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A EDUCAÇÃO FÍSICA E O ESPORTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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RESUMO
 O presente artigo teve por objetivo analisar como o esporte e o brincar se torna importante no desenvolvimento da criança, pois é onde a mesma estimula o cérebro, desenvolve a coordenação motora, as atitudes, relações e emoções que o ato de brincar proporciona. Por tanto foram adotadas a pesquisa qualitativa, bibliográfica e de campo, como técnica de coletas de dados utilizando o questionário com participação de professoras da Escola de Educação Infantil Pingo de Gente. E através dos estudos e pesquisas realizados, a analise sobre os jogos, brinquedos e brincadeiras, consigo sua importância fundamental e significativa no desenvolvimento integral das crianças da Educação Infantil. Abordava-se a importância da brincadeira do faz-de-conta como atividade que promove o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físicos, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo tanto no ambiente familiar, quanto no ambiente escolar. Finalmente reflete-se sobre a brincadeira no contexto pedagógico vivenciado pelas crianças em instituições de educação infantil. O objetivo proposto na realização deste trabalho foi alcançado, pois foi possível perceber como as atividades agem diretamente na aprendizagem dos alunos e como esses recursos são explorados pelos professores em sala de aula.
 Palavra-chave: Brincar, Brincadeiras e Desenvolvimento Infantil.
1 INTRODUÇÃO 
 Realizou-se um estudo sobre os jogos, brinquedos e brincadeiras para o desenvolvimento das crianças no ensino aprendizagem. Foram questionados sobre o brincar no processo de ensino aprendizado, como os educadores utilizam o método, como é feito as avaliações dos alunos e qual o interesse deles na participação das aulas, se criavam oportunidades para as crianças desenvolverem a sua imaginação, criando suas próprias brincadeiras, se participavam ativos na aula mostrando seus conhecimentos já adquiridos e quais eram as dificuldades mais encontradas para aplicar na pratica.
 Portanto este projeto foi de grande relevância para a Educação infantil porque ele proporcionou aos educadores que lecionaram nesse período um conhecimento teórico sobre a contribuição que ofereceu para a qualidade e melhoria da aquisição da leitura e escrita. As atividades são extremamente importantes no aprendizado das crianças, pois são atividades que reúnem, interessam e exige concentração das crianças, os objetivos em relacionar a ludicidade, os jogos e as brincadeiras no desenvolvimento da criança, compreendendo a sua importância para a mesma, foram identificadas as atividades mais utilizadas no processo de ensino aprendizado. No esporte a brincadeira é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a criança pode produzir o seu cotidiano, num mundo de fantasia e imaginação.
criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança, pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer – e ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se a regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, um a vez que a sujeição a regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o caminho para o prazer do brinquedo (VYGOTSKY, 1998, p. 130)
 A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que esteja na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se colocar e se expressar através de atividades lúdicas, considerando-se como lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças. 
No ato de praticar esportes, possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilitam a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, dessa forma, uma relação estreita entre jogos e aprendizagem. 
O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais (BRASIL, 1998, p. 22).
Através da atividade física, o praticar estava em conjunto na formação do caráter, valores e atitudes das crianças durante a infância, brincando a criança estará favorecendo sua autoestima, contribuindo também para interiorizar determinados valores. Nas brincadeiras as crianças transformaram os conceitos já adquiridos em conceitos gerais, com os quais ela brinca, a importância do brincar para o desenvolvimento infantil reside no fato de esta atividade contribuir para a mudança na real ação da criança com os objetos, pois estes perdem sua força determinadora na brincadeira. Nesse sentido, vygotski afirma que “A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação ao que vê. Assim, é alcançada uma condição que começa a agir independentemente daquilo que vê.” (Vygotsky, 1998, p. 127)
 Para criança, a brincadeira girava em torno da espontaneidade e da imaginação, as brincadeiras eram criadas e recriadas a todo o momento, mas sempre deixam um sorriso no rosto da criança. Para definir a brincadeira infantil, ressaltamos a importância do brincar para o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. 
 
2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NAS ATIVIDADES FÍSÍCAS PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
2.1 O BRINCAR COMO FORMA DE EXPERIMENTAÇÃO DE SITUAÇÕES
 O brincar é uma ferramenta essencial e necessária ao processo de Desenvolvimento. Segundo Brasil (1998, p.23)
 Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis.
