis, algodão com álcool ou clorexidina.
Condiciona o esmalte com ácido fósforico, por 30 segundos.
Lava, no mesmo tempo de condicionamento.
Seca bem, agora pode secar bem pois o ácido fósforico não foi aplicado sobre a dentina. 
Aplica o primer + bond sobre a dentina, esfregando por 20 segundos para aderir bem.
Evapora o solvente secando por 20 segundos com jato de ar leve e constante, até a superficie ficar brilhosa.
Fotopolimerizador.
Para melhorar a permeabilidade pode ser adicionado mais uma camada de bond (individual), mas cuidando para não ficar muito espesso.
Sistema adesivo de 3 passos: convencional 
Sistema adesivo de 2 passos 
Primer + adesivo (convencional) não é acídico, precisa de condicionamento ácido.
Primer + ácido (autocondicionantes).
Sistema adesivo de 1 passo: autocondicionantes.
 
	
AULA 3 – 08/03
	Resina composta
Composição básica
Matriz orgânica
Carga inorgânica
Agente de união
Sistema iniciador-acelerador
Matriz orgânica: É uma estrutura orgânica amorfa que permite sua modelagem na cavidade.
Formada por monômeros metacrilatos: Bis-GMA/ UDMA/ Bis-EMA/ TEGDMA. Todos monômeros que após a polimerização se unirão em um polímero.
Carga inorgânica: Inserida na matriz orgânica. Formada por matrizes de natureza inorgânica. Os principais componentes são: quartzo, vidro ou sílica. Fornecem resistência a compressão: relação com as propriedades físicas da RC. Diferentes tamanhos, formas e quantidade: fundamentais na classificação. Estrôncio e bário: responsáveis pela opacidade do material.
Agente de união: Criado para unir a matriz orgânica com a carga inorgânica. Devido à natureza diferente dos componentes ouve a necessidade da aplicação do agente de união na superfície da carga inorgânica. Silano:
Molécula bifuncional
Vai promover a união química da parte orgânica e inorgânica 
Formam uma estrutura coesa que melhorará a qualidade da resina composta.
Sistema iniciador-ativador:
	É na matriz orgânica que acontecem as reações químicas.
Reação de polimerização ocorre a partir da aproximação e união química dos monômeros presentes na matriz orgânica da resina composta.
A reação tem início quando o iniciador é excitado e ativado pelo ativador.
Quando o ativador é uma substancia química chamasse polimerização química, então são misturados em uma pasta comum.
Nos ativadores modernos é ativada pela luz, chamada polimerização física (fotopolimerização). Componente iniciador é a 
Canfaroquinona.
CLASSIFICAÇÃO DAS RESINAS COMPOSTAS
Quanto ao grau de viscosidade 
Quanto ao tamanho das partículas
Quanto as propriedades óticas
Quanto ao grau de viscosidade
	Regular ou convencional
	Fluída (tipo Flow)
	Condensável ou compactável > viscosidade.
O que determina a viscosidade ou fluidez da resina é a quantidade e o tamanho das cargas, principalmente cargas inorgânicas.
	Resina + fluída – carga inorgânica (algumas situações precisam de resina + fluída).
	Resina + compactável + carga inorgânica.
Quanto ao tamanho das partículas
Partículas inorgânicas
	Macropartículas (15um): boa resistência a compressão, porém tem problemas clínicos que desqualificam como material restaurador direto. Em especial a desintegração superficial das resinas compostas em virtude do desprendimento dessas macropartículas corpo da resina, gerando microcratéras e superfície áspera; perde-se lisura superficial e instabilidade de cor.
	Micropartículas (0,01 a 0,04um) com o objetivo de diminuir os problemas clínicos. Lisura superficial maior, dificuldade técnica para inclusão de grande quantidade de carga causando baixa resistência a compressão; não é indicada para áreas de grande esforço mastigatório.
	Híbridas (0,05 a 5um) mistura ambos os tamanhos para ter boa resistência a compressão e boa lisura superficial. Subclassificadas em macro híbridas e micro híbridas dependendo da > quantidade de macro ou micropartículas presentes na mistura. Nano híbridas: > partículas nanométricas > resistência a desgaste e > lisura superficial.
