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Estrutura de sólidos A maior parte dos elementos em compostos inorgânicos surgem no estado sólido: rede ordenada de átomos, iões, ou moléculas. Metais: os elementos que os constituem apresentam baixas energias de ionização (elementos do lado esquerdo da TP, até ao bloco d e parte do bloco p); a interação entre os átomos pode ser descrita pela ligação metálica (deslocalização de eletrões por todo o sólido). Propriedades: maleáveis (deformam-se por aplicação de pressão); dúcteis (transformam-se em fios); lustrosos. Outros sólidos com ligação metálica: óxidos e sulfuretos de metais de transição (Ex: ReO3, FeS2). Estrutura de sólidos Descrição de estruturas cristalinas: rede e célula unitária Rede cristalina: rede 3D constituída por um número infinito de pontos, cada um rodeado de modo idêntico por pontos vizinhos. A cada ponto pode estar associada uma ou mais estruturas idênticas (i.e., atómos, iões, ou moléculas). Célula unitária: paralelipípedo imaginário, a partir do qual todo o cristal pode ser construído simplesmente fazendo translações. Embora possa haver várias formas de escolher a célula unitária, esta deve corresponder à mais pequena que tem a maior simetria. O tamanho e a forma da célula relativos a uma origem são dados pelos comprimentos a, b, c e pelos ângulos α, β, γ entre eles. Célula cristalina (em 2D) O cristal é produzido pelos deslocamentos translacionais (paralelos aos lados da célula), tanto da primeira como da segunda célula unitária. Adota-se a segunda por ser mais pequena. Sistemas Cristalinos A relação entre os parâmetros da rede em 3D como resultado da simetria da estrutura dá origem a 7 sistemas cristalinos: Sistemas Cristalinos Parâmetros da célula cúbica unitária Célula primitiva (P) Célula de corpo centrado (I), bcc Célula de face centrada (F), fcc (+1,0,0) (+1/2,+1/2,0)(+1/2,+1/2,+1/2) (+1/2,0,+1/2) (0,+1/2,+1/2) Pontos da rede cristalina que descrevem a simetria translacional A simetria translacional é a da célula unitária e a dos vetores representados Sistemas Cristalinos As estruturas podem ser desenhadas em projeção, sendo as posições dos átomos assinaladas através de coordenadas fracionais. bcc fcc Sistemas Cristalinos Projeção para a estrutura de sulfeto de silício (SiS2). Converter esta projeção da célula unitária numa representação 3D. Sistemas Cristalinos Estrutura 3D do sulfeto de zinco (ZnS). Converter esta estrutura 3D na projeção da célula unitária correspondente. Sistemas Cristalinos Formas de empacotamento compacto de esferas Hexagonal (hcp) cúbica (ccp) Sistemas Cristalinos Formas de empacotamento compacto de esferas Hexagonal (hcp) ABA cúbica (ccp) ABC Sistemas Cristalinos Cálculo do espaço ocupado numa célula ccp (igual para hcp) Diagonal da face: r+2r+r = 4r Cálculo do lado da célula (a): a2+a2=(4r)2 a=81/2r Logo, volume da célula (Vcel) é 83/2r3 Contabilização do número de esferas na célula: 1/8 de esfera nos vértices 1/2 de esfera nas faces Logo, número de esferas é 8x1/8+6x1/2=4 Volume de 4 esferas (Vesf): 4x4/3πr3 = 16/3πr3 Fração de volume ocupado: Vesf/Vcel =0.740 Sistemas Cristalinos Célula unitária para hcp Sistemas Cristalinos Buracos (lacunas) no empacotamento compacto Buraco octaédrico 0.414r Buraco tetraédrico 0.225r Sistemas Cristalinos Buracos (lacunas) no empacotamento compacto Buraco octaédrico (N) hcp ccp Sistemas Cristalinos Buracos (lacunas) no empacotamento compacto Buraco tetraédrico (2N) hcp ccp Sistemas Cristalinos Estruturas dos elementos metálicos à temperatura ambiente. Densidade: -ósmio: 22.61 g/cm3 -tungsténio: 19.25 g/cm3 -chumbo: 11.3 g/cm3 Empacotamento compacto Outros arranjos O empacotamento (hcp ou ccp) que o metal adota depende de: - estrutura eletrónica dos seus átomos - interação com os segundos vizinhos mais próximos - caracter direcional da ligação Empilhamentos dos tipos AA, BB ou CC não podem ocorrer Exemplo: o cobalto é ccp acima de 500ºC, mas ocorre uma transição quando é arrefecido; a estrutura resultante corresponde a um empilhamento quase aleatório de camadas compactas (por exemplo, ABACBABABC...). Estruturas não compactas Nem todos os metais elementares têm uma estrutura compacta. Mesmo metais