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SIMULADO DISCURSIVO ORGANIZAÇÃO, INSTITUIÇÃO E ESTADO

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SIMULADO DISCURSIVO INSTITUIÇÕES E ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Questão 1/5 - Instituições e Organização do Estado
O mercantilismo foi uma doutrina econômica preponderante na Europa dos séculos XVI a XVIII e teve um papel muito importante para o crescimento econômico daquele continente, assim como para a colonização do Brasil. Porém, como modelo econômico, começou a se esgotar no século XVIII, sofrendo ataques de uma nova elite comercial e dos primeiros defensores do liberalismo econômico.
Tendo isto em mente, descreva o contraste entre o papel do Estado no mercantilismo e no liberalismo econômico
	Por um lado, o Mercantilismo dependia de uma grande intervenção do Estado na economia, que adotava medidas protecionistas, para dificultar a entrada de produtos estrangeiros no país, garantindo assim balanças comerciais positivas, permitindo a acumulação de metais preciosos. O Estado também tinha participação direta na regulamentação da atividade econômica. Não havia total liberdade para os empreendedores, por causa das corporações de ofício.
No liberalismo, por outro lado, a ideia é um Estado mínimo, voltado apenas à defesa contra agressões externas, a proteção dos mais fracos contra os mais poderosos e a garantia do cumprimento dos contratos. Assim, deveria haver plena liberdade para os empreendedores, que poderiam identificar as oportunidades e buscarem seus próprios interesses. Da mesma forma, não poderia o Estado intervir no comércio exterior, impedindo a entrada de produtos estrangeiros. A concepção liberal da economia irá então adotar o conceito do “laisser-faire, laissez-passer” (“deixe fazer, deixe passar”).
Resposta: O mercantilismo se caracterizou pela forte intervenção do estado na economia, implantando novas indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre importações e controlado o uso interno de determinados produtos. Os mercantilistas compartilhavam a crença de que a riqueza de uma nação residia na acumulação de metais preciosos (ouro ou prata). O liberalismo defendia a liberdade nas atividades econômicas sem nenhuma intervenção do estado, a economia se regula sozinha. O estado estaria presente como meio amparador dos direitos do cidadão, caso suas prerrogativas fossem feridas.
Questão 2/5 - Instituições e Organização do Estado
O empreendedor não pode exercer plenamente sua atividade econômica sem conhecer as instituições da sociedade onde ele está inserido.
Tendo isto em vista, conceitue o termo “instituição” de acordo com a abordagem dada pela nossa disciplina.
	Para o nosso estudo, as instituições estão mais relacionadas com a ideia de sistemas e regras que moldam diferentes trajetórias de desenvolvimento econômico e social.  Para Hodgson[1]  as instituições são sistemas duradouros e sedimentados de  regras sociais que estruturam as interações sociais. Para ele, a linguagem, o dinheiro, as firmas e outras organizações são exemplos de instituições. Por outro lado, para Douglas North, prêmio Nobel de economia, as instituições são condicionamentos criados pelo homem e que estruturam as interações humanas (apud Conceição, 2002, p.128). Algumas são formais (como as leis), enquanto outras são informais (como as normas de conduta, as convenções sociais).
Um conceito interessante é oferecido por Eggertsson, para quem as instituições “são forças de contensão social. Regras que, de alguma maneira são aplicadas pelas entidades públicas, pelos grupos sociais e pelos próprios indivíduos. Os métodos de aplicação incluem ameaças de uso da força, sanções sociais, códigos morais e expectativas de reciprocidade”[2].
Resposta: Instituição pode ser definida por um sistema de regras que moldam diferentes trajetórias de desenvolvimento econômico e social. São forças de contensão social que são aplicadas pelas entidades públicas, grupos sociais e também pelos indivíduos para gerir ordem na sociedade. Alguns exemplos de instituições podem ser a linguagem, o dinheiro, as empresas, as leis, as normas de conduta, convenções sociais, códigos morais, etc.
Questão 3/5 - Instituições e Organização do Estado
Os empreendedores precisam estar atentos às questões ambientais. Uma Empresa que descumpre a legislação ambiental pode sofrer punições pesadas, ter suas atividades interrompidas, pagar indenizações às vítimas dos danos ambientais por ela causados, além dos prejuízos à sua imagem junto aos consumidores. Mas não se trata apenas de cumprir a lei.
Muito fala-se hoje sobre o tripé da sustentabilidade (Triple Bottom Line), que envolve a avaliação de um empreendimento não apenas pelo ângulo econômico-financeiro, mas também ambiental e social, de maneira integrada.
Ante este panorama, explique o que vem a ser o princípio do desenvolvimento sustentável.
