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Resumo: Desigualdade

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Desigualdade
 A desigualdade possui muitas dimensões, devido a isso o problema possui uma alta complexidade.
Segundo dados da PNAD continua de 2017
Fontes de renda ou rendimentos:
1. Trabalho
2. Outras fontes:
2.1 Não trabalho;
2.2 Ativos;
2.3 Doações;
2.4 Auxílios Governamentais;
2.5 BPC.
 Dimensões
1) 10% da população com os maiores rendimentos detêm 43,3% da massa total de rendimentos do pais;
2) 1% da população com os maiores rendimentos possui o rendimento médio mensal de R$ 27.213,00 o que equivale a 36,1 vezes maior que o rendimento médio de 50% da população que detêm os menores rendimentos médios que e de R$ 754,00. No nordeste não corresponde a 36,1 vezes mas sim a 44,9 vezes, enquanto no sul e 25 vezes, tendo o nordeste a maior concentração de renda do pais;
3) Em 2017 as pessoas que tinham algum rendimento de qualquer fonte deu o rendimento médio de R$ 2.112,00. O Centro-Oeste teve o maior rendimento médio, sendo R$ 2.479,00 enquanto o nordeste teve a menor com apenas R$ 1.429,00. O Centro-Oeste e a região que mais cresce no pais a vários anos, puxados pelo agronegócio, onde não há dependência do momento que vive a economia brasileira, mas sim do mercado internacional;
4) Rendimento domiciliar per capita do Brasil R$ 1.271,00. Tendo os piores rendimentos as regiões do nordeste com R$ 808,00 seguido pelo norte com R$ 810, já o maior rendimento fica com a região sul;
5) 13,7% dos domicílios brasileiros são beneficiários do Bolsa família, sendo as regiões campeãs de beneficiários o nordeste com 28,4% seguido pelo norte com 25,8%. Nesses domicílios que são beneficiários do bolsa família o rendimento médio mensal per capita era de R$ 324,00 já os que não recebiam era de R$ 1.489,00;
6) O índice de Gini foi de 0,549. Sendo calculado através do rendimento médio domiciliar per capita;
7) No Brasil o percentual da população que tem algum rendimento e de 60,2% o que corresponde a 106,4 milhões de pessoas. O sul possui o maior percentual com 66%, o menor foi no norte com apenas 51,6% seguido pelo nordeste com 56,5%;
8)Rendimento vindo do trabalho x outras fonte:
O sul possui o maio rendimento vindo do trabalho e o sul com 46,8% enquanto o menor e o nordeste com 34,7%, ou seja, o nordeste e o que mais depende de outras rendas, onde aposentadorias e pensões correspondem a 14,1%.
 No período de 2003 a 2009 houve uma redução da desigualdade, tendo o ano de 2009 atingido a menor desigualdade dos últimos 30 anos.
 O principal fator para a redução da desigualdade no período foi o grande aumento das transferências governamentais, tendo a renda dos mais pobres crescido mais do que as dos mais ricos.
 A diminuição da desigualdade não esta apenas associada ao aumento das transferências governamentais, mas também ao aumento da renda do trabalho que foi causado pelas condições macroeconômicas favoráveis.
 Decomposição da renda per capita brasileira
1) Fatores demográficos:
Quanto maior for a proporção de adultos no domicilio maio tende ser a renda per capita familiar do domicilio, ter menos crianças também importa.
2) Renda derivada e não derivada do trabalho:
Não derivadas: Ativos(rendimentos)
 Transferências privadas
 Transferências publicas(BPC, pensões e aposentadorias)
 Desigualdade x Educação
 Teoria do capital humano: Ela diz que a educação tem um efeito direto sobre a produtividade do trabalho e que isso esta relacionado ao salario, ou seja, quanto maior a produtividade maior o salario.
 Alem de uma maior produtividade leva ao aumento do produto, que por fim leva a redução da desigualdade de renda.
 Becker e Schultz foram os responsáveis por desenvolver essa ideia, e na visão deles a educação era vista como um investimento.
 Há outra relação entre educação x crescimento, onde a maior produtividade significa dizer que há aumento na produção do produto por unidade do trabalho, tornando a sociedade mais eficiente.
 No Brasil existe uma grande desigualdade de renda, mas também existe uma grande desigualdade de escolaridade, onde há uma grande desigualdade regional de escolaridade
> Os agentes econômicos analisam o custo beneficio que terão antes de tomar uma decisão, onde o investimento em educação so e realizado quando o beneficio futuro(rentabilidade) for benéfico.
> Educação geral x educação especifica: A formação geral e associada ao aumento da produtividade media do trabalho que implica um crescimento econômico, porem existe o problema da informação assimétrica, que diz que o custo dessa educação cabe aos indivíduos e não das empresas.
