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Aula_08_TRE_Poder_judiciario_Disposiçoes_gerais

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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – MARANHÃO 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Cristiano Lopes 
Aula 8 
 
 
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AULA 8 – DO PODER JUDICIÁRIO 
 
O Poder Judiciário é a instituição encarregada de administrar justiça por meio dos tribunais. 
Compete ao poder judiciário a função jurisdicional do Estado, ou seja cabe a ele a função é 
assegurar o amparo, proteção ou tutela dos direitos dispostos nas leis. 
O Judiciário, além de sua função típica, que é a jurisdicional também exerce função típica 
quando administra e legisla. Como exemplo, é prudente mencionar que em relação ao ato 
administrativo pode-se citar o deferimento de férias a um servidor, pelo presidente do tribunal 
(CRFB/88, art. 96, I, “f”) e, de atividade legiferenta, quando da elaboração dos regimentos internos 
dos tribunais (CRFB/88, art. 96, I, “f”) e iniciativa de lei que lhe couber (CRFB/88, art. 61). 
A EC 45/2004, que trouxe a primeira parte da Reforma do Judiciário, possibilitou 
significativos avanços ao processo democrático nacional, na medida em que mesclou alterações de 
ordem legal tendentes a proporcionar uma maior celeridade no trâmite dos processos e instrumentos 
eficazes e mais transparentes de controle social sobre o Poder Judicante. Por exemplo: todos os 
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob 
pena de nulidade (CRFB/88, art. 93, IX); a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado 
férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver 
expediente forense normal, juízes em plantão permanente (CRFB/88, art. 93, XII); o número de 
juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva 
população (CRFB/88, art. 93, XIII); a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de 
jurisdição (CRFB/88, art. 93, XV). 
 
