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Revista Equipe de Obra - Edição 14

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a revista para você que constróia revista para você que constrói
Edição no 14 Ano III 
Nov/Dez 2007 R$ 9,50
www.equipedeobra.com.br
www.piniweb.com
IS
SN
 1
80
6-
95
76
9
7
7
1
8
0
6
9
5
7
0
0
3
1
4
DE OBRADE OBRA
Passo a PassoPasso a Passo
Novos padrões
de plugues e
tomadas
Execução de
aterramento em
residências
Como calcular a
quantidade de tacões 
Faça a leitura de uma
planta de piscina 
Novos padrões
de plugues e
tomadas
Execução de
aterramento em
residências
Como calcular a
quantidade de tacões 
Faça a leitura de uma
planta de piscina 
Protensão de lajeProtensão de laje
Os procedimentos para executar o serviço
de protensão não aderente
Os procedimentos para executar o serviço
de protensão não aderente
capa_eq14b.qxd 8/11/2007 15:23 Page 1
EQUIPE DE OBRA 1
Sumário
Equipe de Obra no 14
Novidades na área 
de elétrica
Nesta edição você encontra um passo-a-
passo detalhado com os procedimentos
para executar o serviço de protensão não
aderente em laje. O objetivo da técnica é
evitar deformações e fissuras em estruturas
de concreto. Outra reportagem importante
é a de execução de aterramento,
obrigatório de acordo com a NBR 5410
(instalações elétricas).
Além disso,Equipe de Obra foi buscar
informações sobre como ficam os plugues e
as tomadas, que devem obedecer a uma nova
padronização estabelecida pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Conheça tudo sobre a norma que entrou em
vigor em agosto deste ano,e reduz a apenas
dois modelos básicos os 12 tipos de plugues e
14 tipos de tomadas existentes.Agora serão
apenas a bipolar (com dois pinos ou 2P) e a
bipolar com aterramento (com três pinos ou
2P+T) de 10 A e 20 A.
Saiba como calcular a quantidade de
tacões na hora de fazer um orçamento.
Veja também um projeto de piscina
infantil. Ela deve ter profundidade
máxima de 0,60 m e estar separada da
piscina de adultos. Medo, estresse,
angústia podem estar ligados à atividade
profissional. Leia a matéria e conheça as
maneiras de enfrentar esses problemas.
Boa leitura e ótimo trabalho!
Heloisa Medeiros
Editora
03 Equipe Responde/
Onde encontrar
04 Notícias & Dicas
08 Agenda
09 Certo e Errado
10 Papo de Obra: Tom Dwyer
12 Passo a passo: 
Aterramento residencial
18 Plantas: Piscina infantil
20 Saúde: Sofrimento psíquico
24 Especial: Novo padrão 
de plugues e tomadas
26 Passo a passo: Protensão em laje
33 Medição: Tacões de madeira
34 Perfil: Marceneiro
35 Economia
36 Vitrine
38 Pessoal
39 Lazer
40 Quadrinhos
E D I T O R I A L
sumario14.qxd 8/11/2007 15:23 Page 1
Fundadores: Roberto L. Pini (1927-1966), Fausto Pini (1894-1967) e Sérgio Pini (1928-2003)
DDiirreettoorr GGeerraall
Ademir Pautasso Nunes
equipedeobra@pini.com.br
AAppooiioo
DDiirreettoorr ddee RReeddaaççããoo 
Eric Cozza eric@pini.com.br
EEddiittoorraa:: Heloisa Medeiros heloisa@pini.com.br
RReevviissããoo:: Mariza Passos CCoooorrddeennaaççããoo ddee aarrttee:: Lucia Lopes DDiiaaggrraammaaççããoo:: Leticia Mantovani e 
Maurício Luiz Aires; Renato Billa (trainee) IIlluussttrraaççããoo:: Sergio Colotto
PPrroodduuttoorraa eeddiittoorriiaall:: Juliana Costa FFoottooggrraaffiiaa:: Marcelo Scandaroli
CCoonnsseellhhoo eeddiittoorriiaall:: Carlos Eduardo Cabanas (Senai-SP), Darci Vargas, José Carlos de Arruda Sampaio,
Luiz Roberto Gasparetto (Senai-SP), Nilton Vargas e Ubiraci Espinelli Lemes de Souza
EENNGGEENNHHAARRIIAA EE CCUUSSTTOOSS:: Bernardo Corrêa Neto 
PPrreeççooss ee FFoorrnneecceeddoorreess:: Juliana Cristina Teixeira AAuuddiittoorriiaa ddee PPrreeççooss:: Sidnei Falopa e Ariell Alves Santos
EEssppeecciiffiiccaaççõõeess ttééccnniiccaass:: Erica Costa Pereira e Ana Carolina Ferreira
ÍÍnnddiicceess ee CCuussttooss:: Andréia Cristina da Silva Barros CCoommppoossiiççõõeess ddee CCuussttooss:: Cristina Martins de Carvalho
SSEERRVVIIÇÇOOSS DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA:: Celso Ragazzi, Luiz Freire de Carvalho e Mário Sérgio Pini
PPUUBBLLIICCIIDDAADDEE:: Luiz Carlos F. de Oliveira, Adriano Andrade e Jane Elias
EExxeeccuuttiivvooss ddee ccoonnttaass:: Alexandre Ambros, Eduardo Yamashita,
Bárbara Salomoni Monteiro e Ricardo Coelho
MMAARRKKEETTIINNGG:: Ricardo Massaro EEVVEENNTTOOSS:: Vitor Rodrigues VVEENNDDAASS:: José Carlos Perez 
RREELLAAÇÇÕÕEESS IINNSSTTIITTUUCCIIOONNAAIISS:: Mário S. Pini 
AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO EE FFIINNAANNÇÇAASS:: Durval Bezerra
CCIIRRCCUULLAAÇÇÃÃOO:: José Roberto Pini SSIISSTTEEMMAASS:: José Pires Alvim Neto e Pedro Paulo Machado
MMAANNUUAAIISS TTÉÉCCNNIICCOOSS EE CCUURRSSOOSS:: Eric Cozza
EENNDDEERREEÇÇOO EE TTEELLEEFFOONNEESS
Rua Anhaia, 964 – CEP 01130-900 – São Paulo-SP – Brasil
PPIINNII Publicidade, Engenharia, Administração e Redação – fone: (11) 2173-2300
PPIINNII Sistemas, suporte e portal Piniweb – fone: (11) 2173-2300 - fax: (11) 2173-2425 
Visite nosso site: www.piniweb.com
RReepprreesseennttaanntteess ddaa PPuubblliicciiddaaddee::
PPaarraannáá//SSaannttaa CCaattaarriinnaa (48) 3241-1826/9111-5512 
MMiinnaass GGeerraaiiss (31) 3411-7333 RRiioo GGrraannddee ddoo SSuull (51) 3333-2756 
RRiioo ddee JJaanneeiirroo (21) 2247-0407/9656-8856 BBrraassíílliiaa (61) 3447-4400
RReepprreesseennttaanntteess ddee LLiivvrrooss ee AAssssiinnaattuurraass::
AAllaaggooaass (82) 3338-2290 AAmmaazzoonnaass (92) 3646-3113 BBaahhiiaa (71) 3341-2610 CCeeaarráá (85) 3478-1611 
EEssppíírriittoo SSaannttoo (27) 3242-3531 MMaarraannhhããoo (98) 3088-0528 MMaattoo GGrroossssoo ddoo SSuull (67) 9951-5246
PPaarráá (91) 3246-5522 PPaarraaííbbaa (83) 3223-1105 PPeerrnnaammbbuuccoo (81) 3222-5757 PPiiaauuíí (86) 3223-5336 
RRiioo ddee JJaanneeiirroo (21) 2265-7899 RRiioo GGrraannddee ddoo NNoorrttee (84) 3613-1222 RRiioo GGrraannddee ddoo SSuull (51) 3470-3060
SSããoo PPaauulloo Marília (14) 3417-3099 São José dos Campos (12) 3929-7739 Sorocaba (15) 9718-8337
EEqquuiippee ddee OObbrraa:: ISSN 1806.9576
Assinatura anual R$ 57,00 (6 exemplares)
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva do autor e não expressam,
necessariamente, as opiniões da revista.
VVeennddaass ddee aassssiinnaattuurraass,, mmaannuuaaiiss ttééccnniiccooss,, 
TTCCPPOO ee aatteennddiimmeennttoo aaoo aassssiinnaannttee
Segunda a sexta das 9h às 18h
44000011--66440000
principais cidades*
00880000 559966 66440000
demais municípios
fax ((1111)) 22117733--22444466
AAtteennddiimmeennttoo wweebb:: 
www.piniweb.com/fale conosco
*Custo de ligação local nas principais cidades.
ver lista em www.piniweb.com/4001
++IInnffoo??
email: ssuuppoorrttee..ppoorrttaall@@ppiinnii..ccoomm..bbrr 
PPuubblliicciiddaaddee
fone (11) 2173-2304
fax (11) 2173-2362 
e-mail: ppuubblliicciiddaaddee@@ppiinnii..ccoomm..bbrr
TTrrááffeeggoo ((aannúúnncciiooss))
fone (11) 2173-2361
e-mail: ttrraaffeeggoo@@ppiinnii..ccoomm..bbrr
EEnnggeennhhaarriiaa ee CCuussttooss
fone (11) 2173-2373
e-mail: eennggeennhhaarriiaa@@ppiinnii..ccoomm..bbrr
RReepprriinnttss eeddiittoorriiaaiiss
Para solicitar reimpressões de reportagens 
ou artigos publicados:
fone (11) 2173-2304
e-mail: ppuubblliicciiddaaddee@@ppiinnii..ccoomm..bbrr
PINIrevistas
RReeddaaççããoo
fone (11) 2173-2303
fax (11) 2173-2327
e-mail: ccoonnssttrruuccaaoo@@ppiinnii..ccoomm..bbrr
PINImanuais técnicos
fone (11) 2173-2328
e-mail: mmaannuuaaiiss@@ppiinnii..ccoomm..bbrr
PINIsistemas
SSuuppoorrttee
fone (11) 2173-2400
e-mail: ssuuppoorrttee@@ppiinniiwweebb..ccoomm
VVeennddaass
fone (11) 2173-2424 (Grande São Paulo)
0800-707-6055 (demais localidades)
e-mail: vveennddaass@@ppiinniiwweebb..ccoomm
PINIserviços de engenharia
fone (11) 2173-2369 
e-mail: eennggeennhhaarriiaa@@ppiinnii..ccoomm..bbrr
sumario14.qxd 8/11/2007 15:23 Page 2
EQUIPE DE OBRA 3
EquipeResponde
C O M O F A Z E R R E G U L A R I Z A Ç Ã O D E L A J E
Qual deve ser a espessura mínima
da camada de regularização de laje
que vai receber revestimento?
