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RESUMO PSICOLOGIA APLICADA A FISIO NP2

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RESUMO PSICOLOGIA APLICADA A FISIO – NP2 
PERSONALIDADE 
É tudo aquilo que distingue um indivíduo de outros indivíduos, ou seja, o conjunto de características psicológicas que 
determinam a sua individualidade pessoal e social. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada 
indivíduo. O termo deriva do grego persona, com significado de máscara, designava a "personagem" representada pelos atores 
teatrais no palco. Pode-se definir também personalidade por um conceito dinâmico que descreve o crescimento e o 
desenvolvimento de todo sistema psicológico de um indivíduo, outra definição seria: a organização dinâmica interna daqueles 
sistemas psicológicos do indivíduo que determinam o seu ajuste individual ao ambiente. 
Pode-se dizer que é a soma total de como o indivíduo interage e reage em relação aos demais. 
A personalidade é uma estrutura interna, formada por diversos fatores em interação. Também, a personalidade não é a simples 
soma ou justaposição de elementos, mas um todo organizado e individual, produto de fatores biopsicossociais. 
 
FATORES BIOPSICOSSOCIAIS 
Nos fatores biológicos estão: o sistema glandular e o sistema nervoso. Entre os fatores psicológicos estão: o grau e as 
características de inteligência, as emoções, sentimentos, experiências, os complexos, os condicionamentos, a cultura, a 
instrução, os valores e vivências humanas. Nos grupos sociais, como a família, a escola, a igreja, o clube, vizinhança, processa-
se a interação dos fatores sociais. 
 
TEORIA DA PERSONALIDADE Componentes da Personalidade (Temperamento e Caráter) 
TEMPERAMENTO é constituído de impulsos naturais, sendo determinado por fatores biológicos, principalmente o sistema 
glandular e o sistema nervoso. Ser agressivo ou não ser agressivo, ser irrequieto ou indolente, ser emotivo ou não emotivo, ter 
reações primárias ou secundárias, podem ter traços temperamentais. Assim, o indivíduo nasce com determinado 
temperamento, mas fatores ambientais podem modificá-lo até certo ponto. 
CARÁTER significa padrão de valores da personalidade. É constituído de valores morais e sociais. Adquirir-se o caráter na 
família, na escola e na sociedade em geral, caráter é a personalidade valorizada. 
O caráter é um aspecto da personalidade. Quando se diz que uma pessoa tem uma personalidade sem caráter, está se referindo 
à sua aceitabilidade moral e social. O caráter tem origem a partir de fatores como: integridade, fidedignidade e honestidade. 
 
DISTÚRBIOS/TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE 
A personalidade pode ter certos distúrbios que se caracterizam fundamentalmente por vários sintomas que podem ser 
detectados em conjunto ou individualmente. 
Alguns exemplos de sintomas de distúrbios/transtornos da personalidade: falta de socialização; deformidade de caráter; 
o indivíduo não observa as suas obrigações em relação a outros, a grupos, a convenções sociais, intolerância, 
frustração, impulsividade, egoísmo, falta de autocensura, incapacidade de aprender com base em seus próprios erros, 
irresponsabilidade, instabilidade de humor, de autoestima e de relações interpessoais, frequentes atos impulsivos e autolesivos, 
ira descontrolada, sensação de tédio e ameaça de suicídio, entre outros tantos sistematizados. 
 
MÁSCARAS 
São defesas, cuja finalidade principal, é proteger o indivíduo do meio circundante (do que está em volta) 
Na psicologia social e na sociologia, a individualidade (e suas máscaras) perde parte de sua importância quando se trata da 
análise da ação do grupo como um todo. A somatória das máscaras individuais gera uma defesa grupal, onde não se reconhece 
o ser isolado e sim, a reação do grupo. 
 