 
 O senso lúdico tem o papel fundamental para o ser humano, tanto no início como durante toda sua vida, devendo fazer parte do dia a dia de cada um, pois favorece a construção prazerosa do viver e da convivência social. Nenhuma criança brincava só para passar o tempo, sua escolha era motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. “O que está acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a entendemos”. (GARDNEI 2004) apud FERREIRA; MISSE; BONADIO, 2004). 
 É importante entender quando se fala em brincar, em praticar atividades e perceber a relevância de um tempo no cotidiano das crianças destinado a um brincar de qualidade, em um espaço adequado, com materiais interessantes para as crianças e que estimulem a criatividade. 
 Para Vigotski (2007), na abordagem histórico-cultural, “brincar é satisfazer necessidades com a realização de desejos que não poderiam ser imediatamentesatisfeitos. O brinquedo seria um mundo ilusório, em que qualquer desejo pode ser realizado”.
 As duas principais características colocadas pelo autor são as regras e a situação imaginária, sempre presentes nas brincadeiras. De acordo com essa teoria, quando as crianças mais novas brincaram, elas utilizavam muito a situação imaginária, a imaginação está presente com força, enquanto as regras ficam mais ocultas, mas não deixam de existir. 
 A brincadeira de casinha era um exemplo do brincar das crianças pequenas, em que o imaginário reina, mas certas regras de comportamento deveriam ser seguidas. Com o passar do tempo, as regras iam tomando mais espaço, e a situação imaginária vão diminuindo, como num jogo de queimada em que as regras são primordiais, mas a situação imaginária de dois lados opostos em guerra e de comportamentos diferentes daqueles da vida real não deixavam de existir.
A construção da afetividade infantil envolve os relacionamentos interpessoais. Na brincadeira, a criança tem contato com outras crianças e adultos e experimenta diversas situações positivas, quando, por exemplo, ganha um jogo ou entra em acordo com os colegas, e negativas, quando perde um jogo ou não alcança um objetivo. Todas essas situações fazem com que ela construa relações interpessoais expressando melhor sentimentos de afeto e cooperação e a relação consigo mesma, aprendendo a controlar seus sentimentos, principalmente os negativos, como o medo, a insegurança e a resistência. A brincadeira permite a interação da criança com seus pares de forma autônoma e cooperativa, permitindo-lhe compreender e agir na realidade de forma ativa e construtiva. (WAJSKOP, 1995) 
 O brincar permitia à criança vivenciar o lúdico e descobrir a si mesma, aprender a realidade, tornando-se capaz de desenvolver seu potencial criativo. Era também colocado como um dos princípios fundamentais, defendidos como um direito, uma forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação entre as crianças. 
Segundo Vygotsky (1989) brincar propicia desenvolvimento de aspectos específicos de personalidade, a saber: 
( afetividade: tanto bonecas, ursinhos, etc.; equacionam problemas afetivos da criança. 
( motricidade: a motricidade fina e ampla se desenvolve através de brinquedos como brincadeiras, bolas chocalhos, jogos de encaixe e de empilhar. 
( inteligência: o raciocínio lógico abstrato evolui através de jogos do tipo quebra-cabeça, construção, estratégia, etc. 
( sociabilidade: a criança aprende a situar -se entre as outras, a se comunicar e interagir através de todo tipo d e brinquedo. 
( criatividade: desenvolvem -se através de brinquedos com o oficina, marionetes, jogos d e montar, disfarces, instrumentos musicais, etc. 
 
 Ainda sobre importância do brincar na educação infantil Vygotsky (1998 p.176) acredita que: a brincadeira de faz-de-conta cria uma zona de desenvolvimento próxima, pois no momento que a criança representa um objetivo por outro, ela passa a se relacionar com o significado a ele atribuído, e não mais com ele em si. A brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. É possível observar que rompe com a relação de subordinação ao objeto, atribuindo-lhe um novo significado, o que expressa seu caráter ativo, no curso de seu próprio desenvolvimento. 
 
2.2 A INSERÇÃO DAS BRINCADEIRAS NA VIDA DA CRIANÇA TANTO NO AMBIENTE FAMILIAR QUANTO NO AMBIENTE ESCOLAR
O aprendizado da criança acontecia por meio de ações educativas que começava em casa, no ambiente familiar: boas maneiras, a cultura da família etc. Já o professor, quando usava formas de educar, podia usar além de todos os recursos disponíveis, a brincadeira como forma de aprendizado e assim conseguia atrair a atenção e o interesse das crianças. Usou esse método para estimular o saber ajudava a criança a desenvolver aptidões de forma lúdica sem que ela perceba que o professor está na escola simplesmente para ensiná-la, tornando a aprendizagem mais prazerosa. Portanto, a brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados aprende respeitar regras, a ampliar seu relacionamento, respeitar a si mesma e ao outro e criar opiniões próprias.
