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Demografia e Cultura

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Demografia e Cultura
Inicialmente o Paraná foi povoado pelos indígenas (tupi-guaranis, caigângues). A oeste, os espanhóis estabeleceram, de 1610 a 1632, cerca de 14 reduções, logo atacadas e destruídas por bandeiras predadoras.
	A leste, os portugueses, devido à procura de ouro, fundaram Paranaguá, tornada vila em 1648 por Gabriel de Lara, e Curitiba, povoada por Baltazar Carrasco dos Reis, e elevada à vila em 29 do 3 de 1693. O povoamento do segundo planalto deveu-se aos “pousos” dos tropeiros à margem da Estrada da Mata, em direção à São Paulo, surgindo Lapa, Castro e Ponta Grossa. O terceiro planalto foi parcialmente explorado por Afonso Botelho mas Guarapuava só foi fundada em 1818 e Palmas em 1840. O norte do Paraná, fora alguns núcleos mais antigos (Venceslau Brás, Jacarézinho, Campo Mourão) foi colonizado principalmente pela Companhia de Terras Norte do Paraná, com a fundação de Londrina (1929) e Maringá, e o oeste pela Industrial Madeireira Rio Paraná S/A – Maripá, com Toledo e Pato Branco.
	Normalmente o Paraná não chegou a formar capitania autônoma (só de 1656 à 1710) e em 1723 criou-se a Comarca de Paranaguá, dependente de São Paulo. Só a 29 do 8 de 1853, foi criada a Província do Paraná, instalada a 19 do 12 de 1853 tornada depois em estado com a República.
	Seus limites dependeram de questões com a Argentina e Santa Catarina; houve o efêmero Território do Iguaçu e hoje divide-se em 16 micro-regiões semi-administrativas. 
Os Imigrantes do Paraná
	Depois dos portugueses e espanhóis, os primeiros imigrantes que se estabeleceram no Paraná foram os alemães. Isso ocorreu em 1829, no atual município de Rio Negro. Mais tarde os alemães se espalharam pelo estado do Paraná, fixando-se em maior número em Cambé e Rolândia, no norte do estado.
	Muitas iniciativas para a entrada dos imigrantes receberam o apoio do governo do Paraná, que fez estradas e ajudou em várias colônias que mais tarde formaram um cinturão verde em torno de Curitiba. Uma delas é a colônia de Assungui, composta de ingleses, franceses, italianos e alemães.
	As dificuldades encontradas pelos imigrantes em várias regiões do Brasil foram semelhantes, acentuando-se no Paraná com a falta de estradas e de transportes para a venda da produção agrícola e comunicação com os centros urbanos. Os franceses, alemães, poloneses, suíços e italianos foram os primeiros a chegar, mas outros povos, como os japoneses, espanhóis, árabes, também ajudaram a construir o nosso estado.
	A mesoregião de Curitiba só possuía a micro-região de Curitiba, é zona agrícola (tomate, batata inglesa e uva), mineira (água mineral, calcário, mármore, argila e quartzo) e altamente industrializada, seus maiores centros são: Curitiba (843.733 habitantes) a maior do estado e a 7º do país, conhecida como “Cidade Sorriso”, é a capital do estado (desde 1854); Colombo (54.951 habitantes de colonização italiana); São José dos Pinhais (53.423) com o Aeroporto Afonso Pena.
	A leste é a mesoregião de povoamento mais antigo do estado com 10 micro-regiões: Litoral com pouca agricultura e extrativismo e balneários.
	O alto Rio Negro destaca-se pelas matas de Araucária e cultivo do fuma. Os campos de Ponta Grossa destacam-se pela pecuária. Nos campos de Jaguariaiva, há agricultura de arroz e criação de ovinos. A micro-região de São Matheus do Sul é mais extrativa e pecuarista. O alto Ivaí cria cabras e cavalos. O norte velho de Venceslau Brás é o maior produtor de carvão do estado.