ESTRUTURA E DINÂMICA DA PERSONALIDADE - (ID, EGO, SUPEREGO) 
ID – O id é a fonte da energia psíquica (libido). É de origem orgânica e hereditária. 
Apresenta a forma de instintos que impulsionam o organismo. 
Está relacionado a todos os impulsos não civilizados, de tipo animal, que o indivíduo experimenta. 
Não tolera tensão. Seu o nível de tensão é elevado, age no sentido de descarregá-la. 
É regido pelo princípio do prazer. Sua função e procurar o prazer e evitar o sofrimento. 
Localiza-se na zona inconsciente da mente. O Id não conhece a realidade objetiva, a "lei" ética e social, que nos prende perante 
a determinadas situações devido as conclusões da interpretação alheia. Por isso surge o Ego. 
EGO – Significa “eu” em latim. 
E responsável pelo contato do psiquismo com o mundo objetivo da realidade. 
O Ego atua de acordo com o princípio da realidade. Estabelece o equilíbrio entre as reinvindicações do Id e as exigências do 
superego com as do mundo externo. É o componente psicológico da personalidade. As funções básicas do Ego são: a percepção, 
a memória, os sentimentos e os pensamentos. Localiza-se na zona consciente da mente. 
 
SUPEREGO – Atua como censor do Ego. 
É o representante interno das normas e valores sociais que foram transmitidos pelos pais através do sistema de castigos e 
recompensas impostos à criança. 
São nossos conceitos do que é certo e do que é errado. 
O Superego nos controla e nos pune (através do remorso, do sentimento de culpa) quando fazemos algo errado, e também nos 
recompensa (sentimos satisfação, orgulho) quando fazemos algo meritório. 
O Superego procura inibir os impulsos do Id, uma vez que este não conhece a moralidade. É o componente social da 
personalidade. As principais funções do Superego são: inibir os impulsos do id (principalmente os de natureza agressiva e sexual) 
e lutar pela perfeição. Localiza-se consciente e pré-consciente. 
 
NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA DA PERSONALIDADE: Para Freud, os três níveis de consciência são: 
CONSCIENTE: tudo aquilo de que estamos cientes num determinado momento. Recebe ao mesmo tempo informações do 
mundo exterior e do mundo interior. 
PRÉ-CONSCIENTE – (ou sub-consciente) – se constitui nas memórias que podem se tornar acessíveis a qualquer momento, como 
por exemplo, o que você fez ontem, o teorema de Pitágoras, o seu endereço anterior, etc. É uma espécie de “depósito” de 
lembranças a disposição, quando necessárias. 
INCONSCIENTE: estão os elementos instintivos e material reprimido, inacessíveis à consciência e que podem vir à tona num 
sonho, num ato falho ou pelo método da associação livre. Os processos mentais inconscientes desempenham papel importante 
no funcionamento psicológico, na saúde mental e na determinação do comportamento. 
 
MECANISMOS DE DEFESA DO EGO 
As frustrações e os conflitos, dependendo da sua quantidade e frequência, podem causar prejuízos sérios à estrutura e à saúde 
da personalidade. O ego possui mecanismos inconscientes de defesa para proteger o psiquismo, garantindo a homeostase da 
personalidade, pois existe uma tendência do organismo para manter estáveis as suas condições através de processos de auto 
regulação. De acordo com a teoria psicanalítica, são modos inconscientes utilizados frente às diversas reações que se destinam 
a repelir ou a reduzir a ansiedade, com vistas a manter o equilíbrio da personalidade. 
RACIONALIZAÇÃO: consiste em justificar de forma mais ou menos lógica e ética a própria conduta. Apresenta-se como um 
esforço defensivo para manter o auto-respeito. É um dos mecanismos menos inconscientes. Por ele, arranjamos desculpas e 
explicações que nos inocentem de erros e fracassos. 
PROJEÇÃO: consiste em atribuir a outros as ideias e tendências que o sujeito não pode admitir como suas. Sem que percebamos, 
muitas vezes, vemos nos outros defeitos que nos são próprios. 
REPRESSÃO: é o processo pelo qual se afastam da consciência conflitos e frustrações demasiadamente dolorosos para serem 
experimentados ou lembrados, reprimindo-os e recalcando-os para o inconsciente. Vivências que provocam sentimentosde 
culpa são esquecidas. Muitos casos de amnésia (excluídas as causas orgânicas) podem ser explicados através deste mecanismo. 
Esquecemos o que é desagradável. 
DESLOCAMENTO: Na tentativa de ajustar nosso comportamento e eliminar as tensões, muitas vezes, não podendo descarregar 
nossa agressão na fonte de frustração (um chefe, a organização, etc), passamos a agredir terceiros que não têm nada a ver com 
o caso. 
REGRESSÃO: Significa voltar a comportamentos imaturos, característicos de fase de desenvolvimento que a pessoa já passou. 
SOMATIZAÇÃO: O conflito se transforma numa perturbação fisiológica. Por exemplo, numa fiscalização, o funcionário foi 
apanhado em flagrante falta. 
 