	Nanopartículas (20nm): partículas de tamanho médio. < Que hibridas: > lisura superficial e > resistência ao desgaste.
 
Como reduzindo o tamanho das partículas tem resistência maior? Pq a porcentagem em volume é maior, compactaçãomaior.
Tamanho X volume
Quanto menor a quantidade de matriz orgânica dentro de um mesmo
volume de uma resina, menor serão as alterações químicas durante a polimerização.
Macropartículas: em função do tamanho sobra espaço ente elas pq não consegue aproximação efetiva. Maior matriz orgânica, menos resistência.
Hibridas: redução do volume de matriz orgânica.
Nano partículas: eliminação do espaço entre as partículas, quase nada de matriz orgânica no meio. 
Quanto as propriedades óticas
Os dentes tem substratos diferentes: dentina e esmalte.
Classificado de acordo com a transmissão da luz.
Se a luz transmitida for igual a luz incidente dizemos que é um material transparente.
Se o substrato for capaz de bloquear completamente a transmissão da luz
para o outro lado, é considerado um substrato com opacidade. Pode ocorrer em dentina.
Mais comum é transmissão de uma parte dessa luz, chamada translucidez. A variação de translucidez determina as propriedades óticas do dente. A dentina é mais opaca e transmite menos luz, já o esmalte é mais translucido e transmite uma quantidade maior de luz.
Tratamos de regiões policromáticas com diferentes graus de translucidez e opacidade. Precisamos usar proporções diferentes de resina composta com > e < opacidade.
Mapa cromático: áreas com maior e menor opacidade. 
 
REAÇÃO DE PLIMERIZAÇÃO
Durante a polimerização ocorre a união dos monômeros em polímeros.
Polimerização química: iniciador e acelerador em embalagens separadas, só funcionam depois de misturadas.
Polimerização física: ocorre com um estimulo, como a luz. Converte os monômeros.
 Polimerização dual: ocorre das duas formas.
Tipo de matriz: quanto maior o volume da matriz, maior contração de polimerização.
Grau de contração: influenciado pelo comprimento da moléculas de monômeros.
Matrizes com cadeias menores e mais simples sofrem maior contração. No entanto, a fabricação de compósitos com alto peso molecular é inviável, pq após a adição da carga eles seriam rígidos demais. Usa-se monômeros de alto e baixo peso.
Volume da carga: quanto maior volume de carga menor volume de matriz. Menor contração volumétrica.
Estresse de polimerização: quando as forças são superiores que a resistência adesiva pode criar um espaço que pode gerar infiltração marginal, manchamento marginal, carie secundária e ruptura da adesão. Estresse alto mas insuficiente pra romper a união adesiva, as forças são transmitidas ao remanescente, causando flexão de cúspides, sensibilidade pós operatória e trincas no esmalte periférico. Dentre os fatores que influenciam estão: volume do mat., propriedades físico mecânicas, técnica de polimerização e técnica de inserção dos incrementos. Quanto > volume > estresse. Quanto > modulo de elasticidade > estresse.
Cada incremento com 2mm de espessura.
FOTOPOLIMERIZADORES
Transmissão de luz
Densidade de potência
Foto iniciadores
Dispersão de luz
Ângulo do feixe de luz
Temperatura
Localização e tipo de restauração 
Aparelhos fotopolimerizadores.
Potência e capacidade de colimar o feixe de luz. Devemos ver qual energia atinge o fundo da cavidade, é importante p assegurar q as camadas mais profundas estão sendo polimerizadas. 
Canfaroquinona maior ativador. 
Luzes mais usadas são halógenas e led (gera menos calor, dura mais a luz, portátil).
TÉCNICA DE FOTOATIVAÇÃO
Fase pré gel: deformação da resina composta na sup. Livre em direção as aderidas. Graças a mobilidade que as moléculas apresentam na fase inicial da reação.
Ponto gel: cadeias poliméricas impedem o reposicionamento molecular, o compósito n é mais capaz de sofrer deformação sem que ocorram tensões internas.