1. DISPOSIÇÕES GERAIS 
1.1. Princípios fundamentais do Poder Judiciário 
A jurisdição, como função estatal de dirimir conflitos interindividuais, é informada por 
alguns princípios fundamentais: I – investidura; II – aderência ao território; III – indelegabilidade; 
IV – inevitabilidade; V – inafastabilidade ou indeclinabilidade; VI – princípio do juiz natural e VII 
– princípio da inércia. 
O princípio da investidura – a jurisdição somente é exercida por quem tenha sido 
regularmente e legitimamente investido na autoridade de juiz, em regra por concurso público; 
O princípio da aderência ao território – os magistrados somente têm autoridade nos 
limites territoriais do Estado; 
O princípio da indelegabilidade – é vedado ao juiz, que exerce atividade pública, delegar 
as suas funções a outra pessoa ou mesmo a outro Poder estatal; 
O princípio da inevitabilidade – significa que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo 
emanação do próprio poder estatal soberano, impõe-se por si mesma, independentemente da 
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vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados do processo (posição de 
sujeição/submissão); 
O princípio da inafastabilidade ou indeclinabilidade – segundo o qual a todos é 
possibilitado o acesso ao Judiciário em busca da solução de suas situações litigiosas e conflitos de 
interesses em geral, bem assim para a administração de interesses privados pela jurisdição 
voluntária (art. 5º, XXXV, da CRFB/88); 
O princípio do juiz natural – assegura que ninguém pode ser privado do julgamento por 
juiz independente e imparcial, indicado pelas normas constitucionais e legais, proibidos os 
juízos/tribunais de exceção (art. 5º, XXXVII, da CRFB/88); 
O princípio da inércia – em regra, as partes têm que tomar a iniciativa de pleitear a tutela 
jurisdicional. 
1.2. Ingresso na Carreira 
O Constituinte ao prever no caput do art. 93 da Constituição Federal a edição de Lei 
Complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal dispondo sobre o estatuto da 
magistratura, impõe que tal lei observe, entre outros princípios, o do acesso aos cargos públicos 
mediante concurso. 
Para ingressar na carreira de juiz (magistratura), o cargo inicial será o de juiz substituto, 
mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do 
Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade 
jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação. 
De acordo com art. 78 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Lei complementar nº 35, 
de 14 de marco de 1979), o ingresso na Magistratura de carreira dar-se-á mediante nomeação, após 
concurso público de provas e títulos, organizado e realizado com a participação do Conselho 
Secional da Ordem dos Advogados do Brasil. A lei pode exigir dos candidatos, para a inscrição no 
concurso, título de habilitação em curso oficial de preparação para a Magistratura. Além disso, 
os candidatos serão submetidos a investigação relativa aos aspectos moral e social, e a exame de 
sanidade física e mental, e serão indicados para nomeação, pela ordem de classificação, candidatos 
em número correspondente às vagas, mais dois, para cada vaga, sempre que possível. 
Cumpre destacar que o juiz, no ato da posse, deverá apresentar a declaração pública de seus 
bens, e prestará o compromisso de desempenhar com retidão as funções do cargo, cumprindo a 
Constituição e as leis. 
1.3. Promoção na carreira 
Conforme art. 93, II da CRFB/88, a promoção de entrância para entrância, alternadamente, 
por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: 
A priori é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco 
alternadas em lista de merecimento. A promoção por merecimento pressupõe dois anos de 
exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade 
desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. Cumpre destacar que a 
aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e 
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presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou 
reconhecidos de aperfeiçoamento. 
Com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004, passou-se a entender que na 
apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto 
fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada 
ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação. 
Contudo, não se pode olvidar, que não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos 
em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou 
decisão. Para ajudar na fixação do conteúdo, vejamos o quadro a seguir: 
A PROMOÇÃO É DE ENTRÂNCIA PARA ENTRÂNCIA, ALTERNADAMENTE, 
POR ANTIGUIDADE E MERECIMENTO, DA SEGUINTE FORMA: 
MERECIMENTO 
Se juiz estiver na lista por três vezes consecutivas ou cinco vezes alternadas, será 
obrigatoriamente promovido. 
Juiz tem de ter no mínimo dois anos na entrância e deve integrar a quinta parte entre os mais 
antigos, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. 
Para aferir merecimento, deve ser utilizado critérios objetivosde produtividade e presteza 
no exercício da jurisdição e frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos 
de aperfeiçoamento. 
ANTIGUIDADE 
O Tribunal só pode recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de 2/3 dos membros, 
assegurada ampla defesa. 
1.4. Garantias e vedações 
As garantias conferidas aos juízes encontram-se estabelecidas no artigo 95 da Constituição 
Federal: 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, 
nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial 
transitada em julgado; 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; 
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
A vitaliciedade significa que o magistrado, depois de transcorrido o período de dois anos 
desde sua assunção ao cargo com o correspondente exercício, somente o perderá em decorrência de 
sentença judicial transitada em julgado, em processo adequado onde lhe seja assegurado o direito de 
ampla defesa e de contraditório. A vitaliciedade não se confunde com a estabilidade comum do 
servidor público. A estabilidade do funcionário público, diferentemente da do juiz, é no serviço, e 
não no cargo. Assim, os juízes e membros do Ministério Público tornam-se vitalícios após 2 anos de 
efetivo exercício, enquanto os servidores tornam-se estáveis após 3 anos de efetivo exercício. 
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ANTES de ser vitalício APÓS adquirir vitaliciedade 
Deliberação do Tribunal a que o juiz está vinculado. Sentença judicial transitada em julgado. 
Cumpre destacar que para se tornar vitalício, juiz tem de participar, obrigatoriamente, de 
curso oficial de preparação e aperfeiçoamento na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento 
de Magistrados (ENFAM). 
A inamovibilidade consiste em não poder o magistrado ser removido de sua sede de 
atividade para outra sem o seu prévio consentimento, salvo em decorrência de incontestável 
interesse público, e de igual modo assegurada ampla defesa. A remoção, disponibilidade e 
aposentadoria do magistrado, por interesse público, serão decididas pelo voto de maioria absoluta 
do respectivo Tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa. 
 Segundo o Supremo Tribunal Federal : “A inamovibilidade é, nos termos do art. 95, II, da 
CF, garantia de toda a magistratura, alcançando não apenas o juiz titular como também o substituto. 
O magistrado só poderá ser removido por designação, para responder por determinada vara ou 
comarca ou para prestar auxílio, com o seu consentimento, ou, ainda, se o interesse público o exigir, 
nos termos do inciso VIII do art. 93 do Texto Constitucional.: (MS 27.958, rel. min. Ricardo 
Lewandowski, julgamento em 17-5-2012, Plenário, DJE de 29-8-2012.) 
A irredutibilidade de subsídios é a terceira garantia que a Constituição oferece ao 
magistrado. Com efeito, a mera hipótese de o magistrado sofrer redução em seu salário em 
decorrência de algum ato judicial implicaria em motivo de inibição no exercício da judicatura. 
Já as atividades proibidas aos juízes encontram-se estabelecidas no parágrafo único do art. 
95 da Constituição Federal. Assim, é vedado aos juízes: 
 exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de 
magistério; 
 receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação no processo; 
 receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, 
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
 dedicar-se à atividade político-partidária; 
 exercer a advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 
três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. É a chamada 
quarentena de saída. 
ATENÇÃO: Para entrar (ingressar) no Judiciário, o magistrado tem de possuir pelo menos 03 anos de atividade 
jurídica. Quando sair do Judiciário, tem de ficar pelo menos 03 anos sem advogar no local em que trabalhava como 
juiz. 
1.5. Quinto Constitucional 
Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e 
do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de 
dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com 
mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de 
representação das respectivas classes. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, 
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enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes 
para nomeação. 
Requisitos exigidos para ocupar vaga pelo QUINTO CONSTITUCIONAL 
Ministério Público  Mais de 10 anos de carreira. 
Advogado  Notório saber jurídico; 
 Reputação ilibada; 
 Mais 10 anos de atividade profissional. 
É do Poder Executivo a escolha de um dos nomes que estão na lista tríplice. Se o Tribunal 
for estadual, quem escolhe é o Governador; se o Tribunal for Federal, quem escolhe é o Presidente 
da República. 
Além disso, cada Tribunal deve: 
a) elaborar seu regimento interno e eleger seus órgãos diretivos; 
b) prover os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; 
c) propor a criação de novas varas; 
d) prover, por concurso público, os cargos necessários à administração da Justiça (ex: Analista, 
técnico), exceto os de confiança (que não precisam de concurso); 
O Supremo Tribunal Federal, os Tribunais Superiores e os Tribunais de Justiça devem 
propor ao Legislativo: a alteração do número de membros dos Tribunais inferiores, a criação de 
cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares, em como a fixação de subsídio de seus 
membros e dos juízes; a criação ou extinção dos Tribunais inferiores e a alteração da organização e 
da divisão judiciárias. 
 
2. ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO 
 De acordo com art. 92 da CRFB/88 são órgãos do Poder Judiciário: 
 o Supremo Tribunal Federal; 
 o Conselho Nacional de Justiça; 
 o Superior Tribunal de Justiça; 
 os Tribunais Regionais Federais e os Juízes Federais; 
 os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
 os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
 os Tribunais e Juízes Militares; 
 os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
Para auxiliá-los na memorização, em sede de concurso público, vejamos Organograma do 
Poder Judiciário abaixo: 
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O Supremo Tribunal Federal não é Tribunal Superior. O Supremo Tribunal Federal e os 
Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional. A 
Justiça Desportiva não integra o Poder Judiciário. É um órgão administrativo. 
O Conselho Nacional de Justiça tem sede na Capital Federal, mas não tem jurisdição. 
Embora esteja entre os órgãos do Poder Judiciário, o ConselhoNacional de Justiça não tem 
competências jurisdicionais. 
2.1. Supremo Tribunal Federal 
O art. 101 da CRFB/88 o Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, 
escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, 
de notável saber jurídico e reputação ilibada. Não se pode olvidar, que conforme estabelecido no 
art. 12, § 3º, IV da CRFB/88, que o cargo Ministro do Supremo Tribunal Federal é privativos de 
brasileiro nato. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da 
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. 
 