 
 
DISTÚRBIOS DE PERSONALIDADE 
A melhor maneira de definir “distúrbio” é caracterizá-lo como deficiência psicológica com repercussão na área emocional e 
interpessoal. Este termo caracteriza uma faixa que vai desde formas neuróticas leves até a loucura, na plenitude do seu termo. 
Normal seria aquela personalidade com capacidade de viver eficientemente, manter relacionamento duradouro e 
emocionalmente satisfatório com outras pessoas, trabalhar produtivamente, repousar e divertir-se, ser capaz de julgar 
realisticamente suas falhas e qualidades, aceitando-as. A falha de uma ou outra dessas características pode indicar a presença 
de uma deficiência psicológica ou “distúrbio” da personalidade. 
Normal seria aquela personalidade com capacidade de viver eficientemente, manter relacionamento duradouro e 
emocionalmente satisfatório com outras pessoas, trabalhar produtivamente, repousar e divertir-se, ser capaz de julgar 
realisticamente suas falhas e qualidades, aceitando-as. 
A falha de uma ou outra dessas características pode indicar a presença de uma deficiência psicológica ou “distúrbio” da 
personalidade. 
1ºTIPO NEUROSES: É a existência de tensão excessiva e prolongada, de conflito persistente ou de uma necessidade 
longamente frustrada, é sinal de que na pessoa se instalou um estado neurótico. A neurose modifica a personalidade, mas 
não uma desestruturação da personalidade e nem de perda de valores da realidade. 
 
A) ANSIEDADE - a pessoa é tomada por sentimentos generalizados e persistente de intensa angústia sem causa objetiva. Alguns 
sintomas são: palpitações do coração, tremores, falta de ar, suor, náuseas. Há uma exagerada e ansiosa preocupação por si 
mesmo. 
B) FOBIAS – uma área da personalidade passa a ser possuída por respostas de medo e ansiedade. Na angústia o medo é difuso 
e quando vem à tona é sinal de que já existia, há longo tempo. Se apresenta envolta em muita tensão, preocupação, excitação 
e desorganização do comportamento. Na reação fóbica, o medo se restringe a uma classe limitada de estímulos. Verifica-se a 
associação do medo a certos objetos, animais ou situações. 
C)OBSESSIVA-COMPULSIVA(TOC): A Obsessão é um termo que se refere a idéias que se impõem repetidamente à consciência. 
São por isto dificilmente controláveis. A compulsão refere-se a impulsos que levam à ação. Está intimamente ligada a uma 
desordem psicologia chamada transtorno obsessivo-compulsivo. 
 
2ºTIPO PSICOSES 
Houve uma desestruturação da sua personalidade. O dado clínico para se aferir à psicose é a alteração dos juízos da realidade. 
O psicótico passa a perceber a realidade de maneira diferente. Por isso, faz afirmações e tem percepções não apoiadas nem 
justificadas pelos dados e situações reais. Nas psicoses, além da alteração do comportamento, são comuns alucinações (ouvir 
vozes, ter visões e delírios). Ex.: Tarso da novela. 
Pode ser possuído por intensas fantasias de grandeza ou perseguição. Pode sentir-se vítima de uma conspiração assim como 
se julgar milionário, um ser divino, et. 
TIPOS DE PSICOSES: 
A) ESQUIZOFRENIA - apatia emocional, carência de ambições, desorganização geral da personalidade, perda de interesse pela 
vida nas realizações pessoais e sociais. pensamento desorganizado, afeto superficial e inapropriado, riso insólito, bobice, 
infantilidade, hipocondria, delírios e alucinações transitórias. 
B) MANÍACA-DEPRESSIVA – caracteriza-se por perturbações psíquicas duradouras e intensas, decorrentes de uma perda ou de 
situações externas traumáticas. O estado maníaco pode ser leve ou agudo. É assinalado por atividade e excitamento. Os 
maníacos são cheios de energia, inquietos, barulhentos, falam alto e têm ideias bizarras, uma após outra. O estado depressivo, 
ao contrário, caracteriza-se por inatividade e desalento. Seus sintomas são: pesar, tristeza, desânimo, falta de ação, crises de 
choro, perda de interesse pelo trabalho, por amigos e família, bem como por suas distrações habituais. Torna-se lento na fala, 
não dorme bem à noite, perde o apetite, pode ficar um tanto irritado e muito preocupado. 
C) PARANÓIA – caracteriza-se sobretudo por ilusões fixas. É um sistema delirante. As ilusões de perseguição e de grandeza são 
mais duradouras do que na esquizofrenia paranoide. Os ressentimentos são profundos. É agressivo, egocêntrico e destruidor. 
Acredita que os fins justificam os meios e é incapaz de solicitar carinho. Não confia em ninguém. 
D) PSICOSE ALCOÓLICA – é habitualmente marcada por violenta intranquilidade, acompanhada de alucinações de uma 
natureza aterradora. 
E) ARTERIOSCLEROSE CEREBRAL – evolui de um modo semelhante a demência senil. O endurecimento dos vasos cerebrais dá 
lugar a transtornos de irrigação sanguínea, as quais são causa de que partes isoladas do cérebro estejam mal abastecidas de 
sangue. Os sintomas são, formigamento nos braços e pernas, paralisias mais ou menos acentuadas, zumbidos no ouvido, 
transtorno de visão, perturbações da linguagem em forma de lentidão ou dificuldade da fala. 
 