Qual deve ser o traço da argamassa
e consumo por metro quadrado? 
Alguns cuidados são fundamentais
para garantir um bom desempenho
do contrapiso. Inicia-se com um
maior controle no preparo da base
e dos níveis do contrapiso, ou seja,
antes da demarcação dos níveis e
assentamento das taliscas, os
ambientes deverão ser
completamente limpos, retirando-
se entulhos, restos de argamassa
ou outros materiais aderidos à
base, utilizando-se ferramentas
como picão, vanga, ponteira e
marreta. Além disso, a base deverá
estar isenta de pó e de outras
partículas soltas. Para que o
contrapiso seja executado para
trabalhar em conjunto com o
substrato (aderido), esse deve
apresentar espessura entre 20 e 
40 mm e uma argamassa fraca. Além
disso, o procedimento de execução
influi no desempenho desse piso,
sugerindo-se, então, um maior cuidado
na preparação da base a fim de
garantir efetiva aderência do
contrapiso com a base, buscando
atender os seguintes itens:
» Limpeza da base (remoção de
partículas soltas e material
O N D E E N C O N T R A R M A I S I N F O R M A Ç Õ E S *
ABNT – www.abnt.org.br - tel.: (11) 3017-3600
Abinee – www.abinee.org.br – tel.: (11) 2175-0000
ArcelorMittal Belgo – www.belgo.com.br
Astra – www.astra-sa.com.br
Casa do Construtor – tel.: (19) 3534-0921
Conmetro – www.inmetro.gov.br/inmetro/conmetro.asp
Docol – www.docol.com.br
EBA – www.eb-arq.com
EcoLeo – www.ecoleo.com.br
Emmeti – www.emmeti.com.br – tel.: 0800-7700383 
Escola Bom Pedreiro – Rossi – www.rossiresidencial.com.br
Fundacentro – www.fundacentro.gov.br – tel.: (11) 3066-6000
Inpar – www.inpar.com.br
Lwart Química – www.lwart.com.br – tel.: 0800-7274343
Lafarge – www.lafarge.com.br
Paulicéia Madeiras – www.pauliceiamadeiras.com.br
Pial Legrand – www.legrand.com.br
Pratik Piso – www.pratikpiso.com.br
Procobre – www.procobre.org – tel.: (11) 3816-6383
Prysmian – www.prysmianclub.com.br
PUC–RS – ww.pucrs.br – tel.: (51) 3320-3500
Serviço de Sáude Ocupacional do Hospital das Clínicas –
www.hcnet.usp.br – Tel.: (11) 3069-8114
Schneider Eletric – www.schneider-electric.com.br
Sika – www.sika.com.br
Simon – www.simon.com.br
Sistrel – www.sistrel.com.br – tel.: (11) 4446-6562
Votorantim Cimentos – www.votorantim-cimentos.com.br
ar
qu
iv
o
* Empresas e entidades citadas nesta edição
Tire suas dúvidas
Envie sua pergunta para rua Anhaia, 964, Bom Retiro, CEP 01130-900, São Paulo-SP ou para equipedeobra@pini.com.br
pulverulento utilizando
vassoura dura e lavagem com
água em abundância)
» Execução de uma camada de nata
de cimento (espalhar cimento,cerca
de 0,5 kg/m2,e aspergir água em
quantidade suficiente para que,
esfregando-se com vassoura,
obtenha-se a camada desejada)
» Construção das mestras
» Aplicação da argamassa 
A camada de regularização com
argamassa de cimento e areia
média pode ser executada com um
traço básico de 1:4,
respectivamente, em volume,
conferindo-se cuidadosamente
cotas, níveis e caimentos de
acordo com o projeto.
Julio Ricardo de Faria Fiess
Cetac-IPT (Centro Tecnológico do
Ambiente Construído)
eq responde_14.qxd 8/11/2007 15:23 Page 3
O que acontece 
no mundo do trabalho
4 EQUIPE DE OBRA
Notícias & Dicas
di
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 Q
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Programa de relacionamento com eletricistas
A Prysmian,novo nome da Pirelli
Cabos,acaba de criar o Prysmian Club.
Com isso oferecerá treinamento à
distância, para profissionais que se
cadastrarem no site
www.prysmianclub.com.br.O clube
oferece vantagens como catálogos,
folhetos,notas técnicas,participação de
concursos e sorteios, e ainda o Fone
Club,canal direto de comunicação para
esclarecer dúvidas e obter informações
técnicas.O programa já conta 271 lojas,
dois mil vendedores e 30 mil eletricistas.
O treinamento da Prysmian acontece no
Estado de São Paulo,na cidade de
Manaus e Estados do Nordeste.Mas a
empresa pretende estendê-lo para todo
o território nacional.
O conteúdo bimestral do curso inclui
instalações (passo-a-passo), segurança
e atendimento aos clientes. Junto com
o treinamento, os participantes
receberão uma carta-teste com
questões sobre o conteúdo estudado.
Caso o profissional atinja 80% de
aproveitamento nas perguntas,
receberá um certificado personalizado.
Cuidado ao comprar válvulas de gás 
Muitas das válvulas (abre-e-fecha)
disponíveis no mercado para gás
GLP (de cozinha) ou GN (Natural)
não são adequadas. São muitos os
relatos de acidentes provocados pelo
uso de acessórios impróprios ou
instalações inadequadas. Por isso, a
Emmeti, fabricante de válvulas, lança
uma campanha para conscientizar
instaladores e consumidores na
escolha do produto adequado.
A norma Italiana EN 331 é uma das
mais conceituadas no mundo nessa
área e foi adotada pela União
Européia.É com base nessa norma
que a FIV (Fábrica Italiana de
Válvulas), do grupo Emmeti, fabrica
suas válvulas na cidade de Brescia
(Itália).Confira as características das
válvulas no site www.emmeti.com.br
ou pelo tel.: 0800-7700383.
O crescimento do setor da construção
civil inspirou a construtora Rossi, uma
das principais do País, a criar a Escola
Bom Pedreiro, em parceria com o
Senai. Localizada no interior de São
Paulo, na cidade de Sumaré, a escola
irá qualificar gratuitamente
empreiteiros, ajudantes e serventes de
pedreiros, que trabalham nos canteiros
de obra da Rossi. Eles devem ter
cursado no mínimo até a quarta série
do ensino fundamental. Os alunos
receberão material didático e terão
aulas práticas em um minicanteiro de
obras montado no local.
A primeira turma, composta por 15
alunos, teve início no começo de
outubro. O tema do curso é
Escola para pedreiros
assentamento de blocos e aborda
assuntos como leitura de projetos,
reconhecimento de medidas e
ferramentas de trabalho. Serão 92
horas de aula das 7h30 às 11h30, às
terças, quintas e sextas-feiras. Ao final,
o aluno será avaliado pelo aprendizado
prático demonstrado e receberá um
certificado oficial do Senai e da Rossi.
noticias_14.qxd 8/11/2007 15:22 Page 4
EQUIPE DE OBRA 5
Concurso SH Super Mestre
A SH, empresa de escoramentos
metálicos e em fôrmas para concreto,
está lançando o concurso "Super
Mestre" que premiará mestres-de-
obras que devolverem os equipamentos
e peças sem avarias ou perdas, no final
do contrato de locação. O objetivo é
evitar cobranças adicionais que sempre
são motivo de preocupação para as
construtoras. Para concorrer aos
prêmios do concurso, os mestres-de-
obras deverão se empenhar para não
devolverem peças quebradas,
rachadas, furadas, empenadas,
amassadas, ou com qualquer outra
avaria que inutilize o equipamento.
O concurso visa incentivar os cuidados
com materiais e equipamentos locados e
aumentar a produtividade no canteiro
de obra.As inscrições já estão abertas
para os contratos fechados no período
de 01/11/2007 a 31/03/2008.Além do
certificado de "Super Mestre",os
mestres poderão ganhar camisas "Super
Mestre",mochilas e aparelhos de DVD,
dependendo do período dos contratos de
locação.As inscrições pode ser feitas no
site da SH (www.sh.com.br).
noticias_14.qxd 8/11/2007 15:22 Page 5
6 EQUIPE DE OBRA
Notícias & Dicas
Aquelas dúvidas sobre produtos
impermeabilizantes, e seus
diferentes tipos e aplicações, agora
Manual técnico de impermeabilização
podem ser esclarecidas pelo novo
manual técnico da Lwart
Química.Trata-se de um catálogo
funcional que abrange não apenas
as especificações técnicas dos
produtos, mas como aplicá-los
nas situações que variam das
mais simples, até a
impermeabilização de grandes
construções. Em forma de fichário,
o manual é gratuito e apresenta
ainda informações sobre
normalização,além de dicas para
solucionar problemas comuns
como mofo em armários ou
infiltração de lajes. Para adquirir o
manual ligue para 0800-7274343
ou entre no site www.lwart.com.br,
no link Lwart Proasfar Química,
Manual Técnico.
Segurança no manuseio
de ferramentas 
A Casa do Construtor, rede de
franquias de aluguel de equipamentos
para a construção civil, com 35 lojas
em seis Estados, tem investido no
bem-estar e boas condições de
trabalho dos operários na construção.
A empresa vem desenvolvendo
campanhas e ações para aumentar a
segurança e qualidade no exercício da
função. Para isso, a Casa do
Construtor disponibiliza um kit de
segurança na hora da locação de
qualquer ferramenta em suas lojas,
com preço de custo e sem necessidade
de devolução. O objetivo é difundir as
ações que possam reduzir os altos
números de acidentes no setor.
Informações: (19) 3534-0921.
noticias_14.qxd 8/11/2007 15:22 Page 6
EQUIPE DE OBRA 7
Marcenaria e construção sustentável
A EcoLeo (www.ecoleo.com.br),
marca da rede de marcenaria e
construção seca Leo Madeiras,
especializada em madeiras com selo
verde, apresenta os novos produtos
ecológicos. Primeira revenda a
comercializar madeira certificada da
América Latina, a marca busca
ampliar cada vez mais a linha de
produtos para difundir o conceito de
consumo sustentável entre os
profissionais de marcenaria e
construção. Entre as novidades,
destaque para o deck de tauari
vermelho e a placa de folha de
bananeira. Outro lançamento é o
tampo circular com madeira
certificada (Forest Stewardship
Council), uma peça específica para
mesas. Ele é produzido com sarrafos
de teca de reflorestamento. O produto
vem pronto para uso e necessita apenas
de acabamento com seladora e verniz.
