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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br AULA 8 – DO PODER JUDICIÁRIO O Poder Judiciário é a instituição encarregada de administrar justiça por meio dos tribunais. Compete ao poder judiciário a função jurisdicional do Estado, ou seja cabe a ele a função é assegurar o amparo, proteção ou tutela dos direitos dispostos nas leis. O Judiciário, além de sua função típica, que é a jurisdicional também exerce função típica quando administra e legisla. Como exemplo, é prudente mencionar que em relação ao ato administrativo pode-se citar o deferimento de férias a um servidor, pelo presidente do tribunal (CRFB/88, art. 96, I, “f”) e, de atividade legiferenta, quando da elaboração dos regimentos internos dos tribunais (CRFB/88, art. 96, I, “f”) e iniciativa de lei que lhe couber (CRFB/88, art. 61). A EC 45/2004, que trouxe a primeira parte da Reforma do Judiciário, possibilitou significativos avanços ao processo democrático nacional, na medida em que mesclou alterações de ordem legal tendentes a proporcionar uma maior celeridade no trâmite dos processos e instrumentos eficazes e mais transparentes de controle social sobre o Poder Judicante. Por exemplo: todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade (CRFB/88, art. 93, IX); a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente (CRFB/88, art. 93, XII); o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população (CRFB/88, art. 93, XIII); a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição (CRFB/88, art. 93, XV). 1. DISPOSIÇÕES GERAIS 1.1. Princípios fundamentais do Poder Judiciário A jurisdição, como função estatal de dirimir conflitos interindividuais, é informada por alguns princípios fundamentais: I – investidura; II – aderência ao território; III – indelegabilidade; IV – inevitabilidade; V – inafastabilidade ou indeclinabilidade; VI – princípio do juiz natural e VII – princípio da inércia. O princípio da investidura – a jurisdição somente é exercida por quem tenha sido regularmente e legitimamente investido na autoridade de juiz, em regra por concurso público; O princípio da aderência ao território – os magistrados somente têm autoridade nos limites territoriais do Estado; O princípio da indelegabilidade – é vedado ao juiz, que exerce atividade pública, delegar as suas funções a outra pessoa ou mesmo a outro Poder estatal; O princípio da inevitabilidade – significa que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo emanação do próprio poder estatal soberano, impõe-se por si mesma, independentemente da ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 1 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados do processo (posição de sujeição/submissão); O princípio da inafastabilidade ou indeclinabilidade – segundo o qual a todos é possibilitado o acesso ao Judiciário em busca da solução de suas situações litigiosas e conflitos de interesses em geral, bem assim para a administração de interesses privados pela jurisdição voluntária (art. 5º, XXXV, da CRFB/88); O princípio do juiz natural – assegura que ninguém pode ser privado do julgamento por juiz independente e imparcial, indicado pelas normas constitucionais e legais, proibidos os juízos/tribunais de exceção (art. 5º, XXXVII, da CRFB/88); O princípio da inércia – em regra, as partes têm que tomar a iniciativa de pleitear a tutela jurisdicional. 1.2. Ingresso na Carreira O Constituinte ao prever no caput do art. 93 da Constituição Federal a edição de Lei Complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal dispondo sobre o estatuto da magistratura, impõe que tal lei observe, entre outros princípios, o do acesso aos cargos públicos mediante concurso. Para ingressar na carreira de juiz (magistratura), o cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação. De acordo com art. 78 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Lei complementar nº 35, de 14 de marco de 1979), o ingresso na Magistratura de carreira dar-se-á mediante nomeação, após concurso público de provas e títulos, organizado e realizado com a participação do Conselho Secional da Ordem dos Advogados do Brasil. A lei pode exigir dos candidatos, para a inscrição no concurso, título de habilitação em curso oficial de preparação para a Magistratura. Além disso, os candidatos serão submetidos a investigação relativa aos aspectos moral e social, e a exame de sanidade física e mental, e serão indicados para nomeação, pela ordem de classificação, candidatos em número correspondente às vagas, mais dois, para cada vaga, sempre que possível. Cumpre destacar que o juiz, no ato da posse, deverá apresentar a declaração pública de seus bens, e prestará o compromisso de desempenhar com retidão as funções do cargo, cumprindo a Constituição e as leis. 1.3. Promoção na carreira Conforme art. 93, II da CRFB/88, a promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: A priori é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento. A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. Cumpre destacar que a aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 2 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. Com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004, passou-se a entender que na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação. Contudo, não se pode olvidar, que não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão. Para ajudar na fixação do conteúdo, vejamos o quadro a seguir: A PROMOÇÃO É DE ENTRÂNCIA PARA ENTRÂNCIA, ALTERNADAMENTE, POR ANTIGUIDADE E MERECIMENTO, DA SEGUINTE FORMA: MERECIMENTO Se juiz estiver na lista por três vezes consecutivas ou cinco vezes alternadas, será obrigatoriamente promovido. Juiz tem de ter no mínimo dois anos na entrância e deve integrar a quinta parte entre os mais antigos, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. Para aferir merecimento, deve ser utilizado critérios objetivosde produtividade e presteza no exercício da jurisdição e frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. ANTIGUIDADE O Tribunal só pode recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de 2/3 dos membros, assegurada ampla defesa. 