Para o Supremo Tribunal Federal não há elaboração de lista tríplice ou sêxtupla. Para o 
Supremo Tribunal Federal não há vagas para quinto constitucional. 
O STF tem a função precípua de guardar a Constituição. Entretanto, a jurisdição 
constitucional não é privativa desse Tribunal, pois além do controle concentrado (exercido 
STF
STJ
TJs
Juízes dos 
Estados
TRFs
Juízes 
Federais
TSE
TREs
Juízes 
Eleitorais
TST
TRTs
Juízes do 
Trabalho
STM
TM
Juízes 
Militares
Presidende da República
indica, depois submete o 
nome ao Senado Federal
Presidende da República
indica, depois submete o 
nome ao Senado Federal
Senado Federal para que 
ele aprove por maioria 
absoluta
Senado Federal para que 
ele aprove por maioria 
absoluta
Se Senado Federal aprovar 
o nome, Presidende da 
República nomeia o 
escolhido
Se Senado Federal aprovar 
o nome, Presidende da 
República nomeia o 
escolhido
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exclusivamente pela Corte Máxima), nossa Carta Magna instituiu o controle difuso de 
constitucionalidade, permitindo que outros tribunais apreciem a constitucionalidade de normas 
avaliando casos concretos. 
Embora a Constituição de 1988 não autorize o STF a editar normas regimentais sobre 
processo e decisão, admite-se, até a promulgação de novas leis processuais, a aplicação do 
Regimento Interno do STF na regulamentação do processo perante a Corte Suprema, com base no 
princípio da continuidade da ordem jurídica. Isso porque a Lei 8.038/90, embora tenha disciplinado 
alguns aspectos do processo perante o STF e o STJ, não disciplinou, de forma completa, o processo 
perante o STF. 
No que se refere à estrutura interna do Supremo Tribunal Federal, cada Ministro integra, 
formalmente, uma das duas Turmas. As Turmas têm competências idênticas. Os processos são 
distribuídos aos Ministros-Relatores, não às Turmas. O Presidente de cada Turma é escolhido pelo 
critério de antiguidade. 
O Presidente do STF é eleito diretamente pelos seus pares para um mandato de dois anos, 
sendo vedada a reeleição. Tradicionalmente, são eleitos para os cargos de Presidente e Vice-
Presidente os dois Ministros mais antigos que ainda não os exerceram. 
2.1.1. Competência do Supremo Tribunal Federal 
A mais importante competência do Supremo Tribunal Federal é ser ‘o Guardião da 
Constituição Federal’. 
O Supremo Tribunal Federal apresenta competências originárias e recursais, todas elas 
taxativamente arroladas na Constituição. Nas originárias, trata de questões decididas apenas por ele, 
sendo acionado diretamente e julgando em única instância. Essas competências estão previstas no 
art. 102 da CRFB: 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação 
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do 
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; 
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os 
membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão 
diplomática de caráter permanente; 
d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o 
mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral 
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da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; 
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito 
Federal ou o Território; 
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e 
outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; 
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; 
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for 
autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo 
Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; 
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; 
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; 
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de 
atribuições para a prática de atos processuais; 
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e 
aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam 
direta ou indiretamente interessados; 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre 
Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; 
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; 
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do 
Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, 
das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos 
Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal; 
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério 
Público; 
II - julgar, em recurso ordinário: 
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção 
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; 
b) o crime político; 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última 
instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
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c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrentedesta Constituição, será 
apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. 
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas 
de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia 
contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à 
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões 
constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão 
do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. 
Dentre as competências do Supremo Tribunal Federal, uma das mais cobradas em prova é 
aquela para julgar o Presidente da República nas infrações penais comuns. No caso de ações civis, a 
Corte Suprema tem competência para julgar o “habeas data” e o mandado de segurança contra atos 
do Chefe do Executivo, mas não a de julgar ação popular contra o mesmo. Isso porque o rol do art. 
102 da Constituição é exaustivo. Assim, só́ pode a Corte julgar ações populares em dois casos: 
 Caso todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados na ação; 
 Caso a demanda envolva conflito entre a União e Estado-membro. 
Na competência recursal, o Supremo decide matérias a ele submetidas por meio de recurso 
ordinário ou extraordinário. Analisa, então, a questão em última instância, proferindo a palavra final 
a respeito. O STF tem competência recursal ordinária para julgar: 
RECURSO ORDINÁRIO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 O “habeas-corpus”, o mandado de 
segurança, o “habeas-data” e o mandado de 
injunção decididos em única instância pelos 
Tribunais Superiores, se denegatória a 
decisão; 
 
 O crime político. 
 As causas decididas em ÚNICA ou 
ÚLTIMA instância, quando a decisão 
recorrida: 
a) contrariar dispositivo da Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou 
lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local 
contestado em face desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de 
lei federal. 
 