Reaproveitamento de resíduos de gesso
A Lafarge Brasil está aproveitando
resíduos de gesso na fabricação de
cimento.Essa prática, ao mesmo tempo
em que possibilita a preservação de
recursos naturais, também evita que os
resíduos sejam depositados em aterros
sanitários. "A indústria cimenteira já
reaproveita em larga escala as sobras
de gesso usado para fazer moldes de
louças e vasos sanitários,que é um
gesso completamente limpo.Por falta
de informação,as sobras de gesso ficam
misturadas com outros produtos
utilizados nos canteiros de obras.Para
tornar esses resíduos úteis nas indústrias
cimenteiras, é preciso despertar nos
trabalhadores da construção a
conscientização para separar o gesso de
outros tipos de resíduo.O gesso é um
componente fundamental na produção
de cimento.
noticias_14.qxd 8/11/2007 15:22 Page 7
8 EQUIPE DE OBRA
Agenda
Confira os cursos 
e dicas profissionais
Cursos Drywall Placo
Estão abertas as inscrições para as
turmas de novembro e dezembro dos
Cursos Drywall Placo para formação
de mão-de-obra para instalação de pa-
redes, forros e revestimentos em dry-
wall; e aperfeiçoamento de instalado-
res e qualificação de projetistas e or-
çamentistas.Todos os cursos são gra-
tuitos e acontecem no Centro de Trei-
namento Placo, localizado na fábrica
de Mogi das Cruzes-SP.
Datas dos cursos de novembro e
dezembro de 2007
Instaladores:
Novembro: 8 e 9; 13 e 14; 22 e 23; 26 e
27; 29 e 30
Dezembro: 6 e 7; 10 e 11; 13 e 14
Paredes Curvas: 20/11 e 12/12
Sistema de Forros FHP: 16/10;6/11 e 4/12
Projetistas e Orçamentistas
Programa Técnico – Forros e Paredes:
24 e 25/10; 21 e 22/11; e 12 e 13/12
Placo:Tels.: 0800-0192540 e (11)
3186-8933.
www.placo.com.br
Comandos elétricos 
Instalação de rede elétrica (teoria):
normalização; segurança e higiene na
construção civil; qualidade; planeja-
mento; e meio ambiente; tipos de
energia; teoria eletroeletrônica; ele-
tricidade estática e dinâmica; grande-
zas elétricas; circuitos série e parale-
lo; lei de OHM; resistividade; gera-
ção, transmissão e distribuição, entre
outros temas.
Instalação de rede elétrica (prática):
decapagem, emenda, soldagem e isola-
mento de condutores; tipos de condu-
tores (rígidos e flexíveis); medição de
tensão, corrente e resistência elétrica;
instalação de lâmpada incandescente
comandada por interruptores simples,
bipolares, paralelos com intermediá-
rios; instalação de lâmpadas incandes-
centes comandadas por interruptor de
duas seções, entre outros.
Duração: 100 horas 
Valor: 2 x R$ 165,00 
(períodos tarde e noite 2 x R$ 165,00 e
sábados 4 x R$ 82,50)
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Tels.: (11) 6191-6176 e (11) 2295-2722 
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Treinamento de
impermeabilização
O curso Tecnologias de Impermeabili-
zação é oferecido gratuitamente pela
Lwart Proasfar Química, empresa es-
pecializada em sistemas impermeabi-
lizantes. As inscrições para o Treina-
mento Teórico e Prático estão aber-
tas.O curso aborda conceito de imper-
meabilização, patologias, projeto de
impermeabilização e casos de obras,
entre outros. O curso é ministrado no
Centro de Distribuição da empresa,
em Tamboré, em São Paulo, com coffe
break e almoço inclusos. Próxima tur-
ma: 29/11
Inscrições: 0800-7274343
E-mail: atecnica@lwartproasfar.com.br
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drywall 
Os Centros de Treinamento Senai-
Knauf de vários Estados do Brasil
estão com inscrições abertas para
os cursos de capacitação de insta-
ladores. Podem se matricular
profissionais da construção civil,
com ou sem experiência em exe-
cução de obras. Os Centros de
Treinamento Senai-Knauf, em di-
versas capitais do País, são dota-
dos de completa infra-estrutura
para aulas teóricas e treinamentos
práticos. O curso tem carga horá-
ria de 40 horas/aula, e visa desen-
volver conhecimentos técnicos e
habilidades práticas para a corre-
ta execução de paredes, tetos e
revestimentos com sistemas dry-
wall. Os participantes recebem
material didático e diploma emiti-
do pelo Senai.
Informações: Tel.: 0800-7049922 
www.knauf.com.br
Locais dos próximos cursos:
Fortaleza
Data: 19/11 a 30/11
Endereço: Rua Júlio Pinto, 1.873 –
Jacarepaguá
Tel.: (85) 3281-6877
Manaus
Data: 29/10 a 21/11
Endereço: Rodrigo Otávio, 2.394 –
Distrito Industrial
Tels.: (92) 3182-9977/3182-9976
Rio de Janeiro
Data: 05/11 a 09/11 e 03/12 a 07/12
Endereço: Rua Mariz de Barros, 678 –
Maracanã
Tels.: (21) 3872-9700/3872-9722
Salvador
Data: 19/11 a 30/11
Endereço:Av. Dendezeiros, 99 – Bonfim
Tel.: (71) 3534-8090
São Paulo
Data: 26/11 a 30/11 e 10/12 a 14/12
Endereço: Rua Carnaúba, s/no – 
Vila Guiomar/Santo André
Tels: (11) 4990-1836/4421-9349
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EQUIPE DE OBRA 9
Segurança 
e saúde nas obras
Certo e Errado
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Canteiro organizado e limpo é sinal de redução
de acidentes e de desperdício. Nas escadas,
ainda sem corrimão, foram colocadas redes de
proteção tipo guarda-corpo. Muito bom!
Floresta de ferragens sem proteção e operários sem luvas
adequadas representam perigo de ferimentos.Além disso, boné
não é EPI e não protege contra nada. O certo é o capacete!
C E R T O
Sempre é importante parabenizar os profissionais e as
empresas que zelam pelo uso dos EPIs. E nesse caso o
operário está usando todos os equipamentos necessários.
E R R A D O
C E R T O
Operários sem proteção alguma: sem cinto
trava-quedas e sem capacete. A obra também
não dispõe de andaime apropriado, nem
guarda-corpo e rodapé. Alerta vermelho!
E R R A D O
Colabore com a seção Certo e Errado – envie fotos em alta resolução sobre bons e maus exemplos relacionados à organização,
segurança e saúde nos canteiros. Não serão identificadas construtoras ou obras. O objetivo da revista é orientação por meio de
imagens. E-mail: equipedeobra@pini.com.br.
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certo-errado_Eq14.qxd 8/11/2007 15:19 Page 9
Papo de obra
10 EQUIPE DE OBRAEsse dia, em que quase morreu
num andaime,o impressionou?
Sim, muito. O vento quase nos matou.
Isso aconteceu porque esse tipo de tra-
balho,mais perigoso, era melhor remu-
nerado. Ganhávamos mais para traba-
lhar no vento. No entanto, era uma si-
tuação tão perigosa que não deveria
ser aceita como segura. Mas foi a par-
tir desse susto que me interessei por
estudar mais profundamente os aci-
dentes de trabalho.
Como era a prevenção de acidentes
nessa época,no seu país?
Existiam nos canteiros cartazes de se-
gurança do tipo "Papai,volte pra casa".
Ou "Papai, seja cuidadoso", como se tu-
do dependesse apenas dos trabalhado-
res. Mas percebi que existia um des-
compasso entre isso e a experiência que
eu tinha passado.Na verdade,havia um
prêmio (ganhar mais) para me arriscar.
E nenhum cartaz, nem fichas de aci-
dente, falavam sobre isso. Ou seja, o
problema não era contemplado pela se-
gurança do trabalho. Isso me levou, de-
pois de muitas pesquisas de campo e
busca em arquivos históricos, a escre-
ver o livro "Vida e morte no trabalho".
Então, essa situação de ganhar
mais para se arriscar não deveria
existir?
Fazer coisas mais perigosas para ga-
nhar mais faz parte do esquema de
motivações. Na verdade, por baixo do
pano, recebíamos um incentivo para
trabalhar de maneira perigosa. Por
que a segurança de trabalho não con-
templa essa pressão? Muitas vezes, o
trabalhador executa uma ação perigo-
Vida e morte no tra b
Sociólogo que estuda acidentes de trabalho já foi pedreiro
O sociólogo Tom Dwyer nasceu na
Nova Zelândia, e vive no Brasil há
mais de 20 anos. Ele é professor
da Unicamp (Universidade
Estadual de Campinas) e
especialista em acidentes de
trabalho. Escreveu o livro "Vida e
morte no trabalho: acidentes de
trabalho e a produção social do
erro", em que mostra a situação
histórica e origens da segurança
do trabalho.Traça ainda um
panorama de como está a
situação em alguns países. Em
relação à construção civil, ele fez
pesquisas na Nova Zelândia e
França, e iniciou observações nos
canteiros de obra brasileiros.
Sua inspiração para estudar as
relações de trabalho veio
justamente da construção civil.
E isso quando ele ainda era
estudante de sociologia, em sua
cidade natal,Wellington.Tom
trabalhava como pedreiro para se
sustentar e pagar a faculdade. Um
dia, ele e um colega estavam num
andaime, quando uma forte rajada
de vento quase os jogou longe. Por
sorte, saíram ilesos. Mas, para ele,
isso acabou determinando o rumo
de seus estudos voltados aos
acidentes de trabalho.
sa, porque sabe que se não fizer, pode
sofrer punição, ser mandado embora.
Quanto pior o mercado de trabalho,
mais se usa isso.E se há integração dos
grupos de trabalho, isso ajuda a cons-
truir uma capacidade de resistência
contra o perigo.
A comunicação entre os operários
ajuda a prevenir acidentes?
Sim,no dia-a-dia, se os grupos que exe-
cutam tarefas interdependentes não se
comunicam é mais fácil ocorrerem aci-
dentes. Na construção civil, isso é mais
importante, pois existem os funcioná-
rios, os subcontratados, os instaladores
etc. Na Europa, existem estudos que
mostram que a falta de comunicação é
responsável por 8% dos acidentes.
No fundo, seu livro divide as
responsabilidades?
Sabemos que há problemas quando as
pessoas trabalham com nutrição insu-
ficiente, ficando mais expostas a aci-
dentes. Infelizmente, em muitos casos,
a cachaça substitui as refeições. O bo-
tequinho está bem perto da obra,quan-
do não até no próprio canteiro.E a ten-
dência é culpar unicamente o trabalha-
dor. Quando na verdade trata-se de
uma situação social que precisa ser
modificada. As empresas devem assu-
mir a responsabilidade e tratar de mui-
tas dessas questões.
A qualificação profissional ajuda
na prevenção de acidentes?