com estrutura compacta podem sofrer uma transição de fase (para uma estrutura menos compacta), quando são aquecidos e os seus átomos apresentam vibrações de larga amplitude. Estrutura não compacta comum: bcc (e.g., metais alcalinos, Ba, Cr, Fe, W); a coordenação é 8. O espaço por preencher é de 32% contra 26% no caso de estruturas compactas (hcp ou ccp). Ocasionalmente, encontra-se também a estrutura cúbica primitiva (e.g., Po); a coordenação é 6. Estruturas mais complexas podem ser vistas como versões distorcidas de estruturas simples. Estruturas não compactas Bismuto sob pressão adota a estrutura da célula primitiva. α-Hg: resulta da célula primitiva por elongação do cubo segundo uma das diagonais. β-Hg: tem uma estrutura baseada no arranjo bcc, mas comprimida ao longo de uma das direções. Zinco e cádmio: têm quase estruturas hcp, mas os planos de átomos compactos estão separados por uma distância ligeiramente superior à do hcp perfeito. Polimorfismo dos metais Polimorfismo: capacidade em adotar diferentes formas cristalinas para diferentes condições de pressão e temperatura. É devido à reduzida direcionalidade das ligações que ocorrem nos metais. Os polimorfos dos metais são designados α, β, γ,... com o aumento da temperatura. Em geral: as fases mais compactas são favorecidas a baixas temperaturas e altas pressões. Exemplo: α-Fe é bcc e ocorre até 906ºC. γ-Fe é ccp e ocorre até 1401ºC. α-Fe ocorre outra vez até 1530ºC (ponto de fusão) β-Fe é hcp e forma-se a altas pressões. Ligas metálicas As ligas podem ser sólidos homogéneos (com os átomos de um metal distribuídos aleatoriamente entre os átomos do outro) ou compostos com uma composição definida e uma estrutura interna. (a) Liga substitucional: (Ni,Cu) - os raios atómicos não devem diferir em mais de 15% entre si. - os 2 metais puros devem ter a mesma estrutura. - o caracter eletropositivo dos 2 metais deve ser semelhante. (b) Liga intersticial: (Fe, Co, Ni; B, C, N) -formam-se entre metais e átomos pequenos (c) Compostos intermetálicos (nova estrutura): (β-latão ou CuZn, Al0.88Mn0.12) Compostos inter-metálicos Sólidos iónicos 1) Fases binárias (AXn): estruturas importantes que podem ser expressas em termos de ocupação de buracos incluem o cloreto de sódio (“rock-salt”), cloreto de césio, sphalerite (sulfureto de zinco), fluorite, wurtzite, arseneto de níquel e o rutilo. 2) Fases ternárias (AaBbX2): estrutura da Perovskite (ABX3) e estrutura spinel (AB2O4). Sólidos iónicos Fases binárias (AX) Cloreto de sódio: a sua estrutura é baseada no empacotamento compacto ccp dos aniões com os catiões ocupando todos os buracos octaédricos (ou vice-versa); estrutura fcc com coordenação 6:6. Sólidos iónicos Fases binárias (AX) Carbeto de cálcio: adota uma estrutura semelhante à do cloreto de sódio, mas é alongada na direção paralela ao eixo dos iões C22-. Estruturas semelhantes surgem também para CsO2, KCN e FeS2. Sólidos iónicos Fases binárias (AX) Cloreto de césio: a sua estrutura é baseada na célula cúbica primitiva, onde cada vértice é ocupado por um anião e o catião ocupa o buraco no centro da célula (ou vice-versa); estrutura com coordenação 8:8. Sólidos iónicos Fases binárias (AX) Sphalerite (zinco-blenda): a sua estrutura é baseada no empacotamento compacto ccp, onde os aniões ocupamos vértices e as faces, enquanto os catiões ocupam metade dos buracos tetraédricos; estrutura com coordenação 4:4. Sólidos iónicos Fases binárias (AX) Wurtzite: a sua estrutura é baseada no empacotamento compacto hcp, onde os aniões ocupam os vértices e as faces, enquanto os catiões ocupam metade dos buracos tetraédricos; estrutura com coordenação 4:4. Esta estrutura é também adotada por ZnO, AgI, SiC. Sólidos iónicos Fases binárias (AX) Arseneto de níquel: a sua estrutura é hcp distorcida, com os aniões nos vértices e os átomos de Ni ocupando os buracos octaédricos; estrutura com coordenação 6. Esta estrutura é também adotada por NiS e FeS. Sólidos iónicos Fases binárias (AX2) Fluorite (CaF2): na sua estrutura os iões cálcio apresentam um empacotamento ccp, enquanto os aniões ocupam os buracos tetraédricos; estrutura com coordenação 8:4. Sólidos iónicos Fases binárias (AX2) Rutilo (TiO2): na sua estrutura