PSICOPATIAS 
Os psicopatas não estruturam determinadas dimensões da personalidade, verificando-se uma espécie de falha na própria 
construção (id, ego, superego). Os principais sintomas são: Diminuição ou ausência da consciência moral; O certo e o errado; o 
permitido e o proibido não fazem sentido para eles. Desta maneira, simular, dissimular, enganar, roubar, assaltar, matar, não 
causam sentimentos de repulsa e remorso, em suas consciências. O único valor para eles são seus interesses egoístas: 
Inexistência de alucinações; Ausência de manifestações neuróticas; Falta de confiança; Busca de estimulações fortes; 
Incapacidade de adiar satisfações. Não toleram um esforço rotineiro e não sabem lutar por um objetivo distante. Não aprendem 
com os próprios erros, pelo fato de não reconhecerem estes erros. Em geral, têm bom nível de inteligência e baixa capacidade 
afetiva. Parecem incapazes de se envolver emocionalmente. Não entendem o que seja socialmente produtivo. 
 
 
 
 
 
IMAGEM CORPORAL: É a percepção que temos do nosso próprio corpo e o que idealizamos ao pensarmos nos nossos corpos 
e aparência física. 
É influenciada pelos padrões estipulados pela sociedade, cultura, a nossa família e as experiências individuais. É a maneira 
pela qual o corpo se apresenta para si próprio. É o conjunto de sensações sinestésicas construídas pelos sentidos (audição, visão, 
tato, paladar), oriundos de experiências vivenciadas pelo indivíduo, onde se cria um referencial do seu corpo, para o seu corpo 
e para o outro, sobre o objeto elaborado. A auto-estima tem impacto no modo como vemos o nosso corpo e está relacionada 
com a maneira como uma pessoa valoriza as suas habilidades físicas, aptidões, capacidades inter-pessoais, papéis familiares e 
imagem corporal. Pode desenvolver-se uma auto-estima pobre se os padrões corporais “ideais” não forem alcançados o que 
poderá resultar em percepções erradas do tamanho, conceitos falsos da forma e sentimentos negativos sobre o próprio corpo. 
Pode desenvolver-se uma imagem corporalnegativa ou influenciada por uma história de abuso (físico ou sexual), pela troca 
por parte de amigos e familiares, por alterações na vida tais como: mudar de escola, cidade, ou ainda por qualquer 
desenvolvimento físico da puberdade, problemas de saúde, deformações cirúrgicas etc. Problemas com a imagem corporal e 
uma vivência de insatisfação corporal coloca uma pessoa em risco de desenvolver uma patologia alimentar. Os indivíduos com 
anorexia ou bulimia nervosa têm a noção de serem maiores do que na realidade o são, resultando numa imagem corporal 
negativa e intensificando os comportamentos dietéticos. O aumento de comportamentos dietéticos está associado com a 
depressão, diminuição da autoconfiança, sentimentos de ansiedade, de se sentir pouco atraente e com a preocupação constante 
com o peso. 
As pessoas com uma imagem corporal negativa: Descrevem sentir insatisfação quanto ao seu aspecto físico; pensam que a sua 
aparência é alvo de crítica e avaliação por parte de outros; dão uma importância excessiva ao aspecto físico ao auto-avaliar-se; 
tem uma preocupação angustiante com o próprio corpo; sentem vergonha e/ ou acanhamento; fazer exames físicos excessivos 
(pesar, medir e provar roupa); disfarçar o seu tamanho e forma usando roupa larga e grande; evitar situações sociais que possam 
desencadear uma auto-consciência física; evitar expor o corpo (não usando fatos de banho ou calções) 
Uma imagem corporal positiva revela: Auto-confiança, energia, vitalidade e auto-avaliação positiva sentimentos de beleza e 
atracção, confiança e respeito pelo próprio corpo, liberdade de expressão corporal não dependente do peso. 
 