REQUISITOS DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 O recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no 
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caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente 
podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros; 
 Ofensa direta à Constituição 
Destaca-se que o recurso extraordinário é meio excepcional de impugnação de decisões 
judiciais, não equivalendo a um terceiro ou um quarto grau de jurisdição. Busca, somente, 
resguardar a Constituição. Questões de natureza meramente processual ou de âmbito 
infraconstitucional não lhe dão ensejo, ainda que, por via reflexa, atentem contra a Carta Magna 
(STF, RE 236.333/DF, 14.09.1999). 
No que se refere à repercussão geral, requisito do recurso extraordinário, podemos 
conceitua-la como um “filtro” que serve para impedir que o Supremo aprecie recursos 
extraordinários insignificantes social, econômica, política ou juridicamente. Essa exigência foi 
criada pela EC 45/2004 com o objetivo de livrar o Supremo de demandas irrelevantes para a 
sociedade brasileira, deixando a Corte disponível para julgar aquilo que realmente interessa para o 
Brasil. 
Na análise da repercussão geral, o Supremo Tribunal Federal seleciona um recurso 
extraordinário como modelo e, a partir dele, analisa se a matéria é relevante social, econômica, 
política ou juridicamente. Após a admissão do recurso extraordinário (não havendo a recusa por 
dois terços dos Ministros do STF), tem início a pré-triagem. Nessa fase, todos os recursos que 
estiverem tramitando nos tribunais de origem passam a aguardar a decisão da Corte sobre o tema. 
Realizado o julgamento, a decisão do STF deverá ser aplicada pelos próprios tribunais de origem, 
sem necessidade de envio para o Tribunal Superior. 
2.1.2. Conselho Nacional de Justiça – CNJ 
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é composto por 15 conselheiros, nomeados pelo 
Presidente da República, após aprovação feita pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo nove 
magistrados, dois membros do Ministério Público, dois advogados e dois cidadãos de notável saber 
jurídico e reputação ilibada. 
COMPOSIÇÃO 
01 
Presidente do Supremo Tribunal 
Federal 
 
01 
Ministro do Superior Tribunal de 
Justiça 
indicado pelo Superior Tribunal de Justiça 
01 
Ministro do Tribunal Superior do 
Trabalho 
indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho 
01 
Desembargador de Tribunal de 
Justiça 
indicado pelo Supremo Tribunal Federal 
01 Juiz estadual (1ª instância) 
01 Juiz de TRF (2ª instância) indicado pelo Superior Tribunal de Justiça 
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01 Juiz federal 
01 Juiz de TRT (2ª instância) 
indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho 
01 Juiz do Trabalho 
01 
Membro do Ministério Público da 
União 
indicado pelo Procurador Geral da República 
01 
Membro do MP dos Estados, 
escolhido pelo PGR, dentre os 
indicados pelo órgão competente de 
cada MP estadual 
 
02 Advogados indicados pelo Conselho Federal da OAB 
02 
Cidadãos de notório saber jurídico e 
reputação ilibada 
indicados: 01 pelo Senado Federal e um pela Câmara 
dos Deputados 
O Conselho Nacional de Justiça, introduzido pela EC 45/04 (Reforma do Judiciário), visa 
aperfeiçoar o trabalho do sistema judiciário, principalmente no que diz respeito ao controle e à 
transparência administrativa e processual. Os conselheiros têm mandato de dois anos. Entre os 
direitos e deveres dos conselheiros, estabelecidos pelo Regimento Interno do CNJ, estão, entre 
outros: 
 Elaborar projetos, propostas ou estudos sobre matérias de competência do CNJ e apresentá-
los nas sessões plenárias ou reuniões de Comissões, observada a pauta fixada pelos 
respectivos Presidentes; 
 Requisitar de quaisquer órgãos do Poder Judiciário, do CNJ e de outras autoridades 
competentes as informações e os meios que considerem úteis para o exercício de suas 
funções; 
 Propor à Presidência a constituição de grupos de trabalho ou Comissões necessários à 
elaboração de estudos, propostas e projetos a serem apresentados ao Plenário do CNJ; 
 Propor a convocação de técnicos, especialistas, representantes de entidades ou autoridades 
para prestar os esclarecimentos que o CNJ entenda convenientes; 
 Pedir vista dos autos de processos em julgamento. 
 Participar das sessões plenárias para as quais forem regularmente convocados; 
 Despachar, nos prazos legais, os requerimentos ou expedientes que lhes forem dirigidos; 
 Desempenhar as funções de Relator nos processos que lhes forem distribuídos. 
Cumpre destacar que, a redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009, que 
passou a estabelecer que o Conselho Nacional de Justiça será presidido pelo Presidente do Supremo 
Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal 
Federal. Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de 
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. 
2.1.3.Superior Tribunal de Justiça 
Criado pela Constituição de 1988, o Superior Tribunal de Justiça nasceu da necessidade 
de desafogar o Supremo Tribunal Federal, que antes era competente para cuidar tanto da matéria 
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constitucional, quanto da infraconstitucional. Sua missão principal é zelar pela correta aplicação da 
legislação federal e evitar decisões conflitantes entre os Tribunais de todo o Brasil. 
O artigo 104 da CRFB/88 estabelece que o Superior Tribunal de Justiça será composto de 
no mínimo 33 Ministros. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo 
Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e 
cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela 
maioria absoluta do Senado Federal, sendo: 
 Um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais; 
 Um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice 
elaborada pelo próprio Tribunal; 
 Um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, 
Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94. 
2.1.3.1. Competência do Superior Tribunal de Justiça 
É bastante extensa a competência do Superior Tribunal de Justiça. Ele detém tanto 
competência originária (as ações começam lá), quanto competência recursal (as ações se iniciam na 
1ª ou 2ª instância). O art. 105 estabelece o seguinte: 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de 
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, 
os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais 
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou 
Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante 
tribunais; 
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes 
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; 
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea 
"a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da 
Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", 
bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais 
diversos; 
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; 
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; 
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre 
autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as 
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deste e da União; 
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, 
entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de 
competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da 
Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; 
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; 
II - julgar, em recurso ordinário: 
a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais 
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; 
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou 
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; 
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do 
outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e 
Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. 
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras 
funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; 
II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão 
administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central 
do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. 
Destaca-se que, assim como ocorre com o STF, as competências do STJ também são 
taxativas. Somente por emenda constitucional estas poderão ser reduzidas ou ampliadas. 
O STJ apresenta as seguintes competências recursais: 
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O recurso especial, assim como o recurso extraordinário (do STF), apresenta vários 
pressupostos de admissibilidade. As questões debatidas já́ deverão ter sido apreciadas pelo Tribunal 
de origem. Além disso, somente cabe recurso especial das causas apreciadas pelos Tribunais 
Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal ou dos Territórios. Assim, 
considerando que as Turmas Recursais não podem ser consideradas Tribunais, não cabe recurso 
especial das suas decisões (Súmula 203/STJ). 
 
