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QUESTÕES DE CONCURSO - D. PENAL: CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (APROPRIAÇÃO INDÉBITA)

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QUESTÕES DE CONCURSO - D. PENAL: CRIMES CONTRA O 
PATRIMÔNIO (APROPRIAÇÃO INDÉBITA) 
Crimes Contra o Patrimônio (Apropriação Indébita) 
 
1- MPE-GO 2016 PROMOTOR DE JUSTIÇA 
Caio entrega a Tício, seu amigo e funcionário do Detran, uma quantia em dinheiro para que este último pague uma multa 
naquele órgão público. Tício, no entanto, apropria-se do dinheiro. Nesse caso, Tício deverá ser responsabilizado pelo crime 
de: 
 
a) apropriação indébita 
b) peculato furto 
c) peculato apropriação 
d) peculato mediante o erro de outrem 
 
Comentário 
A apropriação (ou desvio) de valor, dinheiro ou coisa praticada por funcionário público, em razão do cargo que ocupa, em 
proveito próprio ou alheio, é crime de peculato, que não se confunde com o crime de apropriação indébita. Neste, há a 
apropriação de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção, e pode ser praticado por qualquer pessoa. Diferença 
fundamental entre ambos os delitos é que no peculato a infração é cometida em razão do cargo que o agente ocupa, coincidindo 
com o fato dele ser funcionário público. Na apropriação indébita, o agente pode apropriar-se da coisa que posse ou detenção 
ainda que em razão de seu ofício, emprego ou profissão, mas o fato de não ser funcionário público não faz caracterizar peculato, 
mas apropriação indébita. 
 
No enunciado da questão, o agente não recebeu a quantia em dinheiro de seu amigo em razão do cargo ocupado, sendo que 
sua condição de funcionário do Detran não foi determinante para o recebimento do dinheiro e nem se apropriou do valor em 
razão do exercício da sua atividade. A conduta delituosa amolda-se ao crime de apropriação indébita. 
 
Apropriação indébita 
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção. 
 
Peculato 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem 
a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. 
 
2- FCC 2016 TRF-3R ANALISTA JUDICIÁRIO 
Lucius, funcionário público, escrevente de cartório de secretaria de Vara Criminal, apropriou-se de um relógio valioso que foi 
remetido ao Fórum juntamente com os autos do inquérito policial no qual foi objeto de apreensão. Lucius cometeu crime de 
 
a) apropriação de coisa achada. 
b) apropriação indébita simples. 
c) apropriação indébita qualificada pelo recebimento da coisa em razão de ofício, emprego ou profissão. 
d) apropriação de coisa havida por erro. 
e) peculato. 
 
Comentário 
O agente apropriou-se do bem em razão do cargo que possui, sendo ele funcionário público, escrevente do cartório que a coisa 
estava depositada. Crime de peculato. 
 
3- FEPESE 2014 MPE-SC ANALISTA DE CONTAS PÚBLICAS 
Assinale a alternativa correta sobre o crime de apropriação indébita previdenciária. 
 
a) Se o agente for primário e tiver bons antecedentes poderá o juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa. 
b) Nas mesmas penas incorre quem deixar de pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já 
tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social. 
c) Se o agente promover, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social 
previdenciária, inclusive acessórios, o juiz poderá substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, 
ou aplicar somente a pena de multa. 
d) É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente, espontaneamente, declara, confessa e 
efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, antes do 
início da ação fiscal. 
e) É extinta a punibilidade se o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido 
pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
Comentário 
a) art. 168-A, § 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons 
antecedentes, desde que: 
 
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social 
previdenciária, inclusive acessórios; ou 
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
b) correto. 
 
c) se o agente promover, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social 
previdenciária, inclusive acessórios, é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for 
primário e de bons antecedentes. 
 
[substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa - é o 
privilégio que pode ser concedido aos delitos de apropriação indébita, de acordo com o art. 170. Contudo, o privilégio só é 
concedido fora dos casos de extinção da punibilidade ou aplicação somente de multa nas hipóteses previstas neste Capítulo] 
 
d) art. 168-A, § 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das 
contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou 
regulamento, antes do início da ação fiscal. 
 