Na construção civil, é comum os jovens
chegarem sem instrução e aprenderem
na prática. Quando os trabalhadores
são promovidos e mudam de função,
entrevista_14.qxd 8/11/2007 15:18 Page 10
EQUIPE DE OBRA 11
mesmo, é necessário fazer com que os
trabalhadores entendam as motiva-
ções do uso de EPIs.
Você acha que a responsabilidade
social das empresas aumentou? 
O que os chefes devem fazer
quanto à segurança do trabalhador?
Existem mais iniciativas por parte das
empresas, e isso abre horizontes para
os trabalhadores.
Recomendo aos chefes tentar entender
o que se passa com os trabalhadores,
tentar identificar esses problemas que
citei e não se eximir das responsabili-
dades. Mudar as posturas e medir
quais as conseqüências das coisas que
solicita ao trabalhador.A comunicação
é difícil, mas é preciso chegar num en-
tendimento, pensar nas complexidades.
E para o trabalhador da
construção,quais suas
recomendações?
Para eles, recomendo pensar nessas
questões, e ver como atuar frente à si-
tuação.Se ele tem medo de falar com o
chefe, as alternativas não são muitas.
Muitas vezes, os chefes não são aber-
tos, mesmo pensando que são. Mas é
bom sempre colocar o diálogo em pri-
meiro lugar. O principal é não encobrir
as coisas. O trabalhador deve relatar o
que acontece, para que medidas sejam
tomadas a fim de não repetir as situa-
ções de perigo.
a balho
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Reportagem: Heloisa Medeiros
também aprendem na prática. Ou seja,
a pessoa não está preparada.Mas,ape-
sar de importante, há uma ênfase exa-
gerada na qualificação, isso é uma ma-
neira de esquecer as outras questões.
Por exemplo,a desorganização do local
de trabalho é potencialmente perigosa.
Se cai um martelo do alto, isso pode ter
conseqüências perigosas.Há várias téc-
nicas para prevenir, quanto mais com-
plexo o canteiro, maior é o problema.
Há uma resistência muito grande
em usar os EPIs.Por quê?
Na realidade acontece em todo o mun-
do, é uma longa discussão. Existe uma
visão de que o EPI faz a pessoa se sen-
tir um palhaço ou robô. Mas, por isso
entrevista_14.qxd 8/11/2007 15:18 Page 11
12 EQUIPE DE OBRA
Passo a Passo
Execução de aterram e
Boa execução do sistema de aterramento
exige atenção e materiais adequados
Os sistemas de aterramento resi-
denciais têm como objetivo garantir a
segurança dos moradores contra cho-
ques elétricos. Para que seja eficiente,
é imprescindível que todo o circuito
elétrico disponha de condutor de pro-
teção (nome oficial do fio terra) em to-
da a sua extensão.
A execução do aterramento é sim-
ples, mas exige alguns cuidados espe-
ciais.Qualquer falha nas conexões pode
pôr em risco a integridade do sistema.
O sucesso da instalação também de-
penderá do uso de materiais adequa-
dos. A haste recoberta com cobre deve
ter comprimento mínimo de 2,40 m,
Material – Caixa de inspeção, haste cobreada com diâmetro 5/8" (15 mm) e
2,40 m, conectores do tipo cabo haste ou do tipo grampo, condutor na cor
verde-amarela ou verde, terminal à pressão, balde com água, um pedaço de
caibro, marreta, chave de boca 13 mm, canivete, colher de pedreiro,
cavadeira, brita e EPI's (luvas, óculos e capacete).
Fo
to
s:
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diâmetro mínimo de 15 mm e ser re-
vestida com cobre na espessura média
de 254 micra (alta camada) exigidas
pelas normas brasileiras ABNT NBR
5410:2004 – Instalações elétricas de
baixa tensão e ABNT NBR 13571:
1996 – Haste de aterramento aço-co-
breada e acessórios.
Se a camada de cobre da haste for
muito fina, pode se quebrar facil-
mente no momento em que se faz sua
colocação no solo. "O aço, em conta-
to direto com a umidade, enferrujará
rapidamente, comprometendo o sis-
tema", explica Hilton Moreno, con-
sultor do Procobre.
Outra dica valiosa é prestar muita
atenção no tipo de solo onde será exe-
cutada a fixação da haste. O ideal é
que ele seja adequado para receber a
descarga elétrica proveniente do cir-
cuito. Solos mais úmidos são melho-
res e os mais secos e rochosos sãoos
mais complicados, exigindo tratamen-
tos específicos.
Por fim, vale lembrar que o fio de
proteção nas cores verde ou verde-
amarela deve ser instalado de acordo
com a ABNT NBR 5410:2004. Já as
tomadas de corrente fixa das instala-
ções devem ser do tipo com contato de
aterramento (dois pólos + terra).
1 Com o auxílio da cavadeira, abra
uma vala com diâmetro e
profundidade suficientes para o
encaixe da caixa de inspeção.
Passo 1
passo-aterramento.qxd 8/11/2007 15:28 Page 12
EQUIPE DE OBRA 13
Reportagem: Gisele Cichinelli
m ento em residências
Apoio técnico: Hilton Moreno, consultor do Procobre e presidente da Associação Nema Brasil; Osmar de Souza,
instrutor de eletricidade do Senai Tatuapé e Francisco José Nogueira Freire, auxiliar de serviços do Senai Tatuapé.
2 Acomode a caixa de inspeção no solo aplicando
terra ao seu redor de modo a deixá-la totalmente
firme e encaixada no chão.
5 Retire a haste e repita os passos três e quatro até
conseguir introduzi-la quase por completo no solo.
Complete a cravação com golpes de marreta, interpondo
entre ela e a haste um pedaço de madeira 
3 Preencha a vala com água para umedecer o solo. Isso
facilitará a aplicação da haste cobreada de 2,40 m.
4 Utilizando muita força nas mãos, exerça
pressão para cravar a haste cobreada no centro
do diâmetro da caixa de inspeção.
Passo 2
Passo 3
Passo 4
Passo 5
passo-aterramento.qxd 8/11/2007 15:28 Page 13
14 EQUIPE DE OBRA
Passo a Passo
7 Passe o condutor de aterramento (fio terra)
pelos tubos (eletrodutos) até chegar à caixa
de inspeção.
9 Preencha a caixa de
inspeção com brita até
uma altura onde ainda
seja possível visualizar o
conector. O uso da brita
evitará que alguém
inadvertidamente jogue
concreto dentro da caixa,
tornando o acesso ao conector e à haste
impossíveis. Além disso, a brita ajudará a
manter a umidade do solo próximo à haste.
8 Com uma chave de
boca 13 mm, faça a
conexão do cabo à
haste. Se necessário,
use o canivete para
decapar o condutor.
6 A haste deverá ser fixada até a metade da altura da caixa
de inspeção.
Passo 6
Passo 7
Passo 8
Passo 9
passo-aterramento.qxd 8/11/2007 15:28 Page 14
EQUIPE DE OBRA 15
10 Finalize fechando a caixa de inspeção com 
a tampa.
12 A partir desse ponto, derive um novo condutor
(que agora passa a se chamar condutor de
proteção) para ser conectado ao barramento
do quadro de distribuição.
14 Com o auxílio da chave de boca, finalize o serviço conectando
o fio terra no terminal de terra das tomadas e soquetes.
Passo 10
Passo 11
Passo 13
Passo 12
Passo 14
11 Com o auxílio da chave de boca e do canivete, faça a conexão
do condutor de aterramento à caixa de entrada (caixa do
medidor). O fio azul (condutor neutro da concessionária)
também será ligado ao mesmo ponto.
13 No quadro de distribuição, conecte o condutor
de proteção no barramento de terra de onde
sairão os demais fios terra a serem
conectados aos pontos de eletricidade
distribuídos pela residência.
passo-aterramento.qxd 8/11/2007 15:28 Page 15
16 EQUIPE DE OBRA
Passo a Passo
Jamais bata diretamente a marreta sobre a haste
cobreada! Além de retirar a película de cobre
que a reveste, usar a marreta sem o auxílio do
caibro danificará a cabeça da haste, impedindo a
colocação do conector ou a sua substituição.
Os conectores do tipo cabo haste devem ser
usados para condutores de secção até 35 mm2 e
os do tipo grampo, para condutores de secção
acima de 35 mm2.
Para condutores com bitola acima de 35 mm2,
use o conector do tipo grampo.
Um dos pontos mais importantes do sistema de aterramento
são as conexões que deverão ser perfeitamente executadas.
As caixas de inspeção podem ser de fibrocimento ou de PVC.
D I C A S I M P O R T A N T E S
passo-aterramento.qxd 8/11/2007 15:28 Page 16
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18 EQUIPE DE OBRA
Plantas
Planta de piscina
Veja como fazer a leitura de uma planta de piscina infantil
As piscinas são instalações desti-nadas às atividades aquáticas,compreendendo o tanque e os de-
mais componentes. Isso significa que o
termo piscina é mais abrangente que um
reservatório de água destinado ao lazer,
e dependendo do porte e tipo de em-
preendimento inclui solários, vestiários,
banheiros,bebedouros, entre outros.
O projeto apresentado aqui é de uma
piscina infantil em um edifício residen-
cial. Está localizada na área de lazer,
com piscina de adulto, playground,
churrasqueira e quadras e paisagismo.
Além da profundidade máxima de
0,60 m, a piscina infantil não pode es-
tar no mesmo nível da piscina de adul-
tos sem que haja proteção, para que as
crianças não circulem entre uma pisci-
na e outra. Outro detalhe: nesse tipo de
construção não é comum ter escada.
O projeto de arquitetura de uma pis-
cina considera como objetos de estudo
as bordas, raias, sistema de aqueci-
mento e hidráulica, iluminação, água
de enchimento, saliências e degraus.
Alguns aspectos da norma NBR 9819
referente à construção de piscinas pre-
cisam ser levados em consideração pa-
ra que haja segurança.
Os tanques das piscinas podem ter
os formatos diversos, desde que permi-
tam a perfeita circulação da água no
seu interior e resguardem a segurança
do usuário.O afastamento do tanque das
divisas do terreno deve ser de 1,50 m no
mínimo.
Segundo a NBR 9818, que exclui
dessa norma as piscinas residen-
ciais privadas, desportivas e espe-
ciais, as demais devem obedecer à
tabela a seguir:
Apoio técnico: arquiteto Waltermino Junior, da Inpar.