Cumpre destacar que funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: 
 a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre 
outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; 
 o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão 
administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão 
central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. 
RECURSO 
ORDINÁRIO 
RECURSO 
ORDINÁRIO 
Os "habeas-corpus" decididos em única ou útima 
instâ̂ncia pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos 
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, 
quando a decisão for denegatória; 
Os "habeas-corpus" decididos em única ou útima 
instâ̂ncia pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos 
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, 
quando a decisão for denegatória; 
Os mandados de segurança decididos em única instância 
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando 
denegatória a decisão; 
Osmandados de segurança decididos em única instância 
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando 
denegatória a decisão; 
As causas em que forem partes Estado estrangeiro ou 
organismo internacional, de um lado, e, do outro, 
Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
As causas em que forem partes Estado estrangeiro ou 
organismo internacional, de um lado, e, do outro, 
Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
RECURSO 
ESPECIAL 
RECURSO 
ESPECIAL 
Que der a lei federal 
interpretação divergente da 
que lhe haja atribuído outro 
tribunal 
Que der a lei federal 
interpretação divergente da 
que lhe haja atribuído outro 
tribunal 
Contrariar tratado ou lei 
federal, ou negar-lhes 
vigência 
Contrariar tratado ou lei 
federal, ou negar-lhes 
vigência 
Julgar válido ato de governo 
local contestado em face de 
lei federal 
Julgar válido ato de governo 
local contestado em face de 
lei federal 
Julgar as causas decididas, 
em única ou última instância, 
pelos Tribunais Regionais 
Federais ou pelos tribunais 
dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, quando 
a decisão recorrida: 
Julgar as causas decididas, 
em única ou última instância, 
pelos Tribunais Regionais 
Federais ou pelos tribunais 
dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, quando 
a decisão recorrida: 
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2.1.4. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais 
São órgãos da Justiça Federal: 
 os Tribunais Regionais Federais; 
 os Juízes Federais. 
Os Tribunais Regionais Federais, também chamados TRF’s, foram criados pela 
Constituição de 1988. Eles atuam como segunda instância no âmbito da Justiça Federal. Existem, 
atualmente, cinco TRF’s, divididos em diferentes regiões (TRF/1ª Região, TRF/2ª Região etc), 
abrangendo, cada uma, algumas unidades da federação. 
Conforme art. 107 da CRFB/88, os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no 
mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente 
da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo um 
quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do 
Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira; 
Os demais membros devem ser juízes federais de carreira, com mais de cinco anos de 
exercício, promovidos, alternadamente, por antiguidade e merecimento. 
A Constituição Federal previu que tanto os TRF’s quanto os Tribunais de Justiça deveriam 
instalar a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade 
jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos 
e comunitários. 
Para melhor atender aos jurisdicionados, alcançando os locais mais distantes, a EC 45/04 
estabeleceu que os TRF’s poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras 
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do 
processo. 
De acordo com art. 108 da CRFB/88, compete aos Tribunais Regionais Federais: 
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do 
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da 
União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região; 
c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; 
d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal; 
e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; 
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no 
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exercício da competência federal da área de sua jurisdição. 
De acordo com art. 109 da CRFB/88, compete os juízes federais processar e julgar: 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na 
condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho 
e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; 
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa 
domiciliada ou residente no País; 
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo 
internacional; 
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse 
da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e 
ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; 
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, 
o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; 
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema 
financeiro e a ordem econômico-financeira; 
VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento 
provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; 
VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os 
casos de competência dos tribunais federais; 
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça 
Militar; 
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, 
após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à 
nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; 
XI - a disputa sobre direitos indígenas. 
Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004, o § 5º do art. 109 da CRFB/88, 
estabelece que nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da 
República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados 
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o 
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Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de 
deslocamento de competência para a Justiça Federal. 
2.1.5. Tribunais e Juízes do Trabalho 
São órgãos da Justiça do Trabalho: 
 o Tribunal Superior do Trabalho; 
 os Tribunais Regionais do Trabalho; 
 Juízes do Trabalho. 
2.1.5.1. Tribunal Superior do Trabalho 
O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre 
brasileiros com mais de trintae cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente 
da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: 
 um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e 
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, 
observado o disposto no art. 94; 
 os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da 
carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. 
A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. Em conformidade com 
o § 2º do art. 111-A da CRFB/88, funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: 
 a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-
lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na 
carreira; 
 o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a 
supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de 
primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito 
vinculante. 
A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua 
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do 
Trabalho. 
A redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004, no art. 114 da CRFB/88 passou 
a estabelecer a competência da Justiça do Trabalho processar e julgar. 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da 
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
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II – as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e 
entre sindicatos e empregadores; 
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver 
matéria sujeita à sua jurisdição 
V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no 
art. 102, I, o; 
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de 
fiscalização das relações de trabalho; 
VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus 
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
2.1.6. Tribunais Regionais do Trabalho 
Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, 
quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros 
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: 
 um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e 
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, 
observado o disposto no art. 94; 
 os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, 
