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ROTEIRO PARA ANALISAR TEXTOS

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
Produção de texto 
Professora: Clair Zacchi
	
ROTEIRO PARA LER, INTERPRETAR, COMPREENDER E ESCREVER TEXTOS 
Ler e entender um texto, no sentido mais amplo, significa lê-lo para além da informação que traz. A leitura competente envolve vários aspectos que precisam ser considerados: onde o texto circula; quem o escreve; para quem; por que; quando; como; entre outros.
Apresentamos/detalhamos alguns desses aspectos para realizar leitura e produção de textos com competência:
1. Quem escreve – (além de saber o nome de quem escreveu o texto é necessário observar o papel social, ou seja, a função social de quem escreveu); todos nós temos uma função, um papel social: estudantes, filhos, mãe, pai, dependendo do lugar e da circunstância desempenha-se um ou outro papel. 
2. Para quem escreve – quem escreve sempre tem um público, um leitor/interlocutor alvo. Ninguém escreve para ninguém ou para todo mundo, mas para um determinado público (para quem o texto foi escrito; a que público ele se destina; o conhecimento de mundo partilhado pelos interlocutores). 
3. Por que, com que objetivo/intenção escreveu – Quando se escreve, além de se determinar um público, de se dirigir a um leitor tem-se um propósito, objetivo, intenção: convencer, apresentar, expor, explicar, etc. Dependendo do objetivo/intenção o texto terá uma ou outra forma (artigo, artigo de opinião, resumo, resenha, reportagem, notícia...)
4. Quando foi escrito – além da data, é importante atentar para as circunstâncias históricas ou sociais em que foi escrito o texto.
5. Onde foi publicado – (veículo de publicação, suporte). Quando o texto escrito é publicado, observar onde a publicação ocorre – jornal, revista, revista especializada, publicado em que coluna... (O veículo de publicação também determina a intenção, o objetivo, reflete a ideologia do texto, a linguagem, o público, etc.)
6. Como foi escrito - linguagem, estilo, vocabulário, faz uso de imagens; faz uso de ironia, subentendidos, uso de intertexto¹, enfim, todos os recursos usados para estabelecer uma interação comunicativa ou dar um o sentido desejado por quem escreve.
6.1 Estrutura – em geral, os textos são organizados com o uso de aspectos narrativos, descritivos e argumentativos/dissertativos. Ou seja, o autor escreve o texto usando a narração, a descrição, a dissertação/argumentação. Mas é importante destacar que esses aspectos são chamados de tipologia textual e não são textos.
6.2. Argumentação – (quando o texto é escrito com o objetivo de convencer, persuadir o leitor/interlocutor o autor se posiciona, defende um (ou mais) ponto de vista. Geralmente o recurso da argumentação é usado em textos polêmicos, que apresentam posicionamentos diferentes entre um e outro autor. Às vezes, esse posicionamento não aparece de modo explícito/claro. O uso de intertexto/citação é um recurso argumentativo.
6.3. Uso de aspectos gráficos – os aspectos gráficos são: divisão em parágrafos, o emprego das palavras em itálico, negrito, maiúsculas, sublinhada, uso de aspas, desenhos (imagens), colunas, gráficos. Esses aspectos gráficos têm funções importantes no(s) texto(s). 
¹Intertexto – o intertexto é o uso da fala de outro no texto. Ou seja, é quando o autor traz a fala de outro para o seu texto. O intertexto também é conhecido como citação. Isso pode ser de modo claro/explícito ou não. Quando é de modo explícito, usa-se o nome do outro e a fala vem marcada com aspas ou como citação, dependendo do tipo de texto. Quando se lê um texto publicado em uma revista semanal ou mensal, um jornal, um informe o intertexto aparece de um modo. Por exemplo: 
O que a internet fez foi facilitar o serviço, transformando o `Ctrl+C` e `Ctrl+V` em vilão. “No meio acadêmico, em especial, o plágio se tornou uma verdadeira praga”, diz o diretor relator da Associação Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI), Cláudio Lins de Vasconcelos.
O autor do texto trouxe a fala de outro e colocou-a entre aspas, indicando quem é (nome e a função social)
Quando o texto é publicado em veículo especializado ou escrito na academia, é diferente. Por exemplo¹:
O resumo, na esfera acadêmica, normalmente é usado pelo aluno como um instrumento de estudo de textos teóricos e também serve como instrumento de avaliação do professor para verificar a compreensão global de textos usados dentro e fora da sala de aula. A atividade de produção de resumo é muito importante para o aluno universitário, pois, conforme afirma Matêncio (2002, p1), “através desse tipo de atividade de retextualização [...] o estudante, além, de registrar a leitura, manifesta sua compreensão de conceitos e do fazer-científico da área de conhecimento em que começa a atuar”. Essa citação/intertexto foi usada pela professora pesquisadora, Adriana da Silva em texto publicado nos Anais de um Simpósio Internacional de Estudos sobre gêneros (textos)¹, portanto, texto científico/acadêmico. Nesse caso, o intertexto além de indicar o nome do autor (Matêncio) e usar as aspas, também indica ano e página de onde foi retirado o intertexto (2002, p1).
¹Adriana da Silva V SIGET – Ago/2009 – Caxias do Sul – RS.
Para que serve o intertexto? 
O intertexto dá ao texto maior credibilidade, porque geralmente usa a fala de uma autoridade, um expert no assunto e serve como um recurso de argumentação muito forte no texto.

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