Resumo Evolução Histórica da Imigração
	A rigor, a imigração estrangeira para o nosso estado iniciou-se em 1829, com famílias alemãs instaladas em Rio Negro, seguindo-se os franceses (Colônia Teresa) e, após 1860, os italianos, poloneses, ucranianos, alemães, japoneses e neerlandeses.
	Os poloneses (Curitiba, Araucária, Irati) são agricultores e comerciantes e introduziram a carroça de toldo. Os italianos (Colombo, Santa Felicidade) são agricultores e comerciantes, famosos pela comida à base de massas. Os alemães (Rio Negro, Cambé, Rolândia) na agricultura e indústria. Os japoneses (Assaí, Uraí, Bandeirantes) dedicam-se à horticultura. Os ucranianos (Cruz Machado, Ponta Grossa) na agricultura e artesanato. Os neerlandeses (Castro, Ponta Grossa, Guarapuava) desenvolvem as indústrias de lacticínios. 
	As migrações nacionais internas procuram, no estado, a região metropolitana e as partes pouco exploradas do norte, oeste e sudoeste.
	A população censitária evoluiu mais de 60 vezes entre 1872 (126.722 habitantes) e o anos de 1980 (7.749.752 habitantes); neste ano tinha cerca de 39 habitantes por Km2; 50,3% era de jovens até 19 anos e só 5,4% superiores a 59 anos. A população urbana ultrapassava 58%. As maiores cidades eram: Curitiba, Londrina, Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu e Paranaguá. As religiões mais seguidas são: Católica Romana (87,6%), Pentecostal (6%), Luterana (3,8%), Espírita e adventista; a padroeira do estado é Nossa Senhora do Rocio. 75% de sua população é branca e 21% de pardos. Os menos de 10.000 índios ainda existentes no estado, estão aldeados em postos como Mangueirinha, Tamarana e Rio das Cobras.
Aspectos Humanos
	Ocupação: A ocupação inicial do estado do Paraná ocorre pelo litoral já pelo século XVII em razão da busca pelo ouro. Cidades como Curitiba, Antonina e Paranaguá surgem durante este período.
	O segundo planalto tem sua ocupação relacionada ao tropeirismo, responsável pelo surgimento de cidades nos campos gerais (Lapa, Ponta Grossa, Castro, Palmas e outras).
	A estes dois primeiros “ciclos econômicos” do estado seguem-se ainda a erva-mate, madeira e café. Apenas este último tem grande importância no povoamento do estado. Segue-se a ocupação do norte e oeste do estado.
A Ocupação do Norte do Paraná
	O povoamento do norte do Paraná iniciou-se com fins militares e administrativos: proteção de terras e cobrança de impostos.
	Mais tarde, por volta de 1860, mineiros e paulistas, atraídos pela terra fértil, chegaram ao norte do Paraná com a intenção de plantar café e criar gado. Começaram então a surgir cidades como Santo Antônio da Platina, Venceslau Brás e São José da Boa Vista. Mais tarde, com a atuação dos paulistas, vieram estrada de ferro Sorocabana até Ourinhos, no estado de São Paulo, município que faz fronteira com o Paraná.
	O governo paranaense também passou a vender lotes de terras de sua propriedade para pessoas interessadas e para companhias colonizadoras que poderiam ser chamadas de loteadoras.
	Dentre elas destacou-se a Companhia de Terras Norte do Paraná, de propriedade de ingleses, que adquiriu 515.000 alqueires das melhores terras do norte paranaense. Essas terras foram divididas em lotes urbanos e rurais e vendidas através de propagandas em que se falava da “terra roxa sem saúva”, apropriada para o cultivo do café. 
	A vinda de paulistas, mineiros, nordestinos, japoneses, alemães, portugueses aumentou a partir de 1930.
	Esse empreendimento imobiliário originou cidades como Londrina, Apucarana e Maringá.
	Outras companhias colonizadoras também atuaram em Assaí, Uraí e Sertanópolis.
	A colonização do norte do Paraná apoiou-se no cultivo do café, elevando o Paraná, tempos atrás, à condição de maior produtor do Brasil.