os aniões apresentam um empacotamento hcp, enquanto os catiões ocupam apenas metade dos buracos octaédricos; estrutura com coordenação 6:3. Sólidos iónicos Fases ternárias (AaBbX2) Perovskite (ABX3): Estrutura spinel (AB2O4): Defeitos e estequiometria Todos os sólidos contêm defeitos (estruturais). Estes influenciam propriedades como: força mecânica, condutividade elétrica e reatividade química. Além disso, alteram a estequiometria. - A formação de defeitos é geralmente endotérmica, pois é necessário romper a rede. - A componente entrópica aumenta à medida que os defeitos se formam. => G tem um mínimo para uma concentração de defeitos diferente de zero (com T>0). Defeitos intrínsecos Defeito de Schottky: lacuna na estrutura devido à ausência de um átomo ou ião do seu sítio na rede. A estequiometria do sólido não é alterada, porque estes defeitos ocorrem aos pares, de modo a assegurar o balanço de carga. Ocorrem a baixas concentrações em sólidos iónicos puros (e.g., NaCl) e preferencialmente em estruturas compactas. Defeitos intrínsecos Defeito de Frenkel: defeito pontual na estrutura devido à deslocamento de um átomo ou ião para uma posição intersticial. A estequiometria do sólido não é alterada. Ocorrem em sólidos com baixos números de coordenação (e.g., wurtezite). Defeito devido à troca de átomos na rede Defeitos extrínsecos São defeitos introduzidos no sólido devido à dopagem com um átomo de uma impureza. Exemplos: Ao incorporar baixas quantidades de Cr na estrutura de Al2O3 produz o (mineral) rubi, enquanto a substituição de Al por Fe e Ti origina a safira (cor azul). A introdução de um Ca2+ numa rede de ZrO2 produz uma lacuna no O2- Entalpia de rede É obtida a partir de dados empíricos de entalpia usando um ciclo de Born-Haber. Define-se como: variação da entalpia molar padrão que acompanha a formação de um gás de iões a partir do sólido. MX(s) ⟶ M+(g)+X-(g) ÁLHo Entalpia de formação padrão M(s)+X(s,l,g) ⟶ MX(s) Á fHo Entalpia de atomização padrão M(s) ⟶ M(g) ÁatomHo (sólidos: sublimação) X2(g) ⟶ 2X(g) ÁdisHo (gases: dissociação) Entalpia de ionização/ganho de eletrão padrão M(g) ⟶ M+(g)+1e-(g) Á ionHo X(g)+1e-(g) ⟶ X-(g) ÁgeHo Entalpia de rede Exemplo: KCl Propriedades elétricas Isoladores e condutores A condução de uma corrente elétrica em sólidos resulta da existência de um grande número de eletrões deslocalizados, i.e., que não estão confinados a um único átomo. Podemos medir a condução em termos da condutividade (condutibilidade, σ /S cm-1, i.e., siemen por centímetro) eléctrica que é o inverso da resistência. Dividimos materiais em: Isoladores (log σ ≤ ca -6) Condutores (log σ ≥ ca 2) Propriedades elétricas Metais condutores: é uma substância com condutividade elétrica que diminui com o aumento de temperatura. Semi-condutor: é uma substância com uma condutividade elétrica que aumenta com o aumento da temperatura. Exemplos Isoladores: quartzo, diamante, vidro, AgBr Condutores: Bi, Fe, Ag, Cu -Todos os metais são condutores elétricos (e térmicos). -Podemos tratar a condutibilidade em termos da Teoria de bandas. Orbitais moleculares: distribuição eletrónica Depois da formação das orbitais moleculares (com base mínima de funções atómicas), faz-se o preenchimento com eletrões, que no estado fundamental vão para a orbital de menor energia Por exemplo, para H2 Orbitais moleculares e a Teoria de bandas Se aumentamos o número de átomos para 10, vamos formar 10 orbitais moleculares (5 ligantes e 5 antiligantes). No caso de um número infinito de orbitais, vamos formar “bandas” Separação energética Com um aumento do número de átomos, a separação entre os orbitais vai diminuir e, para um número infinito, podemos considerar sistemas quase contínuos, formando bandas ligantes (valência) e antiligantes (condução). Separação energética A existência de um hiato (“gap”) de energia entre as bandas s e p depende da separação entre as orbitais s e p dos átomos e a força da interação entre eles. Se a interação é forte, as bandas são largas e podem sobrepor-se. Separação energética (hiato de energia) A separação entre a banda de valência e a banda de condução chama-se hiato de energia Quando o hiato é grande e temos uma banda de valência completa