alternadamente. 
Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de 
audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva 
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 
Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo 
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases 
do processo. 
2.1.7. Tribunais e Juízes Eleitorais 
A Justiça Eleitoral é um órgão de jurisdição especializada que integra o Poder Judiciário e 
cuida da organização do processo eleitoral (alistamento eleitoral, votação, apuração dos votos, 
diplomação dos eleitos, etc.). Logo, trabalha para garantir o respeito à soberania popular e à 
cidadania. 
Os órgãos da Justiça Eleitoral são: 
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 Tribunal Superior Eleitoral (TSE); 
 Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s); 
 Juízes Eleitorais; 
 Juntas Eleitorais. 
2.1.7.1. Tribunal Superior Eleitoral 
Tribunal Superior Eleitoral é composto de, no mínimo, 7 membros (juízes), assim escolhidos: 
 três, dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
 dois, dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; 
 dois, por nomeação do Presidente da República, dentre seis advogados de notável saber 
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. 
O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros 
do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de 
Justiça. O Corregedor Eleitoral será um dos Ministros que vêm do Superior Tribunal de Justiça. 
2.1.7.2. Tribunal Regional Eleitoral 
Conforme se extrai da Carta Constitucional, haverá um Tribunal Regional Eleitoral na 
Capital de cada Estado e no Distrito Federal. 
Cada Tribunal Regional Eleitoral será composto de 7 juízes, que serão escolhidos mediante 
eleição, pelo voto secreto: 
 de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; 
 de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; 
 de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito 
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal 
Regional Federal respectivo; 
 de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados 
pelo Tribunal de Justiça, que serão nomeados pelo Presidente da República. 
O Presidente e o Vice-Presidente do TRE serão eleitos entre os Desembargadores. 
2.1.8. Tribunais e Juízes Militares 
Os órgãos da Justiça Militar são: 
 Superior Tribunal Militar (STM); 
 Tribunais e Juízes Militares instituídos em lei. 
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O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo 
Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre 
oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-
generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis. 
Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros maiores 
de trinta e cinco anos, sendo: 
 Três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos 
de efetiva atividade profissional; 
 Dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da 
Justiça Militar. 
Para a investidura no cargo de ministro do Superior Tribunal Militar, não é invocável a 
norma do art. 93, inciso IV da Constituição, que limita em 65 anos a idade do nomeado, pois tal 
norma tem por escopoestabelecer o tempo mínimo do exercício da judicatura para efeito de 
aposentadoria facultativa aos trinta anos. O art. 123 da Carta não reproduz a norma, em relação ao 
STM. (MS 20.930, Rel. Min. Carlos Madeira, julgamento em 29-6-1989, Plenário, DJ de 28-6-
1991.) 
O art. 123 da Constituição dá ensejo a que se admita como efetiva atividade profissional, o 
exercício da advocacia tal como previsto no art. 71 do Estatuto da Ordem dos Advogados, não 
cabendo restringi-la à advocacia forense. Por outro lado, a efetiva atividade profissional, de que 
cuida a Constituição, não pode ser concebida como exercício do qual não seja permitido o 
afastamento eventual do advogado, ainda que para investir-se em cargo ou função pública 
temporários. (MS 20.930, Rel. Min. Carlos Madeira, julgamento em 29-6-1989, Plenário, DJ de 28-
6-1991.) 
2.1.9. Tribunais e Juízes dos Estados 
Dispõe o art. 125 da CRFB/88 que os Estados organizarão sua Justiça, observados os 
princípios estabelecidos nesta Constituição. Quem define a competência dos Tribunais de Justiça é 
a Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. 
Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos 
normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da 
legitimação para agir a um único órgão. 
O controle concentrado de constitucionalidade é feito, em âmbito federal, somente pelo 
Supremo Tribunal Federal, que pode questionar a constitucionalidade de normas federais e 
estaduais frente à Constituição do Federal. 
Nos estados, esse controle cabe ao Tribunal de Justiça, que pode questionar normas 
estaduais e municipais frente à Constituição Estadual. No art. 103, a Constituição do Federal 
garante a legitimidade para o manejo dos mecanismos de controle concentrado, em âmbito 
federal. Em relação aos Estados, a Constituição do Federal deixa para que a Constituição 
Estadual defina quem são os legitimados para o ajuizamento dessas ações de controle 
concentrado, ressalvando, apenas, que não pode haver um só legitimado. 
A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar 
estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito (CRFB/88, art. 125, § 3º) e pelos 
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Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de 
Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. 
A Justiça Militar dos Estados, de forma diversa da Justiça Militar da União, não julga civis 
em nenhuma hipótese, mas apenas os militares dos Estados, que são os integrantes das Polícias 
Militares, observada a competência estabelecida no § 4º do art. 125 da Constituição Federal, que 
prevê competir à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes 
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a 
competência do júri quando a vítima não for militar, cabendo ao Tribunal de Justiça ou ao Tribunal 
de Justiça Militar, conforme o caso, decidir sobre a perda do posto e da patente dos Oficiais e da 
graduação das Praças. 
Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os 
crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, 
cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais 
crimes militares. 
O Tribunal de Justiça também poderá funcionar descentralizadamente, constituindo 
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases 
do processo. 
De igual modo, também o Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a 
realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da 
respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 
A fim de buscar a solução para os frequentes conflitos nessa área, a EC 45/04 estabeleceu 
que para dirimir conflitos fundiários, o TJ proporá a criação de varas especializadas, com 
competência exclusiva para questões agrárias. 
Por fim, cabe referir que a Justiça comum estadual tem competência residual. Ou seja, se 
a competência não estiver definida como sendo de uma das justiças especializadas (militar, eleitoral 
e trabalhista), nem da justiça federal, a competência será da Justiça comum estadual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
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1. (FCC/TRE/2015) Consideração as seguintes assertivas: 
I. A vedação constante do texto constitucional que obsta os magistrados a se dedicarem a atividades 
político-partidárias não se estende aos advogados ou cidadãos investidos como membros do 
Conselho Nacional de Justiça. 
II. É assegurado constitucionalmente caráter vinculante às decisões do Conselho da Justiça Federal, 
que funciona junto ao Superior Tribunal de Justiça. 
III. Não se encontra sujeita à reserva de lei a regu- lamentação dos cursos oficiais para o ingresso e 
promoção na carreira da magistratura a serem desenvolvidos pela Escola Nacional de Formação e 
Aperfeiçoamento de Magistrados, que funciona junto ao Superior Tribunal de Justiça. 
IV. A vedação constante do texto constitucional que obsta os magistrados a se dedicarem a 
atividades político-partidárias não tem aplicação aos juízes de paz. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) II, III e IV. 
c) II e IV. 
d) I e III. 
e) II e III. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 105, parágrafo único, II, da CRFB/88, funcionarão 
junto ao Superior Tribunal de Justiça (...) o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na 
forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo 
graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter 
vinculante. 
Gabarito – Alternativa B. 
 