Tabela - Área mínima da superfície de água (m²) por banhista
Proporção entre Área mínima da superfície de 
área pavimentada água (m²) por banhista presente 
circundante ao simultaneamente na piscina
tanque e área 
da superfície Parte do tanque Parte do tanque 
de água com profundidade com profundidade
máxima de 1,50 m superior a 1,50 m
< 1 1,4 1,9
≥≥ a 1 1,1 1,4
≥≥ a 2 0,7 0,9
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EQUIPE DE OBRA 19
Reportagem: Daniele Rissi
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20 EQUIPE DE OBRA
Saúde
Sofrimento psíquico n
Medo, estresse, angústia podem estar ligados à atividade
profissional
D esenvolver bem o trabalho eas habilidades, ser reconheci-do e receber remuneração
condizente são três fatores que geram
realização pessoal. É claro que é pre-
ciso dedicação pessoal para obter is-
so. Mas a sensação de bem-estar não
tem preço.
Mas, assim como o trabalho é fon-
te de felicidade, também pode ser
causa de muitos problemas psíqui-
cos. A importância dele na vida das
pessoas e as dificuldades vividas no
ambiente profissional podem levar os
trabalhadores a um grande sofrimen-
to e colocar em risco a saúde mental.
Esse problema tem um nome. É o
sofrimento psíquico no trabalho. Suas
causas são diversas. Podem estar liga-
das às dificuldades de relacionamento
S I T U A Ç Õ E S L I G A D A S A O S O F R I M E N T O P S Í Q U I C O
Alterações nos hábitos
alimentares 
Falta de apetite ou compulsão alimentar podem ser sinais de
estresse. É importante não confundir o grande apetite do tra-
balhador, que pode ser devido ao trabalho intenso e exige gran-
de esforço físico, com doenças.
Pode ocorrer o surgimento de algumas doenças como gastrite e
cólicas intestinais, em função da tensão emocional. Fique aten-
to: mesmo tendo como origem fatores emocionais, o tratamen-
to desses males poderá exigir uso de remédios.
Somente com a observação diária do colaborador, é possível
identificar os problemas de saúde, atentando sempre para o
repentino baixo rendimento e as constantes ausências do lo-
cal de trabalho.
Injustiças e falta de
reconhecimento
A falta de valorização profissional gera muita insa-
tisfação, prejudicando o rendimento do profissional.
Se você estápassando por esse problema, evite ser
hostil, boicotar o trabalho ou descontar na sua fa-
mília. Uma boa maneira de tentar resolver o pro-
blema é ter uma conversa honesta com o seu chefe.
Sempre é possível buscar a solução para a valori-
zação pessoal numa conversa franca. E nos cantei-
ros de obra não é diferente. Há encarregados,
mestres-de-obras e engenheiros preparados para
manter esse diálogo e dar oportunidade para o
crescimento profissional.
“Assim como o
trabalho é fonte de
felicidade, também
pode ser causa de
sofrimento
psíquico”
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saude_14.qxd 8/11/2007 15:26 Page 20
EQUIPE DE OBRA 21
Reportagem: Gisele Cichinelli
o no trabalho
com colegas ou com a chefia, ou ainda
a situações nas quais a pessoa se sente
injustiçada, ameaçada ou acredita que
suas qualidades ou seus esforços não
são reconhecidos.
De acordo com Carla Júlia Segre
Faiman, psicóloga da Faculdade de
Medicina da USP (Universidade de
São Paulo) e do Serviço de Saúde
Ocupacional do Hospital das Clínicas,
trabalhos extremamente monótonos,
que não valorizam o potencial do tra-
balhador, ou que envolvam riscos e
grande desconforto podem gerar mui-
ta insatisfação.
Pressão e estresse
A atividade da construção civil é
uma das campeãs em acidentes de tra-
balho. O risco da atividade acaba ge-
rando o medo,o estresse e outros senti-
mentos negativos, que costumam ser
grandes fontes de sofrimento dos traba-
Pressão
O cumprimento do cronograma de
obra é uma das principais causas
de estresse no canteiro. Indepen-
dentemente da atuação do traba-
lhador, na maioria das vezes, ele
pode ser prejudicado por atrasos
na entrega de materiais ou condi-
ções meteorológicas etc. Mas de-
pendendo de como o operário rea-
ge à pressão, essas situações po-
dem levá-lo a desenvolver doenças
de fundo emocional como estresse
e ansiedade, por exemplo.
Assédio moral
Embora seja muito complicado identificar esse problema, o assédio mo-
ral também é causa de sofrimento psíquico no trabalho. Ele acontece
sempre que uma pessoa, hierarquicamente superior à vítima, humilha ou
desrespeita o funcionário diante dos colegas. "Quem assedia quer isolar o
trabalhador, ironizando, envergonhando e gerando nele uma séria crise
de identidade", explica Teresa. Uma dica importante: se você se sentir ví-
tima desse tipo de abuso, anote todas as agressões, incluindo datas e ho-
rários, e evite ficar só com o assediador.
Nos canteiros de obra é comum que o encarregado não preparado cha-
me a atenção do trabalhador na frente dos demais, criando situações
de humilhação e desrespeito. O trabalhador acha que não vale a pena
lutar contra esse tipo de assédio. Às vezes a resposta é a agressão ver-
bal ou física.
“O risco é um
fator sempre
presente na
construção civil,
causando medo
e estrese”
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Apoio: Carla Júlia Segre Faiman, psicóloga da Faculdade de Medicina da USP e do Serviço de Saúde Ocupacional do Hospital
das Clínicas;Tereza Luiza Ferreira dos Santos, mestre em Psicologia Social, psicóloga e tecnologista da Divisão de Sociologia
e Psicologia da Fundacentro; Jolivan Lopes Galvão, instrutor de treinamento da Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo.
saude_14.qxd 8/11/2007 15:26 Page 21
22 EQUIPE DE OBRA
Saúde
lhadores. Isso provoca, muitas vezes,
jogos perigosos e abandono do uso de
EPI's, descumprimento de normas de
segurança e brincadeiras desmorali-
zantes. São formas que os trabalhado-
res encontram para lidar diariamente
com o risco da morte ou de mutilação.
"O perigo existe, é real e conhecido.
Mas a necessidade do emprego e de li-
dar com o risco leva o trabalhador a
confrontá-lo, desafiando a si mesmo e
aos outros colegas", explica Tereza
Luiza Ferreira dos Santos, mestre em
Psicologia Social, psicóloga e tecno-
logista da Divisão de Sociologia e Psi-
cologia da Fundacentro (Fundação
Jorge Duprat Figueiredo de Seguran-
ça e Medicina do Trabalho).
Os sentimentos de orgulho, rivali-
dade, bravura e virilidade que sur-
gem, servem apenas para mascarar
os temores. E é aí que mora o perigo.
Quando não há mais como se "defen-
der" da ansiedade e do medo, surgem
outros comportamentos, que devem
ser percebidos como indicadores de
agravamento do problema. Como a
depressão, desânimo e alcoolismo,
por exemplo.
Como tratar
Embora nem sempre seja fácil ex-
Depressão
Fique atento! O sofrimento psíquico, quando agravado também pode levar à
depressão, uma doença que compromete o físico, o humor e, em conseqüên-
cia, o pensamento. Não é simplesmente um "baixo astral" passageiro. Mui-
to menos sinal de fraqueza. Mudanças de comportamento, tendência ao iso-
lamento, desânimo, falta de energia, baixo rendimento, alterações no sono
são alguns dos indícios desse problema.
No canteiro de obra, trabalhadores com depressão normalmente se
afastam do convívio com os demais, não participam das brincadeiras,
das conversas sobre futebol e do jogo de damas no horário de almoço.
Também apresentam baixo rendimento e estão mais sujeitos a acidentes
do trabalho.
Converse com um
amigo
Se você se sentir à vontade e segu-
ro, desabafe com um amigo de
confiança ou até mesmo com o seu
chefe. Na falta de um departa-
mento de recursos humanos, a fi-
gura mais indicada é o superior
imediato ou o técnico de seguran-
ça. Esse profissional geralmente é
preparado para identificar e lidar
com essa situação.
S I T U A Ç Õ E S L I G A D A S A O S O F R I M E N T O P S Í Q U I C O
“Sentimentos de orgulho, rivalidade e bravura,
muitas vezes, servem para mascarar os temores”
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EQUIPE DE OBRA 23
Comportamento perigoso
O uso dos EPI's deve ser levado a sério sempre. Bancar o valen-
tão para tentar driblar o medo não é a atitude mais inteligente.
Não dê ouvidos às brincadeiras, apelidos e piadas. Lembre-se de
que você não é um super-homem e não se envergonhe: proteja-
se sempre.
É conhecido o hábito de que eletricista que é "macho" de verda-
de não desliga a energia para fazer reparos nos painéis e nas
instalações elétricas. Por isso, acontecem vários acidentes, in-
clusive com mortes. "Usar cinto é bobagem. Cair!!! Isso não
acontece comigo." Esse conceito é falso, pois acidentes e mortes
podem acontecer a qualquer momento, com qualquer pessoa.
Desemprego
O alto índice de desemprego contribui pa-
ra criar ambientes de trabalho muito hos-
tis. Em função dessa realidade, os traba-
lhadores acabam se sujeitando a situa-
ções desagradáveis por medo de perder o
emprego, como trabalhar em ambientes
insalubres (ruídos, poeiras, intempéries
etc.), sem equipamentos de proteção in-
dividual, além de sujeitar-se a trabalhos
extraordinários para cumprir o cronogra-
ma da obra.
por o que se sente, seja qual for a ori-
gem da doença, a pior atitude a tomar
é sofrer em silêncio. Em geral, as pes-
soas ainda têm muita vergonha em
assumir que estão com dificuldades.
Mas estar doente e admitir isso não
significa que sua dignidade será afe-
tada, ou que há necessidade de se
afastar do trabalho.
Se você está passando por essa
situação, procure a ajuda de um
amigo, chefe, médico ou psicólogo,
que pode orientar e apontar cami-
nhos para resolver a questão. Geral-
mente, o tratamento é realizado en-
quanto a pessoa trabalha, com even-
tual mudança de função. O afasta-
mento só é recomendado apenas em
casos graves. Lembre-se de que a
culpa não é sua e de que você não é
um "super-homem". Em algumas si-
tuações, por exemplo, é a própria
empresa que deve ser "tratada", caso
seja responsável pelo mal-estar de
várias pessoas.
Serviço:
O Serviço de Saúde Ocupacional do
Hospital das Clínicas oferece atendi-
mento paraos trabalhadores com
doenças originadas no ambiente de
trabalho. O telefone é 3069-8114.
“Sofrer em
silêncio é a pior
opção. Não se
deve ter
vergonha de
assumir as
dificuldades”
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24 EQUIPE DE OBRA
Especial
Novo padrão de plu g
Norma estabelece também obrigatoriedade
de aterramento das instalações
O s plugues e as tomadas devemobedecer a uma nova padroniza-ção estabelecida pela ABNT (As-
sociação Brasileira de Normas Técnicas).