COMO SE PROCESSA O DESENVOLVIMENTO DA IMAGEM CORPORAL? 
Se desenvolve desde o nascimento até a morte, dentro de uma estrutura complexa e subjetiva, sofrendo modificações que 
implicam na construção contínua, e reconstrução incessante, resultante do processamento de estímulos. Durante os anos pré-
escolares a criança desenvolve de forma acentuada o seu conceito a respeito da imagem corporal. Ela começa a reconhecer que 
a aparência das pessoas pode ser mais ou menos desejável e as diferenças de cor ou raça. 
Ela conhece o significado das palavras "bonito" e "feio" e reflete a opinião que os outros têm a respeito de sua aparência. Apesar 
de seus progressos no desenvolvimento da imagem corporal, o pré-escolar ainda tem uma noção pouco definida a respeito dos 
limites do seu corpo, além de possuir escassos conhecimentos de sua anatomia interna. Qualquer experiência invasiva o 
atemoriza, especialmente quando há solução de continuidade da pele, tais como pequenos cortes ou escoriações. Em seu 
pensamento, em consequência de uma pele rompida pode escapar todo o seu sangue e interiores. Por isto os curativos são tão 
importantes para segurar tudo dentro, e qualquer arranhão precisa de mercúrio ou esparadrapo, para que a interpretação da 
imagem corporal da criança seja atendida evitando distúrbios que possam surgir posteriormente (MONTARDO, 2002). 
A criança percebe seu próprio corpo por meio de todos os sentidos. A noção do corpo está no centro do sentimento de mais ou 
menos disponibilidade e adaptação que temos de nosso corpo e está no centro da relação entre o vivido e o universo. 
A imagem corporal é continua e representativa do esquema postural, acompanha o indivíduo desde o seu nascimento até a 
morte, sofrendo adaptações e transformações de acordo com o momento vivido. 
O esquema corporal é uma aquisição lenta e paulatina. Se estrutura sobre a base dos componentes neurológicos em 
desenvolvimento e maturação onde se liga fundamentalmente, as percepções exteroceptivas, proprioceptivas e interoceptivas 
que permitem estabelecer, em um momento inicial a consciência sobre localização espacial total, a capacidade e o 
funcionamento de uma determinada parte do corpo, a consciência inicial sobre a magnitude do esforço necessário para realizar 
uma determinada ação, e a consciência sobre a posição do corpo e suas partes no espaço durante esta ação (BARRETO, 2002). 
 
O SER NO MUNDO: INFLUÊNCIAS SÓCIO-CULTURAIS NA IMAGEM CORPORAL 
o interesse e atenção das pessoas que nos cercam exercem muita influência na elaboração de nossa imagem corporal, o que 
nos leva a concluir que no processo de estruturação da imagem corporal as experiências e sensações obtidas por ações e reações 
dos outros em nossas relações sociais são parte integrante do processo e da construção da imagem corporal. Esta afirmação 
deixa claro que a imagem corporal não está presa aos limites do próprio corpo, mas, pelo contrário, vai além dele: "é um 
fenômeno social" (Schilder) porque justifica-se na existência deste ser no mundo, sendo que "o espaço interno e externo do 
modelo postural não é o mesmo da física" (Schilder, 1994, p.185). 
Contudo, a imagem corporal não está ligada apenas a configurações perceptivas estimuladas pelas configurações sensoriais. 
 
