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Termorregulação em suínos

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Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Instituto de Saúde e Produção Animal (ISPA)
Curso de Medicina Veterinária
Sistema de termorregulação em suínos
Angel Caroline de Oliveira Macedo- 2015001133
Claudia Alana Freitas Machado- 2015000637
Silvânia Pereira de Sousa- 2014006458 
Belém/PA
2017
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Instituto de Saúde e Produção Animal (ISPA)
Curso de Medicina Veterinária
Sistema de termorregulação em suínos
Angel Caroline de Oliveira Macedo- 2015001133
Claudia Alana Freitas Machado- 2015000637
Silvânia Pereira de Sousa- 2014006458
Artigo apresentado à professora Jamile Andréa Rodrigues da Silva como parte do NAP1 da matéria de Bioclimatologia e Bem-Estar Animal.
Belém/PA
Dezembro de 2017
RESUMO: 
INTRODUÇÃO:
A suinocultura no Brasil tem desempenhado importante papel no mercado mundial, principalmente em função dos problemas sanitários ocorridos em outros países grandes produtores e exportadores de carne1	.
O perfil do produtor brasileiro, ainda que discretamente, vem sofrendo algumas mudanças. A busca da sociedade e do mercado externo por produtos éticos e de qualidade tem conquistado alguns progressos na produção de animais, o que torna necessário estabelecer critérios que avaliem o bem-estar dos suínos em seus sistemas de criação2.
As técnicas de criação podem contribuir efetivamente para a conquista da competitividade no mercado, bem como o controle sanitário e a eficiência de produção dos animais. A preocupação em fornecer ao animal um ambiente de conforto requer conhecimento dos fatores ambientais7.
O ambiente do sistema de criação intensivo possui influência direta na condição de conforto e bem-estar animal, promovendo dificuldade na manutenção do balanço térmico no interior das instalações, na qualidade química do ar e na expressão de seus comportamentos naturais, afetando o desempenho produtivo e reprodutivo dos suínos8.
O foco da suinocultura moderna continua sendo o alto desempenho das matrizes, por isto as granjas adotam estratégias arrojadas de controle ambiental (uso de equipamentos) e de manejo nutricional (dietas específicas) reprodutivo (biotécnicas da reprodução) com o objetivo de incrementar os índices de produtividade dos plantéis, com ênfase nos países situados em regiões tropicais como o Brasil. Contudo, a utilização dessas tecnologias avançadas, associada ao alojamento das fêmeas em gaiolas, quase sempre expostas a temperaturas ambientais elevadas, pode comprometer os parâmetros fisiológicos e o metabolismo, nas diferentes fases do ciclo de produção3. 
O estudo da variação térmica (termometria) é de fundamental importância para se avaliar o estado geral do paciente e nunca deve ser desprezado pelo veterinário, pois apresenta algumas características desejáveis: Pouco invasivo, baixo risco de danos à saúde do animal, rápida obtenção do resultado, baixíssimo custo financeiro4.
As espécies domésticas (mamíferos e aves) são classificadas como homeotermas, ou seja, são capazes de, em condições de perfeita saúde, manter a temperatura corporal dentro de certos limites, independente da variação da temperatura ambiente. Por esse motivo, são chamados de "animais de sangue quente"4.
Os suínos são animais homeotérmicos e, portanto, mantém uma temperatura corporal relativamente constante, ajustando o calor produzido no metabolismo com o calor ganho do ambiente. Quando são mantidos em ambiente cuja temperatura está dentro da zona de termoneutralidade a produção de calor é relativamente estável. Por outro lado, animais alojados em temperaturas críticas inferior ou superior necessitam gastar energia para aquecer ou resfriar o corpo, respectivamente5.
Suínos em crescimento e terminação criados no Brasil estão mais sujeitos aos efeitos do estresse térmico devido as elevadas temperaturas que ocorrem na maioria das regiões do país durante os meses de verão. Altas temperaturas são associadas com redução no desempenho devido a diminuição no consumo e ao custo energético associado a dissipação do calor5.
REVISÃO DE LITERATURA:
A manutenção da temperatura corporal normal depende do centro termorregulador, que alguns denominam de "termostato", localizado no hipotálamo, o qual é sensível tanto às variações da temperatura corporal interna como da superfície cutânea. Existem receptores térmicos, nas vísceras e na pele, que informam ao centro termorregulador hipotalâmico as respectivas variações existentes. Quando a temperatura ambiente diminui há, além de um incremento do metabolismo para a produção de calor, vasoconstricção periférica e piloereção, para evitar a perda de calor nos membros periféricos, bem como diminuição da frequência respiratória. Em situação inversa, quando a temperatura ambiente se eleva, observa-se vasodilatação periférica e aumento relativo da frequência respiratória, propiciando maior dissipação de calor4.