A Ocupação do Oeste do Paraná
	Com o final das reduções, em 1630, durante aproximadamente dois séculos, o oeste do Paraná ficou em completo abandono.
	Em 1881 surgem as obrages, locais de exploração da erva-mate e madeira por argentinos, chamados obrageros.
	Geralmente os obrageros não compravam a terra, só a exploravam até a exaustão e daí partiam para outros lugares. Enquanto o povo perdia suas riquezas nativas, erva-mate e pinheiro, nas obrages os trabalhadores – chamados mensus ou mensalistas, geralmente paraguaios, descendentes dos índios guaranis – eram maltratados e mantidos quase como escravos, pois não podiam sair do local, eram castigados e trabalhavam em péssimas condições.
	Essa violência era desconhecida pela maioria do povo brasileiro, sendo denunciada apenas em 1924.
	A partir dessa data, houve atençãomaior do governo para a região, iniciando a abertura das estradas e a sua colonização. Em 1946, através da Industrial Madeireira Colonizadora Rio Paraná S. A. ( Maripá), que era propriedade de alemães e italianos, houve a venda de lotes urbanos e rurais e o efetivo povoamento dessa região, após outras tentativas que não deram certo.
	Foz do Iguaçu, Toledo, Cascavel, Guaíra, Medianeira são alguns dos municípios que representam essa bela região do Paraná.
	
A Ocupação do Sudoeste do Paraná
	A região foi ocupada em grande parte pelo povo de Guarapuava. A exploração da erva-mate provocou mudanças na região. Em 1894 começa a chegar gente do Rio Grande do Sul, de Guarapuava e de Ponta Grossa. Os argentinos também estavam presentes. 
	Essa população dedicou-se à pequena agricultura e à suinocultura, principalmente os cablocos, que eram da terra e chamavam os gaúchos de “gringos”
	A posse das terras do sudoeste do Paraná gerou briga entre o governo estadual e federal, criando uma situação difícil para as pessoas que lá compravam terras, sem, no entanto, receber a escritura. Assim, pela ação do governo e de firmas desonestas, a região sofreu muito o problema de compra e venda de terras ilegais, gerando a expulsão de cablocos, antigos habitantes.
	Houve muitos conflitos, e essa tensão durou até 1961.
	Barracão, Pato Branco, Francisco Beltrão são alguns dos municípios dessa região.
Agropecuária
	O Paraná é o maior produtor de grãos do país destacando-se a soja, feijão, milho e trigo. Outros cultivos são importantes como o algodão, batata, rami e canola. Este último é a esperança para o futuro como cultura de inverno. O Paraná é responsável por 95% da produção de canola.
	O Paraná não é entretanto um estado essencialmente agrícola. Na composição de sua renda interna, o setor de maior destaque é o setor de serviços (mais de 50%). A agricultura é entretanto o fator multiplicador da economia paranaense. 
	Nos tópicos anteriores comentamos sobre a ocupação do estado e sua expansão agrícola baseada principalmente nas pequenas e médias propriedades. Nas últimas décadas, entretanto, o Paraná passou por profundas transformações que mudaram o panorama do estado, vinculadas à passagem do Brasil a um país urbano industrial. O Paraná funcionou como “periferia imediata” da economia paulista, alimentando sua indústria.
	A pequena propriedade e a conseqüente produção familiar foram seriamente abaladas na década de 70. A década que marcou uma das mais importantes transformações nos ambientes rural e urbano do estado. O café, que estava em crise desde os anos 60, recebeu o golpe de misericórdia com a geada de 75 – sendo, a partir de então, praticamente erradicado – e cedeu espaço para a soja e o trigo.
	Em conseqüência dessa substituição de cultura, pequenas e médias propriedades foram incorporadas pelas grandes, num processo generalizado, e a mão-de-obra rural foi substituída de maneira significativa, por tratores e máquinas. Mais de 200 mil trabalhadores rurais perderam o emprego nesse período, e o êxodo mudou o panorama do campo e alargou o cinturão de miséria dos centros urbanos.