 
DOR 
É uma experiência desagradável, sensitiva e emocional associada com lesão real ou potencial dos tecidos ou descrita em termos 
desta lesão (IASP). 
Ela não é somente aspectos negativos, é também uma forma de aviso, alarme p o organismo, “algo está errado comigo”. 
A dor aparece como sintoma mais comum na Clínica Médica, e se admite que 75% dos pacientes que consultam o hospital geral 
têm dor como sintoma predominante. A Síndrome da dor crônica é a principal causa de incapacidade nos EUA. 
Limiar Fisiológico: É individual é o ponto ou momento em que um dado estímulo é reconhecido como doloroso. 
Limiar de Tolerância: É o ponto em que o estímulo alcança tal intensidade que não pode mais ser tolerado (até onde o indivíduo 
aguenta o estimulo doloroso) 
DOR E SEU ASPECTO PSICOLOGICO 
Qualquer dor, seja ela aguda ou crônica, tenha ela causa conhecida ou não, tem sempre um componente psicológico. 
Este componente psicológico é extremamente variável de pessoa para pessoa, e é modificado e influenciado por fatores 
culturais, étnicos, sociais e ambientais. 
Há pessoas que, mesmo sentindo dor forte, têm perfeito controle sobre si. 
Outras, com a mesma dor, tomam atitudes irracionais, reagem de forma anômala frente ao stress da dor. 
Dores crônicas costumam ter ainda mais envolvimento emocional que as dores agudas, e as reações das pessoas são as mais 
variadas. 
Algumas se entregam, resignadas, e se habituam à previsão de sentir dor pelo resto de suas vidas. 
Outras encaram a dor, procuram ajuda médica, combatem a dor, e muitas vezes a vencem, ou pelo menos minimizam sua dor 
a ponto de levarem uma vida bastante normal e emocionalmente equilibrada. 
 
DOR COMO SINTOMA 
Normalmente, DOR é consequência de algum distúrbio em algum órgão ou sistema do nosso organismo, sendo quase sempre 
possível estabelecer uma correlação entre eles. 
Múltiplas causas podem dar origem à DOR, como por exemplo, ferimentos, queimaduras, fraturas, inflamações, distensão ou 
estreitamento de vísceras ocas, ou alteração de função de um órgão, da circulação sanguínea, e tantas outras mais. 
 
DOR COMO ALERTA 
Muitas pessoas tendem a ignorar alguma dor que sentem, não dando a ela a devida importância. É preciso lembrar sempre que 
DOR é um aviso do nosso organismo, querendo informar-nos de que algo não está bem, é um importante mecanismo de defesa 
e de preservação da nossa vida. 
É importante que uma DOR seja devidamente valorizada e interpretada, para que se possa procurar eliminar a causa que deu 
origem a esta dor. 
 
EXPRESSÃO DE DOR 
É a forma pela qual a experiência da dor pode ser dividida ou comunicada pelo paciente. A comunicação da dor pode ser Verbal 
ou Não-Verbal e inclui Gestos, Gemidos, Atitudes, Posições Análgicas. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS DORES 
Aguda: dor passageira(transitória), indica lesão ou doença.Traços Concomitantes (que acontecem ao mesmo tempo): Midríase, 
sudorese, taquicardia... 
Crônica: dor persistente, ganhos secundários, não serve de sinal de alerta. Traços Concomitantes (que acontecem ao mesmo 
tempo): Distúrbios do Sono, Anorexia, Diminuição da Libido, Constipação, Mudança de Personalidade... 
 
CARACTERIZAÇÃO DA EXPERIENCIA DOLOROSA 
Sede: É o local onde se inicia ou onde é mais intensa, geralmente corresponde ao órgão atingido. 
Caráter: É a maneira pela qual a dor se manifesta, podendo ser de peso, pontada, aperto, cólica. 
Intensidade: Este dado é relativo, pois depende do limiar individual. 
Extensão: A dor localizada é de pequena extensão geralmente é superficial, enquanto que a profunda é mais extensa e mal 
determinada (dor visceral ou muscular). 
Irradiação: algumas afecções, a dor tem radiação típica, facilitando o diagnóstico 
Moduladores: Os processos dolorosos da pleura pioram com inspirações profundas, pelo maior atrito entre as pleuras 
inflamadas. 
Fenômenos Concomitantes: Quase sempre estão na dependência de reflexos Víscero-Viscerais associados a reações de ordem 
psicológica, onde comumente estão associados o vômito, a sudorese, a palidez e a ansiedade. 
Horário de Aparecimento e Duração: Geralmente a dor está associada à função de um órgão. Assim, nas úlceras, a dor surge 
algum tempo após a ingestão de alimentos, quando se iniciam as contrações gástricas. Em se tratando de duração, geralmente 
quanto maior o tempo de duração da dor reflete maior gravidade. 
 