O brinquedo é outro termo indispensável para a compreensão desse campo, pois difere do jogo, o brinquedo supõe uma relação intima com a criança e a indeterminação de regras para sua utilização.
Quando comentamos a palavra brinquedo, logo lembramos de criança, são duas coisas inseparáveis. Ninguém põe em duvida que os brinquedos não só fazem parte da vida da criança, mas é a própria criança. Quando observamos uma criança notamos que tudo ao seu redor sendo seu raciocínio e comportamento tudo em sua vida é brincadeira. Quando o professor usava o brincar como forma de ensinar, ele precisava ter consciência da importância desse recurso. Ensinar brincando requer que ele se mantenha atualizado para que possa desenvolver atividades que estimulem a curiosidade da criança para o aprendizado e não usar a brincadeira somente para passar o tempo, mas com intencionalidade. 
 As crianças, ao praticarem esporte, mostraram seus sentimentos, ansiedades, vontades, inquietude, alegrias e tristezas, sentimentos de coletividade ou individualismo. Ao analisar como a criança se comporta no ambiente educacional é importante que o educador a ajude no que ela necessita, pelo fato de os pais muitas vezes não notarem a profundidade do problema evidenciado. 
 
A criança passa a criar uma situação ilusória, como forma de satisfazer seus desejos não realizáveis, este é, aliás, as características que define o brinquedo, de um modo geral. A criança brinca pela necessidade de agir em relação ao mundo mais amplo dos adultos e não, apenas ao universo dos objetivos a que ela tem acesso (MOYLES, p. 117, 2002). 
 
Para ajudar os pequeninos a aprender, os professores e a família podem usar diversos artifícios: brincadeiras orientadas, teatros, jogos, fantoches. Não há limite para a imaginação quando o assunto é o lúdico, por isso não é preciso muito esforço para que a criança se envolva em uma atividade lúdica. As brincadeiras, como pular corda, boneca, carrinho são atividades lúdicas que estimulam a coordenação motora, o equilíbrio e a concentração das crianças. 
As brincadeiras, como pega-pega, estimulam a coordenação motora e o conhecimento dos seus limites; já os jogos de raciocínio, como quebra-cabeça, jogos de montar, restam um, ajudam a criança a desenvolver o aspecto mental, pois ela tem que desenvolver estratégias. 
Temos notado que criar condições para o brincar está sendo transferido, cada dia mais, do núcleo familiar para as instituições mais amplas como creches, escolas, centro de lazer, etc. No entanto, como a criança apresenta o brincar muito cedo, ela precisa de alguém, de um outro significativo, disponível para brincar com ela. 
	(...) uma escola que tem o “brincar” como foco de preocupação, tendencialmente pode favorecer a manifestação dessa atividade no seu cotidiano. Se o brincar é permitido para todas as crianças, de todas as idades, é possível considerar que nessa escola, não haveria rupturas quando uma criança passa da turma de seis anos para a turma de sete anos, ou seja, não haveria descontinuidade na compreensão da infância (SHNEIDER 2007, p. 191). 
	Além dos educadores, a família também possuía grande influência nessa questão da inserção das brincadeiras na vida da criança. É preciso que os pais se conscientizem de que o brincar é mais do que somente um passa tempo, elas são uma das formas mais eficientes que a criança possui para conhecer e se inserir no meio em que vive. 
Como vimos antes, o desenvolvimento infantil acontece através das brincadeiras, e éatravés dela, que a criança começa a separar a fantasia da realidade e a extravasar os mais diversos sentimentos, interagindo com os brinquedos e jogos, ela também desenvolve importantes habilidades motoras e intelectuais com mais facilidade. As práticas pedagógicas devem garantir experiências diversas. Para Tizuko Morchida Kishimoto, “primeiro a criança adquire o conhecimento de si e do mundo por meio das experiências sensoriais, expressivas e corporais para movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança”. (KISHIMOTO, 2010, p. 03). Essa possibilidade de adquirir diferentes tipos de experiências e autoconhecimento colabora para as futuras aprendizagens das crianças. 
