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Bianca Carvalho Dantas Enxaqueca Cefaleia Cefaleia: dor de cabeça uma das queixas mais frequentes nos serviços de saúde. Cefaleia vascular: sem lesão estrutural costuma ser pulsátil/latejante, um bom exemplo deste tipo de cefaleia é a enxaqueca que costuma ser hemicraniana (frontotemporal – um lado só) que piora com o tempo e pode produzir alterações visuais (escotomas cintilantes hemianopsias, escurecimento) e por algum grau de parestesia fugaz (dormência) rotineiramente vem acompanhada de náuseas, vômitos, fotofobia, irritabilidade, hiperacusia. As crises intensas duram até 72h. Cefaleia em salvas: Episódios dolorosos intensos que podem ser ou não pulsáteis localizados na região frontotemporoorbital unilateralmente que ocorrem de tempos em tempos com período de dor de 8 a 12 semanas, os períodos separados pelos de acalmia são denominados salvas. Geralmente dura em torno de 15 a 180 min ocorrendo durante a madrugada e costuma vir acompanhada de rinorreia, congestão nasal, lacrimejamento, hiperemia conjuntival, sudorese frontal, agitação. Podem permanecer anos sem acalmia, sendo denominadas crônicas. Cefaleia Primária: Situação em que a cefaleia/dor de cabeça é a própria doença ou síndrome. Ex: enxaqueca/migranêa, tensional, em salvas e etc. Cefaleia Secundária: Doença ou síndrome que tenha como sintoma a cefaleia. Ex: HAS, trauma, meningite, tumores etc. Epidemio; Prevalência > 90% pop. + sexo feminino - Após a 6ª década de vida Diagnóstico: o Inicio o Frequência o Localização o Duração o Caráter o Período predominante o Fatores de melhora o Fatores de piora o Fatores desencadeantes o Fatores de risco (< 15 anos o Medicamentos Cinetose, dor abdominal recorrente, pseudoangina, vertigens, dores do crescimento, distúrbio do sono, vômitos cíclicos e hiperatividade. Intensidade: Leve/grau 1: exerce atividades normalmente; Moderada/grau 2: interfere nas atividades Forte/grau 3: Incapacitante Excruciante/Grau 4: altera o comportamento Importante: Fazer diário/calendário da dor Sintomas associados: Febre, náuseas e vômitos, sintomas neurológicos, distúrbios da consciência, descarga nasal purulenta, quebras visuais. Fisiopatologia: é causada por tração, deslocamento, inflamação, espasmos vasculares ou distensão de estruturas sensíveis à dor na cabeça e no pescoço. Estruturas sensíveis: (internas) seios venosos, artérias meníngeas anterior e média, dura mater junto a base do crânio, nervos trigêmeo (5), glossofaríngeo (9), e vago (10), porções proximais da artéria carótida interna e seus ramos próximos ao polígono de willis, substâncias cinzentas periaquedutal e núcleos sensoriais do tálamo. (externas) periósteo, pele, tecidos, músculos do pescoço, segundo e terceiro nervos cervicais (C2 e C3), olhos, orelhas, dentes, seios paranasais, orofaringe e membrana mucosa da cavidade nasal. Fatores precipitantes: o Cirurgia oftálmica ou dentária; o Sinusite crônica; o Infecção viral; o Tensão psicológica; o Estresse emocional; o Fadiga; o Menstruação; o Fome; o Sorvete; o Nitritos: cachorro-quente, salame,presunto,embutidos, salsicha, feniletilamina (chocolate) ou tiramina (queijo cheddar); o Luzes brilhantes; o Contraceptivos hormonais; o Tosse; o Mastigação; o Álcool (em salvas); Aura: ESCOTOMAS Escotoma cintilante, que ocorre antes do início de uma enxaqueca, mas que também pode ocorrer sozinho. Este escotoma aparece como uma luz cintilante em forma de arco que invade o campo visual central; Escotoma central, que é considerado o tipo mais problemático e caracteriza-se por uma mancha escura no centro do campo de visão. O campo visual restante permanece normal, fazendo com que a pessoa se concentre mais na periferia, o que torna as atividades diárias muito difíceis; Bianca Carvalho Dantas ENXAQUECA Escotoma periférico, em que está presente uma mancha escura ao longo das bordas do campo de visão, que embora possa interferir ligeiramente com a visão normal, não é tão difícil lidar como um escotoma central; Escotoma hemianópico, em que metade do campo visual é afetado por uma mancha escura, o que pode ocorrer em ambos os lados do centro e pode afetar um ou ambos os olhos; Escotoma paracentral, em que a mancha escura se localiza perto, mas não no campo visual central; Escotoma Bilateral, que é um tipo de escotoma que aparece em ambos os olhos e é causado por algum tipo de tumor ou crescimento cerebral, sendo muito raro. ALTERAÇÕES VISUAIS . Enxaqueca Epidemio: Pico – 25 a 45 anos + mulheres Base genética Definição: distúrbio neurobiológico com base gênica que pode estar associado a alterações do SN e ativação do sistema trigêmino vascular. Aura: Típica (5 – 60 min) Abrupta (< 5 min) Prolongada (> 60 min) Fisiopatologia: Distúrbio funcional neuroquímico HEREDITARIEDADE: 60 – 90% parentes próximos ENXAQUECA HEMIPLEGICA FAMILIAR: distúrbio autossômico dominante caracterizado por hemiplegia transitória durante a fase de aura da enxaqueca (CACNL1A4) DEPRESSÃO ALASTRANTE DE LEÃO: Diminuição do fluxo sanguíneo no