2. (FCC/TRT/2014) Sob o fundamento de que juízes de primeira instância, 
independentemente do estágio da carreira em que estejam, exercem idêntica atividade 
jurisdicional, a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho de determinada região 
pretende obter, judicialmente, a equiparação da remuneração percebida por juízes 
substitutos e titulares, de forma a beneficiar seus associados. A competência para o 
julgamento de causa dessa natureza seria 
 a) do Superior Tribunal de Justiça. 
 b) do Supremo Tribunal Federal. 
 c) da Justiça Federal da região respectiva. 
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 d) do Tribunal Regional Federal da região respectiva. 
 e) do Tribunal Regional do Trabalho da região respectiva. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 102, I, “n” e “o”, da CRFB/88, compete ao Supremo 
Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, 
originariamente: “n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou 
indiretamente interessados,e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem 
estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados; o) os conflitos de competência 
entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre 
estes e qualquer outro tribunal”. 
Gabarito – Alternativa B. 
 
3. (FCC/TCO/2013) Processar e julgar originariamente nos crimes comuns e nos crimes de 
responsabilidade os membros dos Tribunais de Contas dos Estados é competência do 
a) Tribunal de Justiça do Estado e Superior Tribunal de Justiça, respectivamente. 
b) Supremo Tribunal Federal. 
 c) Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, respectivamente. 
 d) Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, respectivamente. 
 e) Superior Tribunal de Justiça. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 105, I, a, da CRFB/88, ompete ao Superior Tribunal de 
Justiça processar e julgar, originariamente nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do 
Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça 
dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito 
Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, 
os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da 
União que oficiem perante tribunais. 
Gabarito – Alternativa E. 
 
4. (FCC/MPE/2014) Habeas corpus impetrado em favor de membro de Tribunal Regional do 
Trabalho que figure como réu em ação penal será de competência originária do 
a) Juiz Federal. 
b) Supremo Tribunal Federal. 
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c) Superior Tribunal de Justiça. 
d) Tribunal Regional do Trabalho. 
e) Tribunal Regional Federal. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 105, I, c, da CRFB/88, compete ao Superior Tribunal 
de Justiça, processar e julgar, originariamente: “a) nos crimes comuns, os Governadores dos 
Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos 
Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos 
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais 
Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os 
do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais. (...) c) os habeas corpus, quando o 
coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea ‘a’, ou quando o coator for 
tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou 
da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 
Gabarito – Alternativa C. 
 
5. (FCC/TRF/2014) Considere as seguintes situações processuais: 
I. causa entre Estado estrangeiro e pessoa domiciliada na República Federativa do Brasil. 
II. ação rescisória de julgados dos Tribunais Regionais Federais. 
III. homologação de sentenças estrangeiras. 
A competência para processamento e julgamento, nas situações em questão, é atribuída, pela 
Constituição da República, respectivamente, a 
a) Tribunais Regionais Federais, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal. 
b) Juízes federais, Tribunais Regionais Federais e Superior Tribunal de Justiça. 
c) Juízes federais, Superior Tribunal de Justiça e Tribunais Regionais Federais. 
d) Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais Federais e Juízes federais. 
e) Supremo Tribunal Federal, Tribunais Regionais Federais e Superior Tribunal de Justiça. 
COMENTÁRIOS: 
I. CRFB/88, art. 109, II – Aos juízes federais compete processar e julgar: “II - as causas entre 
Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no 
País” 
II. CRFB/88, art. 108, I, “b” – Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, 
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originariamente: (...) b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes 
federais da região. 
II. CRFB/88, art. 105, I, “i” – Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...) i) a homologação de 
sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias 
Gabarito – Alternativa B. 
 
6. (FCC/TRF/2014) Os tribunais do país estão, em regra, sujeitos em sua composição ao 
chamado quinto constitucional, que vem a ser o preenchimento de um quinto de seus cargos 
distribuídos igualmente entre advogados e membros do Ministério Público. Configuram 
EXCEÇÕES ao quinto constitucional: 
a) Superior Tribunal de Justiça e Tribunais Regionais Federais. 
b) Tribunal Superior do Trabalho e Tribunal Superior Eleitoral. 
c) Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e Tribunal Superior Eleitoral. 
d) Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça. 
e) Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior do Trabalho. 
COMENTÁRIOS: De acordo com art. 94, da CRFB/88, um quinto dos lugares dos Tribunais 
Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto 
de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório 
saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, 
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
Gabarito – Alternativa C. 
 
7. (FCC/TRF/2014) Considere as seguintes situações: 
I. Após sete anos de exercício da função, em primeiro grau, um juiz perde o cargo, mediante 
sentença judicial transitada em julgado. 
II. É determinada a remoção de certo magistrado, contrariamente à sua vontade, por motivo de 
interesse público, conforme decisão do voto da maioria absoluta do tribunal a que pertence. 
III. Determinado magistrado, membro de Tribunal de Justiça estadual, sofre redução em seu 
subsídio mensal, a fim de que este seja adequado ao valor fixado para o do Governador do Estado. 
Seria incompatível com a Constituição da República, por infringir garantia que esta expressamente 
outorga aos juízes, o que consta em 
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a) I, II e III. 
b) I, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) III, apenas. 
COMENTÁRIOS: De acordo com art. 93, VIII, c/c artigo 95, I, ambos da CRFB/88, o ato de 
remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em 
decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, 
assegurada ampla defesa. Além disso, cumpre destacar que os juízes gozam da garantia da 
vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a 
perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos 
demais casos, de sentença judicial transitada em julgado. 
Gabarito – Alternativa E. 
 