A norma entrou em vigor em agosto des-
te ano. A nova regulamentação para uso
doméstico, em discussão no meio técnico
há mais de uma década,reduz os 12 tipos
de plugues e 14 tipos de tomadas,até en-
tão existentes, para apenas dois modelos
básicos:o bipolar (com dois pinos ou 2P)
e o bipolar com aterramento (com três pi-
nos ou 2P+T) de 10 A e 20 A.
O objetivo da medida,de acordo com
o Conmetro (Conselho Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial) é ampliar a segurança dos
produtos, e reduzir o risco de choque
elétrico, impedindo a sobrecarga nas
instalações e o desperdício de energia,
pela dissipação de calor.
Seguindo um cronograma de prazos
escalonados,que já estão em vigor,todos
os fabricantes deverão se adequar aos
novos padrões estabelecidos pela NBR
14136:2002 até 2010.Ou seja,a partir
de 1o de janeiro de 2010, não será mais
permitida a comercialização dos apare-
lhos elétricos e eletrônicos com plugues
de configuração diferente do padrão.
Novo padrão
O engenheiro Geraldo Takeo Nawa,
analista da Abinee (Associação Brasi-
leira da Indústria Elétrica e Eletrôni-
ca), conta que o novo padrão foi desen-
volvido considerando a conectividade
com os plugues existentes. Por isso, pa-
ra o usuário, a transição por enquanto
deve ser tranqüila, uma vez que mais de
80% dos aparelhos elétricos e eletrôni-
cos já são comercializados com o plu-
gue 2P hexagonal.
"O maior impacto será sentido da-
qui a três anos, quando aparelhos co-
mo geladeira, máquina de lavar roupa
e microondas, com condutor-terra, te-
rão o plugue de três pinos", diz Nawa.
Nesses casos, o usuário poderá ado-
tar um adaptador fabricado dentro das
normas de segurança ou trocar a sua to-
mada, opção mais indicada pelos espe-
cialistas. Cabe lembrar, no entanto, que
ainda não há no mercado adaptadores
certificados. Isso é um problema, já que
como solução provisória, provavelmen-
te,os consumidores utilizarão adaptado-
res de conversão de padrão. "Isso pode
ser um grande perigo,pois entre uma to-
mada certificada e um plugue certifica-
do no novo padrão existirá um adapta-
dor que até o presente momento não
precisa ser certificado", alerta o enge-
nheiro Álvaro Theisen, vice-diretor dos
Laboratórios Especializados de Eletroe-
letrônica da Pontifícia Universidade Ca-
tólica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Novidades para eletricistas
Para construtores, projetistas de elé-
trica e instaladores, porém, a mudança
será maior. Primeiro porque a normali-
zação da ABNT reforça o que já havia se
tornado exigência de lei desde julho de
2006:a obrigatoriedade de as novas edi-
As duas primeiras tomadas, à esquerda, são do novo padrão. As duas da
direita, do padrão antigo
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EQUIPE DE OBRA 25
Reportagem: Juliana Nakamura
u gues e tomadas
Fonte: Resolução do Conmetro (Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industria) no 11
de 20/12/2006 para o cumprimento da NBR 14136:2002.
P R I N C I P A I S P O N T O S D E T E R M I N A D O S P E L A N O V A R E G U L A M E N T A Ç Ã O
» Haverá apenas dois tipos de plugues e tomadas;
» Será proibida a fabricação de benjamins;
» A obrigatoriedade da presença do fio terra nas novas
tomadas, já exigida pela NBR 5410 (instalações
elétricas), será reforçada;
» A existência do rebaixo (ou poço) na face da tomada
deve impedir o contato acidental com a parte viva 
do terminal;
» Será impossível a inserção do plugue de 20 A em uma
tomada de 10 A. Com isso, evita-se sobrecarga
na instalação.
» Os plugues vão precisar ter o formato hexagonal
para se encaixarem nas novas tomadas. Por 
isso, os fabricantes já deixaram de produzir os
antigos plugues e passam a confeccionar peças
com esse padrão.
» As tomadas encontradas hoje no mercado deixam de
ser fabricadas a partir de janeiro de 2009.
ficações possuírem sistema de aterra-
mento e instalações elétricas compatí-
veis com a utilização de condutor-terra
de proteção."A idéia é que com o passar
dos anos, mais e mais construções con-
tem com o aterramento, usufruindo os
benefícios do padrão brasileiro de plu-
gues e tomadas", comenta Nawa.
Os projetistas, portanto, passam a
ter à sua disposição apenas duas alter-
nativas de tomadas – de 10 A para in-
serção de plugues com pino de 4 mm de
diâmetro e uma de 20 A,onde será per-
mitida a inserção de plugues de 10 A ou
de 20 A,com pino de diâmetro 4,8 mm.
O que aparentemente pode ser enca-
rado como uma limitação,na verdade,é
uma medida de segurança. Afinal, com
a impossibilidade de inserção do plugue
de 20 A em uma tomada de 10 A evita-
se uma sobrecarga na instalação. "Com
isso será impossível para uma pessoa
inserir um plugue de um aparelho que
demanda maior potência em uma to-
mada que não seja adequada", explica
Vicente de Paula Neves, presidente do
Comitê de Estudos sobre Interrupto-
res, Plugues e Tomadas da ABNT.
A segurança também foi o que le-
vou ao desenvolvimento do formato
das tomadas, que ganham um rebaixo
(poço) em seu miolo. Assim, evita-se
que, no momento do encaixe do plugue
na tomada,o usuário toque os pinos do
plugue, que estão em contato com a
parte viva da tomada.
Fique atento aos prazos estipulados pelo Conmetro para adaptação das instalações ao
novo padrão
Produto Data-limite para mudança
Plugue de dois pinos, desmontável. 1o de agosto de 2007 - Já está valendo!
Plugue de dois pinos, não-desmontável.Tomada 1o de janeiro de 2008
móvel de dois pólos, desmontável ou não-desmontável.
Plugue de dois pinos com pino terra, 1o de janeiro de 2009
desmontável ou não-desmontável.
Tomada fixa de dois pólos (tipo de embutir e sobrepor). 1o de janeiro de 2009
Tomada fixa ou móvel de dois pólos com contato terra,
desmontável ou não-desmontável.
Cordão de alimentação com plugue de dois pinos ou de 1o de janeiro de 2010
dois pinos com pino terra,desmontável ou não-desmontável
incorporado ou separado do equipamento.
Q U A N D O M U D A ?
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26 EQUIPE DE OBRA
Passo a Passo
Protensão em lajes
Os procedimentos para executar o serviço de protensão não
aderente
A protensão não aderente, executa-
da com cordoalhas engraxadas e plas-
tificadas, é uma tecnologia cada vez
mais utilizada em edificações residen-
ciais, comerciais e em fundações tipo
radier. O objetivo é evitar deformações
e fissuras em estruturas de concreto.
Isso permite a execução de peças es-
truturais mais leves e finas e maiores
vãos livres.
Nesse passo-a-passo são usadas
cordoalhas engraxadas (cobertas
com uma graxa protetora contra cor-
rosão) e revestidas com uma bainha
plástica de polietileno de alta densi-
dade. A preparação das cordoalhas, a
ancoragem e a execução da protensão
em si são operações bastante simples
e relativamente rápidas. Mas exige al-
guns cuidados.
O primeiro e mais importante é se-
guir à risca as instruções fornecidas pe-
lo projetista estrutural. Além disso, re-
comenda-se atenção às ancoragens
(tanto no momento de instalação,quanto durante a concretagem), já que
são elas as grandes responsáveis pela
integridade da protensão.
Em quase todos os procedimentos é
recomendável que o trabalho seja rea-
lizado em duplas. Por fim, não deixe de
ficar atento aos equipamentos e proce-
dimentos de segurança pessoal.
M A T E R I A I S N E C E S S Á R I O S
Para instalação dos
cabos: torquês, trena,
broca de 1" (para fazer
o furo que vai receber
a ancoragem), broca de
6 mm (para fazer o
furo na fôrma e
prender o arame),
furadeira, maçarico,
macaco hidráulico,
arame 18 recozido,
estilete, cadeira para
apoio dos cabos,
gabarito de madeira,
tinta spray de secagem
rápida.
Para preparo dos cabos: cordoalha engraxada, mesa ou base de apoio para
corte, lixadeira, macaco hidráulico, tinta e pincel para identificar cabos,
trena, estilete, mesa de pré-blocagem.
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EQUIPE DE OBRA 27
Reportagem: Juliana Nakamura
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Apoio técnico: Sistrel Lajes e Pré-fabricados (protensão em edifício residencial em Indaiatuba (SP). Instrutores: Cairo Samuel Lima
e Francisgleuson Almeida Souza. Informações técnicas adicionais: Eng. Eugênio Cauduro (ArcelorMittal Belgo).
Passo 1
1 O procedimento deve ter início com o preparo dos cabos de
protensão. Comece medindo o tamanho do cabo que deverá ser
cortado, de acordo com as especificações do projeto estrutural.
Após checar as medidas, corte o cabo no tamanho necessário.
2 Cada cabo, de acordo com o seu tamanho,
exerce um papel estrutural. Por isso, um
cuidado importante é identificá-los para que não
haja confusão. Cada combinação de cores deve
corresponder a um comprimento diferente de
cabo. Após checar as orientações do projeto,
pinte um pedaço de bainha (40 cm).
Posteriormente essa bainha pintada será
inserida no cabo de protensão.
3 Com a ajuda de um estilete, corte a bainha do cabo de
protensão antes de fazer a pré-blocagem. Esse corte deverá
ser proporcional ao tamanho do macaco. Nesse caso, usou-se
a medida de 40 cm.
4 Insira o cabo identificador (aquele que foi
pintado anteriormente) sobre o trecho em que
foi retirada a bainha.
Passo 2
Passo 3
Passo 4
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28 EQUIPE DE OBRA
Passo a Passo
6 Introduza a ancoragem passiva no cabo.
8 Estique bem o cabo.
9 Só então ligue a bomba do macaco hidráulico
para travar a ancoragem. Fique atento à força
necessária para isso. Nesse caso, foram
utilizadas 15 toneladas.
5 Inicie a pré-blocagem. Esse procedimento tem a função de
cravar a ancoragem em uma das pontas do cabo. Coloque o
cabo no macaco hidráulico.
7 Posteriormente, encaixe as cunhas.
Passo 5
Passo 6
Passo 8
Passo 7
Passo 9
passo-protensªo.qxd 8/11/2007 15:25 Page 28
EQUIPE DE OBRA 29
10 Finalizada a fixação da ancoragem passiva, o cabo está
pronto para ser enrolado para transporte. Isso é importante,
sobretudo para permitir o transporte dos cabos nos
elevadores de obras e facilitar a logística no canteiro.
12 Em seguida, prenda a ancoragem ativa na fôrma de
borda. Amarre com um arame, dê um nó e corte. Para
isso, use o torquês.