 Já a formação especifica sera realizada pelo menos parcialmente pelas empresas, onde as empresas acreditam que os funcionários terão uma carreira de longo prazo e os conhecimentos adquiridos serão usados na empresa.
> Efeito social x efeito privado: Os efeitos sociais são as externalidades positivas geradas pela educação do individuo para a sociedade como um todo.
 O efeito privado e o que ira incidir sobre ele, ou seja, melhor qualificação, maior salario, maior conforto...
> Desigualdade x heterogeneidade: Quanto maior for a diferença no trabalho, maior a desigualdade. Ou seja, muita educação para uma população pequena e pouca educação para uma grande população leva a grande desigualdade.
> Pobreza x desigualdade: Schultz destaca que a educação pode ser muito importante para reduzir a desigualdade via educação publica, já que pessoas pobres não possuem condições de adquirir educação privada.
> A educação so afeta a distribuição de renda se a taxa de retorno e o investimento em ensino forem elevados.
 Desigualdade: Brasil
 LANGONI(1973) Foi o primeiro a realizar uma pesquisa de maneira robusta sobre a desigualdade no Brasil em sua tese de doutorado na Universidade de Chicago.
 Seu período de estudo foram os anos de 1960 a 1970, período em que o Brasil vivia o processo de industrialização inicia no governo JK. Langoni chegou a conclusão que nesse período a desigualdade de renda no Brasil aumentou e que esse aumento se deu devido a maior demanda por trabalhadores qualificados nas industrias, e que esses trabalhadores da indústria recebiam salários maiores do que os demais trabalhadores de outros setores. A desigualdade entre os 10% mais ricos e muito maior que entre os mais pobres, a maior homogeneidade entre os pobres e devido ao alto grau de analfabetismo e baixa escolaridade, além de se concentrarem sobretudo no campo, o que torna a sua renda mais parecida, enquanto que entre os ricos há muita diversificação.
 LANGONI(2005) Usando o mesmo período e a mesma base de dados refinou seu estudo de 1973, chegando a conclusão que a desigualdade nesse período tinha como principal explicação a diferença entre oferta e demanda no mercado de trabalho, no qual a expansão econômica no período levou a uma maior demanda por mão-de-obra qualificada e que isso aumenta a dispersão salarial entre os grupos, passando a atribuir a educação como principal ponto.
 FISHLOW (1972) da Universidade da Califórnia em Berkley, no mesmo período(1960-1970), concluiu que o menor acesso a educação e ao emprego nas regiões rurais e o principal fator explicativo para a desigualdade de renda no Brasil e que a diferença entre a área urbana e rural levava a desigualdade, sendo os ganhos salariais muito maior nas áreas urbanas que nas rurais por consequência.
 BARROS, HENRIQUE e MENDONCA(2002) chegaram a conclusão que o valor de mercado da educação depende da distribuição da população adulta, onde se observa uma escassez de mão-de-obra qualificada, onde a forma mais razoável de mitigar a desigualdade seria aumentando a população de mão-de-obra qualificada, não tendo o Brasil um numero adequado de trabalhadores qualificados.
 Guilherme Reis e RicardoPaes de Barros(1991) pegaram São Paulo e Fortaleza para estudar a desigualdade de renda, onde notaram que em Fortaleza há uma menor desigualdade de renda quem em São Paulo, mas os salários são menores do que os de São Paulo, sendo o salario médio 40% menor. Sendo a menor desigualdade salarial explicada pela menor escolaridade. 
 BAGOLIN e PORTO JUNIOR(2003) Fizeram uma associação entre crescimento de longo prazo e educação, so sendo o crescimento sustentável a partir da educação e sua geração de renda e diminuição da desigualdade e que essa melhor distribuição também mitigaria a desigualdade regional.
 BARROS, FRANCO e MENDONCA(2007) Teve como período de estudo os anos de 1995 a 2005. Nesse período houve um significativo aumento da escolaridade no Brasil, onde no segundo governo de FHC se conseguiu universalizar a educação fundamental, teve aumento das vagas a nível médio e superior, além de redução do analfabetismo entre adultos. O aumento da escolaridade e acompanhado da redução da desigualdade, ela também se deu no quadro diferencial de redução salarial.
 MENEZES FILHO(2001) Mostrou a taxa de retorno em investimento da educação, onde os trabalhadores com ensino fundamental completo ganham 3x mais que os analfabetos em 1997.
 TRINDADE(2010) Período(1995 a 2008) Concluiu que houve uma queda no coeficiente de Gini associada ao aumento dos os anos de estudo para todas as regiões do pais.
FERNANDES(2001) Periodo(1989 a 2001) A região nordeste e a mais desigual
FERREIRA e BARROS(1999) Periodo(1976 a 1996) concluíram que houve uma redução ao retorno médio a educação nesse período

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