e) é extinta a punibilidade é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o valor das 
contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
4- TRF-2R 2014 JUIZ FEDERAL 
Quanto ao crime de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do Código Penal), assinale a alternativa correta: 
 
a) O dolo exigido é o genérico, de modo que a omissão, por si, é apta a configurar o delito, que prescinde da fraude material e 
do animus rem sibi habendi para a sua caracterização. 
b) O bem jurídico tutelado é o patrimônio do empregado de quem a contribuição foi recolhida e não repassada, de modo que o 
falecimento deste gera a extinção da punibilidade. 
c) A linha dominante admite caracterizada a inexigibilidade de conduta diversa, como causa supra legal de exclusão da 
culpabilidade, com a demonstração de que o repasse das contribuições previdenciárias traria dificuldades para o réu ou seus 
familiares, além da falta de dolo direto e especial. 
d) A corrente apoiada na jurisprudência tradicional e dominante considera tratar-se de delito de conduta mista, comissiva 
quanto ao recolhimento e omissiva quanto ao repasse, sendo o dolo específico o seu elemento subjetivo. 
e) Para a configuração do crime exige-se a posse física do numerário apropriado, pelo menos na forma consumada. 
 
Comentário 
Apropriação indébita previdenciária 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou 
convencional 
 
a) correto. 
 
- rem sibi habendi: intenção de ter a coisa para si. O verbo do tipo penal é deixar, sendo assim, um delito omissivo próprio 
e formal (que não exige a produção do resultado). A conduta do agente de se omitir ao repasse à previdência social das 
contribuições recolhidas dos contribuintes já configura o crime, independente se ele tem a intenção de ter o valor recolhido para 
si, ou seja, dispensa o dolo específico do rem sibi habendi. Sendo assim, o dolo exigido é o genérico. É diferente da apropriação 
indébita, em que o agente tem o dolo específico de 'tomar para si' a coisa de que tem a posse ou detenção. 
 
b) o bem jurídico tutelado é o patrimônio da coletividade, de todos os cidadãos. 
c) ... com a demonstração de que a empresa está em dificuldades.d) crime omissivo próprio. 
e) o crime está configurado com a conduta do agente de se omitir ao repasse, sendo desnecessária a posse física do numerário 
apropriado. 
 
5- MPE-SC 2014 PROMOTOR DE JUSTIÇA 
No crime de apropriação indébita exige-se uma quebra de confiança por parte do agente, eis que a vítima voluntariamente 
entrega bem móvel de sua propriedade ou posse, perpetuando-se o crime no momento que autor do delito se nega em 
devolver o objeto ao seu legítimo dono. Entretanto, se o agente, de forma premeditada, pega o bem já consciente que não irá 
devolvê-lo, cometerá a conduta de estelionato, e não a acima mencionada. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Comentário 
O dolo da apropriação indébita é após a posse legítima da coisa, ou seja, há uma inversão de animus. O que antes revelava um 
comportamento de boa-fé, tendo a coisa em confiança para si, inverte-se com o dolo posterior da apropriação ilícita. No 
estelionato, o dolo de ter a coisa para si de forma ilícita é antes de ter a posse, ou seja, o agente já tinha a intenção de apropriar-
se ilegitimamente, e faz com que a vítima incorra em erro, confiando-lhe, equivocadamente, o bem em suas mãos. 
 
6- FCC 2014 TRT-18R GO JUIZ DO TRABALHO 
No crime de apropriação indébita: 
 
a) o dolo é antecedente à posse. 
b) a ação penal é sempre pública incondicionada, independentemente da condição da vítima. 
c) o Juiz pode reduzir a pena se primário o criminoso e de pequeno valor a coisa apropriada. 
d) é possível o perdão judicial no caso de apropriação indébita culposa. 
e) há aumento da pena quando o agente recebe a coisa em razão de emprego, mas não de profissão. 
 
Comentário 
a) o dolo é posterior à posse. 
 
b) o art. 182 dispõe que nos crimes contra a patrimônio, somente se procede mediante representação se é cometido em 
prejuízo do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; de irmão, legítimo ou ilegítimo; e tio ou sobrinho, com quem o 
agente coabita. 
 
c) correto. Art. 170. 
 
d) não há previsto a modalidade culposa para a apropriação indébita. 
 
e) a pena é aumentada de 1/3 quando o agente recebeu a coisa em razão de ofício, emprego ou profissão. 
 
7- CESPE 2014 CÂM. DOS DEPUTADOS TÉCNICO LEGISLATIVO 
Paulo e João foram surpreendidos nas dependências da Câmara dos Deputados quando subtraíam carteiras e celulares dos 
casacos e bolsas de pessoas que ali transitavam. Paulo tem dezessete anos e teve acesso ao local por intermédio de João, que 
é servidor da Casa. 
 
Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
 
A conduta de João se enquadra no tipo penal de apropriação indébita, uma vez que ele subtraía os referidos bens valendo-se 
da facilidade que lhe proporcionava sua atividade profissional. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Comentário 
Não e crime de apropriação indébita porque os agentes não tinham a posse ou detenção da coisa. 
 
Questão que dá margem a interpretações diversas acerca de ser peculato ou furto qualificado. 
 
Entendo ser crime de peculato. Pelo seguinte: o caput do crime de peculato diz que, 'apropriar-se o funcionário público de 
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em 
proveito próprio ou alheio'. Atenção que a coisa pode ser pública ou particular, mas para tipificar a conduta no caput desse 
artigo, a coisa deve estar na posse do agente em razão do cargo. O que não vem ao caso narrado. 
 
O § 1º do mesmo artigo em comento (art. 312), diz que, 'aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a 
posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de 
facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário'. O Código expõe que incorre na mesma pena o agente que subtrai a 
coisa, que é pública ou particular, mesmo não tendo a posse dela, posse essa que não é mais em função do cargo, porque posse 
não mais possui. Assim, a subtração que decorre da facilidade proporcionada pela qualidade de ser funcionário faz com que o 
agente responda por crime de peculato. Ou seja, o agente, que em função do cargo teve a facilidade de subtrair coisa 
particular de que não tinha posse, comete delito de peculato, e não furto. 
 
8- CESPE 2014 CÂM. DOS DEPUTADOS ANALISTA LEGISLATIVO 
O delito de apropriação indébita previdenciária prescinde do dolo específico e constitui crime omissivo próprio, que se perfaz 
com a mera omissão de recolhimento da contribuição previdenciária dentro do prazo e das formas legais. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Comentário 
- Delito omissivo próprio: deixar de repassar à previdência as contribuições. 
- Delito de dolo genérico: dispensa a intenção de ficar para si o valor recolhido e não repassado. 
- Delito formal: configura-se com a mera omissão de recolhimento da contribuição previdenciária. 
 
9- FCC 2013 TRT-1R RJ JUIZ DO TRABALHO 
No crime de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do Código Penal). 
 
a) a jurisprudência dos tribunais superiores não admite falar em inexigibilidade de conduta diversa como fundamento de 
exclusão de culpabilidade do agente do crime. 
b) o pagamento subsequente ao lançamento e ao oferecimento da denúncia não tem qualquer efeito na esfera penal. 
c) a sentença de perdão judicial não gera reincidência específica para qualquer de seus efeitos legais. 
d) o pagamento não tem como extinguir a punibilidade. 
e) admite-se a tentativa na forma simples da conduta. 
 
Comentário 
a) admite-se falar em inexigibilidade de conduta diversa como fundamento de exclusão de culpabilidade do agente do crime em 
decorrência de crise financeira da empresa (STJ. REsp 888947). 
 
b) o pagamento após o lançamento e oferecimento da denúncia pode caracterizar o arrependimento posterior, gerando efeitos 
penais de redução de pena. 
 
c) súmula 18 STJ: a sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade,não subsistindo qualquer 
efeito condenatório. 
 
d) art. 168-A, § 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das 
contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou 
regulamento, antes do início da ação fiscal. 
 
e) é um delito omissivo próprio, não admite tentativa. 
 
10- MPT 2013 PROCURADOR 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) É causa de extinção da punibilidade do crime de apropriação indébita previdenciária o pagamento espontâneo das 
contribuições, importâncias ou valores antes da decisão da ação fiscal. 
b) Na apropriação indébita previdenciária o agente pratica o crime quando deixa de transferir à previdência social contribuições 
de seus empregados, mesmo que não as tenha recolhido ou descontado. 
c) Nos casos em que o criminoso é primário e a apropriação é de pequeno valor, o juiz deve diminuir a pena de reclusão da 
apropriação indébita previdenciária de um a dois terços ou substituí-la pela pena de detenção; isso não está na lei. 
d) Pode haver perdão judicial, se o agente for primário e de bons antecedentes, e o valor das contribuições devidas, inclusive 
acessórias, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o 
ajuizamento de suas execuções fiscais. 
e) não respondida. 
 
Comentário 
a) correto. 
 
art. 168-A, § 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das 
contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou 
regulamento, antes do início da ação fiscal. 
 
b) art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou 
convencional 
 
c) isso está na lei: art. 170, que remete ao art. 155, § 2º. 
 
d) será facultado ao juizdeixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa (art. 168-A, § 3º). 
 
