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Compostagem Doméstica: Transformando Lixo em Fertilizante


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Introdução
Há bilhões de anos, desde que surgiram os microrganismos decompositores, a natureza se encarrega da decomposição. Sendo assim, há relatos de algumas populações que começaram a praticar um método que chamamos de compostagem, que é a reciclagem de lixo orgânico para obtenção de fertilizante natural. As referências mais antigas do uso de composto na agricultura são de romanos, gregos, tribos israelenses e chineses.
No Brasil, em 1888, Dafert (primeiro diretor do Instituto Agronômico de Campinas), apresentou relatórios explicando como preparar o composto e incentivando os agricultores na produção, utilizando o material orgânico de suas propriedades agrícolas, para recuperação ou enriquecimento dos solos.
	Com o aumento da população brasileira e, consequentemente, da produção de resíduos orgânicos, começaram a colocar em pauta esse assunto. No final da década de 1960, foram instaladas no país usinas de triagem e compostagem. Segundo o IBGE, cerca de 50% do lixo gerado pela população era de matéria orgânica que poderia ser composto facilmente. Muitas das usinas foram desativadas por falta de preparo técnico no setor, não havia controle de qualidade no sistema, resultando em um produto de má qualidade. Portanto, a compostagem doméstica mostrou-se como uma boa alternativa para reduzir consideravelmente a quantidade de resíduos a ser recolhido pelos coletores, contribuindo para um maior tempo de vida útil dos aterros.
				Descrição do projeto
	Para fazer a composteira doméstica (reator fechado) é necessário ter conhecimento de alguns fatores para um bom êxito. O processo de transformação da matéria orgânica através da compostagem acelerada é semelhante ao que ocorre na natureza, com a diferença que naquele são oferecidas condições para facilitar e reduzir o tempo de decomposição. O resultado final do processo de compostagem é a humificação da matéria orgânica, que poderá ser utilizada na agricultura. O composto é o resultado de um processo controlado de decomposição microbiológica de matéria orgânica no estado sólido e úmido, em presença de oxigênio, passando pelas fases de composto cru, semicura e cura/humificação. 
A vermicomposteira é o lugar que o material orgânico irá ser processado, onde haverá a transformação desse lixo em húmus. Ao realizar a compostagem com minhocas é preciso seguir seis passos:
Construir a casa das minhocas;
Nessa etapa utilizamos três caixas de plástico empilháveis, escuras e opacas para bloquear a luz, pois as minhocas não gostam de claridade. As duas caixas de cima são as digestoras e a que fica embaixo é a caixa coletora, onde podemos retirar o biofertilizante. Fizemos alguns furos no fundo das caixas superiores para que as minhocas pudessem transitar de uma caixa para outra e o líquido gerado fosse drenado para a caixa coletora e furos na tampa para passagem de ar e emissão de gases. É possível colocar uma torneirinha para facilitar a drenagem do chorume.
 Imagem: ecycle.com.br
Fazer a cama das minhocas;
Uma cama apropriada para o vermicompostor deve consistir de um ou mais dos seguintes itens: papelão, gravetos, folhas secas e terra (pouca).
Adicionar as minhocas;
As minhocas utilizadas e mais indicadas para a produção do húmus são as Californianas (Eisenia fetida), por conta do seu peso e tamanho, longevidade, alimentação e reprodução. Elas se diferem em alguns pontos das minhocas nativas do Brasil (Amynthas gracilis), como nos movimentos corporais mais calmos, tamanhos menos avantajados, porém são mais “comilonas”.
Alimentá-las;
Ter cautela com o que utilizamos como matéria orgânica é essencial, assim como o que não devemos colocar, como por exemplo:
Cítricos (não ultrapassar a quantidade de 1/5 do composto);
Carnes (de qualquer espécie);
Alimentos gordurosos;
Laticínios;
Fezes dos animais domésticos;
Galhos;
Sobras de comida com tempero (sal, alho, cebola, vinagre).
Metais, vidros e plástico.
Então, o que seria ideal utilizar?
Sobras de alimentos cozidos e casca de ovo;
Frutas, grãos, legumes, sementes e verduras;
Borra de café, sachês de chá, erva de chimarrão;
Folha seca, serragem, gravetos, palitos de fósforo e dentais, palhas, poda de jardim;
Papel toalha, papel de pão, papelão, guardanapo de papel, embalagens de pizza, papel de jornal e caixa de ovo.
Manutenção;
Para o bom funcionamento do sistema e saúde das minhocas é preciso que haja alguns cuidados:
É preciso revolver o composto a cada 15 dias, a fim de entrar oxigênio para os microrganismos aeróbios que ali se encontram. Quando a caixa superior ficar cheia, deve ser trocada pela caixa que estava no meio, conforme as minhocas consomem os restos, elas vão migrando através dos orifícios da caixa do meio para a caixa superior.
Também é necessário o controle de umidade e relação C/N. Se porventura a umidade estiver maior do que é recomendado (40% a 60%) é possível que exale um odor característico, para diminuí-la é só colocar algo que absorva essa umidade, como por exemplo o papelão. 
O processo de relação C/N é normal quando está 30/1. Se estiver alta (35/1), a degradação é lenta e limita o crescimento de microrganismos e o produto final terá baixo teor de matéria orgânica, para normalizá-la adicionamos materiais que contêm nitrogênio (resto de comida, borra de café, solo, material vegetal, etc.). Caso a relação C/N esteja baixa (20/1) a degradação será rápida, porém ocorrerá a formação de amoníaco que causa odor desagradável e prejudica a qualidade do composto, assim tendo que utilizar mais materiais ricos em carbono (casca de árvore, feno, folhas secas, palha, serragem, etc.).
Recolher o húmus.
É recomendável retirar o chorume da caixa coletora semanalmente, quando diluído em água é um ótimo biofertilizante para regar as plantas. A composteira não exala nenhum odor característico, caso isso ocorra que dizer que há algo errado no sistema da compostagem. Para retirar o húmus, temos que puxar o composto para um dos lados da caixa e colocar os próximos resíduos no lado vazio. Após alguns dias, grande parte as minhocas migram para os alimentos frescos, assim facilitando a retirada do húmus.
 
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