 Segundo Vygotsky (1984, p.162), “ao brincar, a criança está acima da própria idade, acima de seu comportamento diário, maior do que é na realidade”. Na medida em que a criança imita os mais velhos em suas atividades diárias, ela cria oportunidades para seu desenvolvimento intelectual e também social. Por isso a importância da interação dos adultos, seja familiar ou professores, com as crianças. 
2.3 BRINCADEIRAS 
 A brincadeira era uma situação importante vivenciada pelas crianças e este exercício lúdico proporciona descobertas de novos conhecimentos e desenvolvimento de muitas habilidades de forma natural e agradável. Ao brincarem, as crianças estavam mais aptas a desenvolverem bons sentimentos, partilharem, sociabilizarem-se, respeitarem-se mutuamente e obedecerem a regras. 
 A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado num a situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer – e ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se a regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, uma vez que a sujeição a regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o caminho para o prazer do brinquedo. (VYGOTSKY, 1998, p. 130) 
 A brincadeira oferecia às crianças a oportunidade de se prepararem para o futuro e experimentarem o mundo que as rodeia. Ao se falar em desenvolvimento integral das crianças, refere-se ao desenvolvimento físico, psicológico, emocional, cognitivo, social que ao se trabalhar com o lúdico essas se desenvolvem de forma efetiva e prazerosa. Elas passam a agir e esforçar-se sem sentir cansaço, não ficam estressadas porque estão livres de cobrança, avançam, ousam, descobrem, realizam com alegria, sentindo-se mais capazes e, portanto, mais confiantes em si mesmas, o jogo é essencial na vida da criança, pois prevalece a assimilação. No jogo, a criança se apropria daquilo que percebe da realidade. Defende que o jogo não é determinante nas modificações das estruturas, mas pode transformar a realidade. 
 Segundo Jean Piaget (1990), o jogo é fundamental para o desenvolvimento da criança ao afirmar que a atividade lúdica é o berço das atividades intelectuais da criança, sendo por isso indispensável a pratica pedagógica.
 Para esse autor, a classificação dos jogos é feita seguindo três classes que estão em relação estreita co três estágios de desenvolvimento defendido por ele, como podemos verificar a seguir:
- Fase sensório-motor (desde o nascimento até os 2 anos): nesta faze a criança brinca sozinha e não utiliza regras porque não tem noção delas;
- Fase pré-operatório (dos 2 anos aos 6/7 anos): surge o jogo simbólico quando a criança brinca aos poucos o conceito de regra começa a aparecer nas suas brincadeiras.
- Fase das operações concretas (dos 7 anos aos 11 anos ): a criança nessa altura já é um ser social e quando joga em grupo a existência de regras é fundamental.
Visto isso, Piaget (1990) classificou então os jogos segundo a evolução das estruturas mentas em três categorias:
- Jogos de exercício: são os primeiros a aparecer na vida das crianças sem a presença dos símbolos e de regras. O objetivo destes jogos é a repetição de movimentos e gestos pelo simples prazer que a criança tem em executá-los, como por exemplo, emitir sons, agitar os braços e as pernas, andar sacudir objetos, correr, entre outros.
- Jogo simbólico: a principal característica desse jogo consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos seus desejos, isto é, assimilar a realidade através do jogo simbólico
 Conforme a LDBEN n°9394/1996 em seu art. 29 destaca que a educação infantil primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. E através da ludicidade as crianças adquirem esses conhecimentos necessários para sua faixa etária, pois nessa fase é a melhor maneira de introduzir a aprendizagem, fazendo com que fixem o que aprenderam e saiba usar na sua vivência na sociedade. 