Fase pós gel: do ponto gel até o final da reação de polimerização, durante essa fase toda contração é acompanhada de estresse.
Uniforme contínua: intensidade da luz é mantida de forma constante do início ao fim da foto ativação. Potência máxima.
Passos: intensidade baixa nos primeiros segundos, depois passa para alta até o final do processo.
Rampa: intensidade aumenta progressivamente até atingir a máxima e é mantida até o final.
Pulso tardio: rápida ativação inicial de 3 a 5 segundos em baixa intensidade. E em seguida um intervalo de alguns minutos, depois é feita uma ativação em alta intensidade por um tempo adequado para garantir a polimerização do material.
Intermitente: altera os momentos com luz e sem luz na mesma intensidade. 
Dentística 2 
Sistema Adesivo: agente de selamento, mecanismo de união do material restaurador (resina composta) ao dente, seja em dentina ou esmalte (diastema, dentes conoides, transformações de dentes), lembrando que tudo feito em esmalte é mais durador e mais confiável, pois é mais homogêneo, tem mais poucos organismos, proteínas e água; tem mais mineral e colágeno. Fibras colágenas e água são muito importantes para a adesão do sistema adesivo.
Usados antigamente para restaurar dente: 
Resina acrílica: “meleca”, usa tipo um clips para poder retrair; usado para fixar aparelho.
Cimento de silicato: pó + líquido, precisa de alguma retenção. 
Porcelana: retirava a coroa do dente, como um pino e fazia nova coroa.
Em 1955, Michel Buonocore uniu resina acrílica com a estrutura dental; descobriu que um tipo de ácido cria porosidades/micro retenções sobre a estrutura dentária. 
Ácido fosfórico (35% - 37%), moderado, é capaz de desmineralizar esmalte e dentina. Se for mais fraco ou mais forte a desmineralização será irregular e terá uma má adesão. Produz porosidades nos substratos para posterior infiltração dos monômeros resinosos. 
Condicionamento ácido (H3PO4): quando o ácido é aplicado. Ocorre uma desmineralização seletiva do esmalte/dentina. Tem micro retenções com cerca de 10 a 20 µm de profundidade. 
Mecanismo de ação do ácido fosfórico: aumenta a área de superfície e a energia da superfície (só aumenta em esmalte, na dentina não aumenta, pois, o tecido é pouco mineralizado.) As micro retenções são formadas pois o ácido desmineraliza a estrutura dentária, assim como o ácido da bactéria S. mutans. 
SMEAR LAYER: lâmina dentinária / lama dentinária. “Lixão” da dentina, onde ficam as bactérias, óleo da alta rotação, são os microfragmentos ou microdetritos deixados sobre a dentina durante o preparo cavitário. Comanda amorfa acima dos túbulos dentinários, formado por restos dentinários. 
SMEAR PLUG: são os microfragmentos ou microdetritos deixados nos túbulos dentinários.
O ácido fosfórico remove smear layer, smear plugs e parte da dentina intertubular, para posterior infiltração dos monômeros resinosos. 
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS: quanto a abordagem de união. 
Convencionais: são os sistemas que utilizam o condicionamento ácido em esmalte e dentina como passo operatório separado. Existem sistema adesivos de três passos e de dois passos operatórios
3 passos (1⁰ácido fosfórico, 2⁰ primer - monômeros hidrofólicos (HEMA) + solventes (água / álcool / acetona), 3⁰ adesivo - monômeros hidrofóbicos (Bis-GMA). Adper Scothbond multipurpose®
Vantagem: altos valores de resistência de união, pouco suscetível a degradação, compatível com a cimentos resinosos, adere bem a esmalte e dentina. 
Desvantagem: grande número de passos, requer dentina úmida. 
PASSO 1: remoção completa da smear layer, smear plug e dentina intertubular, aplicando ácido fosfórico na dentina (15 segundos) e esmalte (30 segundos), o que expõe colágeno (fibras colágenas); sem água ocorre colabamento das fibras, por isso deve manter a dentina úmida (pouca água), lavar por 15 s., jato de ar para secar, aplicar água com o microbrush. 