1.4. Garantias e vedações As garantias conferidas aos juízes encontram-se estabelecidas no artigo 95 da Constituição Federal: Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. A vitaliciedade significa que o magistrado, depois de transcorrido o período de dois anos desde sua assunção ao cargo com o correspondente exercício, somente o perderá em decorrência de sentença judicial transitada em julgado, em processo adequado onde lhe seja assegurado o direito de ampla defesa e de contraditório. A vitaliciedade não se confunde com a estabilidade comum do servidor público. A estabilidade do funcionário público, diferentemente da do juiz, é no serviço, e não no cargo. Assim, os juízes e membros do Ministério Público tornam-se vitalícios após 2 anos de efetivo exercício, enquanto os servidores tornam-se estáveis após 3 anos de efetivo exercício. ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 3 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br ANTES de ser vitalício APÓS adquirir vitaliciedade Deliberação do Tribunal a que o juiz está vinculado. Sentença judicial transitada em julgado. Cumpre destacar que para se tornar vitalício, juiz tem de participar, obrigatoriamente, de curso oficial de preparação e aperfeiçoamento na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM). A inamovibilidade consiste em não poder o magistrado ser removido de sua sede de atividade para outra sem o seu prévio consentimento, salvo em decorrência de incontestável interesse público, e de igual modo assegurada ampla defesa. A remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, serão decididas pelo voto de maioria absoluta do respectivo Tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa. Segundo o Supremo Tribunal Federal : “A inamovibilidade é, nos termos do art. 95, II, da CF, garantia de toda a magistratura, alcançando não apenas o juiz titular como também o substituto. O magistrado só poderá ser removido por designação, para responder por determinada vara ou comarca ou para prestar auxílio, com o seu consentimento, ou, ainda, se o interesse público o exigir, nos termos do inciso VIII do art. 93 do Texto Constitucional.: (MS 27.958, rel. min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-5-2012, Plenário, DJE de 29-8-2012.) A irredutibilidade de subsídios é a terceira garantia que a Constituição oferece ao magistrado. Com efeito, a mera hipótese de o magistrado sofrer redução em seu salário em decorrência de algum ato judicial implicaria em motivo de inibição no exercício da judicatura. Já as atividades proibidas aos juízes encontram-se estabelecidas no parágrafo único do art. 95 da Constituição Federal. Assim, é vedado aos juízes: exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação no processo; receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; dedicar-se à atividade político-partidária; exercer a advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. É a chamada quarentena de saída. ATENÇÃO: Para entrar (ingressar) no Judiciário, o magistrado tem de possuir pelo menos 03 anos de atividade jurídica. Quando sair do Judiciário, tem de ficar pelo menos 03 anos sem advogar no local em que trabalhava como juiz. 1.5. Quinto Constitucional Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 4 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. Requisitos exigidos para ocupar vaga pelo QUINTO CONSTITUCIONAL Ministério Público Mais de 10 anos de carreira. Advogado Notório saber jurídico; Reputação ilibada; Mais 10 anos de atividade profissional. É do Poder Executivo a escolha de um dos nomes que estão na lista tríplice. Se o Tribunal for estadual, quem escolhe é o Governador; se o Tribunal for Federal, quem escolhe é o Presidente da República. Além disso, cada Tribunal deve: a) elaborar seu regimento interno e eleger seus órgãos diretivos; b) prover os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; c) propor a criação de novas varas; d) prover, por concurso público, os cargos necessários à administração da Justiça (ex: Analista, técnico), exceto os de confiança (que não precisam de concurso); O Supremo Tribunal Federal, os Tribunais Superiores e os Tribunais de Justiça devem propor ao Legislativo: a alteração do número de membros dos Tribunais inferiores, a criação de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares, em como a fixação de subsídio de seus membros e dos juízes; a criação ou extinção dos Tribunais inferiores e a alteração da organização e da divisão judiciárias. 2. ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO De acordo com art. 92 da CRFB/88 são órgãos do Poder Judiciário: o Supremo Tribunal Federal; o Conselho Nacional de Justiça; o Superior Tribunal de Justiça; os Tribunais Regionais Federais e os Juízes Federais; os Tribunais e Juízes do Trabalho; os Tribunais e Juízes Eleitorais; os Tribunais e Juízes Militares; os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Para auxiliá-los na memorização, em sede de concurso público, vejamos Organograma do Poder Judiciário abaixo: ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 5 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br O Supremo Tribunal Federal não é Tribunal Superior. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional. A Justiça Desportiva não integra o Poder Judiciário. É um órgão administrativo. O Conselho Nacional de Justiça tem sede na Capital Federal, mas não tem jurisdição. Embora esteja entre os órgãos do Poder Judiciário, o ConselhoNacional de Justiça não tem competências jurisdicionais. 