11- FGV 2012 PC-MA ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
O advogado Juarez, que se encontrava suspenso pela OAB em razão de diversas reclamações de clientes, contrata novo 
serviço profissional para dar início à ação cível respectiva, recebendo certa importância em dinheiro como honorários e para 
pagar as despesas processuais respectivas. Depois de vários meses sem dar qualquer notícia ao cliente, este descobre que o 
profissional nunca deu início à ação respectiva, tendo ficado com a quantia que se recusa a devolver. 
- Efetuado o registro próprio, Juarez deve responder: 
 
a) pelo crime de apropriação indébita (Art. 168 CP), tendo em tese direito à suspensão do processo. 
b) pelo crime de estelionato (Art. 171 CP), tendo em tese direito à suspensão do processo. 
c) pelo crime de apropriação indébita majorada (Art. 168, § 1º CP), com direito à suspensão do processo. 
d) pelo crime de apropriação indébita majorada (artigo 168 § 1º CP), sem direito à suspensão do processo. 
e) pelo crime de estelionato (Art. 171 CP), sem direito à suspensão do processo. 
 
Comentário 
Comete o crime de estelionato (art. 171). A causa de aumento de pena de 1/3 é se o crime é cometido em detrimento de 
entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. A causa de aumento não se 
aplica a questão. 
 
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante 
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. 
 
Lei 9.099/95: art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, 
o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o 
acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que 
autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 
 
12- IESES 2012 TJ-RO TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTROS 
A respeito da Apropriação Indébita previdenciária, analise os itens I até IV e depois identifique a assertiva correta: 
 
I. Trata-se de Apropriação Indébita Previdenciária, deixar de recolher contribuições devidas à previdência social, que tenham 
integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços. 
 
II. Na Apropriação Indébita Previdenciária, é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena, se o agente tenha promovido, após o 
início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; 
ou o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
III. Na Apropriação Indébita Previdenciária, é extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua 
o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma 
definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
 
IV. Trata-se de Apropriação Indébita Previdenciária, pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou 
valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social. 
 
Identifique a assertiva correta: 
 
a) Está incorreto o que consta do item IV; e correto o que consta dos itens I, II e III. 
b) Está correto o que consta item I e no item III; e incorreto o que consta do item II. 
c) Está correto o que consta de todos os itens. 
d) Está correto o que consta do item II e do item III. 
 
Comentário 
I- correto 
Art. 168-A, § 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de 
pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; 
 
II- errado. O enunciado está incompleto, pois é necessário que o agente seja primário e de bons antecedentes. 
Art. 167-A, § 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons 
antecedentes, desde que: (...) 
 
III- correto. 
Art. 168-A, § 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das 
contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou 
regulamento, antes do início da ação fiscal. 
 
IV- errado. 
Art. 168-A, § 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela 
previdência social. 
 
13- FCC 2012 TRF-5R ANALISTA JUDICIÁRIO 
O perdão judicial no crime de apropriação indébita previdenciária exige como condição que 
 
a) sendo o réu primário e de bons antecedentes, seja o valor da apropriação igual ou inferior ao mínimo estabelecido 
administrativamente para execução fiscal. 
b) sem avaliação de condição pessoal, seja a apropriação inferior ao valor do salário mínimo de contribuição. 
c) se reincidente, além do pagamento da contribuição devida até a denúncia, também o pagamento de multa 
administrativamente imposta. 
d) sendo o réu primário e de bons antecedentes, tenha promovido a qualquer tempo o pagamento da contribuição devida. 
e) tenha promovido a qualquer tempo o pagamento da contribuição devida e seja o valor da apropriação inferior ao mínimo 
estabelecido administrativamente para execução fiscal. 
 
14- FGV 2010 SEAD-AP AUDITOR DA RECEITA DO ESTADO 
Com base no artigo 168-A do Código Penal - crime de apropriação indébita previdenciária, assinale a afirmativa incorreta. 
 
a) O elemento objetivo do tipo é deixar de repassar, ou seja, não transferir aos cofres públicos a contribuição previdenciária 
descontada dos contribuintes. 
b) A pena do crime de apropriação indébita previdenciária comporta o benefício da suspensão condicional do processo. 
c) O elemento subjetivo do crime é o dolo, não sendo possível apropriação indébita previdenciária culposa. 
d) Não é cabível tentativa do crime, pois este se traduz como crime unisubsistente. 
e) É crime de ação penal pública incondicionada cuja competência para processamento é da Justiça Federal. 
 
Comentário 
Art. 168-A (...) 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
Lei 9.099/95: art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, 
o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o 
acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que 
autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).

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