PASSO 2: aplicar o primer (esfregando vigorosamente para penetrar melhor e ter mais quantidade de monômeros hidrofílicos e o solvente evaporar) → hidrofílico tem afinidade com água e o solvente “desloca” a água, dando caminho para a parte hidrofóbica; aplicar o jato de ar para evaporar o solvente. Ocorre descoloração da margem, fica branco opaco = região desmineralizada (não consegue aplicar o prime).PASSO 3: aplicação do adesivo (faz o selamento) + fotoativação (10 segundos) = formação da camada hibrida (hibridização) → mistura da dentina, adesivo e fibra colágena. 
2 passos: uno a parte adesiva com o primer. Adper single bond® (3Mespe).
Vantagem: altos valores de resistência e união, aplicação relativamente fácil, adere bem em esmalte e dentina. 
Desvantagem: requer dentina úmida, funciona como membrana permeável ( suscetível a passagem de agua), sofre degradação, incompatibilidade com compósitos de ativação clínica.
Sistema adesivo não consegue penetrar tudo que o ácido fosfórico desmineraliza.
A adesão em sistemas adesivos convencionais deve ser úmida, deve-se umedecer a dentina, pois aumenta a durabilidade da restauração. Reumidecer a dentina com clorexidina 0,12%, pois, inibe as enzimas (processo reversível) que degradam colágeno (MMP’s – metaloproteinases). Se a dentina estiver seca o adesivo não penetra e se ela estiver encharcada o adesivo não tem boa adesão, pois acaba não ficam “parelho” – bolinha de algodão encharcada.
Quando utilizar o sistema convencional em que o solvente é a acetona (prime bond mt), requer uma dentina mais úmida, quando o solvente for etanol requer uma dentina menos úmida. 
Autocondicionante: o ácido foi retirado e a parte hidrofílica foi transformada em acídica. Não requer aplicação separada do ácido fosfórico para produzir porosidades nos substratos. Os monômeros acidicos presentes no primer criam a própia via de infiltração. Todos os autocondicionantes possuem água para ionizar o monômeros acídicos fazendo com que eles consigam penetrar no substrato. Existem de dois passos e de um passo
Composição do autocondicionante de 2 passos: ácido/primer (monômeros acídicos – 4 MET; MDP, monômeros hidrofílicos – HEMA, solventes – água, álcool ou acetona) e adesivo (monômeros hidrofóbicos – Bis-GMA). Clearfil SE Bond®. 
Vantagens: boa adesão, não requer dentina úmida, compatível com compósitos de ativação química, de fácil aplicação.
Desvantagem: adesão ao esmalte é fraco. 
PASSO 1: modificação de smear layer (não remove), envolve/engloba smear layer, smear plug e dentina intertubular. Infiltra e desmineraliza ao mesmo tempo + jato de ar até não enxergar mais e depois repetir a camada. 
PASSO 2: aplicação do adesivo (parte hidrofóbica). 
Único defeito do autocondicionante de 2 passos é que a adesão no esmalte é fraca, logo deve-se aplicar o ácido fosfórico apenas no esmalte. O que acaba se tornando uma limitação do Clearfil SE Bond® (Kurany) ou Adhese® (Ivoclar). 
Autocondicionante de 1 passo: muito fraco, degrada muito facilmente por causa do grande número de monômeros hidrofílicos. 
Vantagem: fácil aplicação.
Desvantagem: fraca adesão a esmalte e dentina, membrana permeável, sofre degradação, incompatibilidade com compósitos de ativação química. 
Quanto mais simplificado o sistema adesivo, maior a quantidade de monômeros hidrofílicos que precisam ser incorporados, consequentemente, ocorre maior degradação da interface adesiva. 
Existe variabilidade em dentina superficial e profunda, onde na superficial tem maior durabilidade, pois, a adesão em dentina profunda é pior por ter menos dentina intertubular, o número de túbulos e o diâmetro deles é menor. 