o sistema é isolador Quando há sobreposição da banda de valência e a banda de condução ou a banda de valência é incompleta o sistema é condutor Isoladores, semicondutores e condutores Isoladores, semicondutores e condutores Semicondutor intrínseco (a) Semicondutor do tipo n (b) Semicondutor do tipo p Semicondutores Em alguns casos (como Si, Ge) existem propriedades intermédias onde são isoladores mas podem ser ativados por calor ou luz e ser condutores. Esses são semicondutores intrínsicos. Podemos aumentar as propriedades como semicondutores por dopagem com elementos de grupo 13 (Ga, In..) ou 15 (P, As..) que produzem semicondutores tipo p (positivo) ou tipo n (negativo) Dopagem Grupos III/V (3/15); II/VI (2/16) Si configuração eletrónica 3s2 3p2 Dopagem Ga 4s2 4p1 tipo p As 4s2 4p3 tipo n Semicondutores Semicondutor do tipo-n: resulta, por exemplo, da dopagem de uma rede de silício com fósforo; este tem um excesso de carga negativa (i.e., tem mais um eletrão de valência que o silício) que não pode ser acomodada na banda de valência, passando à banda de condução, o que faz aumentar a condutividade do semicondutor. Semicondutor do tipo-p: resulta, por exemplo, da introdução de um pequeno número de átomos de alumínio numa rede de silício; como o alumínio só tem 3 electrões de valência, a banda de valência não é completamente preenchida, provocando lacunas positivas nessa banda; estas lacunas possibilitam o movimento dos eletrões na banda sob influência de um campo aplicado. Componentes eletrónicos - Utilizando uma junção pn podemos retificar a corrente elétrica (díodo). - Também podemos ter sistemas mais complicados, como o transístor, em que temos 3 elétrodos. Transístor: amplificador e interruptor de sinal elétrico. Díodo: retificador de corrente; semi-condutor de Si ou Ge, em que as faces são dopadas por diferentes materiais. LEDs Díodos que emitem luz Semicondutores III/V: GaAs, GaN... LED azul: Prémio Nobel da Física 2014, Isamu Akasaki, Hiroshi Amano, Shuji Nakamura Cátodo Ânodo Laser de GaAs preparado utilizando uma junção Ga-As (pn) Supercondutores Para alguns sistemas a resistência é zero abaixo de uma temperatura crítica ea matéria é completamente diamagnética. Exemplo: mercúrio (T < 4 K) Cooper pairs e o efeito de Meissner A descrição das propriedades de supercondutores envolve pares ligados de eletrões de spins diferentes (“Cooper pairs”); Leon Cooper, 1956. Quando temos um íman em cima do super-condutor existe levitação magnética: o efeito de Meissner. Supercondutores de alta temperatura Há grande interesse para aplicações práticas (por exemplo em comboios de alta velocidade, ou aplicações biomédicas, SQUID-superconducting Quantum Interference Device) ter supercondutores com temperatura de transição acima de 77 K (ponto de ebulição de azoto líquido) O primeiro composto deste tipo é o sistema não-estequiométrico YBa2Cu3O7-x envolve Cu(II) e Cu(III) Estrutura A estrutura deste composto (tipo Perovskite) é um fator importante na supercondutividade O cristal tem uma simetria reduzida (bidimensional ou unidimensional) Propriedades básicas dos elementos da Tabela Periódica hidrogénio - H+ encontra-se sempre combinado com uma base de Lewis e tem um forte efeito polarizador. - O ião hidreto (H-) é altamente polarizável. - A molécula H2 é extremamente não-reativa e as suas reações requerem um catalisador ou serem iniciadas por radicais. - Pode formar hidretos moleculares com elementos do bloco p com a mesma ou eletronegatividade superior (Ex: H2O, CH4, NH3). - Pode formar hidretos salinos (iónicos) com elementos mais eletropositivos. (Ex: LiH, CaH2). - Pode formar hidretos metálicos com muitos elementos dos blocos d e f. Propriedades básicas dos elementos da Tabela Periódica grupo 1 - A tendência nas propriedades dos metais alcalinos pode ser explicada em termos das variações dos seus raios atómicos e energias de ionização. - Como as energias de ionização são baixas, estes metais são reativos e formam M+. Esta propriedade manifesta-se na reação com a água para formar o respetivo hidróxido (MOH); esta reação é mais violenta à medida que se desce no grupo. - Os compostos binários dos metais alcalinos exibem predominantemente ligação