11 Após o devido posicionamento das fôrmas e da
armadura passiva inferior, fure a fôrma de
borda com furadeira no local que irá receber 
a ancoragem ativa. Atenção: o espaçamento
entre as ancoragens deve se basear nos
desenhos detalhados no projeto!
13 Desenrole o cabo sobre a fôrma onde será
concretada a laje, começando da extremidade
passiva em direção à extremidade ativa.
Lembre que a ancoragem ativa é a que irá ser
protendida. Já a passiva é a que fica sob a
concretagem.
Passo 10
Passo 11
Passo 12 Passo 13
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30 EQUIPE DE OBRA
Passo a Passo
14 Seguindo as determinações do projeto, faça o
trancamento dos cabos. Observe atentamente o
posicionamento dos cabos em relação à laje,
sobretudo a altura.
15 Retire a bainha plástica da extremidade ativa e conecte o
cabo na ancoragem. Somente o comprimento suficiente de
bainha plástica deve ser removido para introduzir a
cordoalha na ancoragem.
16 Permita que um mínimo de 30 cm de
cordoalha transpasse a fôrma de borda para
que se possa fazer a protensão. Dê um nó
com arame para fixar o cabo na posição
certa da ancoragem.
18 Coloque as cadeiras
de apoio dos cabos
nos locais
determinados.
O tamanho/altura
das cadeiras também
varia de acordo com
o projeto. Por isso,
atenção para seguir
as orientações do
projetista.
17 Uma vez fixada a
ancoragem ativa,
prenda a ancoragem
passiva na fôrma
com arame.
Passo 14 Passo 15
Passo 16
Passo 17
Passo 18
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EQUIPE DE OBRA 31
19 Depois de todos os cabos estarem devidamente
posicionados, poderá ser iniciada a
concretagem. Apenas tome cuidado para que
os cabos não sejam deslocados durante o
lançamento do concreto.
21 Antes de iniciar a protensão, verifique o
macaco hidráulico. É importante que tanto o
macaco, quanto o manômetro da bomba nunca
sejam separados. Isso porque cada macaco e
manômetro são calibrados em conjunto.
20 Aguardado o tempo de cura do concreto, meça o
alongamento da cordoalha. Para isso, use um gabarito de
madeira e tinta spray de secagem rápida para estabelecer 
a referência para as medições. Atenção: a protensão jamais
deve ser iniciada sem que os corpos-de-prova curados nas
condições do canteiro tenham sido devidamente testados e
atingido resistência mínima à compressão.
22 Com cuidado, insira o par de cunhas lado a lado dentro
da placa de ancoragem ativa. As cunhas devem ser
espaçadas igualmente e inseridas dentro da cavidade da
placa de ancoragem.
Passo 20
Passo 21
Passo 22
Passo 19
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32 EQUIPE DE OBRA
Passo a Passo
23 Protenda com a pressão requerida conforme
gráfico de aferição fornecido pela empresa de
protensão. Crave as cunhas e retraia o macaco
de protensão.
24 Em seguida, remova o macaco de protensão da cordoalha. Meça
e registre o alongamento com uma tolerância de + 3 mm.
25 Submeta os registros de pressões,
alongamentos e respectivos desvios
percentuais ao responsável pela obra ou ao
projetista estrutural. Só depois de obter
aprovação, corte a cordoalha com um
maçarico. O corte precisa ser feito de
forma a permitir o devido cobrimento 
da armação.
O U T R A S D I C A S
» Coloque toda a armadura de reforço conforme indicado nas
plantas de armação e plantas estruturais. Os cabos têm
preferência em relação às armaduras convencionais e
eletrodutos, quando ocorrerem interferências com a ar-
madura de pós-tração;
» Não se esqueça de que insertes para sustentação de insta-
lações elétricas, hidráulicas e arquitetônicas devem ser
colocados nas fôrmas antes do lançamento do concreto;
» Cuidado deve ser tomado para não super/subvibrar o con-
creto na zona das ancoragens dos cabos;
» Uma área apropriada ou um andaime seguro deve ser prepara-
do para os trabalhadores que vão executar a protensão.
» Atenção aos EPIs obrigatórios: botas, luvas, capacete,ócu-
los,protetor auricular (para os serviços de corte) e cinto tipo
pára-quedista.
Passo 23
Passo 24
Passo 25
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Medição
Tacão de madeira
Reportagem: Daniele Rissi
Confira o cálculo da quantidade de tacões para residência
De madeira maciça, o tacão éusado em pisos para áreas inter-nas, como salas, quartos e até
escritórios.O tamanho padrão é o de 10
cm de largura x 40 cm de comprimento
com espessura de 2 cm. Mas podem ser
encontrados também outros tamanhos:
7 x 42 cm, 7 x 35 cm e 10 x 30 cm. As
madeiras mais utilizadas são: perobi-
nha, ipê, tauarí,grápia, jatobá, jataí, cu-
maru, marfim e itaúba, dentre outras.
A instalação dopiso de madeira é fei-
ta sobre um contrapiso regularizado. As
peças são coladas uma a uma sobre o
contrapiso com colas à base de PU (pa-
ra as madeiras marfim,perobinha e taua-
rí) ou PVA (demais madeiras). Após a
colocação,entre 15 e 30 dias,acontecem
as etapas de lixamento e aplicação de
verniz,sinteco ou bona.Dentre as novida-
des,há opções no mercado de pisos pron-
tos tipo tacão,que já vêm envernizados.
O rodapé é composto de ripas de ma-
deira ou MDF,do mesmo padrão do piso,
de 2 cm de espessura e 5 cm a 12 cm de
altura. Os comprimentos variam e é co-
mum fazer emendas.Ele é colocado após
o primeiro lixamento do piso e também é
lixado e pintado,ou envernizado.
Cálculo do material
Levando-se em conta que o tacão
possui 10 x 40 cm,para cada metro qua-
drado serão necessárias 25 peças, já que
as peças são coladas sem que haja vãos
entre elas.Para uma sala de 20 m² serão
utilizadas cerca de 500 peças, sem con-
siderar a perda,que pode variar de 5% a
15%,dependendo do corte, tamanho da
sala e do sentido de colocação.
Como os tacos podem ser instalados
nos sentidos reto ou diagonal, conforme
kg para cada metro quadrado de pi-
so, em média, e a quantidade utiliza-
da de sinteco ou verniz depende de
quantas camadas serão aplicadas.
Geralmente são aplicadas duas de-
mãos, com opção de brilhante, semi-
fosco ou fosco.
o acabamento desejado, acrescenta-se
na perda cerca de 10% no sentido reto
e 15% na diagonal. Sendo assim: para
uma sala de 20 m² são utilizadas cerca
de 550 peças no sentido reto, ou 575
peças na colocação diagonal.
A quantidade de cola utilizada é 2
Apoio Técnico: José Antonio Romano, diretor da Paulicéia Madeiras, e Paulo Seixas, consultor de vendas da Pratik Piso 
T I P O S D E D E S E N H O S
colocação tipo dama
assoalho diagonal assoalho reto
assoalho diagonal
com tabeira
taco espinha-de-peixe taco tipo quadradotaco tipo tijolinho
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Perfil
Reportagem: Gisele Cichinelli
34 EQUIPE DE OBRA
Habilidoso e detalhista, não pode se descuidar 
da segurança pessoal
Nome:Reginaldo Alexandrino da Silva
Idade: 48 anos
Onde nasceu: Recife (PE)
Função: marceneiro
Onde trabalha: Como autônomo
Como o senhor começou a
trabalhar como marceneiro?
Vim para São Paulo em 1978.
Trabalhei em uma empresa que
fabricava talheres. Mas quando fui
mandado embora, comecei a
trabalhar como marceneiro.
Envolvi-me tanto com a profissão
que nunca mais parei de mexer 
com madeira.
Quem foi seu mestre?
Tive uma boa instrução com o meu
ex-sócio, que me ensinou muito sobre
detalhes e acabamentos na época em
que trabalhamos juntos.
É uma profissão perigosa?
Sim, o marceneiro tem que ter muito
cuidado, principalmente quando for
lidar com a serra circular e a tupia.
O perigo de cortar as mãos é muito
grande. É importante usar óculos
sempre para que as lascas de madeira
não machuquem os olhos.
Qual é o maior desafio que você
enfrentou nessa profissão?
Logo que comecei a trabalhar
como marceneiro tive muita
dificuldade em arrumar novos
clientes. Demorou uns dois anos
para começar a aparecer serviço.
Como o senhor divulga o seu
trabalho?
Um cliente acaba indicando outro e
assim por diante.
Como é a sua rotina de trabalho?
Faço o meu horário, mas geralmente
começo às 7 h e, dependendo do
serviço, vou até às 21 h.
Quais as vantagens de trabalhar
como autônomo?
É possível tirar 50% de lucro 
sobre uma peça. Essa porcentagem
já foi maior, mas por causa dos
móveis de aglomerado, o lucro 
do marceneiro caiu.
O que o senhor espera do futuro?
Desejo sempre fazer o melhor para
que apareçam mais clientes.
O que é preciso para ser um bom
marceneiro?
Qualidade,honestidade, limpeza e
observar sempre os prazos de entrega.
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P R O F I S S I O N A L
Etapa de obra – O profissional entra após o término
da obra.
Características importantes – Ser capaz de buscar
soluções simples para os problemas apresentados e de
aperfeiçoar continuamente os processos de fabricação.
Deve ser habilidoso e detalhista, principalmente no
acabamento das peças.
Trato com o cliente – É importante desenvolver relações
duradouras. O bom atendimento ao cliente é uma
oportunidade de estabelecer vínculos que podem gerar
novas oportunidades de trabalho.
Técnicas e cursos – É preciso estudar e se manter
atualizado com os novos produtos utilizados pelas grandes
indústrias moveleiras. Hoje, recursos de informática são,
também, um diferencial para esse profissional.
Onde aprender a profissão – Algumas escolas oferecem
os cursos de marcenaria. O Senai Roberto Simonsen
(Senai – Unidade Brás) oferece qualificação ao
profissional dessa área.
Cuidados com a segurança – O marceneiro deve
dominar os equipamentos utilizados, criar dispositivos de
segurança e utilizar todos os equipamentos de proteção
individual e coletiva.Também é importante substituir
produtos tóxicos por aqueles menos agressivos, como,
por exemplo, substituir as colas de contato com
solventes por colas à base de água.
Apoio técnico: professor Luiz Paulo Bueno da Rosa, do Senai Roberto 
Simonsen (Unidade Brás)
Marceneiro 
Características da função
novo-perfil_12.qxd 8/11/2007 15:29 Page 34
EQUIPE DE OBRA 35
Economia 
O contrapiso aplicado sobre lajesde concreto pode cumprir di-versas funções. Desde acerto
geométrico da base (nivelamento,
acabamento superficial ou criação de
desníveis entre ambientes), embuti-
mento de instalações, até melhoria do
comportamento acústico da vedação
horizontal, dentre outras.