Diferenças: a convencional precisa de adesão úmida e autocondicionante prese ser com a dentina seca. Autocondicionante de 2 passos em dentes posteriores, minimiza a sensibilidade pós operatória por não ser necessário a aplicação do ácido fosfórico na dentina, só no esmalte → em classe V não cariosa (abrasão, ex), MDP se adere muito bem em dentina esclerótica. 
Universais: possível usar como convencional ou autocondicionante, não deve-se usar como simplificado, pode usar com dentina úmida ou seca (lembrando do sistema do ácido fosfórico), grande quantidade de CQ, molécula amarelada, o que interfere na cor da restauração. Single bond universal® 3Mespe, Elect® Dentsply, Tetric N universal®. 
Resina composta: base de toda resina composta é o polímero. Polímero: “plástico”, são vário monômeros juntos, cadeias longas. Redução de volume. Contração de polimerização = redução volumétrica. 
Resina acrílica (1940 a 1950): Vantagens - insolúvel ao meio bucal, suscetível a polimento, aparência similar ao dente, facilidade de manipulação, baixo custo. Desvantagens – alta contração de polimerização, alto coeficiente de expensão térmico linear, adaptação marginal deficiente, alta recorrência de caria recorrente, falta de propriedades mecânicas adequadas. 
Resina acrílica + resina epóxica = RESINA COMPOSTA! Por Bowen; tinha melhores propriedades mecânicas, baixo coeficiente térmico de expansão térmica, baixa alteração dimensional durante a presa (comparada com a resina acrílica).
COMPOSIÇÃO: matriz orgânica + partículas de cargas inorgânicas (ativador/iniciador) + agente de união (silano).
Matriz orgânica (da resina composta): Formada por monômeros resinosos, geralmente por Bis-GMA (principal - bisphenilmetacriato), UDMA, TEGDMA, que são ingredientes amplamente utilizados pela formaçãp de polímeros. Têm diferentes pesos moleculares, os monômeros com alto peso molecular (Bis-GMA e UDMA) contraem menos e os monômeros com baixo peso molecular (TEGDMA) contraem mais. Só com monômeros de alto peso molecular a resina fica muito dura o que acaba dificultando a manipulação desse material. 
Partículas de carga inorgânica: servem como um reforço, se bem unidas a matriz, melhoram as propriedades mecânicas dos materiais. Diminuir a contração de polimerização e aumentar a resistência mecânica → PARTE INORGÂNICA. Ativador/iniciador: componentes necessários para a polimerização das resinas compostas. 
Silano: tem como função unir as partículas de carga com a matriz monomérica. É um agente de união. 
MÉTODOS DE POLIMERIZAÇÃO DAS RESINAS: 
Resinas quimicamente ativadas (não é mais utilizada): primeiras resinas compostas; duas partes → iniciador (peróxido de Benzóila) e ativador (amina terciária). A manipulação das duas pastas ativa o processo, formando radicais livres e conduzindo à ligação entre os monômeros para a formação de uma molécula maior, o polímero. Para que isso ocorra o mecanismo de polimerização é sempre necessário a formação de radicais livres, pois quebram ligações duplas de moléculas de carbono e convertem monômeros em polímeros.
 ATIVADOR + INICIADOR = RADICAIS LIVRES → monômeros polímeros.
Resinas fotoativadas: pasta única que tem molécula fotoiniciadora (geralmente conforoquinona – CQ), um co-iniciador (amina terciária) e um ativador (fonte de luz). A CQ quando exposta à luz, absorve estes fótons de forma a entrar em um estado reativo (excitatório), colide com o co-iniciador (amina terciaria), formando assim, radicais livres, que se unem com outros monômeros formando-os em polímeros. A CQ absorve fótons da luz e entra em estado excitatório e atrai a amina terciária. As duas em conjunto formam radicais livres e quebram as duplas ligações de carbono e convertem monômeros em polímeros. 
CQ → CQ AMINAS TERCIÁRIAS
RADICAIS LIVRES → monômeros
 polímeros 
	Evolução: baseado no tamanho da partícula.