córtex occipital. Dor latejante/pulsátil unilateral alternante – inflamação neurogênica e ativação do sistema trigêmino vascular. Nauseas e vômitos – estase gástrica,, proximidade do núcleo do trigêmeo ao trato trato solitário No início da aura, observa-se diminuição de fluxo sanguíneo cerebral no córtex occipital e disseminação anterior através do córtex, de acordo com a citoarquitetura em vez das ligações vasculares Isso e sua taxa de propagação (2 a 5 mm/ min) lembram o fenômeno de depressão disseminada, no qual uma onda lenta de despolarização neuronal e glial diminui o fluxo sanguíneo e inibe a atividade neuronal em seu despertar. No entanto, as áreas de fluxo sanguíneo diminuído não correspondem às regiões corticais responsáveis por uma aura em particular, a extensão da redução é insuficiente para causar sintomas isquêmicos, e o fluxo sanguíneo pode permanecer deprimido depois que os sintomas da aura desaparecem e a cefaleia começa Além disso, a inibição da disseminaçãoda depressão pode prevenir a aura da enxaquec(mas não a cefaleia subsequente). Esses achados sugerem que as alterações na atividade neuronal, mais do que a isquemia, dão origem à aura. No entanto, ainda não se sabe exatamente o que inicia a disseminação da depressão e sua relação, se houver, com a fase premonitória. Foram propostos dois mecanismos principais para explicar a fase de cefaleia. De acordo com uma das teorias, a dor é desencadeada perifericamente nos neurônios trigeminais sensitivos primários que inervam as meninges e os vasos sanguíneos, talvez como um resultado de inflamação estéril. Esses neurônios projetam-se para o núcleo caudal no tronco cerebral e de lá para a substância cinzenta periaquedutal, os núcleos talâmicos sensoriais e o córtex somatossensorial. A outra teoria afirma que existe um distúrbio primário das vias centrais da dor, de modo que uma informação sensorial normalmente inócua é erroneamente interpretada como dor de sinalização, um fenômeno chamado de alodinia. Achados clínicos Enxaqueca com aura (enxaqueca clássica): Na enxaqueca com aura, a cefaleia é precedida por sintomas neurológicos transitórios. As auras mais comuns são alterações visuais, em especial defeitos hemianópicos de campo visual, escotomas (pontos cegos) e cintilações (pontinhos brilhantes) que aumentam de tamanho e se disseminam perifericamente. Uma cefaleia unilateral desagradável se instala. A frequência da cefaleia varia, contudo mais de 50% dos pacientes apresentam não mais do que uma crise por semana. A duração dosepisódios é superior a duas horas e inferior a um dia, na maior parte dos pacientes. Remissões são comuns durante o segundo e o terceiro trimestre da gravidez e após a menopausa. Embora a dor hemicraniana seja uma característica da enxaqueca clássica, as cefaleias também podem ser bilaterais. Cefaleia bilateral, portanto, não exclui o diagnóstico de enxaqueca, assim como uma localização occipital, que é uma característica comumente atribuída a cefaleias tensionais. Durante a cefaleia, distúrbios associados proeminentes incluem náusea, vômito, fotofobia, fonofobia, irritabilidade, osmofobia e mal-estar. Sintomas vasomotores e autonômicos também são comuns. Atordoamento, vertigem, ataxia ou alterações da consciência podem ocorrer na enxaqueca basilar, que pode ser diferenciada do acidente vascular cerebral por seu início gradual (“marcha enxaquecosa”) e pela resolução espontânea dos sintomas. A enxaqueca ocasionalmente produz déficits neurológicos que persistem durante a fase de dor ou além dela (p. ex., enxaqueca hemiplégica) e raramente pode causar acidente vascular cerebral. Especialmente, após os 50 anos, a aura pode ocorrer sem cefaleia (equivalente enxaquecoso). Os sintomas incluem distúrbio visual, hemiparesia, perda hemissensorial, disartria ou afasia, e em geral duram 15 a 60 minutos. Enxaqueca sem aura (enxaqueca comum): A enxaqueca sem aura é muito mais comum que a enxaqueca com aura, e produz cefaleia que com mais frequência é bilateral e periorbital. A dor pode ser descrita como latejante, Bianca Carvalho Dantas especialmente quando grave. Náusea, vômito e fotofobia são comuns. Quando a dor persiste, a contração associada de músculos cervicais pode compor os sintomas. Uma sensibilidade do couro cabeludo costuma estar presente durante o episódio. Quando não tratada, a cefaleia em geral persiste por 4 a 72 horas e, ocasionalmente, pode terminar depois de vômitos. Na enxaqueca comum e clássica, a compressão da carótida ipsilateral ou da artéria temporal superficial durante a cefaleia pode reduzir sua gravidade. Tratamento Evitar fatores desencadeantes (p. ex: ingestão de alimentos em particular ou de aditivos alimentares, cheiros fortes, luz brilhante) e o estabelecimento de padrões regulares de alimentação e de sono. Outras técnicas para minimizar os efeitos do estresse ambiental. tais como: biofeedback., treinamento em relaxamento, terapia motivacional racional., auto-hipnose Bianca Carvalho Dantas
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