2.1. Supremo Tribunal Federal O art. 101 da CRFB/88 o Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Não se pode olvidar, que conforme estabelecido no art. 12, § 3º, IV da CRFB/88, que o cargo Ministro do Supremo Tribunal Federal é privativos de brasileiro nato. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Para o Supremo Tribunal Federal não há elaboração de lista tríplice ou sêxtupla. Para o Supremo Tribunal Federal não há vagas para quinto constitucional. O STF tem a função precípua de guardar a Constituição. Entretanto, a jurisdição constitucional não é privativa desse Tribunal, pois além do controle concentrado (exercido STF STJ TJs Juízes dos Estados TRFs Juízes Federais TSE TREs Juízes Eleitorais TST TRTs Juízes do Trabalho STM TM Juízes Militares Presidende da República indica, depois submete o nome ao Senado Federal Presidende da República indica, depois submete o nome ao Senado Federal Senado Federal para que ele aprove por maioria absoluta Senado Federal para que ele aprove por maioria absoluta Se Senado Federal aprovar o nome, Presidende da República nomeia o escolhido Se Senado Federal aprovar o nome, Presidende da República nomeia o escolhido ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 6 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br exclusivamente pela Corte Máxima), nossa Carta Magna instituiu o controle difuso de constitucionalidade, permitindo que outros tribunais apreciem a constitucionalidade de normas avaliando casos concretos. Embora a Constituição de 1988 não autorize o STF a editar normas regimentais sobre processo e decisão, admite-se, até a promulgação de novas leis processuais, a aplicação do Regimento Interno do STF na regulamentação do processo perante a Corte Suprema, com base no princípio da continuidade da ordem jurídica. Isso porque a Lei 8.038/90, embora tenha disciplinado alguns aspectos do processo perante o STF e o STJ, não disciplinou, de forma completa, o processo perante o STF. No que se refere à estrutura interna do Supremo Tribunal Federal, cada Ministro integra, formalmente, uma das duas Turmas. As Turmas têm competências idênticas. Os processos são distribuídos aos Ministros-Relatores, não às Turmas. O Presidente de cada Turma é escolhido pelo critério de antiguidade. O Presidente do STF é eleito diretamente pelos seus pares para um mandato de dois anos, sendo vedada a reeleição. Tradicionalmente, são eleitos para os cargos de Presidente e Vice- Presidente os dois Ministros mais antigos que ainda não os exerceram. 2.1.1. Competência do Supremo Tribunal Federal A mais importante competência do Supremo Tribunal Federal é ser ‘o Guardião da Constituição Federal’. O Supremo Tribunal Federal apresenta competências originárias e recursais, todas elas taxativamente arroladas na Constituição. Nas originárias, trata de questões decididas apenas por ele, sendo acionado diretamente e julgando em única instância. Essas competências estão previstas no art. 102 da CRFB: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente; d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 7 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais; n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados; o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal; r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público; II - julgar, em recurso ordinário: a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; b) o crime político; III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 8 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. § 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrentedesta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. Dentre as competências do Supremo Tribunal Federal, uma das mais cobradas em prova é aquela para julgar o Presidente da República nas infrações penais comuns. No caso de ações civis, a Corte Suprema tem competência para julgar o “habeas data” e o mandado de segurança contra atos do Chefe do Executivo, mas não a de julgar ação popular contra o mesmo. Isso porque o rol do art. 102 da Constituição é exaustivo. Assim, só́ pode a Corte julgar ações populares em dois casos: Caso todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados na ação; Caso a demanda envolva conflito entre a União e Estado-membro. Na competência recursal, o Supremo decide matérias a ele submetidas por meio de recurso ordinário ou extraordinário. Analisa, então, a questão em última instância, proferindo a palavra final a respeito. O STF tem competência recursal ordinária para julgar: RECURSO ORDINÁRIO RECURSO EXTRAORDINÁRIO O “habeas-corpus”, o mandado de segurança, o “habeas-data” e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; O crime político. As causas decididas em ÚNICA ou ÚLTIMA instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo da Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. REQUISITOS DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO O recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 9 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros; Ofensa direta à Constituição Destaca-se que o recurso extraordinário é meio excepcional de impugnação de decisões judiciais, não equivalendo a um terceiro ou um quarto grau de jurisdição. Busca, somente, resguardar a Constituição. Questões de natureza meramente processual ou de âmbito infraconstitucional não lhe dão ensejo, ainda que, por via reflexa, atentem contra a Carta Magna (STF, RE 236.333/DF, 14.09.1999). No que se refere à repercussão geral, requisito do recurso extraordinário, podemos conceitua-la como um “filtro” que serve para impedir que o Supremo aprecie recursos