iónica. - Li apresenta propriedades químicas anómalas devido ao seu pequeno raio iónico e à sua tendência para exibir ligação covalente. Propriedades básicas dos elementos da Tabela Periódica grupo 2 - A tendência nas propriedades dos metais alcalino- terrosos pode ser explicada em termos das variações dos seus raios iónicos e energias de ionização. - As energias de ionização destes metais decrescem quando se desce no grupo, tornando-se mais fácil formar iões M2+. Esta propriedade manifesta-se na reação com a água para formar o respetivo hidróxido M(OH)2; para o Mg, só com água quente. - Os compostos binários dos metais alcalino-terrosos exibem predominantemente ligação iónica. - Be apresenta propriedades químicas anómalas: os seus compostos apresentam um alto grau de covalência e o Be apresenta uma forte relação diagonal com o Al. Propriedades básicas dos elementos da Tabela Periódica grupo 13 - O boro é o único não-metal do grupo. O alumínio é o elemento mais abundante deste grupo. - Todos os elementos deste grupo formam hidretos, óxidos e haletos no estado de oxidação +3. - O boro forma agregados do tipo gaiola (cage) que incluem hidretos de boro, metaloboranos (contêm metais na sua estrutura) e carboranos (e.g., B4C2H6). Propriedades básicas dos elementos da Tabela Periódica grupo 14 - Os elementos mais leves são não-metais; o estanho e o chumbo são metais. Exceto o Pb, todos os elementos existem sob a forma de vários alótropos (exemplo: diamante, grafite, fulerenos, grafeno). - Todos os elementos deste grupo formam simples compostos binários com hidrogénio, oxigénio, halogénios e azoto. - O silício forma uma grande variedade de redes de sólidos com enorme relevância industrial. Propriedades básicas dos elementos da Tabela Periódica grupo 15 - Estes elementos exibem uma grande gama de números de oxidação e formam muitos compostos complexos com o oxigénio. - Exceto o azoto que é um gás nas condições P,T normais, todos os outros elementos deste grupo surgem como sólidos, em diversas formas alotrópicas. - Os elementos deste grupo formam compostos binários com muitos elementos. - O azoto forma compostos oxo (i.e., =O) e oxoaniões em todos os estados de oxidação de +1 a +5. Os estados de oxidação intermédios são suscetíveis de sofrer desproporcionação. Em contraste, o óxido nitroso (N2O, onde o N tem número de oxidação +1) é um gás não reativo. Propriedades básicas dos elementos da Tabela Periódica grupo 16 - O oxigénio é o elemento mais eletronegativo deste grupo e é o único que surge como gás (O2 ou O3); todos os outros elementos ocorrem em diversas formas alotrópicas. - Compostos de elementos deste grupo em anel e em cadeia surgem sob a forma de aniões ou catiões. Contudo, formam compostos neutros em anel e em cadeia com outros elementos do bloco p da Tabela Periódica. - Os elementos deste grupo formam compostos binários simples com H, O, halogénios e metais. Propriedades básicas dos elementos da Tabela Periódica grupo 17 - Todos os elementos deste grupo são não-metais . - Estes elementos formam haletos de hidrogénio (HF é líquido e os restantes são gases). Formam também compostos oxo e oxoaniões (e.g., ClO-, ClO2-, ClO3-, ClO4-). - Todos os halogénios formam compostos com outros elementos do grupo (e.g., ClF, IBr, IF). - Exceto o flúor e o astato (elemento muito radioativo), os halogénios podem apresentar números de oxidação entre -1 e +7. O flúor (elemento mais eletronegativo) é eficaz na oxidação de diversos elementos para estados de oxidação muito elevados. Propriedades básicas dos elementos da Tabela Periódica grupo 18 - A existência deste grupo de elementos só começou a ser conhecida a partir do século XIX. Os gases raros (também designados gases nobres) têm desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento das teorias da ligação. - Embora os gases raros possam surgir sob a forma de dímeros em determinadas condições, apenas o xenon forma um conjunto significativo de compostos com o flúor e o oxigénio (e.g., XeF2, XeF4, XeF6, XeO3, XeO4). O xenon forma também hidretos: HXeH, HXeOH e HXeOXeH. - Xe, Ar e Kr formam clatratos quando congelados com água a alta pressão.
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