METAS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DA DOR 
Fornecer soluções completas para a melhora; informar outros membros da equipe da base racional da avaliação; interpretar a 
linguagem emocional da dor; identificar variáveis interferentes no processo. 
 
TOQUE 
TOCAR A PELE É ESTÍMULO VITAL 
Trata-se do toque ou contato físico ou estímulo cutâneo. 
Observações sobre o comportamento dos animais mostram que a mãe lambe repetida e prolongadamente todo o corpo dos 
recém-nascidos e os mantém junto ao seu corpo nos primeiros dias, e isso garante seu crescimento e desenvolvimento iniciais. 
O afastamento dos recém-nascidos das mães não só dificulta esse desenvolvimento como deprime seu sistema imunitário. A 
estimulação cutânea pode significar a diferença entre a doença e a saúde ou entre a vida e a morte. 
TOCAR A PELE: ESTÍMULO AO DESENVOLVIMENTO 
o contato físico é essencial para que os bebês tenham desenvolvimento físico, neurológico, psicológico e emocional normal. 
A pele transmite a natureza do contato, por meio dos neurotransmissores e nervos, até o sistema nervoso central e este modula, 
por meio dos mesmos mensageiros e das células imunitárias cutâneas, o estado da pele. 
Aquele princípio de não segurar no colo para não deixar a criança manhosa, já foi provado altamente maléfico. Quanto mais 
contato a criança tiver, quanto mais prontamente for atendida em suas necessidades de aconchego e carinho mais segura ela 
será e mais se desenvolverá somática e neurologicamente. 
O toque ajuda no sistema imunológico a partir do contato físico=percepção total. 
A COURAÇA MUSCULAR= endurece o corpo a partir do contato físico. 
Endurecimento que as pessoas sofrem através da vida, o qual torna sua pele quase insensível aos estímulos físicos. Primeiro, 
por causa das restrições, das proibições, das limitações, dos nãos e das manipulações através do medo, da vergonha e da culpa, 
todos os fatores geradores de estresse e, consequentemente, de tensão muscular e cutânea; depois, pela sexualização do 
contato físico, também estressante, imposta por informações viciosas passadas pelos pais, por educadores e pelas religiões. 
Essas tensões, repetidas e acumuladas nas aponeuroses, nos músculos e na pele, acabam por endurecer a tal ponto esses tecidos 
que formam o que Wilhelm Reich chamou "couraça muscular do caráter": a pessoa praticamente anestesia sua pele e não 
consegue sentir o contato amoroso ou o repele por sentir-se amedrontado por ele. Isso causa um enorme prejuízo emocional à 
pessoa, porque a necessidade de contato físico, essencial na infância, permanece por toda a vida e faz o ser humano sentir-se 
vivo. 
E o primeiro ambiente onde as pessoas podem aprender a tocar-se é a família, é aí que elas aprendem a não tocar nem ser 
tocadas pelos motivos mencionados. A falta de contato físico entre as pessoas isola-as nos seus envoltórios cutâneos e faz com 
que percam a percepção do amor dos familiares e amigos, que são essenciais ao bom funcionamento orgânico. Entre os adultos 
só se entende e aceita contato físico por interesse sexual, mesmo que seja praticado maquinalmente. Nas prisões, o pior castigo 
é a solitária, onde o detido fica privado de qualquer tipo de contato com outro ser humano. indivíduos anseiem sempre por 
contato de qualquer tipo, visual, auditivo ou tátil para se sentirem reconhecidos como pessoas. 
Desses três tipos, o mais intenso é sem dúvida o contato pele a pele, seja por um aperto de mão, por uma carícia suave ou por 
um abraço; quando o indivíduo está fechado para esse tipo de estímulo, um contato agressivo ainda é melhor do que nada, pelo 
menos ele está sendo reconhecido. Os poucos que estão abertos ao contato espontâneo, os que consideram o contato como 
natural e benéfico, têm mais possibilidades de praticar atos tão lúdicos e prazerosos como dançar com parceiro ou parceira e 
estão mais aptos a ter atividade sexual consciente e satisfatória. 
 