8. (FCC/TRT/2014) Sávio, Deputado Estadual do Maranhão, pretende ajuizar habeas data 
contra ato do Ministro da Economia. A competência para processar e julgar o habeas dataque será ajuizado por Sávio será do 
a) Supremo Tribunal Federal. 
b) Superior Tribunal de Justiça. 
c) Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. 
d) Tribunal Regional Federal da 1ª Região. 
e) Tribunal de Justiça de Brasília. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 105, I, “b” e “c”, compete ao Superior Tribunal de 
Justiça processar e julgar, originariamente: (...) “b) os mandados de segurança e os habeas data 
contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou 
do próprio Tribunal; c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas 
mencionadas na alínea ‘a’, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de 
Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da 
Justiça Eleitoral”. 
Gabarito – Alternativa B. 
 
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9. (FCC/TRT/2014) Renan é Procurador do Ministério Público do Trabalho, atuando no 
Estado do Maranhão. Em decorrência de uma denúncia veiculada junto ao Conselho 
Nacional do Ministério Público é instaurado processo administrativo disciplinar no referido 
Conselho contra Renan. Inconformado com uma decisão proferida no processo disciplinar 
instaurado Renan resolve questioná-la através de Mandado de Segurança. Neste caso, a 
competência para processar e julgar o mandamus será do 
a) Tribunal Superior do Trabalho. 
b) Superior Tribunal de Justiça. 
c) Supremo Tribunal Federal. 
d) Tribunal Regional do Trabalho da 16º Região. 
e) Conselho Nacional da Justiça Federal. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 102, I, “r”, da CRFB/88, compete ao Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe, processar e julgar, 
originariamente as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do 
Ministério Público. 
Gabarito – Alternativa C. 
 
10. (FCC/TRT/2014) Mário é Juiz do Tribunal de Justiça do Maranhão, ocupando atualmente 
o cargo de Juiz Titular de determinada Vara Cível da Comarca de São Luís, figurando como 
o Magistrado mais antigo na Lista de Antiguidade na sua entrância. Aberto concurso de 
promoção para o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão 
pelo critério de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto 
a) fundamentado de no mínimo dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e 
assegurada ampla defesa. 
b) fundamentado da maioria simples de seus membros, conforme procedimento próprio, e 
assegurada ampla defesa. 
c) de no mínimo dois terços de seus membros, mediante procedimento próprio e com voto secreto. 
d) fundamentado de no mínimo metade de seus membros, conforme procedimento próprio, e 
assegurada ampla defesa. 
e) da maioria simples de seus membros, mediante procedimento próprio e com voto secreto. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 93, II, “d”, da CRFB/88, na apuração de antiguidade, o 
tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus 
membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até 
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fixar-se a indicação. 
Gabarito – Alternativa A. 
 
11. (FCC/METRÔ/2014) Albertus, Juiz do Estado de São Paulo, pretende ingressar com 
Mandado de Segurança contra determinado Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça por 
entender que, em processo administrativo em curso perante o citado órgão, sofreu grave 
violação a seu direito líquido e certo. Nos termos da Constituição Federal, o Mandado de 
Segurança deverá ser impetrado perante o 
a) Tribunal de Justiça de São Paulo. 
b) Superior Tribunal de Justiça. 
c) Tribunal Regional Federal da 3a Região. 
d) Supremo Tribunal Federal. 
e) Conselho da Justiça Federal. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 102, I, “r”, da CRFB/88, compete ao Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, 
originariamente, as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do 
Ministério Público. 
Gabarito – Alternativa C. 
 
12. (FCC/TRT/2014) Relativamente ao Poder Judiciário, é correto afirmar: 
a) Todas as decisões e todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário de segunda instância 
serão públicos, sob pena de nulidade 
b) Os juízes gozam da garantia de vitaliciedade, que no primeiro grau, só será adquirida após três 
anos de exercício. 
c) A atividade jurisdicional será ininterrupta, com exceção das férias coletivas nos juízos e tribunais 
de segundo grau, período em que o atendimento será transferido à primeira instância. 
d) Os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero 
expediente sem caráter decisório. 
e) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou antes de 
decorridos cinco anos do afastamento por aposentadoria ou exoneração. 
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COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 93, XIV, da CRFB/88, os servidores receberão 
delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter 
decisório. 
Gabarito – Alternativa D. 
 
13. (FCC/TRT/2014) A empresa X, sediada na cidade de São Paulo, ajuizou mandado de 
segurança perante a Justiça Estadual Paulista contra ato de autoridade da Companhia de 
Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP, objetivando o restabelecimento do 
serviço de água e esgoto em seu imóvel. Recebida a inicial, o Magistrado Estadual declinou a 
competência para processar e julgar o mandado de segurança para a Justiça Federal, 
argumentando que o ato foi praticado por dirigente de pessoa jurídica de direito privado, 
agindo por delegação do Poder Público Federal. Remetidos os autos à Justiça Federal, o 
Magistrado suscitou conflito negativo de competência, argumentando ser incompetente para 
analisar o mandado de segurança, inexistindo ato praticado por autoridade no exercício de 
função delegada federal. Neste caso, o julgamento do conflito de competência negativo 
instaurado caberá ao 
 a) Superior Tribunal de Justiça. 
 b) Supremo Tribunal Federal. 
 c) Tribunal Regional Federal da 3º Região. 
 d) Tribunal de Justiça de São Paulo. 
 e) Conselho Nacional de Justiça. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 105, I, “d”, da CRFB/88, compete ao Superior 
Tribunal de Justiça, processar e julgar, originariamente: “d) os conflitos de competência entre 
quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, ‘o’, bem como entre tribunal e juízes a 
ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos”. 
Gabarito – Alternativa A. 
 
14. (FCC/TRT/2014) Isaura Beatriz de las Nieves, juíza do trabalho do primeiro grau há 15 
anos, nos termos do estatuto constitucional da magistratura, 
a) não pode exercer qualquer outro cargo ou função. 
b) deve proferir suas decisões de modo público e fundamentado, não podendo a lei limitar a 
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados. 
ANDREA

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