extraordinários insignificantes social, econômica, política ou juridicamente. Essa exigência foi criada pela EC 45/2004 com o objetivo de livrar o Supremo de demandas irrelevantes para a sociedade brasileira, deixando a Corte disponível para julgar aquilo que realmente interessa para o Brasil. Na análise da repercussão geral, o Supremo Tribunal Federal seleciona um recurso extraordinário como modelo e, a partir dele, analisa se a matéria é relevante social, econômica, política ou juridicamente. Após a admissão do recurso extraordinário (não havendo a recusa por dois terços dos Ministros do STF), tem início a pré-triagem. Nessa fase, todos os recursos que estiverem tramitando nos tribunais de origem passam a aguardar a decisão da Corte sobre o tema. Realizado o julgamento, a decisão do STF deverá ser aplicada pelos próprios tribunais de origem, sem necessidade de envio para o Tribunal Superior. 2.1.2. Conselho Nacional de Justiça – CNJ O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é composto por 15 conselheiros, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação feita pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo nove magistrados, dois membros do Ministério Público, dois advogados e dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada. COMPOSIÇÃO 01 Presidente do Supremo Tribunal Federal 01 Ministro do Superior Tribunal de Justiça indicado pelo Superior Tribunal de Justiça 01 Ministro do Tribunal Superior do Trabalho indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho 01 Desembargador de Tribunal de Justiça indicado pelo Supremo Tribunal Federal 01 Juiz estadual (1ª instância) 01 Juiz de TRF (2ª instância) indicado pelo Superior Tribunal de Justiça ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 10 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br 01 Juiz federal 01 Juiz de TRT (2ª instância) indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho 01 Juiz do Trabalho 01 Membro do Ministério Público da União indicado pelo Procurador Geral da República 01 Membro do MP dos Estados, escolhido pelo PGR, dentre os indicados pelo órgão competente de cada MP estadual 02 Advogados indicados pelo Conselho Federal da OAB 02 Cidadãos de notório saber jurídico e reputação ilibada indicados: 01 pelo Senado Federal e um pela Câmara dos Deputados O Conselho Nacional de Justiça, introduzido pela EC 45/04 (Reforma do Judiciário), visa aperfeiçoar o trabalho do sistema judiciário, principalmente no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e processual. Os conselheiros têm mandato de dois anos. Entre os direitos e deveres dos conselheiros, estabelecidos pelo Regimento Interno do CNJ, estão, entre outros: Elaborar projetos, propostas ou estudos sobre matérias de competência do CNJ e apresentá- los nas sessões plenárias ou reuniões de Comissões, observada a pauta fixada pelos respectivos Presidentes; Requisitar de quaisquer órgãos do Poder Judiciário, do CNJ e de outras autoridades competentes as informações e os meios que considerem úteis para o exercício de suas funções; Propor à Presidência a constituição de grupos de trabalho ou Comissões necessários à elaboração de estudos, propostas e projetos a serem apresentados ao Plenário do CNJ; Propor a convocação de técnicos, especialistas, representantes de entidades ou autoridades para prestar os esclarecimentos que o CNJ entenda convenientes; Pedir vista dos autos de processos em julgamento. Participar das sessões plenárias para as quais forem regularmente convocados; Despachar, nos prazos legais, os requerimentos ou expedientes que lhes forem dirigidos; Desempenhar as funções de Relator nos processos que lhes forem distribuídos. Cumpre destacar que, a redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009, que passou a estabelecer que o Conselho Nacional de Justiça será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. 2.1.3.Superior Tribunal de Justiça Criado pela Constituição de 1988, o Superior Tribunal de Justiça nasceu da necessidade de desafogar o Supremo Tribunal Federal, que antes era competente para cuidar tanto da matéria ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 11 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br constitucional, quanto da infraconstitucional. Sua missão principal é zelar pela correta aplicação da legislação federal e evitar decisões conflitantes entre os Tribunais de todo o Brasil. O artigo 104 da CRFB/88 estabelece que o Superior Tribunal de Justiça será composto de no mínimo 33 Ministros. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: Um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais; Um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal; Um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94. 2.1.3.1. Competência do Superior Tribunal de Justiça É bastante extensa a competência do Superior Tribunal de Justiça. Ele detém tanto competência originária (as ações começam lá), quanto competência recursal (as ações se iniciam na 1ª ou 2ª instância). O art. 105 estabelece o seguinte: Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 12 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br deste e da União; h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; II - julgar, em recurso ordinário: a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. Destaca-se que, assim como ocorre com o STF, as competências do STJ também são taxativas. Somente por emenda constitucional estas poderão ser reduzidas ou ampliadas. O STJ apresenta as seguintes competências recursais: ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 13 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br O recurso especial, assim como o recurso extraordinário (do STF), apresenta vários pressupostos de admissibilidade. As questões debatidas já́ deverão ter sido apreciadas pelo Tribunal de origem. Além disso, somente cabe recurso especial das causas apreciadas pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal ou dos Territórios. Assim, considerando que as Turmas Recursais não podem ser consideradas Tribunais, não cabe recurso especial das suas decisões (Súmula 203/STJ). Cumpre destacar que funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. RECURSO ORDINÁRIO RECURSO ORDINÁRIO Os "habeas-corpus" decididos em única ou útima instâ̂ncia pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; Os "habeas-corpus" decididos em única ou útima instâ̂ncia pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; Os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; Osmandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; As causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. As causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. RECURSO ESPECIAL RECURSO ESPECIAL Que der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal Que der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal Julgar as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: Julgar as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 14 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br 2.1.4. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais São órgãos da Justiça Federal: os Tribunais Regionais Federais; os Juízes Federais. Os Tribunais Regionais Federais, também chamados TRF’s, foram criados pela Constituição de 1988. Eles atuam como segunda instância no âmbito da Justiça Federal. Existem, atualmente, cinco TRF’s, divididos em diferentes regiões (TRF/1ª Região, TRF/2ª Região etc), abrangendo, cada uma, algumas unidades da federação. Conforme art. 107 da CRFB/88, os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira; Os demais membros devem ser juízes federais de carreira, com mais de cinco anos de exercício, promovidos, alternadamente, por antiguidade e merecimento. A Constituição Federal previu que tanto os TRF’s quanto os Tribunais de Justiça deveriam instalar a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. Para melhor atender aos jurisdicionados, alcançando os locais mais distantes, a EC 45/04 estabeleceu que os TRF’s poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. De acordo com art. 108 da CRFB/88, compete aos Tribunais Regionais Federais: Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região; c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal; e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 15 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br exercício da competência federal da área de sua jurisdição. De acordo com art. 109 da CRFB/88, compete os juízes federais processar e julgar: Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional; IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar; X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; XI - a disputa sobre direitos indígenas. Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004, o § 5º do art. 109 da CRFB/88, estabelece que nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 16 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. 2.1.5. Tribunais e Juízes do Trabalho São órgãos da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho; os Tribunais Regionais do Trabalho; Juízes do Trabalho. 2.1.5.1. Tribunal Superior do Trabalho O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trintae cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. Em conformidade com o § 2º do art. 111-A da CRFB/88, funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo- lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. A redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004, no art. 114 da CRFB/88 passou a estabelecer a competência da Justiça do Trabalho processar e julgar. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 17 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br II – as ações que envolvam exercício do direito de greve; III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 2.1.6. Tribunais Regionais do Trabalho Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente. Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. 2.1.7. Tribunais e Juízes Eleitorais A Justiça Eleitoral é um órgão de jurisdição especializada que integra o Poder Judiciário e cuida da organização do processo eleitoral (alistamento eleitoral, votação, apuração dos votos, diplomação dos eleitos, etc.). Logo, trabalha para garantir o respeito à soberania popular e à cidadania. Os órgãos da Justiça Eleitoral são: ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 18 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s); Juízes Eleitorais; Juntas Eleitorais. 2.1.7.1. Tribunal Superior Eleitoral Tribunal Superior Eleitoral é composto de, no mínimo, 7 membros (juízes), assim escolhidos: três, dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; dois, dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; dois, por nomeação do Presidente da República, dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. O Corregedor Eleitoral será um dos Ministros que vêm do Superior Tribunal de Justiça. 2.1.7.2. Tribunal Regional Eleitoral Conforme se extrai da Carta Constitucional, haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. Cada Tribunal Regional Eleitoral será composto de 7 juízes, que serão escolhidos mediante eleição, pelo voto secreto: de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça, que serão nomeados pelo Presidente da República. O Presidente e o Vice-Presidente do TRE serão eleitos entre os Desembargadores. 2.1.8. Tribunais e Juízes Militares Os órgãos da Justiça Militar são: Superior Tribunal Militar (STM); Tribunais e Juízes Militares instituídos em lei. ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 19 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais- generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo: Três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional; Dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar. Para a investidura no cargo de ministro do Superior Tribunal Militar, não é invocável a norma do art. 93, inciso IV da Constituição, que limita em 65 anos a idade do nomeado, pois tal norma tem por escopoestabelecer o tempo mínimo do exercício da judicatura para efeito de aposentadoria facultativa aos trinta anos. O art. 123 da Carta não reproduz a norma, em relação ao STM. (MS 20.930, Rel. Min. Carlos Madeira, julgamento em 29-6-1989, Plenário, DJ de 28-6- 1991.) O art. 123 da Constituição dá ensejo a que se admita como efetiva atividade profissional, o exercício da advocacia tal como previsto no art. 71 do Estatuto da Ordem dos Advogados, não cabendo restringi-la à advocacia forense. Por outro lado, a efetiva atividade profissional, de que cuida a Constituição, não pode ser concebida como exercício do qual não seja permitido o afastamento eventual do advogado, ainda que para investir-se em cargo ou função pública temporários. (MS 20.930, Rel. Min. Carlos Madeira, julgamento em 29-6-1989, Plenário, DJ de 28- 6-1991.) 2.1.9. Tribunais e Juízes dos Estados Dispõe o art. 125 da CRFB/88 que os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. Quem define a competência dos Tribunais de Justiça é a Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. O controle concentrado de constitucionalidade é feito, em âmbito federal, somente pelo Supremo Tribunal Federal, que pode questionar a constitucionalidade de normas federais e estaduais frente à Constituição do Federal. Nos estados, esse controle cabe ao Tribunal de Justiça, que pode questionar normas estaduais e municipais frente à Constituição Estadual. No art. 103, a Constituição do Federal garante a legitimidade para o manejo dos mecanismos de controle concentrado, em âmbito federal. Em relação aos Estados, a Constituição do Federal deixa para que a Constituição Estadual defina quem são os legitimados para o ajuizamento dessas ações de controle concentrado, ressalvando, apenas, que não pode haver um só legitimado. A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito (CRFB/88, art. 125, § 3º) e pelos ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 20 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. A Justiça Militar dos Estados, de forma diversa da Justiça Militar da União, não julga civis em nenhuma hipótese, mas apenas os militares dos Estados, que são os integrantes das Polícias Militares, observada a competência estabelecida no § 4º do art. 125 da Constituição Federal, que prevê competir à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima não for militar, cabendo ao Tribunal de Justiça ou ao Tribunal de Justiça Militar, conforme o caso, decidir sobre a perda do posto e da patente dos Oficiais e da graduação das Praças. Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares. O Tribunal de Justiça também poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. De igual modo, também o Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. A fim de buscar a solução para os frequentes conflitos nessa área, a EC 45/04 estabeleceu que para dirimir conflitos fundiários, o TJ proporá a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. Por fim, cabe referir que a Justiça comum estadual tem competência residual. Ou seja, se a competência não estiver definida como sendo de uma das justiças especializadas (militar, eleitoral e trabalhista), nem da justiça federal, a competência será da Justiça comum estadual. QUESTÕES COMENTADAS ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 21 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br 1. (FCC/TRE/2015) Consideração as seguintes assertivas: I. A vedação constante do texto constitucional que obsta os magistrados a se dedicarem a atividades político-partidárias não se estende aos advogados ou cidadãos investidos como membros do Conselho Nacional de Justiça. II. É assegurado constitucionalmente caráter vinculante às decisões do Conselho da Justiça Federal, que funciona junto ao Superior Tribunal de Justiça. III. Não se encontra sujeita à reserva de lei a regu- lamentação dos cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira da magistratura a serem desenvolvidos pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, que funciona junto ao Superior Tribunal de Justiça. IV. A vedação constante do texto constitucional que obsta os magistrados a se dedicarem a atividades político-partidárias não tem aplicação aos juízes de paz. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) II, III e IV. c) II e IV. d) I e III. e) II e III. COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 105, parágrafo único, II, da CRFB/88, funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça (...) o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. Gabarito – Alternativa B. 2. (FCC/TRT/2014) Sob o fundamento de que juízes de primeira instância, independentemente do estágio da carreira em que estejam, exercem idêntica atividade jurisdicional, a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho de determinada região pretende obter, judicialmente, a equiparação da remuneração percebida por juízes substitutos e titulares, de forma a beneficiar seus associados. A competência para o julgamento de causa dessa natureza seria a) do Superior Tribunal de Justiça. b) do Supremo Tribunal Federal. c) da Justiça Federal da região respectiva. ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 22 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br d) do Tribunal Regional Federal da região respectiva. e) do Tribunal Regional do Trabalho da região respectiva. COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 102, I, “n” e “o”, da CRFB/88, compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente: “n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados,e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados; o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal”. Gabarito – Alternativa B. 3. (FCC/TCO/2013) Processar e julgar originariamente nos crimes comuns e nos crimes de responsabilidade os membros dos Tribunais de Contas dos Estados é competência do a) Tribunal de Justiça do Estado e Superior Tribunal de Justiça, respectivamente. b) Supremo Tribunal Federal. c) Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, respectivamente. d) Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, respectivamente. e) Superior Tribunal de Justiça. COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 105, I, a, da CRFB/88, ompete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais. Gabarito – Alternativa E. 4. (FCC/MPE/2014) Habeas corpus impetrado em favor de membro de Tribunal Regional do Trabalho que figure como réu em ação penal será de competência originária do a) Juiz Federal. b) Supremo Tribunal Federal. ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 23 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br c) Superior Tribunal de Justiça. d) Tribunal Regional do Trabalho. e) Tribunal Regional Federal. COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 105, I, c, da CRFB/88, compete ao Superior Tribunal de Justiça, processar e julgar, originariamente: “a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais. (...) c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea ‘a’, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; Gabarito – Alternativa C. 5. (FCC/TRF/2014) Considere as seguintes situações processuais: I. causa entre Estado estrangeiro e pessoa domiciliada na República Federativa do Brasil. II. ação rescisória de julgados dos Tribunais Regionais Federais. III. homologação de sentenças estrangeiras. A competência para processamento e julgamento, nas situações em questão, é atribuída, pela Constituição da República, respectivamente, a a) Tribunais Regionais Federais, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal. b) Juízes federais, Tribunais Regionais Federais e Superior Tribunal de Justiça. c) Juízes federais, Superior Tribunal de Justiça e Tribunais Regionais Federais. d) Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais Federais e Juízes federais. e) Supremo Tribunal Federal, Tribunais Regionais Federais e Superior Tribunal de Justiça. COMENTÁRIOS: I. CRFB/88, art. 109, II – Aos juízes federais compete processar e julgar: “II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País” II. CRFB/88, art. 108, I, “b” – Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 24 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br originariamente: (...) b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região. II. CRFB/88, art. 105, I, “i” – Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...) i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias Gabarito – Alternativa B. 6. (FCC/TRF/2014) Os tribunais do país estão, em regra, sujeitos em sua composição ao chamado quinto constitucional, que vem a ser o preenchimento de um quinto de seus cargos distribuídos igualmente entre advogados e membros do Ministério Público. Configuram EXCEÇÕES ao quinto constitucional: a) Superior Tribunal de Justiça e Tribunais Regionais Federais. b) Tribunal Superior do Trabalho e Tribunal Superior Eleitoral. c) Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e Tribunal Superior Eleitoral. d) Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça. e) Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior do Trabalho. COMENTÁRIOS: De acordo com art. 94, da CRFB/88, um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Gabarito – Alternativa C. 7. (FCC/TRF/2014) Considere as seguintes situações: I. Após sete anos de exercício da função, em primeiro grau, um juiz perde o cargo, mediante sentença judicial transitada em julgado. II. É determinada a remoção de certo magistrado, contrariamente à sua vontade, por motivo de interesse público, conforme decisão do voto da maioria absoluta do tribunal a que pertence. III. Determinado magistrado, membro de Tribunal de Justiça estadual, sofre redução em seu subsídio mensal, a fim de que este seja adequado ao valor fixado para o do Governador do Estado. Seria incompatível com a Constituição da República, por infringir garantia que esta expressamente outorga aos juízes, o que consta em ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 25 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br a) I, II e III. b) I, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) III, apenas. COMENTÁRIOS: De acordo com art. 93, VIII, c/c artigo 95, I, ambos da CRFB/88, o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa. Além disso, cumpre destacar que os juízes gozam da garantia da vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado. Gabarito – Alternativa E. 8. (FCC/TRT/2014) Sávio, Deputado Estadual do Maranhão, pretende ajuizar habeas data contra ato do Ministro da Economia. A competência para processar e julgar o habeas dataque será ajuizado por Sávio será do a) Supremo Tribunal Federal. b) Superior Tribunal de Justiça. c) Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. d) Tribunal Regional Federal da 1ª Região. e) Tribunal de Justiça de Brasília. COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 105, I, “b” e “c”, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente: (...) “b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea ‘a’, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral”. Gabarito – Alternativa B. ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 26 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br 9. (FCC/TRT/2014) Renan é Procurador do Ministério Público do Trabalho, atuando no Estado do Maranhão. Em decorrência de uma denúncia veiculada junto ao Conselho Nacional do Ministério Público é instaurado processo administrativo disciplinar no referido Conselho contra Renan. Inconformado com uma decisão proferida no processo disciplinar instaurado Renan resolve questioná-la através de Mandado de Segurança. Neste caso, a competência para processar e julgar o mandamus será do a) Tribunal Superior do Trabalho. b) Superior Tribunal de Justiça. c) Supremo Tribunal Federal. d) Tribunal Regional do Trabalho da 16º Região. e) Conselho Nacional da Justiça Federal. COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 102, I, “r”, da CRFB/88, compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe, processar e julgar, originariamente as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público. Gabarito – Alternativa C. 10. (FCC/TRT/2014) Mário é Juiz do Tribunal de Justiça do Maranhão, ocupando atualmente o cargo de Juiz Titular de determinada Vara Cível da Comarca de São Luís, figurando como o Magistrado mais antigo na Lista de Antiguidade na sua entrância. Aberto concurso de promoção para o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão pelo critério de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto a) fundamentado de no mínimo dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa. b) fundamentado da maioria simples de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa. c) de no mínimo dois terços de seus membros, mediante procedimento próprio e com voto secreto. d) fundamentado de no mínimo metade de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa. e) da maioria simples de seus membros, mediante procedimento próprio e com voto secreto. COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 93, II, “d”, da CRFB/88, na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 27 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br fixar-se a indicação. Gabarito – Alternativa A. 11. (FCC/METRÔ/2014) Albertus, Juiz do Estado de São Paulo, pretende ingressar com Mandado de Segurança contra determinado Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça por entender que, em processo administrativo em curso perante o citado órgão, sofreu grave violação a seu direito líquido e certo. Nos termos da Constituição Federal, o Mandado de Segurança deverá ser impetrado perante o a) Tribunal de Justiça de São Paulo. b) Superior Tribunal de Justiça. c) Tribunal Regional Federal da 3a Região. d) Supremo Tribunal Federal. e) Conselho da Justiça Federal. COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 102, I, “r”, da CRFB/88, compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente, as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público. Gabarito – Alternativa C. 12. (FCC/TRT/2014) Relativamente ao Poder Judiciário, é correto afirmar: a) Todas as decisões e todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário de segunda instância serão públicos, sob pena de nulidade b) Os juízes gozam da garantia de vitaliciedade, que no primeiro grau, só será adquirida após três anos de exercício. c) A atividade jurisdicional será ininterrupta, com exceção das férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, período em que o atendimento será transferido à primeira instância. d) Os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. e) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou antes de decorridos cinco anos do afastamento por aposentadoria ou exoneração. ANDREA LORENA ARANHA DE A PINTO - CPF: 43926223200 28 / 62 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Aula 8 www.concurseiro24horas.com.br COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 93, XIV, da CRFB/88, os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. Gabarito – Alternativa D. 13. (FCC/TRT/2014) A empresa X, sediada na cidade de São Paulo, ajuizou mandado de segurança perante a Justiça Estadual Paulista contra ato de autoridade da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP, objetivando o restabelecimento do serviço de água e esgoto em seu imóvel. Recebida a inicial, o Magistrado Estadual declinou a competência para processar e julgar o mandado de segurança para a Justiça Federal, argumentando que o ato foi praticado por dirigente de pessoa jurídica de direito privado, agindo por delegação do Poder Público Federal. Remetidos os autos à Justiça Federal, o Magistrado suscitou conflito negativo de competência, argumentando ser incompetente para analisar o mandado de segurança, inexistindo ato praticado por autoridade no exercício de função delegada federal. Neste caso, o julgamento do conflito de competência negativo instaurado caberá ao a) Superior Tribunal de Justiça. b) Supremo Tribunal Federal. c) Tribunal Regional Federal da 3º Região. d) Tribunal de Justiça de São Paulo. e) Conselho Nacional de Justiça. COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 105, I, “d”, da CRFB/88, compete ao Superior Tribunal de Justiça, processar e julgar, originariamente: “d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, ‘o’, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos”. Gabarito – Alternativa A. 14. (FCC/TRT/2014) Isaura Beatriz de las Nieves, juíza do trabalho do primeiro grau há 15 anos, nos termos do estatuto constitucional da magistratura, a) não pode exercer qualquer outro cargo ou função. b) deve proferir suas decisões de modo público e fundamentado, não podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados. ANDREA
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