TOQUE E EQUILIBRIO 
é fundamental para a vida equilibrada que as pessoas toquem as outras, aceitem ser tocadas pelas outras e toquem a si 
mesmas, é preciso dessexualizar o contato físico e tocar como simples reconhecimento do outro, para transmitir amor, amizade 
e estímulo, e aceitar o mesmo da parte dos outros. 
Assim também é imprescindível que a pessoa toque a si mesma praticando a automassagem, método da medicina chinesa, que 
estimula todos os órgãos através de pontos de ativação dos meridianos, presentes na superfície da pele. Portanto, o toque na 
pele, o contato com a superfície cutânea, por meio do sistema constituído por terminações nervosas, vasos, células imunitárias 
e comunicadores químicos faz a diferença entre uma vida com bons relacionamentos e uma vida de isolamento e depressão. 
 
 
 
 
 
MORTE = Cessar irreversível de todas nossas funções. 
Morte pode ser definida como sendo o cessar irreversível do: funcionamento de todas as células, tecidos e órgãos; fluxo 
espontâneo de todos os fluídos, incluindo o ar (“último suspiro”) e o sangue; funcionamento do coração e pulmões; 
funcionamento espontâneo de coração e pulmões; funcionamento espontâneo de todo o cérebro, incluindo o tronco cerebral 
(morte encefálica); funcionamento completo das porções superiores do cérebro (neocórtex); funcionamento quase completo 
do neocórtex; Da capacidade corporal da consciência. 
ESTÁGIOS DO PROCESSO DE ENTENDIMENTO DE MÁS NOTÍCIAS 
Muitas vezes um profissional de saúde fica com um conflito interno entre contar ou não uma má notícia para o seu paciente ou 
seus familiares. Os pacientes ou seus familiares normalmente passam pelos mesmos estágios quando recebem uma má 
notícia. Estes estágios foram classificados pela Dra.Kübler-Ross para pacientes que estavam morrendo. Inúmeras outras 
situações presentes na prática dos profissionais de saúde, como a comunicação de diagnósticos de doenças genéticas, por 
exemplo, podem fazer com que as pessoas passem por estágios semelhantes. 
Estágios: Choque inicial; Negação e isolamento; Raiva; Barganha; Depressão; Aceitação. 
A compreensão deste processo pode auxiliar o profissional de saúde a entender estes sentimentos e a auxiliar estas pessoas de 
uma forma mais adequada a esta situação de crise. Muitas pessoas abordam as situações de criseapenas pelo seu lado 
ameaçador, pelo risco envolvido. Porém, desde os antigos chineses, a palavra crise também comporta uma interpretação de 
oportunidade, de uma chance de crescimento. 
Desta forma, uma má notícia pode ser também ser geradora de crescimento pessoal, às vezes associado a muito sofrimento, 
mas que pode ser suportado desde que entendido e elaborado adequadamente. O sentimento de esperança também pode 
estar presente, paralelamente, a partir do estágio da "Raiva". Os profissionais de saúde podem auxiliar os pacientes e familiares 
a associar a esperança, com base na realidade, a todos os demais estágios. 
CRITÉRIOS PARA ABORDAGEM DO PROCESSO DE RETIRADA DE TRATAMENTO 
O Prof. Gail Povar propôs que a retirada de tratamento, quando justificada moral e tecnicamente, deva seguir alguns critérios 
essenciais, que são clareza, comunicação, cuidado e fechamento. 
Clareza: Compreensão clara do envolvimento de todas as partes interessadas no diagnóstico, prognóstico, objetivos 
terapêuticos e critérios utilizados para a retirada do tratamento. 
Comunicação: Troca contínua de informações entre os profissionais que estão atendendo o paciente, atualizando mudanças e 
permitindo o acompanhamento da evolução do caso, com suas diferentes perspectivas pessoais. 
Cuidado: Reconhecimento dos impedimentos emocionais em retirar o tratamento e responder a esta proposta de maneira 
sensível. Envolve o paciente, familiares e membros da equipe, que podem estar ambivalentes sobre a retirada do tratamento. 
Fechamento: Processamento das informações, após a morte do paciente, com a finalidade de revisar o atendimento prestado, 
refletir sobre os aspectos éticos envolvidos e permitir que o processo de luto ocorra. 
Esta proposta contempla desde as situações iniciais, envolvidas no proceso de tomada de decisão, até a finalização do caso 
como um todo. Esta abordagem abrangente tem um forte conteúdo preventivo, evitando desgastes entre todos os participantes 
em uma situação tão difícil.

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