A temperatura corporal dos animais é determinada pelo balanço entre o ganho de calor e sua respectiva perda, pelo equilíbrio entre dois mecanismos distintos chamados de termogênese (mecanismo químico que aumenta a produção de calor) e termólise (mecanismo físico que incrementa a perda de calor). Quando o animal está em repouso, os principais órgãos geradores de calor são o fígado e o coração, mas durante o exercício, os músculos esqueléticos constituem o maior local de calor, contribuindo com cerca de 80% do calor total produzido4.
As perdas de calor para o ambiente obedecem as leis da física e podem ser classificadas como sensíveis e latentes (insensíveis). Os processos de perdas sensíveis envolvem trocas entre animal e o ambiente que o cerca. Tais perdas podem ser condução, convecção e/ou radiação e dependem do gradiente de temperatura. Já o calor latente, consiste na evaporação da água pela superfície da pele ou pelo trato respiratório e ocorre pela mudança de entalpia da água de evaporação sem que haja mudança em sua temperatura5.
Até o limite crítico superior, o animal perde calor principalmente pelos processos sensíveis, condução, convecção e radiação. Acima desta temperatura haverá um aumento das perdas evaporativas para compensar a redução das perdas sensíveis de calor. No Brasil, em função das altas temperaturas que predominam em grande do ano, a perda por evaporação da água por meio do trato respiratório é a forma mais efetiva de perda de calor, uma vez que os suínos possuem poucas glândulas sudoríparas funcionais5.
Os suínos em geral possuem a habilidade de dissipar o calor interno por condução através da pele, permitindo-se alcançar temperaturas abaixo da temperatura do corpo. Animais adultos se beneficiam desta via de transferência de calor na presença de resíduos, tipos diferentes de piso ou molhados no entorno de bebedouros, onde há desperdício de água8.
O estresse provocado pelo transporte aumenta a frequência cardíaca, e esse aumento se dá por dois fatores: reações de defesa e alarme ou pelo aumento da temperatura corporal2. Em caso de aumento excessivo de temperatura, o animal busca mecanismos compensatórios que o ajudem a dissipar mais rapidamente o excesso de calor corpóreo, portanto, há aceleração do batimento cardíaco, aumento da frequência respiratória e o animal procura aumentar a superfície de contato para perder calor por condução.
As altas temperaturas estão associadas à piora no desempenho de suínos, principalmente, pela redução no consumo de alimentos e pelo custo energético, associado aos processos de termorregulação, entretanto, não existem trabalhos suficientes para se determinar a exata contribuição do ambiente na redução da produção1.
De acordo com MANNO et al. (2006) o efeito da alta temperatura sobre o desempenho de suínos em crescimento não estaria restrito à redução do consumo voluntário de ração. Os animais submetidos ao ambiente de alta temperatura apresentaram melhor conversão alimentar que os mantidos em conforto térmico, independentemente do sistema de alimentação (à vontade ou pareada). Na fase de crescimento,a alta temperatura influencia negativamente o ganho de peso de suínos, mantendo a deposição de proteína na carcaça. Esse efeito do estresse térmico sobre o ganho de peso não está limitado à redução do consumo de ração6.
O suíno sempre irá responder fisiologicamente às mudanças de temperatura, tentando manter sua temperatura dentro de uma faixa ótima. Ajustes circulatórios promovem a vasodilatação cutânea elevando a temperatura da pele e assim favorecendo a troca de calor com o meio ambiente. Essa resposta é mediada principalmente por nervos vasoconstritores simpáticos. A vasodilatação periférica é, portanto, resultado da inibição do tônus simpático. O calor pode diminuir esse tônus por meio de um aumento da temperatura do SNC ou de forma reflexa, pela mediação de termorreceptores na pele1.
A temperatura média normal de suínos varia de 38,8 a 39,2º C, entretanto, há alterações mais significativas de acordo com as fases reprodutivas desses animais e, também, de acordo com as raças (melhoramento genético).