Governo e Administração
	Além de várias secretarias ainda auxiliam o governo estadual numerosas empresas governamentais ou de organização mista. Os principais órgãos nesse sentido são: BASEP, COHAPAR, TELEPAR, COPEL, SANEPAR, CELEPAR, FUNDEPAR, ACARPA, PARANATUR, CAFÉ DO PARANÁ.
	
Indústria
	A indústria paranaense deveu-se à agricultura do café, às hidrelétricas e a mão-de-obra pelas migrações internas. Suas principais indústrias são: alimentares, madeiras, químicas, têxteis, cimento, metalúrgica, fósforos e numerosas outras.
	Os três eixos industriais do estado são: Curitiba – Ponta Grossa; Londrina – Maringá; Cascavel – Guaíra. As maiores hidrelétricas são: Foz do Areia, Segredo, Salto Santiago, Salto Osório (Rio Iguaçu), Xavantes (Paranapanema) e Capivari-cachoeira (próximo ao litoral). A maior delas é a usina Hidrelétrica Binacional de Itaipú, realizada pelos governos conjuntos do Brasil e do Paraguai e inaugurada em 1982.
	Nas comunicações, entre outros, o Paraná conta com: 510.000 telefones, DDD ou DDI, 137 emissoras de rádio, 11 canais de televisão (4 em Curitiba), 27 jornais diários e a EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) com o 5º movimento do país.
	O comércio externo incluiu exportação (café, soja, madeiras, algodão, papel, e outros) e importação (automóveis, petróleo, máquinas, sal, remédios, plásticos, etc.)
	Para o comércio interno contamos com 1.020 agências bancárias (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banestado, Bamerindus, Badep), empresas comerciais (Hermes Macedo, Prosdócimo, etc.), autarquias (Copel, Telepar, Café do Paraná) e cooperativas.
Crescimento Populacional
	O Paraná foi o estado que menos cresceu em população nos últimos 20 anos, em todo o país. O último senso do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 91, apontou uma taxa de 0,92% de crescimento ao ano no estado e mais uma vez não se confirmou a expectativa de se chegar aos 10 milhões de habitantes. Esta estimativa já era prevista para ser atingida nos anos 80. A população paranaense cresceu de 7,6 milhões de habitantes na última década para 8,4 milhões de pessoas em 91. O êxodo rural, marca registrada da maioria dos estados, se manteve acelerado nos últimos 21 anos e foi responsável pela perda de 50% da população rural em praticamente todas as regiões do estado. Na década de 70, 60% da população residia no meio rural e na década de 80 a taxa de urbanização passou de 36% para 50%. O censo aponta que em 91, 75% dos 8,4 milhões de habitantes moravam nos centros urbanos. 
	A emigração nos últimos 21 anos foi praticada, na maioria dos casos, por trabalhadores rurais que não dispunham de propriedade sobre as terras e que transformados em mão-de-obra volante, se viram sem condições de trabalho com o fim das principais culturas e a consolidação da mecanização. As maiores perdas populacionais ocorrem em cidades situadas na faixa de 20 mil a 100 mil habitantes. Transferidos para os centros urbanos, esse trabalhadores passaram a realizar rotas de imigração entre as próprias cidades, tentando colocação no mercado informal de trabalho e em setores de mão-de-obra sem qualificação.
	A densidade demográfica do estado é de 42 habitantes por Km2. As principais cidades são: Curitiba (1.290.142 habitantes); Londrina (386.331 habitantes); Maringá (239.230 habitantes); Ponta Grossa (233.517 habitantes) e Cascavel (192.674 habitantes). 
Bibliografia
	Paraná Geográfico e Histórico
		 Teotônio Aguedo Blansky
Texto gentilmente cedido por Fabrício Fernandes Pinheiro (HYPERLINK mailto:palmiro@aguianet.com.br fabpage@achei.net)
HYPERLINK http://www.sti.com.br www.sti.com.br

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