Brincar é uma parte fundamental da aprendizagem e do desenvolvimento nos primeiros anos de vida. As crianças brincam instintivamente e, portanto, os adultos deveriam aproveitar essa inclinação “natural”. Crianças que brincam confiantes tornam-se aprendizes vitalícios, capazes de pensar de forma abstrata e independente, assim como de correr riscos a fim de resolver problemas e aperfeiçoar sua compreensão. Significa que os programas de educação infantil inicial devem estar baseados em atividades lúdicas como princípio central das experiências de aprendizagem. Isso é bastante difícil de conseguir na vigência de práticas excessivamente prescritivas em termos de conteúdo curricular. Crianças pequenas alcançam a compreensão através de experiências que fazem sentido para elas e nas quais podem usar seus conhecimentos prévios. O brincar proporciona essa base essencial. É muito importante que as crianças aprendam a valorizar suas brincadeiras, o que só pode acontecer se elas forem igualmente valorizadas por aqueles que as cercam. Brincar mantém as crianças física e mentalmente ativas. (MOYLES, 2009, p. 19) 
 
 As áreas psicológicas eram trabalhadas nas questões que envolvia o perder ou ganhar, como exemplo os jogos competitivos, onde a criança aprende a admirar o adversário, cooperando, sendo solidário e respeitando o próximo, aprendendo assim com o outro. As áreas emocional e social abordavam a relação da criança com o meio, destacando seus sentimentos em relação ao mundo em que vive. 
Nesse sentido, o adulto tem um papel importante nesse processo de estimular e inseri-lo no ambiente escolar, para que a criança aprenda a conviver com diferentes culturas e a controlar sentimentos de inferioridade que infelizmente estão presentes nas escolas. Durante as brincadeiras a criança se envolvia um com o outro, aprendendo a superar tais dificuldades e favorecendo a resolução de conflitos. Deixava as crianças expressar suas ideias, emoções, pensamentos, desejos e necessidades favorecendo a construção da autoestima, identidade e autonomia. Através de atividades que relacionam essa troca de experiências como jogos com materiais diferenciados, brincadeira na pracinha e no pátio, com fantasias imitando os pais, brincar de faz de conta, e muitas alternativas dependendo das necessidades e especificidades de cada turma. No entanto, a criança que não brinca, acarreta uma série de perturbações, dentre os quais, não se socializa com o outro se tornando agressiva, impossibilitando, novos conhecimentos e alcance de objetivos.
 
Brincando, a criança entra no mundo imaginário onde ela é autora do seu script. Quando diz: “Faz de conta que eu sou o motorista”, ela passa a ser o motorista naquele momento. Ela pode entrar na fantasia, experimentar outros papéis,criar outros temas e cenários. Mas ela sabe que ela é uma criança e não um motorista. Na hora em que ela acabar a brincadeira, ela volta à realidade. (ROSSETT I-FERREIRA et al, 200 7, p. 101) 
 Já no desenvolvimento físico entendido como a forma cognitiva que a criança tem de experimentar situações por meio dos sentidos físicos como conhecer o seu corpo como um todo, envolvendo os órgãos e sentidos e suas funções, explorando diferentes movimentos que identificará possibilidades e limites do corpo. Cuidado com sua higiene pessoal e do ambiente, também se refere à capacidade de ação motora como andar, correr podendo assim utilizar jogos com obstáculos, músicas que nomeiam as partes do corpo ou suas funções, brincar de lavar, pentear, escovar os dentes, trocar a roupa das bonecas citando cada ato e sua importância bem como jogos e brincadeiras que exploram a coordenação motora. As atividades citadas são apenas algumas das inúmeras possibilidades que temos de trabalhar com as crianças no sentido de desenvolvimento e aprendizagem. 
 Foi necessário trabalhar com todas as dimensões, pois são de extrema importância para o desenvolvimento integral da criança, sabendo que elas se relacionam entre si, e que ela precisa conhecer a todas para aprender a se integrar e participar ativamente do grupo em que está inserida. 
 
Todos nós conhecemos o grande papel dos jogos para a criança, pois ela desempenha a imitação. Com muita frequência, estes jogos são apenas um eco do que as crianças viram e escutaram dos adultos, isso não obstante a estes elementos da sua experiência anterior nunca se reproduzir em no jogo de forma absolutamente igual e com o acontecem na realidade. O jogo da criança não é uma recordação simples do vivido, m as sim a transformação criadora das impressões para a formação de um a nova realidade que responda às exigências e inclinações da própria criança. (Vygotsky, 1999:12) 
Desse modo, concluiu-se a partir das análises bibliográficas realizadas, referentes ao tema deste artigo, que durante a infância a criança se torna únicas a singular, aprende a brincar e ao aprender ela pensa, analisa sobre sua realidade, cultura e o meio em que estão inseridas, criando forma, conceitos, ideias, percepções e cada vez mais se socializa através da interação que os jogos e brincadeiras oferecem, propiciando um espaço de descontração às crianças, onde possam estabelecer novas relações, novas descobertas que permitirão o seu aprendizado e desenvolvimento, sejam eles, físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social. 