Segundo COSTA (2014) a provisão de aquecimento adicional do piso (34ºC) ao nascimento e início de vida de leitões mostrou-se favorável para restabelecer a temperatura retal normal, iniciação da amamentação e sobrevivência do leitão nascido a 21º C, contudo resultou em estresse térmico para a porca, ao menos sob condições limitadas para exibir o comportamento de termorregulação corporal3. 
Resultados de pesquisas mostram que é alterada a atividade da tireoide quando os animais são expostos a temperaturas acima e abaixo das recomendadas, o ambiente quente diminui o metabolismo e as temperaturas frias aumentam, em várias espécies8.
CONCLUSÃO:
Com o aumento no grau de confinamento dos suínos, o ambiente foi modificado, apresentando um potencial problema na criação, o que acarreta em um inadequado desenvolvimento dos animais e prejudica seu Bem- estar. O estudo de efeitos do ambiente sobre a qualidade de vida é de grande importância, podendo promover a adequação das práticas de manejo e das instalações. Diante disso, a compreensão do impacto do estresse térmico sobre vários aspectos da criação de suínos, como: avaliações comportamentais e fisiológicas, ligadas à sanidade e à produção vem determinar que os tempos mudaram e que o consumidor busca um alimento com mais qualidade, visando o respeito pela vida do animal através de práticas de produção e abate mais humanizados, buscando a relação bem-estar animal, qualidade e produtividade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BARROS, Pryscilla Cenci de; OLIVEIRA, Vladimir de; CHAMBÓ, Emerson Decheci; SOUZA, Leiliane Cristine de. ASPECTOS PRÁTICOS DA TERMORREGULAÇÃO EM SUÍNOS. Revista Eletrônica Nutritime, Artigo 114 v. 7, n° 03 p.1248-1253, Maio/Junho 2010. 
 BAPTISTA, Raíssa Ivna Alquete de Arreguy; BERTANI, Giovani Rota; BARBOSA, Clara Nilce. INDICADORES DO BEM-ESTAR EM SUÍNOS (Welfare indicators in swine). Ciência Rural, Santa Maria- ONLINE: ISSN 0103-8478.
COSTA, Alberto Neves. IMPACTO DAS DEMANDAS FISIOLÓGICAS E METABÓLICAS SOBRE A REPRODUÇÃO E O BEM-ESTAR DE MATRIZES SUÍNAS [Impact of physiological and metabolic demands on reproduction and welfare of the female pigs]. Anais do VII CONERA; Acta Veterinária Brasílica, v.8, Supl. 2, p. 305-308, 2014.
FEITOSA, Francisco Leydson F.; SEMIOLOGIA VETERINÁRIA: A ARTE DO DIAGNÓSTICO. 2ª Ed. São Paulo: Roca, 2008.
FIALHO, Elias Tadeu; OST, Paulo Roberto; OLIVEIRA, Vladimir de. INTERAÇÕES AMBIENTE E NUTRIÇÃO - ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS PARA AMBIENTES QUENTES E SEUS EFEITOS SOBRE O DESEMPENHO E CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA DE SUÍNOS. 2ª Conferência Internacional Virtual sobre Qualidade de Carne Suína; Concórdia, SC, Brasil; 2001.
MANNO, Maria Cristina; OLIVEIRA, Rita Flávia Miranda de; DONZELE, Juarez Lopes; OLIVEIRA, Will Pereira de; VAZ, Roberta Gomes Marçal Vieira; SILVA, Bruno Alexander Nunes; SARAIVA, Edilson Paes; LIMA, Kedson Raul de Souza. EFEITOS DA TEMPERATURA AMBIENTE SOBRE O DESEMPENHO DE SUÍNOS DOS 30 AOS 60 KG. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.2, p.471-477, 2006.
SOUSA, Patrícia de. AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE CONFORTO TÉMICO PARA MATRIZES SUÍNAS EM GESTAÇÃO SEGUNDO AS CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE INTERNO. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA AGRÍCOLACAMPINAS – SP 2002
TONIOLLI, Ricardo; GUIMARÃES, Daianny Barboza; ARAÚJO, Lina Raquel Santos; CANTANHÊDE, Ludymila Furtado; BARROS, Tatyane Bandeira; DIAS, Aline Viana. INFLUÊNCIA DO ESTRESSE TÉRMICO NA REPRODUÇÃO E PRODUÇÃO DE MACHOS SUÍNOS (Influence of heat stress on the reproduction and production of male pigs). Ciência Animal 24 (2): 28-40, 2014.

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