Macropartículas: 10 – 50 µm. Possui quartz (rígida), dificuldade em conseguir polimento, alta propriedade mecânica, rugosidade superficial, suscetibilidade a manchamento e tem pobre textura superficial. O fato de não conseguir fazer o polimento deixa a restauração áspera, tem acumulo de bactéria e sorção de água (interfere na adesão da resina ao dente).
Micropartículas (sílica coloidal): 0,004 µm. Tem um ótimo polimento, porém, tem uma baixa propriedade mecânica e alta sorção de água. 300 vezes menor que as macropartículas. Tem restrição em dentes posteriores e na face palatal de dentes antero-superiores, decorrente a sua baixa resistência mecânica, logo, usa-se apenas em face vestibular de dentes anteriores. 
Híbridas: 10-50 µm e 0,01-0,05 µm. Mistura das macro e micro partículas, com predomínio dasmacropartículas. Eram conhecidas como resinas universais. Melhora na lisura e propriedades mecânicas, melhora a resistência, porém, o comportamento é determinado pelas macromoléculas. 
Microhíbridas: 1 µm e 0,1-6 µm. Diminui as macro e micro partículas combinadas com sílica coloidal. Boas qualidades de polimentos e resistência mecânica (ao desgaste).
Nanométricas: Filtek 350XT® (3M ESPE). São nano aglomerados. Propriedades físico-mecânicas das microhíbridas e o polimento e a retenção do brilho das micropartículas. 
Nanohíbridas: Z250® (3M ESPE). Partículas nanométricas e outras partículas de diferentes tamanhos. 
Indicações de resina composta direta: restaurações conservadoras oclusais e proximais de dentes posteriores, substituição de restaurações deficientes, restaurações de dentes anteriores (classe III), fechamento de diastemas, preparos excessivamente amplos (RESTAURAÇÃO INDIRETA – peça cimentada, usada quando tem mais da metade do tamanho intercuspídeo envolvido). 
Contra-indicações: bruxismo (desde que não protegido por placa), preparos excessivamente amplos, falta de condições para isolamento de campo operatórios, inabilidade para adesão as estruturas dentais. 
Vantagens: estética, maior conservação da estrutura dental, possibilidade de reparos simples, adesão à estrutura dental, baixa condutividade térmica. 
Limitações: sensibilidade térmica, necessidade de isolamento de campo operatória, contração de polimerização (redução volumétrica do material – infiltração marginal e cáries secundárias) e manchamento superficial. 
Classificação quanto a viscosidade
Alta: P60® (3MESPE), devolver ponto de contato em restaurações de classe II, é condensável. Contrai muito e sobre muita sorção de áagua. 
Média;
Baixa: alta contração, baixa propriedades mecânicas. Em classe II é usada para vedar cavidades, ajuda na adesão. Em casos como em restaurações classe I é utilizada para minimizar tensão de polimerização. 
Contração de polimerização: redução volumétrica. Deve-se utilizar a técnica de incremento para minimizar a contração, coloca resina aos poucos (máximo 2mm) e vai fotopolimerizando cada incremento de resina. 
Fator C: fator de configuração cavitária; acreditava-se que a massa da resina, quando fotopolimerizada, contraia em direção a luz, porém, ela é contraída para o centro da massa.
Relação entre a área aderida (paredes da cavidade) pela área livre (paredes livres da cavidade), exemplo: em uma classe I, existem 5 paredes (mesial, distal, vestibular, palatal e pulpar) e um parede livre (oclusal) 5/1 = 5. Em uma classe II (OM) são 8 áreas aderidas e 4 áreas livres 8/4 = 4. 
	Silorano (siloxano + oxirano): monômeros resinosos. Toda resina composta (independente de marca) contrai entre 1 a 3%, acreditava-se que essa resina de silorano contraia apenas 0,8%, porém, tinha um alto custo por ter um sistema adesivo especial e a porcentagem de contração era quase a mesma, o que fez com que essa resina não fosse muito utilizada no mercado. 
	Resina Bulk-fill (poderoso): facilita as restaurações, pois pode ser aplicada em até 4mm. Tem o intuito de preencher a cavidade mais rápido, sem precisar da técnica de incremento. 