 Nesse sentido, este estudo pretende deu contribuir com o profissional da Educação Infantil, levando-o a refletir sobre a importância de valorizar as brincadeiras de “faz de conta” e os jogos para o desenvolvimento da criança. Seguindo a perspectiva teórica de Vygotsky (1998), concluímos que é de extrema relevância que as crianças tenham espaços na escola que proporcionem o desenvolvimento de brincadeiras, pois compreendemos que é através dos jogos e das brincadeiras que a criança desenvolveram suas curiosidades, a atenção, a autonomia, sua capacidade de resolver problemas e todos esses fatores fazem parte da aprendizagem e são constitutivas do desenvolvimento da subjetividade da criança. 
O importante é notar os pontos positivos e negativos nas teorias analisadas, inter-relacionando-as umas com as outras. Não esquecer que a crítica tem sempre em vista o problema investigado. É ela que seleciona o acervo de ideias trabalhadas para a montagem posterior do quadro de referências teóricas. (KÖCHE, 20 03, p. 132) 
2.4 METODOLOGIA 
	Para que os objetivos dessa pesquisa fossem alcançados realizou-se nesse trabalho um estudo bibliográfico sobre a importância do esporte e das brincadeiras para o desenvolvimento da criança, em instituições de educação infantil. 
 O trabalho buscou mostrar qual o papel e importância da brincadeira na Educação Física nas escolas de educação infantil e buscou analisar formas de se trabalhar através das brincadeiras, por meio de jogos de aprendizagem e pontuou suas contribuições para a produção do conhecimento dos alunos. Para tanto se utilizou como aporte teórico os estudos de Lev Semenovitch Vygotsky (1998), e de Tizuko Morchida Kishimoto (2010), o desenvolvimento da criança ocorreu através das atividades físicas, através das quais ela passa a desenvolver sua criatividade. E é por isso, que toda criança precisa brincar para crescer, para aprender a se relacionar com a aprendizagem, respeitar limites, aprender a socializar, e a criar vínculos. Para essa pesquisa acerca de conhecimento sobre esporte na Educação Infantil o ambiente escolhido para a pesquisa foi na Escola Pingo de Gente. Depois das visitas e conversas com a diretora da instituição, resolve-se dar inicio na pesquisa, onde foi aplicado um questionário para as professoras do Maternal, Jardim l, Jardim ll e do Pré, para identificar qual a visão dos mesmos a respeito do esporte como ferramenta educativa durante a alfabetização e quais as principais dificuldades encontradas ao trabalharem com o esporte
“As questões aqui apresentadas permitiram chegar ao objetivo proposto pelo trabalho, A importância do esporte na Educação Infantil”. Referente a primeira pergunta do questionário onde perguntou-se, qual a opinião do professor sobre a prática do esporte no processo de ensino aprendizado, todas as professoras apontaram a brincadeira como método mais eficaz de ensinar um aluno a conseguir bons resultados, rápidos e satisfatórios, pois mostram interesse em aprender com mais facilidade.
A pergunta dois, indagava como os educadores utilizavam o método. As professoras destacaram que o mais utilizado é o pula pula, quebra cabeça, jogos tradicionais como, elefante colorido, ovo choco, amarelinha etc.
A próxima questão se direcionava como a professora avaliava seus alunos durante as atividades e qual o interesse deles na participação das aulas. As respostas obtidas foram: que a avaliação era continua, de acordo com a participação dos alunos nas atividades, através do esforço, da atenção, interação em grupo individual, a participação dos alunos era bastante ativa com muita imaginação, criação e conhecimento, sendo que envolve muita aprendizagem.
Por fim a última questão, quais as dificuldades mais encontradas para aplicar a pratica das brincadeiras. As respostas foram unânimes, pois faltavam materiais adequados para confeccionar brinquedos, jogos e não terem um espaço adequado para a realização de outras atividades fora da sala de aula.
É essencial que o educador tenha uma formação continuada, também em relação aos aspectos metodológicos, e perceba a importância que tem o desenvolvimento de atividades esportivas para as crianças. E que possa trabalhar cada vez mais sua criatividade para levar melhores atividades e dinâmicas para a sala de aula. Que possa através da troca de experiências com os outros profissionais estar sempre se renovando e inovando a sua pratica fazendo com que seus educadores possam ficar cada vez mais interessados e envolvidos com o processo de ensino aprendizagem.