Sua execução envolve a limpeza e
preparação da base (apicoamento de
argamassa e concreto indevidos,varrição
e o umedecimento da laje). Depois, o ta-
liscamento da base (assentamento de pe-
daços de cerâmica ou madeira no nível fi-
nal especificado). E o preenchimento do
contrapiso,com polvilhamento de cimen-
to e geração de pasta sobre a base,
lançamento da argamassa e sua com-
pressão, sarrafeamento e acabamento
superficial. Tais atividades são execu-
tadas por oficiais pedreiros,apoiados por
ajudantes, que podem tanto trazer arga-
massa para o local da aplicação, quanto
auxiliar em algumas das tarefas executi-
vas sob as ordens do oficial.
A produtividade na execução do con-
trapiso pode variar em função de fa-
tores como o tamanho dos ambientes.
Os ambientes pequenos dificultam o
serviço, pois é necessário mudar várias
vezes de local para dar prosseguimento
ao trabalho.Variam também de acordo
com a espessura do contrapiso, quanto
maior, maior o esforço para movimen-
tar e compactar o material. O tipo de
fornecimento da argamassa também
influencia na produtividade. Quando o
material é entregue em silos ou em
Ubiraci Espinelli Lemes de Souza
Professor da Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo
Produtividade
em contrapisos M
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Como melhorar a produtividade 
na execução de contrapisos
Dicas para melhorar a produtividade na execução
de contrapisos
» Base geometricamente regular é favorável, pois permite menores
espessuras de contrapiso
» Fazer o contrapiso antes de subdividir os ambientes com a alvenaria 
agiliza o serviço 
» A presença de ajudantes facilita o trabalho dos pedreiros
» A organização do canteiro, com o acesso da argamassa ao local de 
aplicação, torna a execução mais rápida
» Quanto menos embutimentos existirem no contrapiso maior 
a produtividade
» Um bom projeto é sempre importante
» O treinamento dos operários e a manutenção da equipe ao longo 
da obra também contribuem significativamente
S A I B A M A I S
de 0,10 Hh/m2 a 0,70 Hh/m2
Essa é a produtividade dos pedreiros (em Hh/m2) na execução de
contrapisos. Em função das dificuldades encontradas, gasta-se de
0,10 a 0,70 horas de pedreiro para execução de cada metro quadrado
de contrapiso interno sobre lajesde concreto.
sacos, minimiza-se o esforço relativo à
dosagem e mistura do material, facili-
tando seu transporte. Já a quantidade
de ajudantes disponíveis para auxiliar o
pedreiro é fator que influencia direta-
mente na rapidez dos serviços.Normal-
mente se há um ajudante para cada pe-
dreiro tem-se melhor produtividade do
oficial, do que quando há um ajudante
para cada dois oficiais.
Mínimo = 0,10 Mediano = 0,45 Máximo = 0,70
economia_12.qxd 8/11/2007 15:29 Page 35
Tubo Pex de
alumínio
A Astra está
lançando tubos Pex
fabricados de
polietileno e alumínio
Pex-Al-Pex.
O resultado é um tubo
resistente, com bom
acabamento externo e
capacidade de
curvatura precisa,
opção para instalações aparentes. O tubo assume
a conformação desejada com muita facilidade,
eliminando conexões e tornando as instalações
simples e rápidas. Além disso, oferece resistência
química, suportando a agressão de águas ácidas
ou alcalinas, sem sofrer qualquer alteração;
e ainda resistência mecânica, à temperatura 
e à pressão, garantida pelo reforço interno 
de alumínio.
Vitrine
Nova linha de
produtos elétricos
A Simon Brasil está lançando
a Linha Simon19 de produtos
elétricos composta por
interruptores, pulsadores,
tomadas, entre outros
complementos. Com sistema
modular, os componentes
permitem grande flexibilidade
nas instalações. As peças
possuem acabamento na cor
branca e cantos
arredondados. Os componentes metálicos são
produzidos com liga de cobre, contatos de prata e
parafusos bicromatizados.Todas as tomadas
possuem um sistema antichoque, trava de
proteção que é liberada somente quando
pressionada, simultaneamente, por dois pinos de
um plugue. Caso ocorra a introdução de um
objeto em apenas um dos orifícios da tomada, o
sistema interno bloqueia a entrada e não permite
o contato direto com as partes energizadas da
instalação elétrica.
Argamassa colante branca
A Votorantim Cimentos lança a Votomassa Maxi Cola
Branca, argamassa colante branca. O produto é
indicado para rochas ornamentais, revestimentos
cerâmicos e de porcelana. Segundo o fabricante, entre
as vantagens do produto está o tempo maior de
abertura da argamassa, o que aumenta a produtividade,
pois o usuário pode fazer o trabalho em uma área maior.
Sifão para lavatório 
Com acabamento cromado, o produto da Docol foi
criado para acompanhar a tendência das novas
louças sanitárias disponíveis no mercado.
É recomendado para uso em lavatórios e cubas
simples, com bitola de 11/2". A novidade é o copo
de limpeza, com recipiente interno que impede o
escoamento de água dentro das bancadas,
armários ou ainda no piso. Outro detalhe
importante é o encaixe do copo por pressão, e não
rosqueado, o que facilita o manuseio durante a
retirada para higiene.
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Impermeabilizante flexível 
A Sika lança o SikaFill-5. Destinado a lajes, telhas,
coberturas e terraços, o SikaFill-5 é um impermeabilizante
líquido, flexível, que rende 1 m² a mais por litro em relação
aos similares. O impermeabilizante da Sika, segundo o
fabricante, precisa de apenas três demãos para total
cobertura, contra seis demãos de outros produtos, reduzindo 
o tempo de aplicação e os custos de impermeabilização.
O SikaFill-5 conta com
variedade de cores
(branco, cinza, verde e
vermelho) e já vem
pronto para ser aplicado
como acabamento final.
Possui aderência a
diversos tipos de
materiais como
concreto, telhas de barro,
fibrocimento e shingle e
madeiras. Pode ser
aplicado com trincha,
rolo de lã de pêlo curto,
ou broxa.
Esquadrias
A linha de portas e janelas prontas para
instalar da Sasazaki proporciona economia 
de tempo e mão-de-obra.Fabricadas com aço
especial com adição de cobre, dispensam
pintor, tinta, vidro e vidraceiro.
Fios elétricos
O Cabo Flexível SIL Brasileirinho é
indicado como condutor de proteção
em instalações elétricas. O produto tem
a finalidade de ajudar na proteção
contra sobrecargas, curtos-circuitos e
choques elétricos e pode ser encontrado
nas seções nominais que vão de 
1,5 mm² a 6 mm².
vitrine_EO14.qxd 8/11/2007 15:36 Page 37
38 EQUIPE DE OBRA
Pessoal
U
ma das principais diferenças
entre as comunidades huma-
nas e a ecologia é o fato de a
natureza ser cíclica, ao passo que as
nossas comunidades são lineares. Isso
quer dizer que o ecossistema tem evo-
luído ao longo de bilhões de anos usan-
do e reciclando, continuamente, as
mesmas moléculas de minerais, de
água e de ar.
Assim, o que é resíduo para uma es-
pécie, pode ser alimento para outra, de
modo que o ecossistema permaneça
"limpo". Dessa forma, nossos padrões
de produção e de consumo precisam
ser cíclicos, imitando os processos da
natureza. Mas ainda há diversos pon-
tos importantes, tais como as questões
sociais e econômicas. E para que a re-
ciclagem de qualquer tipo de material
ou produto deixe de ser apenas pon-
tual, e abranja toda a sociedade, preci-
samos nos tornar ecologicamente alfa-
betizados por meio da "reciclagem de
nossos conceitos".
Isso tem de ser feito com extrema
urgência, pois com o crescimento exa-
cerbado populacional, a natureza não
consegue reabsorver todo o resíduo ge-
rado. E esse crescimento preocupa ain-
da mais em função do grande déficit
habitacional que ocorre no Brasil.
Nesse caso, os resíduos da constru-
ção, demolição, e reformas represen-
tam percentuais altíssimos do volume
total dos resíduos urbanos.Nossos can-
teiros de obra são os grandes responsá-
veis pelo aumento do volume de resí-
duos, e pelos impactos causados ao am-
biente, principalmente por serem leva-
dos a lugares inadequados.
É fundamental e mais do que urgen-
te, reduzir a quantidade de resíduos, e
fazer o gerenciamento, reciclagem e,
conseqüentemente, o reúso dos mate-
riais.Teríamos uma melhora significa-
tiva nesses índices,percentuais e dados
assustadores. Uma forma simples e
eficaz de reciclarmos entulhos em re-
formas e construções, por exemplo, é
enviar todo o resíduo para as ATTs –
Áreas de Transbordo e Triagem. Esses
locais recebem todo material gerado
na obra, transportado pelas caçambei-
ras cadastradas na Limpurb, e o sepa-
ram para reciclagem.
O mais interessante é que tudo pode
se transformar. O entulho gerado na
obra pode ser modificado em blocos de
concreto, ladrilhos, argamassa, con-
trapiso e base para rodovias. Mate-
riais como o aço, gesso e outros com
produtos químicos são separados do
concreto, que é triturado por britadei-
ras e passa por peneiras vibratórias,
separando a areia grossa, o pedrisco e
a brita. O agregado triturado é mistu-
rado com cimento e aditivos. A massa
obtida estará pronta para o novo uso,
fechando assim todo o ciclo.
Esses números, apesar de serem di-
vulgados constantemente, só serão re-
duzidos quando houver a real e efetiva
conscientização de todos sobre o as-
sunto. Isso deve se tornar um hábito
em nossas vidas e, conseqüentemente,
nos canteiros de obras.
Porém, abordar o assunto, em pri-
meiro lugar significa reciclar nossos
conceitos como cidadãos, comprome-
tidos com a nossa qualidade de vida e
de futuras gerações.
Gláucio Gonçalves 
arquiteto e diretor fundador do EB-A –
Espaço Brasileiro de Arquitetura 
Reciclar materiais, entulhos
e conceitos
É preciso mudar os padrões
de consumo
Canteiros de obra são grandes responsáveis por resíduos urbanos
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pessoal_14.qxd 8/11/2007 15:35 Page 38
EQUIPE DE OBRA 39
Lazer
Caça-palavras e Sete erros
P R O T E N S Ã O
Encontre as 7 diferenças nas figuras abaixo Solução
Descubra 10 palavras
relacionadas à
protensão
CORDOALHAS
GRAXA PROTETORA
BAINHA PLÁSTICA
ANCORAGEM ATIVA
PROTENSÃO
PROJETO ESTRUTURAL
MACACO

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