Flow (SDR): coloca 4mm de resina, fotoativa e depois vem com a resina normal para fazer a cobertura, pois a reina flow tem baixa propriedade mecânica e não pode ficar em contato com a oclusal. 
Esculpível: tem maior propriedade mecânica (mesmas de uma resina nanohíbrida) e pode ficar em contato com a oclusal. Contrai cerca de 1 a 2%. Porém tem uma coloração acinzentada. A luz do fotoativador passa por toda retenção da resina, diferente de como ocorre na resina normal. Diminui a fase pós gel, que é onde normalmente ocorrem as falhas da restauração, como falha de adesão, deflexão cuspídea, trincas internamente do material. 
Unidades fotoativadoras: tem como desvantagens a falta de controle, baixas propriedades físico-mecânicas e alta concentração de polimerização, radiação prejudicial de luz UV, curta vida útil das lâmpadas e limitada profundidade de polimerização (1 mm). Quanto mais monômeros virarem polímeros, melhores serão as propriedades mecânicas. Tem como vantagens propriedades mecânicas superiores, mais estabilidade de cor (em alguns anos) e menos porosidade. 
	Luz visível (LED): mais efetividade de polimerização, mais segurança à saúde profissional e dos pacientes e mais conversão de monômeros em polímeros. 
O que é luz? Onda eletromagnética, 300.000 km/s. A luz se propaga retilínea. A luz carrega toda a informação do mundo aos olhos e à mente das pessoas. A visão humana é um fenômeno que só é possível graças a sensibilidade dos nossos olhos por ondas de comprimento de aproximadamente 400-700nm, as quais correspondem à luz visível que é a única radiação eletromagnética por nós percebida. 
Sistema ativador-inibidor: inciam a polimerização com a formação de um radical livre. Canforoquinoma + aminas terciárias = radicais livres. 
Exigências para fotoativação: comprimento de onda (energia é uma unidade que inclui a intensidade de luz e a duração da aplicação sobre uma área, uma resina composta típica necessita de uma exposição de 400Mw com um comprimento de luz de 400 a 500 nm por cm ao quadrado, por 40 segundos. 16 = 400 x 40 → E = 16J. E = I x T) 468 nm. Energia de polimerização – E = I x T (16 joules). 
Reação de polimerização: se produz pela ativação do componente fotossensível (CQ, TPO, phenilpropano, PPD e IVOCERIV) o qual necessita de intensidade luminosa equivalente para mantê-lo em estado de excitação. Converte monômeros em polímeros através de luz. Ocorre contração de polimerização, onde em resinas compostas, elas se contraem cerca de 1 a 3% de seu volume, a quantidade de material contrai quando este mesmo passa do seu estado de gel para seu estado sólido; define a contração. Stress de contração = adaptação marginal. Força de contração = de 13 a 17 mpa (descoloração marginal, sensibilidade pós-operatória, cárie recorrente e diminuição da longetividade). 
Controle da polimerização das resinas compostas é feita por Fator conformação cavitário – fator C – relação entre o número de superfícies aderidas e número de superfícies livres → incrementos pequenos aderindo-se à menor quantidade de paredes possíveis. (área aderida a resina / área livre). Ponto gel (ponto G) – momento em que a resina deixa de se deformar, embora sua reação de polimerização continue existindo; esse ponto fica entre a resina deformável e a resina não deformável. Técnicas de fotoativação: convencional, rampa ou progressiva e pulso tardio. // incrementos de até 2mm.
Fotopolimerização ideal: comprimento de onda, energia suficiente, controle das consequências negativas (contração), incrementos (2mm), fator C e ponto G (10 segundos + 40 segundos). 
Unidades de fotoativação: lâmpadas halógenas (filamento de tungstênio, 400 – 520 nm, energia efetiva baixa, 400Mw/cm² - geralmente – pequeno tempo de vida útil, baixa eficiência e degradação dos componentes) e LED (semicondutores, 450-490nm, qualidade da luz boa, alta eficiência, custo baixo, portáteis, sem ruído, não geram calor, bom tempo de vida útil; tecnologia em evolução).

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