 Sobre como o processo de aprendizagem diferenciado pode contribuir para um melhor desempenho do aluno no espaço escolar, pretendeu contribuir com os profissionais da Educação Infantil, levando-o a refletir sobre a importância de valorizar as brincadeiras.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da pesquisa vimos que a criança aprende enquanto brinca. De alguma forma a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas. Assim, a criança estabelece com os jogos e as brincadeiras uma relação natural e consegue extravasar suas tristezas e alegrias, angustias entusiasmos, passividades e agressividades, é por meio da brincadeira que a criança envolve-se no jogo e partilha com o outro, se conhece e conhece o outro.
Vimos que a brincadeiraé uma necessidade do ser humano, principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas como diversão, mas como objeto de desenvolver as potencialidades da criança, visto que o conhecimento é construído pelas relações interpessoais e trocas recíprocas que estabelecem durante a formação integral da criança.
Como afirma o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil a brincadeira deve ser um elemento constante na rotina das escolas que atuam com a educação de crianças, entretanto a brincadeira precisa ser encarada como um instrumento que colabora para a aprendizagem, deixando de ser utilizada apenas nos intervalos das ações pedagógicas ou como forma de preencher o planejamento diário e completar a carga horária.
A brincadeira é uma ação natural da vida infantil, no momento em que brinca a criança trabalha com diversos aspectos como, físico, motor, emocional, social e cognitivo, se constituindo um importante elemento no processo de desenvolvimento e aprendizagem. Portanto, podemos ressaltar o lúdico como uma dimensão significativa a ser explorada pelos profissionais que atuam na Educação Infantil.
Os estudos foram feitos em busca de alcançar o objetivo que norteiam essa pesquisa, compreender sobre os jogos, brinquedos e brincadeiras no desenvolvimento das crianças no processo ensino-aprendizagem.
Por intermédio dos estudos feitos, dando-nos base para compreender sobre a ludicidade e sua atuação nos espaços de Educação Infantil, destacamos a sua eficácia no processo de aprendizagem das crianças. Foi possível verificar que os professores que atuam na escola, tem buscado em suas metodologias trabalhar com essas atividades lúdicas, com as brincadeiras e os jogos.
O objetivo proposto na realização deste trabalho foi alcançado, pois foi possível perceber como as atividades agem diretamente na aprendizagem dos alunos e como esses recursos são explorados pelos professores em sala de aula.
Este trabalho trouxe contribuições relevantes para nossa formação, podemos ter um contato maior com a realidade do cotidiano escolar. Através da realização das pesquisas desse trabalho foi possível consolidar que as atividades auxiliam e contribuem para uma atividade mais significativa, eficaz e prazerosa no desenvolvimento do ensino aprendizagem dos alunos na Educação Infantil.
O presente trabalho propõe-se que sejam realizados novos estudos para os docentes das escolas para aprofundar seus conhecimentos sobre o tema o brincar na Educação Infantil, através de jogos e brincadeiras e a importância dessas atividades no desenvolvimento e na aprendizagem dos alunos da Educação Infantil.
Sendo assim recomenda-se com a elaboração deste trabalho que os professores utilizem mais as atividades lúdicas como ferramenta de aprendizagem em ambientes externos, tendo em vista que esses momentos são propícios ao desenvolvimento da sociabilidade, das interações, dos desenvolvimentos cognitivos e da psicomotricidade.
Sugere-se ainda que além de brinquedos industrializados se faça importante a realização de oficinas, com o objetivo de criar os próprios brinquedos, pois através desse momento de criação, os alunos desenvolvem a imaginação, o valor da construção do brinquedo criado e inventado por ele, desenvolvendo a concentração, imaginação, auto estima e habilidades.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n° 9.394/96, publicada no DOU de 23/12/1996, Seção I, p. 27839. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1996. 
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. . Acesso em 17 de Outubro de 
2013. 
COSTA, E. A. A. et al. Faz-de-conta, por quê? In: ROSSETTI-FERREIRA, M. C. et al. (Org.). Os fazeres na Educação Infantil. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2007, p. 100-102. 
HERNANDEZ, Fernando. “Como os docentes aprendem” In Pátio, ano 1, n.4. Porto Alegre, Artes Médicas, 1998. 
KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2009. 
PIAGET, Jean (1990) A Formação do Símbolo na criança. Editora: Livros técnicos e Científicos.
VYGOTSKY, L.S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

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