	Aprendemos que os recursos ambientais não são inesgotáveis. É necessário buscar, portanto, a coexistência harmônica entre economia e meio ambiente com vistas a garantir que os recursos hoje existentes não se esgotem e as próximas gerações também possam usufruir do meio ambiente. A Conferência de Estocolmo sobre meio ambiente (1972) teve o mérito de concluir que os recursos ambientais corriam o risco de serem esgotados pela ação humana. Embora todo ser humano tenha o direito de buscar melhores condições de vida, o desenvolvimento deve ser alcançado de forma sustentável, impedindo o esgotamento dos recursos naturais e garantindo que as próximas gerações também possam usufruir do meio ambiente. É necessário buscar, portanto, um ponto de equilíbrio entre economia, desenvolvimento e meio ambiente.
O princípio do desenvolvimento sustentável foi definido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1991) como “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades” (CRETELLA NETO, 2012, p. 89).
Resposta: É definido como o desenvolvimento que atende às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações atenderem às suas próprias necessidades. Tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. Desta forma, a eliminação e a redução dos modos de produção e consumo não-sustentáveis constituem um dos elementos essenciais para a efetividade deste princípio.
Questão 4/5 - Instituições e Organização do Estado
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) tem, entre suas muitas funções, intervir na fusão de grandes empresas, com vistas a evitar a concentração de controle dos mercados de produção, venda ou distribuição. Este papel contrasta com o modelo econômico liberal, mas órgãos como o CADE são muito comuns em países capitalistas.
Pensando em tudo isto, explique qual a importância de se evitar a concentração de mercados em países como o Brasil?
	As empresas que se unem para controlar mercados geralmente usam de forma abusiva seu poder econômico com vistas a aumentar seus lucros, elevar de maneira injustificável o preço dos seus produtos e conquistar novos mercados através da eliminação de outras empresas do setor.
Um dos mecanismos do truste é fatiar o mercado entre os seus membros. Além do prejuízo óbvio aos consumidores, o truste é um risco para as empresas menores, que podem vir a ser eliminadas. No último caso citado, pode-se oferecer preços injustificavelmente baixos, durante um certo período, para forçar a falência de empresas concorrentes.
Resposta: Em países capitalistas como o Brasil, o controle de mercados relevantes por uma empresa, ou por um grupo restrito de empresas, frequentemente nos leva a preços excessivamente elevados, ineficiência, danos aos consumidores e à própria economia. Por isso é importante evitar a concentração de mercados no país.
Questão 5/5 - Instituições e Organização do Estado
Em 1929 o mundo capitalista foi sacudido por uma grande crise econômica, logo após a quebra daBolsa de Valores de Nova York. Dez anos depois, grande parte da Europa foi devastada pela Segunda Guerra Mundial. Em 1945 percebeu-se que o liberalismo econômico não tinha uma resposta para recuperar rapidamente os países afetados. Neste ponto, muitos países capitalistas se voltaram para as ideias do economista inglês John Maynard Keynes.
Sendo assim, aponte os principais aspectos estudados sobre o chamado “keynesianismo”.
	Keynes sustentava não haver mais razão para se apoiar a política de um Estado passivo, que evita atuar na economia devido à crença no poder autorregulador da economia de mercado. Era preciso combater o desemprego e aumentar o nível de atividade econômica estimulando a produção de bens de capital e o consumo.
Em época de crise, ele recomendava que o governo ampliasse a quantidade de dinheiro na economia aumentando os gastos públicos ou reduzindo a carga de tributos.
“Assim, o desemprego poderia ser solucionado não pela mão invisível do capitalismo, mas pela intervenção do governo – nesse caso pela geração de um déficit orçamentário, o que significaria que o governo literalmente gasta mais do que arrecada” (HEYWOOD, 2010, p.69).
A injeção de recursos públicos na economia, subsidiando empresas privadas, investindo em obras de infraestrutura e até mesmo criando empresas “estatais” foram iniciativas que ajudaram grande parte do mundo a escapar do colapso que o final da guerra mundial parecia indicar.
Resposta: Principais aspectos que Keynes defendia: - Defesa da intervenção estatal na economia, principalmente em áreas onde a iniciativa privada não tem capacidade ou não deseja atuar. - Defesa de ações políticas voltadas para o protecionismo econômico. - Contra o liberalismo econômico. - Defesa de medidas econômicas estatais que visem à garantia do pleno emprego. Este seria alcançado com o equilíbrio entre demanda e capacidade de produção. - O Estado tem um papel fundamental de estimular as economias em momentos de crise e recessão econômica. - A intervenção do Estado deve ser feira através do cumprimento de uma política fiscal para que não haja crescimento e descontrole da inflação. - O uso de políticas fiscais expasinvas para estimular a economia. - Déficit orçamentário para a recuperação da economia.

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